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A concepção freudiana de melancolia - Faculdades FIO

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Ao analisar a trajetória <strong>de</strong> Iefimov, mostramos como a perda do amigo e maestroitaliano o levou à submersão em um processo melancólico no qual viveu aprisionado. Naquelapesquisa, centramos nossa análise nos aspectos da <strong>melancolia</strong> revelados por Freud:investimento narcísico, i<strong>de</strong>ntificação e ambivalência. Destacamos também o papel do i<strong>de</strong>al doego na relação <strong>de</strong> Iefimov com o italiano.Os resultados daquela nossa pesquisa, somados ao fato <strong>de</strong> encontrarmosrecorrentemente em nossa prática clínica, muitos casos <strong>de</strong> pacientes melancólicos,<strong>de</strong>spertaram nosso interesse para o estudo aprofundado da <strong>melancolia</strong> <strong>de</strong>ntro da teoria<strong>freudiana</strong>.Desta forma, assim <strong>de</strong>finiu-se nosso objetivo: estudar a <strong>concepção</strong> <strong>freudiana</strong> dadinâmica da <strong>melancolia</strong>, procurando compreendê-la como reveladora dos elementosmelancólicos do psiquismo. Assim, a idéia <strong>de</strong> processos psíquicos melancólicos presentes nofuncionamento do psiquismo, os quais resultariam em um estado <strong>de</strong> mente melancólico,po<strong>de</strong>ria ser formulada a partir <strong>de</strong>sta base metapsicológica da teoria <strong>freudiana</strong>.Nossa investigação insere-se no campo do sofrimento psíquico e dos processos queregem o funcionamento da mente. Para tal incursão elegemos a psicanálise por sua riqueza eprofundida<strong>de</strong> na compreensão dos fenômenos psíquicos e pelos subsídios e técnicas para ainvestigação <strong>de</strong> tais fenômenos. Quanto ao estudo teórico do presente projeto, a metodologiabaseia-se na leitura, na pesquisa e na análise textual e conceitual do tema <strong>de</strong>limitado atravésdos textos selecionados.De início procuramos abordar a questão em torno dos termos “<strong>de</strong>pressão” e“<strong>melancolia</strong>”. Ao <strong>de</strong>finirmos esta última como objeto <strong>de</strong> estudo, fomos por diversas vezesinterpelados com a questão: a <strong>melancolia</strong> e a <strong>de</strong>pressão se referem ao mesmo estado psíquico?Também ao realizarmos a revisão <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> autores que estudam o tema, percebemos aexistência <strong>de</strong> inúmeras maneiras contraditórias <strong>de</strong> tratá-lo. Alguns usam o termo “<strong>de</strong>pressão”para se referir ao que Freud chamou <strong>de</strong> “<strong>melancolia</strong>’, enquanto outros usam “<strong>melancolia</strong>”para se referir a psicoses. O que encontramos neste campo foi uma gran<strong>de</strong> confusãoconceitual que não nos eximimos <strong>de</strong> encarar. Frente a isto, na primeira parte procuramos asorigens da <strong>melancolia</strong> e as diferentes formas <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>ste termo, percorrendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a históriaantiga até os textos freudianos.Na segunda parte realizamos um estudo teórico e conceitual da metapsicologia<strong>freudiana</strong> da <strong>melancolia</strong>, visando apreen<strong>de</strong>r os fundamentos do conceito por ele <strong>de</strong>senvolvido.Disto resultaram capítulos sobre o artigo Luto e <strong>melancolia</strong> e sobre os principais conceitosrelacionados à psicodinâmica da <strong>melancolia</strong>: o narcisismo e a ambivalência. Encerramos o13

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