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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.durante o ato <strong>de</strong> observar exige uma reflexão sobreperformance e corpo no ofício antropológico.Ao relatar <strong>de</strong>safios e especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s para osantropólogos que li<strong>da</strong>m com questões relaciona<strong>da</strong>s àsexuali<strong>da</strong><strong>de</strong> e corpo, Maria Luiza Heilborn <strong>de</strong>bate ainteração entre pesquisador e pesquisado refletindo sobrecomo o sexo, o gênero ou a i<strong>da</strong><strong>de</strong> dos interlocutoresenvolvidos <strong>de</strong>fine situações no campo. Além <strong>da</strong>problematização <strong>da</strong>s posturas e performances dos atoresem ação durante as conversas e entrevistas, aantropóloga repensa ain<strong>da</strong> as estratégias <strong>de</strong> utilização dosdiversos instrumentos e técnicas <strong>da</strong>s ciências sociais.De como olhar on<strong>de</strong> não se vê relata a profusão <strong>de</strong>emoções <strong>de</strong> Fernan<strong>da</strong> Eugenio durante a pesquisa comcrianças cegas em seu processo <strong>de</strong> educação. A autoradiscute basicamente dois aspectos: os limites teóricometodológicose éticos <strong>da</strong> disciplina dos sentidos naantropologia seguindo a valorização <strong>da</strong> visão e do visível eo estranhamento <strong>de</strong> se perceber e interagir com atoresem um universo contrastante com a abundância <strong>de</strong>imagens <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> mais ampla. Ela aponta assim astensões, as angústias e os constrangimentos presentes noprocesso <strong>de</strong> incursão e negociação <strong>de</strong> papéis do trabalho<strong>de</strong> campo.Po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>finir <strong>de</strong>ssa forma Pesquisas urbanascomo uma coletânea <strong>de</strong> breves relatos com os percalçosimpostos aos antropólogos – ou antropólogas, como emquase todo o livro - que se dispõem a observar o familiar.Mas <strong>da</strong> mesma maneira que a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a dinâmica<strong>da</strong> metrópole <strong>de</strong>safiam, causando medo, angústia,<strong>de</strong>sconfiança ou até tristeza, as técnicas <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem eo refinamento <strong>da</strong>s discussões teórico-metodológicas <strong>da</strong>antropologia em suas múltiplas sub-áreas possibilitam àcriativi<strong>da</strong><strong>de</strong> do pesquisador em campo utilizar-se <strong>da</strong>s maisdiversas estratégias no objetivo <strong>de</strong> estabelecer interaçõese diálogos sempre enriquecedores e significativos com osseus interlocutores.165

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