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A concepção freudiana de melancolia - Faculdades FIO

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Capítulo 1Da <strong>melancolia</strong> à <strong>de</strong>pressão: um <strong>de</strong>bate milenar entre a genialida<strong>de</strong> e a loucuraEm um estudo que almeja abordar a problemática que abarca os estados <strong>de</strong>pressivos,esbarra-se rapidamente em uma dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> consenso e <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição dos termos <strong>de</strong>pressãoe <strong>melancolia</strong>, que corriqueiramente se confun<strong>de</strong>m. Mesmo com o ganho <strong>de</strong> atenção que a<strong>de</strong>pressão teve juntamente com o <strong>de</strong>senvolvimento científico do século XX, Moreira (1992)afirma que a bibliografia sobre o tema <strong>de</strong>pressão-<strong>melancolia</strong> é fértil em afirmar a falta <strong>de</strong>consenso e a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições, mesmo em trabalhos psicanalíticos. Mas há diferençaentre <strong>de</strong>pressão e <strong>melancolia</strong>? São estados similares ou diferentes? A resposta para estasperguntas vem ao encontro da confusão existente em torno <strong>de</strong>sta condição psíquica. Existe umnúmero tão gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> diferentes manifestações <strong>de</strong>pressivas e melancólicas que seria quasenecessário criar uma classificação diferente para cada caso estudado mais afundo(SOLOMON, 2002).A palavra confusão não foi escolhida aqui por acaso: ela é a mais apropriada para sereferir à condição daquilo que se acha confundido, misturado ou ainda à impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>reconhecer diferenças ou distinções e à falta <strong>de</strong> clareza em relação ao problema que cercatanto os termos <strong>melancolia</strong> e <strong>de</strong>pressão, quanto a ou falta <strong>de</strong> discriminação <strong>de</strong>stes estados.Esta parte <strong>de</strong> nosso texto é uma tentativa, não <strong>de</strong> resolver tal problemática, mas <strong>de</strong>discriminar os elementos que estão em plena (con)fusão, buscando seus motivos, origens eimplicações, para assim abrir caminho para um estudo da <strong>melancolia</strong>.19

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