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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.apenas uma pessoa excepcionalmente mais jovem do queseu sobrinho e sua sobrinha, nestas outras socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s,geralmente, só se recupera um pouco <strong>da</strong> outra, talvez ameta<strong>de</strong> e freqüentemente nem isso.Os povos se organizam, então, <strong>de</strong> dois modos: pori<strong>da</strong><strong>de</strong>s e através <strong>de</strong> gerações. Isso ocorre, até mesmo, emsocie<strong>da</strong><strong>de</strong>s tão elementares quanto as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>saustralianas, e especialmente naquelas imediatamenteapós a australiana, como as <strong>da</strong> Melanésia, <strong>da</strong> América doNorte, entre outras. É no interior <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> geração que acomuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e a igual<strong>da</strong><strong>de</strong> no clã e na família se fazem,como se inventam, também, no interior <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> categoria<strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>s na tribo ou, igualmente, no interior <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s asi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro do clã, ou do grupo local.Enfim, <strong>de</strong>ixe-nos lembrar: é <strong>de</strong>ntro do mesmo sexoque há uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e uma hierarquia (caso <strong>da</strong>ssocie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> homens, em particular) e, também, <strong>de</strong>ntro<strong>da</strong> mesma geração <strong>de</strong> todo sexo, embora os membrosdifiram extremamente <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e que todos os filhos,netos, e bisnetos <strong>de</strong> um antepassado na gran<strong>de</strong> famíliaindivisa (América do Norte, África, etc.) sejam iguaisentre si. Ca<strong>da</strong> geração, <strong>de</strong>sta forma, possui o seu mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, e a sua posição vis-à-vis às outrasgerações.Vê-se bem, <strong>de</strong>ste modo, o sistema no interior dosgrupos <strong>de</strong> gerações sobrepostos, na representação sob aforma <strong>de</strong> dois punhos fechados e unidos pelas facesexternas <strong>de</strong> <strong>de</strong>dos encaixados, - faço aqui o gestoexpresso -, dispostos uns entre os outros, e on<strong>de</strong>prevalecem outros tipos <strong>de</strong> comunitarismos e outrasformas <strong>de</strong> igualitarismos: <strong>de</strong> sexo, <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> grupolocal, <strong>de</strong> clã. De vez em quando, nas organizaçõesespeciais como o exército on<strong>de</strong> a categoria <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e asocie<strong>da</strong><strong>de</strong> dos homens prevalecem, aparece, nos estratosmais baixos, especialmente, casos on<strong>de</strong> a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> équase absoluta (como nas socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> América doNorte e nas Pra<strong>da</strong>rias). Nós mesmos estávamos há pouconessas condições. Deste modo, po<strong>de</strong>-se dizer, que háreformas no igualitarismo e no comunitarismo que po<strong>de</strong>mser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s reformas necessárias. Não são, contudoe <strong>de</strong> forma alguma exclusivas <strong>de</strong> um ou <strong>de</strong> outroigualitarismo, não são mais do que formas toma<strong>da</strong>s apartir <strong>da</strong> hierarquia <strong>de</strong> um tipo específico <strong>de</strong> igualitarismo.151

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