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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.enten<strong>de</strong>ram muito bem. Este fato encontra-se em umlivro recente publicado pelo Instituto <strong>de</strong> Etnologia sobreas Tribos do grupo Lob (Alto Volta)!Acredito que Senhor Labouret <strong>de</strong>screveu um fatomuito importante que, inclusive, já suspeitávamos. Algosemelhante às classes matrimoniais australianas na Áfricaou, o que é a mesma coisa, às organizaçõesquatriparti<strong>da</strong>s <strong>da</strong> tribo (duas fratrias dividi<strong>da</strong>s em outrasduas, provavelmente através <strong>da</strong>s gerações), o que SenhorLabouret chamou <strong>de</strong> clãs aliados, dois a dois. Ele não foicapaz, contudo, apesar <strong>da</strong>s novas investigações nestatemática, <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir nem a exogamia <strong>de</strong>stes clãs, nemsuas uniões matrimoniais. Estas tribos são dividi<strong>da</strong>s em Ae B, e subdivididos em A1 e A2, B1 e B2. Em minhaopinião estes clãs se encontravam em relações <strong>de</strong>cunhados ou <strong>de</strong> sogros, ou uns com relação aos outros,(como no caso dos Ashantis).Quando os A2 estão em batalha com os B2, são osB1 que cessam a peleja dos A2; os B2, por seu turno,<strong>de</strong>teriam os A1. São estas as intervenções autoriza<strong>da</strong>sentre sogros e genros. Os cunhados e os irmãoslegitimam os clãs na batalha, segundo penso. Em todocaso, os aliados são os que <strong>de</strong>têm o direito <strong>de</strong> falar suasver<strong>da</strong><strong>de</strong>s a todos os membros <strong>da</strong> geração prévia ouposterior. Os outros, em estado <strong>de</strong> oposição constanteuns aos outros, mantêm para si a etiqueta.Po<strong>de</strong>ria-se afirmar, neste caso, que há um direito<strong>de</strong> policiamento <strong>de</strong> uma geração sobre outra geração, <strong>de</strong>outra fratria <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado sexo, e um direito <strong>de</strong>comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma geração <strong>de</strong> duas fratrias. Estainstituição i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> em to<strong>da</strong> a África negra oci<strong>de</strong>ntal<strong>de</strong>man<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> estudos aprofun<strong>da</strong>dos.Vamos mais adiante, a propósito <strong>de</strong>stas mesmastribos. Elas reconhecem direitos às famílias. Há, por outrolado, <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s próprias gerações direitos individuais.O primogênito, em uma gran<strong>de</strong> família indivisa édistinguido. Ele é o patriarca a partir do momento on<strong>de</strong> oúltimo <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> geração prévia se encontrarextinto. Assim, um primogênito se <strong>de</strong>termina em umgrupo. Ele é o sobrevivente mais velho <strong>da</strong> mais velhageração. Há um comunitarismo a partir <strong>de</strong>le, porém ele éum chefe regular, um indivíduo <strong>de</strong>terminado. Quando o155

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