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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.último membro <strong>de</strong> uma geração <strong>de</strong>saparece, a geraçãoque segue passa a chefia <strong>da</strong> família para o primogênito, eassim sucessivamente (é o caso Ashanti).A hierarquia <strong>de</strong> mulheres se estabelece, por outrolado, no interior <strong>de</strong>stes mesmos grupos. As mulheres,sorte <strong>de</strong> rainhas mãe, mantém os seus títulos mesmo naviuvez e, como é a primeira <strong>da</strong>s mulheres casa<strong>da</strong> com umchefe que é a chefe <strong>da</strong>s mulheres <strong>de</strong> todos os homensagrupados ao redor do patriarca (mais justamente dochefe), po<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> conduzir mu<strong>da</strong>nças no interior do sexofeminino em relação ao outro sexo.Dentro <strong>de</strong> uma geração po<strong>de</strong>, então, haver umadisciplina <strong>de</strong> grupo e também a existência <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong>smúltiplas, além do chefe. O engano que cometíamos era o<strong>de</strong> nos preocupar exclusivamente <strong>da</strong>quilo a quechamávamos chefia, como sendo apenas a chefia pública.A chefia na África, como <strong>de</strong>screvemos, é um fenômeno,eu não digo <strong>de</strong> última formação, mas <strong>de</strong> criaçãosecundária. Ela nos aparece apenas no interior <strong>da</strong>s formasrigorosamente jurídicas, no po<strong>de</strong>r do soberano, ou naorganização militar, mesmo que estas forças nãocorrespon<strong>da</strong>m necessariamente a uma ou a outra.Os fatos, a partir <strong>de</strong> entçao, po<strong>de</strong>m se complicar eo que concebemos como único po<strong>de</strong> se dividir. Tomemos,por exemplo, aqui, o chefe <strong>de</strong> guerra e o chefe <strong>de</strong> paz ou,como em Porto-Novo , o rei do dia e o rei <strong>da</strong> noite ou,ain<strong>da</strong>, como no Jaraïs (Indochina) on<strong>de</strong> se tem um rei <strong>de</strong>Água e um rei do Fogo. É necessário dois <strong>de</strong>les, <strong>de</strong> acordocom uma <strong>de</strong>finição que parece ser inconcebível apenaspara nós, pois é imprescindível ao rei que fique sempreacor<strong>da</strong>do.Deve se distinguir, <strong>de</strong>ste modo, dois tipos <strong>de</strong>coesão <strong>de</strong>ntro do grupo, as realiza<strong>da</strong>s no interior dossubgrupos gran<strong>de</strong>s, e as enfrenta<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro dos grupospequenos. Ambas através <strong>de</strong> uma disciplinarigorosamente admiti<strong>da</strong> por todos – e, assim, até mesmonas socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s mais simples, po<strong>de</strong> haver uma espécie <strong>de</strong>organização com múltiplas diferenças <strong>de</strong> posição <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> grupos e subgrupos. O que envolve, por seu turno,também, múltiplas formas disciplinares.Finalmente, estes grupos po<strong>de</strong>m agir uns emrelação aos outros através <strong>de</strong> três modos:156

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