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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.latentes nos trabalhos <strong>de</strong> Durkheim e <strong>de</strong> todos nós. Éapenas uma questão <strong>de</strong> melhor clarificá-las.1. O grupo local: a idéia <strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> quefuncionaria como uma massa homogênea, como um puroe simples fenômeno <strong>de</strong> massa é uma idéia que é precisoaplicar, certamente, mas só para certos momentos <strong>da</strong>vi<strong>da</strong> coletiva. Eu acredito ter <strong>da</strong>do um exemplo <strong>de</strong> escolha<strong>de</strong>ste princípio <strong>de</strong> «dupla morfologia», a propósito dosEsquimós. Mas em quase todos os lugares é a mesmacoisa. Vivemos alterna<strong>da</strong>mente em uma vi<strong>da</strong> coletiva eem uma vi<strong>da</strong> doméstica e individual. É incontestável quesão em momentos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> em coletivi<strong>da</strong><strong>de</strong> que as novasinstituições nascem, que são em estados <strong>de</strong> crise quemais nota<strong>da</strong>mente elas se formam, e que é <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>uma tradição, na rotina, nos ajuntamentos regulares queelas funcionam. Mas, o que também é igualmenteincontestável, é que em to<strong>da</strong>s as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>da</strong>s maisantigas conheci<strong>da</strong>s até as nossas, há uma espécie <strong>de</strong>momentos <strong>de</strong> retração mais ou menos intensos doindivíduo e <strong>da</strong> família em relação aos estados <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>coletiva. Vamos apresentar esta idéia em um casoconcreto.Eu recebi hoje mesmo <strong>de</strong> nosso amigo A. R. Brownum trabalho muito interessante, a bem dizer, o primeirosobre a morfologia social australiana <strong>de</strong> que sentíamosfalta completamente. Ele menciona a importância e<strong>de</strong>screve com insistência a influência <strong>da</strong> hor<strong>da</strong>, do campo,e dos grupos locais, - melhor até do que o SenhorMalinowski e ele até então tinham feito, - sobre a vi<strong>da</strong>social. As tribos australianas são dividi<strong>da</strong>s e vivem empequenos grupos que, fato curioso, não abonam nossasprevisões estatísticas. Elas são compostas <strong>de</strong> 4 a 6famílias <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente trinta pessoas.Há um máximo e um mínimo. Deste modo, comoconseqüência, a «hor<strong>da</strong>» talvez possa existir com suaprópria comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e igual<strong>da</strong><strong>de</strong>. O seu amorfismoincontestável é em todo caso muito conhecido e bemobservado. Mas, como se po<strong>de</strong> ver, este amorfismoenvolve <strong>de</strong> modo constante o polimorfismo <strong>da</strong>s famílias.Tem-se o hábito, contudo, <strong>de</strong> representar a famíliaaustraliana como completamente isola<strong>da</strong>. Não! Ela éapreendi<strong>da</strong> através do pequeno grupo local. Entãoavançamos muito: entre os que acreditaram observar o148

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