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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.“A pesquisa <strong>de</strong> campo ocupa na antropologia lugar análogo aodos ritos na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Os ritos buscam <strong>de</strong> modo inconsciente emediatizado por muitas formas expressivas aquilo que apesquisa <strong>de</strong> campo explicita como objetivo científico: aaquisição <strong>de</strong> um conhecimento novo sobre a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, o quevem acompanhado pela obtenção <strong>de</strong> um conhecimento novo dopesquisador sobre si mesmo” (p.118).Por sua vez, Sandra Regina Soares <strong>da</strong> Costaexplora os <strong>de</strong>slocamentos do pesquisador pelos cenáriosurbanos e suas fronteiras geográficas e simbólicas na“experiência com autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s” (p. 139). Aqui estápresente o diálogo entre as visões <strong>de</strong> uma mulher brancae universitária em situações e universos distintos. Em<strong>de</strong>terminado momento com os jovens, em sua maioriaindivíduos masculinos negros e com baixo grau <strong>de</strong>escolari<strong>da</strong><strong>de</strong>, participantes do movimento hip hop. Edurante o trabalho <strong>de</strong> campo, o encontro com policiaisdurante uma blitz na saí<strong>da</strong> <strong>de</strong> um show com membros domovimento. Percorrendo as idéias e pré-noçõesnaturaliza<strong>da</strong>s até os estigmas e estranhamentos mútuosna relação com os interlocutores, a análise <strong>da</strong> autoraconsegue, em um texto instigante, trazer à tona asdimensões éticas e políticas do trabalho do antropólogo.Myriam Moraes Lins <strong>de</strong> Barros parte <strong>de</strong> diversastessituras <strong>de</strong> memórias, inclusive a sua, sobre o Rio <strong>de</strong>Janeiro e seus espaços com o intuito <strong>de</strong> fazer dialogarimaginários sobre a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. A partir <strong>da</strong>s representações<strong>de</strong> diferentes gerações, classes e trajetos revela<strong>da</strong>s nasua experiência como professora, pesquisadora emoradora do Rio, a autora faz uma interessante reflexão.Como mediadora <strong>de</strong>stas concepções, ela discute a totalimersão do investigador no seu universo <strong>de</strong> pesquisa ecomo este <strong>de</strong>ve estar atento ao fato <strong>de</strong> ser a zona <strong>de</strong>contato <strong>da</strong>s visões <strong>de</strong> mundo. Pois é com a presença doantropólogo, e na sua configuração subjetiva, que seestabelecem as interações que põem em jogo asdistâncias e proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s apreensões <strong>de</strong> sentidos doviver a metrópole.“Uma discussão sobre observação participante” (p.174) é a proposta <strong>de</strong> Andréa Moraes Alves no seu artigosobre as relações <strong>de</strong> gênero e grupos etários nos bailes <strong>de</strong><strong>da</strong>nça <strong>de</strong> salão no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Nele a autora apresentaas estratégias <strong>de</strong> aproximação dos personagens noprocesso <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> campo e como a participação164

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