13.07.2015 Views

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.temas legendários foram inventados pelos povos quefazem a Índia, até mesmo hoje em dia. Os períodos <strong>da</strong>vi<strong>da</strong> e <strong>da</strong> história neles são divididos em períodos brancose negros, frios e quentes. A noção <strong>de</strong> paz, que no passadoos historiadores do direito (Wil<strong>da</strong>, etc.) estu<strong>da</strong>ram muitobem, principalmente em relação ao direito germânico,porque nele esta noção é completamente óbvia euniforme na morali<strong>da</strong><strong>de</strong> (zufrie<strong>de</strong>), foi <strong>de</strong>poisnegligencia<strong>da</strong>, e tornou-se muito pouco clara,especialmente, no tocante à paz civil.Deixe-nos começar outra vez com documentos quepoucos jovens conhecem, como por exemplo, estemonumento bonito <strong>da</strong> história e do pensamento francês:a República <strong>de</strong> Bodin. Este jurista foi, acredito, além dosoutros juristas dos Valores últimos, na época <strong>da</strong>s guerrasreligiosas, <strong>da</strong> guerra civil, o teórico <strong>da</strong> paz e, emparticular, <strong>da</strong> paz do rei. Naquele momento, manteve estaimportante noção próxima à mente, enquanto agora -sem fazer repreensões a colégios e facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que noscerca -, ela se encontra esvazia<strong>da</strong> em torno <strong>da</strong>s idéias <strong>de</strong>soberania, em vez <strong>de</strong> se especular através <strong>de</strong>sta noçãosobre a paz e sobre a vi<strong>da</strong> harmoniosa do estado e dossubgrupos nele existentes.Concluamos este último grupo <strong>de</strong> fatos: a paz entresubgrupos. Levantar esta questão a propósito <strong>da</strong>ssocie<strong>da</strong><strong>de</strong>s arcaicas não é para nós inútil à compreensão<strong>de</strong> nossas socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, acredito que, até mesmo, talveznos permita - aquilo que raramente nos permitimos -propor conclusões sobre política moral.A questão sobre a harmonia normal entre os sexos,i<strong>da</strong><strong>de</strong>s e gerações, e sobre os diversos subgrupos (clãs,castas, classes, confraterni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, etc.), uns em relaçãoaos outros, a questão <strong>da</strong> harmonia interior para ca<strong>da</strong> um<strong>de</strong>les e relação <strong>de</strong>stas várias harmonias para a harmoniageral e as morali<strong>da</strong><strong>de</strong>s normais <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, sãoquestões que se encontram extintas do horizontesociológico. É necessário, contudo, recolocá-las noprimeiro plano <strong>de</strong> pesquisa e discussão.Como se po<strong>de</strong>ria começar esta proposição acima?Fora <strong>da</strong>s conclusões dos etnógrafos que indiquei duranteeste trabalho, em uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> tribal edistinguindo claramente as várias socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s umas <strong>da</strong>soutras - por exemplo, as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s Malgaches e as159

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!