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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> árabe, dos Berber , <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> chinesa,<strong>da</strong> neo-caledoniana e dos indígenas <strong>da</strong> América do Norte.Costume do grupo, costume dos subgrupos, autori<strong>da</strong><strong>de</strong>costumeira dos subgrupos cruzam-se em todos ossentidos. Nestas socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, a coesão se traduz em umasérie <strong>de</strong> hábitos complementares que limitam uns aosoutros <strong>de</strong> modos diversos: portanto, para as váriasapropriações técnicas do uso do solo respon<strong>de</strong>m váriasformas <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> do solo; e para a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>bens, diversas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s imobiliárias.Os proprietários <strong>da</strong> caça (os Nobles, na GuineAfricana) po<strong>de</strong>m ser diferentes dos proprietários <strong>da</strong>sreservas e <strong>da</strong>s terras cultiváveis. Estes, por conseguinte,po<strong>de</strong>m não ser os donos <strong>da</strong>s árvores. Assim à noção <strong>de</strong>puro comunitarismo do direito <strong>da</strong> terra, po<strong>de</strong>mossubstituir pela noção <strong>de</strong> divisão <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s entrecomuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Divisão esta que chega até aoindividualismo relativo <strong>de</strong> alguns direitos à terra (aojardim, ao pomar) e como razão mais intensa dos direitosmobiliários.As pesquisas que fiz sobre a divisão <strong>de</strong> direitosentre os sexos masculino e feminino me permitem indicarque há ain<strong>da</strong> outros fatos a serem <strong>de</strong>scritos.3. a noção <strong>de</strong> paz. O terceiro momento dofuncionamento <strong>de</strong> todos os segmentos e <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s asseções em um social qualquer é, justamente, um fato quese encontra pouco estu<strong>da</strong>do, infortuna<strong>da</strong>mente, atémesmo por nós, sendo necessário restabelecer a linha <strong>de</strong>estudo. Linha <strong>de</strong> pesquisa esta, por sinal, tradicional entreos juristas <strong>de</strong> há, aproxima<strong>da</strong>mente, sessenta anos. Alinha <strong>de</strong> pesquisa a ser revitaliza<strong>da</strong> é a expressa pelanoção <strong>de</strong> paz. Contanto que haja a paz, uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong>po<strong>de</strong> ser coerente, harmoniosa e ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente bemdisciplina<strong>da</strong>, e pela harmonia, sua força po<strong>de</strong> sermultiplica<strong>da</strong> por <strong>de</strong>z.Sobre esta noção <strong>de</strong> paz, se encontram belaspáginas no livro <strong>de</strong> Robert Hertz intitulado O Pecado e aExpiação (na Polinésia, em particular) a ser publicado. Eupo<strong>de</strong>ria trazer ao conhecimento <strong>de</strong> vocês belos poemasmaoris que Hertz tinha registrado e outros que ele nãoconhecia sobre a paz que é a harmonia. Há fatos muitobonitos sobre o clã, sobre os grupos locais e a guerra,sobre os difíceis períodos. Po<strong>de</strong>ria-se dizer que esses158

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