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Nematoides na cultura da mandioquinha-salsa - Embrapa Hortaliças

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ISSN 1415-3033<strong>Nematoides</strong> <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>da</strong><strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>123CircularTécnicaFotos: Jadir B. PinheiroBrasília, DFAbril, 2013AutoresJadir Borges PinheiroEng. Agr., DSc.<strong>Embrapa</strong> <strong>Hortaliças</strong>Brasília, DFjadir.pinheiro@embrapa.brNuno Rodrigo MadeiraEng. Agr., DSc.<strong>Embrapa</strong> <strong>Hortaliças</strong>Brasília, DFnuno.madeira@embrapa.brAg<strong>na</strong>ldo Donizete Ferreirade CarvalhoEng. Agr., DSc.<strong>Embrapa</strong> <strong>Hortaliças</strong>Brasília, DFag<strong>na</strong>ldo.carvalho@embrapa.brRicardo Borges PereiraEng. Agr., DSc.<strong>Embrapa</strong> <strong>Hortaliças</strong>Brasília, DFricardo-borges.pereira@embrapa.brFrederick Mendes AguiarEng. Agr., MSc.<strong>Embrapa</strong> <strong>Hortaliças</strong>Universi<strong>da</strong>de de Brasília - UnBBrasília, DFaguiarmendes@yahoo.com.brIntroduçãoO cultivo de <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> representa uma ótima alter<strong>na</strong>tiva para pequenose médios produtores, especialmente agricultores familiares, em função <strong>da</strong>considerável deman<strong>da</strong> por mão-de-obra, principalmente <strong>na</strong>s fases de preparo demu<strong>da</strong>s, plantio e colheita, operações que exigem critério e capricho no manuseio.A <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> atinge eleva<strong>da</strong>s cotações e a oscilação de preços érelativamente peque<strong>na</strong> ao longo do ano, quando compara<strong>da</strong> a outras hortaliças. Oconsumo de <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> é comum <strong>na</strong>s regiões Sudeste e Sul. No Centro-Oeste, seu consumo ain<strong>da</strong> é pequeno, mas existe tendência de crescimento, e noNorte e Nordeste, é quase desconheci<strong>da</strong>.A <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> apresenta algumas características peculiares, a começarpelas exigências climáticas. É produzi<strong>da</strong> geralmente em regiões de clima amenopara frio. No Sudeste, o cultivo é recomen<strong>da</strong>do em regiões acima de 800 m dealtitude e no Centro-Oeste acima de 1.000m. Por outro lado, o frio excessivo,com muitas gea<strong>da</strong>s e/ou neve, interrompe o ciclo <strong>da</strong> <strong>cultura</strong>, comprometendo aprodução de raízes.O plantio é realizado por propagação vegetativa por meio de propágulos obtidosem campos sadios. Após desinfecção e preparo <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>s, elas são planta<strong>da</strong>sdiretamente no local definitivo ou após pré-brotação em serragem ou em água oupré-enraizamento em canteiros.Dentre os problemas fitossanitários, destacam-se os nematoides, sendoprovavelmente os maiores causadores de <strong>da</strong>nos <strong>na</strong> <strong>cultura</strong>.


<strong>Nematoides</strong> <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>da</strong> <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>3Fotos: Frederick M. Aguiar e Cecilia S. RodriguesEpidemiologiaOs nematoides do gênero Meloidogyne temgrande capaci<strong>da</strong>de de sobrevivência no solo,principalmente <strong>na</strong> forma de ovos (Figura 3) e dejuvenis de segundo estádio (J2). Como J2, podemsobreviver por determi<strong>na</strong>do tempo em condiçãoadequa<strong>da</strong> de umi<strong>da</strong>de e por longos períodos em soloseco, permanecendo em estado de dormência ouanidrobiose.Os ovos podem sobreviver por dias sem ocorrera eclosão dos juvenis. Assim que haja condiçãode umi<strong>da</strong>de suficiente no solo ou a presença deplantas hospedeiras, os juvenis de segundo estádioeclodem e são atraídos por exsu<strong>da</strong>dos radicularesliberados pelas raízes, penetrando pelo ponto decrescimento destas. Após a penetração, os juvenistor<strong>na</strong>m-se sedentários, alimentando-se no cilindrocentral e causando a formação de células gigantese galhas. Com o passar do tempo, o juvenil desegundo estádio desenvolve-se, dilatando seucorpo até transformar-se em uma fêmea, comcorpo piriforme. A fêmea pode produzir mais de1.000 ovos em uma massa de ovos, depositadosgeralmente <strong>na</strong> superfície <strong>da</strong>s raízes, podendo servistas a olho nu. O ciclo de vi<strong>da</strong> do nematoidegeralmente é de 21 a 45 dias, dependendo de váriosfatores, principalmente os relacio<strong>na</strong>dos ao clima.Figura 3. Ovos de Meloidogyne spp. em diferentesestádios de embriogênese. (A) Ovos e (B) Juvenil deMeloidogyne no interior do ovo antes de eclodir.Os principais fatores que afetam a sobrevivênciae a movimentação de Meloidogyne no solo são atemperatura do solo, a umi<strong>da</strong>de e a aeração. Adistribuição de nematoides em áreas cultiva<strong>da</strong>s ébastante irregular, sendo que a dissemi<strong>na</strong>ção ativados nematoides é praticamente desprezível emtermos epidemiológicos. Os modos de dissemi<strong>na</strong>çãomais importantes são passivos, por meio demovimentação de partículas de solo, implementosagrícolas contami<strong>na</strong>dos, irrigação, trânsito deanimais carreando partículas de solo e materialpropagativo contami<strong>na</strong>do, principalmente mu<strong>da</strong>s(Figura 4) (FERRAZ e SANTOS, 1984; HUANG eCARES, 1995; Agrios, 2005).Figura 4. Tratamento e acondicio<strong>na</strong>mento de mu<strong>da</strong>sde <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> antes do plantio.Cultivares de <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> suscetíveisfavorecem a alta multiplicação dos nematoides <strong>na</strong>área de cultivo por apresentarem ciclos vegetativosdemasia<strong>da</strong>mente longos em relação a outrasespécies olerícolas. Tal fato possibilita um maiornúmero de gerações de nematoides por ciclode <strong>cultura</strong>, aumentando assim a população dopatógeno e as per<strong>da</strong>s, devido à produção de raízescom baixo valor comercial (Santos & Silva, 1984).Nematoide-<strong>da</strong>s-lesões-radiculares –Pratylenchus spp.EtiologiaO nematoide-<strong>da</strong>s-lesões-radiculares, Pratylenchuspenetrans, foi relatado causando <strong>da</strong>nos em<strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> em raízes provenientes deEmbu-Guaçu no Estado de São Paulo (Monteiro,1980). Em 1999, espécies do nematoides-<strong>da</strong>slesões-radiculares,como P. coffeae e P. brachyurusforam constatados em lavouras de <strong>mandioquinha</strong><strong>salsa</strong>nos municípios de Domingos Martins,Marechal Floriano e Vargem Alta, no Estado doEspírito Santo, causando eleva<strong>da</strong>s per<strong>da</strong>s <strong>na</strong>Foto: Nuno R. Madeira


4 <strong>Nematoides</strong> <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>da</strong> <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>produção de raízes comerciais (COSTA et al., 1998,2000). Posteriormente, em 2001, P. penetransfoi relatado no município de Castro, no Estado doParaná (MENDES et al., 2001).Desta maneira sabe-se que em cultivos de<strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> as espécies P. penetrans,P. coffeae e P. brachyurus podem ocorrer emdiferentes regiões do país.HospedeirasEspécies do gênero Pratylenchus são bastantepolífagas sendo comumente encontra<strong>da</strong>s emgramíneas como arroz, ca<strong>na</strong>-de-açúcar, trigo,forrageiras e milho. Também ocorrem em algodão,soja, café, citros, fumo, frutíferas, espéciesflorestais, plantas or<strong>na</strong>mentais e algumas hortaliças,principalmente <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> e batata inglesa.Nas lesões <strong>da</strong>s raízes doentes podem ocorrertambém rachaduras, a maioria longitudi<strong>na</strong>is(Figura 6), que são porta de entra<strong>da</strong> para bactériasque aceleram o apodrecimento e tor<strong>na</strong>m as raízessem valor comercial (Figura 7) (COSTA et al.,2000).Foto: Jadir B. PinheiroSintomasO principal sintoma <strong>da</strong> infecção pelo nematoide<strong>da</strong>s-lesões-radicularesé a presença de lesões decoloração laranja avermelha<strong>da</strong>s <strong>na</strong>s raízes, que como passar do tempo evoluem para coloração marromescuro a preta (Figura 5). Os sintomas <strong>na</strong> parteaérea não são característicos, porém podem ocorrer<strong>na</strong>nismo, clorose e outros sintomas associadosà deficiência nutricio<strong>na</strong>l (ROBERTS e MULLENS,2002). Esses sintomas podem se manifestar <strong>na</strong>forma de reboleiras com manchas características emdetermi<strong>na</strong>dos pontos <strong>da</strong> lavoura.Figura 6. Rachaduras em raízes de <strong>mandioquinha</strong><strong>salsa</strong>devido à presença do nematoide-<strong>da</strong>s-lesõesradiculares.Foto: Jadir B. PinheiroFoto: Jadir B. PinheiroFigura 7. Apodrecimento de raízes de <strong>mandioquinha</strong><strong>salsa</strong>causa<strong>da</strong>s por Pratylenchus spp. após intensapenetração, desenvolvimento e reprodução donematoide <strong>na</strong>s raízes.Figura 5. Manchas <strong>na</strong>s raízes de <strong>mandioquinha</strong><strong>salsa</strong>de coloração marrom escuro a preta devido àpresença do nematoide-<strong>da</strong>s-lesões-radiculares.Ao cortar as raízes, observa-se no cilindro centralum anel escurecido devido à destruição <strong>da</strong> lamelamédia <strong>da</strong>s células parasita<strong>da</strong>s, com consequentesalterações bioquímicas no interior <strong>da</strong>s raízes(Figura 8).


<strong>Nematoides</strong> <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>da</strong> <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>5Foto: Jadir B. Pinheiroalimentam-se do conteúdo celular enquanto migrampelos tecidos. Desta forma ocorre a destruição <strong>da</strong>scélulas no local de penetração e movimentação dopatógeno. As lesões causa<strong>da</strong>s servem de porta deentra<strong>da</strong> para outros patógenos.Foto: Jadir B. PinheiroFigura 8. Interior <strong>da</strong>s raízes exibindo um anelescurecido devido à destruição <strong>da</strong> lamela média <strong>da</strong>scélulas parasita<strong>da</strong>s.Foto: Jadir B. PinheiroCom o processamento <strong>da</strong>s raízes em laboratórioobservam-se formas vivas do nematoide queestavam presentes no interior do tecido parasitado(Figuras 9 e 10).Figura 9. Pratylenchus spp. extraídos de raízes de<strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> com sintomas <strong>da</strong> doença.EpidemiologiaO nematoide-<strong>da</strong>s-lesões-radiculares é umendoparasito migrador, normalmente encontradono interior <strong>da</strong>s raízes <strong>da</strong>s plantas. Em todos osestádios do ciclo de vi<strong>da</strong> os nematoides movem-selivremente dentro e entre as raízes e o solo, sendoconsiderados todos estádios infectivos. Tanto osadultos como os estádios juvenis penetram <strong>na</strong>sraízes por meio ou entre as células do córtex eFigura 10. Pratylenchus spp. em diferentes estádiosde vi<strong>da</strong>.To<strong>da</strong>s as formas de vi<strong>da</strong> do nematoide-<strong>da</strong>slesões-radicularespodem permanecer em restos<strong>cultura</strong>is. Plantas remanescentes e espontâneasapós a colheita (soqueira) servem de fonte deinóculo para plantios sucessivos. As temperaturasótimas para o desenvolvimento e reprodução dosnematoides-<strong>da</strong>s-lesões-radiculares estão em tornode 20-30ºC. Sua reprodução é favoreci<strong>da</strong> porsolos de textura arenosa, argilosos ou orgânicos.Os <strong>da</strong>nos podem variar com o clima, tipo de soloe <strong>cultura</strong> hospedeira. Os fatores que provocamestresses como seca ou irrigação insuficiente,baixas temperaturas ou baixa fertili<strong>da</strong>de do solopodem agravar os <strong>da</strong>nos causados pelo nematoide(ROBERTS e MULLENS, 2002).Em plantios de <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>, o patógeno sedissemi<strong>na</strong> de uma área para outra, principalmentepor meio de mu<strong>da</strong>s contami<strong>na</strong><strong>da</strong>s. Além disso, adissemi<strong>na</strong>ção também pode ocorrer mediante ouso de implementos agrícolas contami<strong>na</strong>dos comsolo aderido e pela água de irrigação. Em áreasinfesta<strong>da</strong>s, a aração e a movimentação do solodissemi<strong>na</strong>m os nematoides com grande facili<strong>da</strong>de(COSTA et al., 2000).


6 <strong>Nematoides</strong> <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>da</strong> <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>Manejo do nematoide-<strong>da</strong>s-galhas e <strong>da</strong>slesões-radiculares em <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>Para o manejo correto dos nematoides em<strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> é necessário adotar uma sériede medi<strong>da</strong>s conjuntas, principalmente preventivas.Como é praticamente impossível elimi<strong>na</strong>r osnematoides do solo, devem-se manter baixos seusníveis populacio<strong>na</strong>is. Assim, qualquer métodode controle que reduza a população inicial oudiminua a capaci<strong>da</strong>de infectiva dos nematoidesdeve ser adotado. A utilização de mu<strong>da</strong>s sadias éde extrema importância para evitar a introduçãodestes patógenos em áreas isentas. Como asáreas cultiva<strong>da</strong>s com essa hortaliça são usa<strong>da</strong>sde forma intensiva, pelo menos uma <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>sconsidera<strong>da</strong>s a seguir deve ser adota<strong>da</strong> para manterbaixa a população de nematoides. O histórico <strong>da</strong>área de plantio também deve ser considerado, poiso conhecimento prévio <strong>da</strong>s espécies anteriormentecultiva<strong>da</strong>s e os possíveis problemas ocorridos <strong>na</strong>área poderão subsidiar a decisão pelo uso ou não <strong>da</strong>área e <strong>da</strong>s práticas <strong>cultura</strong>is a serem adota<strong>da</strong>s.Elimi<strong>na</strong>ção de restos de <strong>cultura</strong>s e plantashospedeiras(CHARCHAR, 1999) (Figura 11). Na prática, o quese recomen<strong>da</strong> é a utilização de áreas com cultivosantecessores de plantas que não sejam boashospedeiras de nematoides. É curioso e correto orelato de agricultores do Sul de Mi<strong>na</strong>s Gerais deque áreas infesta<strong>da</strong>s com cravinho (Tagetes spp.)reduzem a ocorrência de nematoides.Fotos: Jadir B. PinheiroOs restos de <strong>cultura</strong>s devem ser elimi<strong>na</strong>dos, poisestes podem conter grande quanti<strong>da</strong>de de ovos,juvenis e adultos os quais constituem a principalfonte de inóculo para o próximo plantio. Huang eCares (1995) recomen<strong>da</strong>m a queima dos restos<strong>cultura</strong>is. Isso pode ser inviável em determi<strong>na</strong><strong>da</strong>sregiões ou períodos úmidos. A remoção de raízese plantas hospedeiras após a colheita, comimediata aração ou gra<strong>da</strong>gem do solo, diminuiconsideravelmente a densi<strong>da</strong>de populacio<strong>na</strong>ldo nematoide para a <strong>cultura</strong> subsequente. Aelimi<strong>na</strong>ção de plantas <strong>da</strong>ninhas hospedeirasde nematoides <strong>na</strong> safra e entressafra impedeo aumento e a manutenção do nematoide <strong>na</strong>sáreas de cultivo. Por exemplo, carrapicho-rasteiro(Acanthospermun spp.), picão-preto (Bidens pilosaL.), capim-marmela<strong>da</strong> (Brachiaria plantaginea),capim-carrapicho ou timbete (Cenchrus echi<strong>na</strong>tusL.), cor<strong>da</strong>-de-viola (Ipomoea spp.), capim-gordura(Melinis minutiflora) e beldroega (Portulaca oleracea)são boas hospedeiras de P. brachyurus (COSTAMANSO et al., 1994), enquanto falsa-serralha(Emilia sonchifolia), juá-bravo (Solanum spp.) earrebenta-cavalo (Solanum sisymbrifolium) são boashospedeiras de algumas espécies de MeloidogyneFigura 11. Plantas <strong>da</strong>ninhas podem ser boasmultiplicadoras de Meloidogyne sp.AlqueiveO alqueive, aração e gra<strong>da</strong>gens periódicas, segui<strong>da</strong>s<strong>da</strong> manutenção <strong>da</strong> área limpa e sem vegetaçãoem período com condições climáticas favoráveisaos nematoides pode reduzir substancialmentesua população no solo (FERRAZ e SANTOS,1984; HUANG e PORTO, 1988). Duas ou trêsgra<strong>da</strong>gens, a intervalos de 20 dias em épocas maisquentes e 25 dias em épocas mais frias atingembons resultados, prática emprega<strong>da</strong> com sucessoem áreas de produção do Sul de Mi<strong>na</strong>s Gerais(MADEIRA e SOUZA, 2004). O alqueive reduz apopulação dos nematoides pela ação dessecantedo sol e ventos. Este método é bastante promissorpara regiões quentes e de baixa precipitação.Porém, apresenta como desvantagens o custo <strong>da</strong>manutenção do solo limpo e o favorecimento <strong>da</strong>erosão em regiões com altas precipitações.


<strong>Nematoides</strong> <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>da</strong> <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>7Utilização de plantas antagonistasA utilização de plantas antagonistas tem mostradoresultados expressivos <strong>na</strong> redução dos níveispopulacio<strong>na</strong>is de nematoides em diferentes <strong>cultura</strong>s.Crotalárias (Crotalaria spectabilis, C. juncea, C.breviflora), cravo-de-defunto (Tagetes patula,T. minuta, T. erecta), cravinho (Tagetes spp.)(Figura 12) e mucu<strong>na</strong>s (Mucu<strong>na</strong> spp.) são exemplosde plantas antagonistas utiliza<strong>da</strong>s com sucesso nocontrole de nematoides.A mucu<strong>na</strong>-preta (Mucu<strong>na</strong> aterrima) destaca-sepor comportar-se como hospedeira desfavorávelà multiplicação de M. incognita e M. javanica, ouseja, permite peque<strong>na</strong> reprodução dessas espécies,porém podem aumentar as densi<strong>da</strong>des populacio<strong>na</strong>isquando as condições ambientais forem favoráveisao nematoide. Para a redução <strong>da</strong> população deespécies de Pratylenchus as opções são menores e,nesse caso, indica-se ape<strong>na</strong>s o plantio de Crotalariaspectabilis.Rotação de <strong>cultura</strong>sA rotação de <strong>cultura</strong>s apresenta eficiência <strong>na</strong>redução de patógenos de solo, inclusive osnematoides. Porém, M. incognita e M. javanicaapresentam mais de 2.000 espécies de plantashospedeiras conheci<strong>da</strong>s. Meloidogyne incognita,por exemplo, possui quatro raças (1, 2, 3 e 4)que são caracteriza<strong>da</strong>s por atacar diferentesespécies de plantas. Em áreas infesta<strong>da</strong>s pelaespécie M. javanica, sugere-se a rotação comamendoim, braquiárias, C. spectabilis, mamo<strong>na</strong> ecultivares de milho resistentes a esta espécie. Nocaso de cultivos de <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> deve-seevitar a rotação de <strong>cultura</strong>s com inhame e batatainglesa (COSTA et al., 2000) devido à grandesuscetibili<strong>da</strong>de destas <strong>cultura</strong>s ao nematoide-<strong>da</strong>slesões-radiculares.Também é importante lembrarque o amendoim, braquiárias, mamo<strong>na</strong> e milhosão <strong>cultura</strong>s que geralmente apresentam grandecapaci<strong>da</strong>de de multiplicação de Pratylenchus.Assim, é importante identificar qual é a espéciepresente <strong>na</strong> área.A utilização <strong>da</strong> rotação de <strong>cultura</strong>s depende <strong>da</strong>gama de hospedeiros <strong>da</strong> espécie ou <strong>da</strong>s espéciesde nematoides envolvi<strong>da</strong>s e <strong>da</strong> viabili<strong>da</strong>deeconômica de outros métodos de controle. Éimportante salientar que em uma área com cultivode <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>, mais de uma espécie denematoides pode estar presente. A ocorrênciaconcomitante em uma mesma área de nematoide<strong>da</strong>s-lesões-radiculares(Pratylenchus spp.) enematoide-<strong>da</strong>s-galhas (Meloidogyne spp.) dificultaem muito o manejo <strong>cultura</strong>l, em relação à rotaçãode <strong>cultura</strong>s, visto que ambos os gêneros sãoFoto: Jadir B. PinheiroABFoto: Nuno R. MadeiraFigura 12. Cravo-de-defunto (A) e cravinho (B): plantas antagonistas que podem ser utiliza<strong>da</strong>s em áreas deprodução de <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> para redução dos níveis populacio<strong>na</strong>is de nematoides.


8 <strong>Nematoides</strong> <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>da</strong> <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>polífagos. Além disso, Pratylenchus alimenta-sepreferencialmente em gramíneas, o que dificultao manejo <strong>cultura</strong>l, visto que a recomen<strong>da</strong>ção derotação de <strong>cultura</strong>s para Meloidogyne prioriza autilização de gramíneas.Caso uma <strong>cultura</strong> seja boa hospedeira parauma população que apresenta baixos níveispopulacio<strong>na</strong>is, é possível que os níveis populacio<strong>na</strong>ispara esta espécie cresçam rapi<strong>da</strong>mente. Ao fi<strong>na</strong>l dociclo <strong>da</strong> <strong>cultura</strong>, esse nematoide terá alcançado umnível populacio<strong>na</strong>l tão alto que, se a <strong>cultura</strong> voltara ser planta<strong>da</strong> <strong>na</strong> área, ele poderá causar <strong>da</strong>nossignificativos.Uso de matéria orgânicaminutos em solução de água sanitária a 10% (0,2%de hipoclorito de sódio) (SANTOS e MADEIRA,2008). Após esse tratamento, as mu<strong>da</strong>s devemser enxagua<strong>da</strong>s para retira<strong>da</strong> do excesso de cloro esecas ao ambiente, antes de se iniciar o corte fi<strong>na</strong>lpara preparo <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>s. Tem-se preferido trabalharcom solução de água sanitária a 5% (0,1% dehipoclorito de sódio) por 10 minutos, por maiorsegurança em não queimar os brotos <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>s.No caso de pré-brotação de mu<strong>da</strong>s em água, deveseatentar para a sua quali<strong>da</strong>de, devendo estarisenta de contami<strong>na</strong>ção por solo com nematoides.No caso do pré-enraizamento em canteiros,atenção especial ao histórico de cultivo <strong>na</strong> área doscanteiros.O uso <strong>da</strong> matéria orgânica tem como objetivoatuar como condicio<strong>na</strong>dor do solo, favorecendosuas proprie<strong>da</strong>des físicas, além de contribuir comfornecimento de determi<strong>na</strong>dos nutrientes, comoo nitrogênio. As plantas são favoreci<strong>da</strong>s emrelação ao ataque de nematoides pelo crescimentomais vigoroso. Além disso, a matéria orgânicaestimula a diversificação <strong>da</strong> biota e o aumento<strong>da</strong> população de microrganismos no solo, emespecial de inimigos <strong>na</strong>turais dos nematoides,além de liberar substâncias tóxicas com suadecomposição, as quais contribuem para amortali<strong>da</strong>de dos nematoides. Tortas oleaginosas,bagaço de ca<strong>na</strong>, resíduos de brássicas, estercode gado ou aves e torta de mamo<strong>na</strong> sãoexemplos de materiais orgânicos. Entretanto,em <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>, recomen<strong>da</strong>-se cui<strong>da</strong>doespecial em não fazer adubação orgânica emexcesso de modo a proporcio<strong>na</strong>r a translocaçãode fotoassimilados <strong>da</strong> parte aérea para as raízes.É reconhecido que plantas de <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>muito aduba<strong>da</strong>s com matéria orgânica produzem“coroas” (parte aérea) muito viçosas, porémpoucas raízes comerciais. Isso ocorre pela resposta<strong>da</strong>s plantas em não armaze<strong>na</strong>r reserva (as raízescomerciais são estruturas de reserva), em funçãodo fornecimento contínuo de nutrientes que aadubação orgânica proporcio<strong>na</strong>.Desinfecção de mu<strong>da</strong>s de <strong>mandioquinha</strong><strong>salsa</strong>para plantioAs mu<strong>da</strong>s, antes do plantio (Figura 13), devemser lava<strong>da</strong>s primeiramente em água corrente pararetira<strong>da</strong> do excesso de impurezas, e imersas por 10Figura 13. Mu<strong>da</strong>s de <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> trata<strong>da</strong>spor imersão em água sanitária a 5% por 10minutos.Uso de cultivares resistentesOutra boa opção de manejo é a utilização decultivares resistentes ou tolerantes, quandodisponíveis. Fontes de resistência em cultivarescomerciais de <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> ain<strong>da</strong> sãoescassas. Entretanto, já é conhecido que clonesde raízes brancas apresentam maior tolerânciaa nematoides-<strong>da</strong>s-galhas em relação a clonesou cultivares comerciais de raízes amarelas(CARVALHO et al., 2012) (Figura 14 ). Entreclones de raízes amarelas, os mais precocestendem a ser menos suscetíveis a <strong>da</strong>nos denematoides pelo menor período do plantioa colheita e consequente menor número degerações de nematoides.Foto: Nuno R. Madeira


<strong>Nematoides</strong> <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>da</strong> <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>9Fotos: Jadir B. PinheiroABFigura 14. Clones de <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> de raízes brancas (A) geralmente apresentam maior resistência aonematoides-<strong>da</strong>s-galhas em relação a clones ou cultivares comerciais de raízes amarelas (B).As cultivares de <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> para consumoplanta<strong>da</strong>s no Brasil são preferencialmente deraízes amarelas, sendo altamente suscetíveis aonematoide-<strong>da</strong>s-galhas. Os clones de raízes brancas,com resistência ao nematoide-<strong>da</strong>s-galhas, são poucoconsumidos no país em virtude <strong>da</strong> baixa aceitaçãodos consumidores ao sabor e a coloração <strong>da</strong>sraízes. No Registro Nacio<strong>na</strong>l de Cultivares (RNC) doMinistério <strong>da</strong> Agri<strong>cultura</strong>, Pecuária e Abastecimento(MAPA) existe ape<strong>na</strong>s uma cultivar registra<strong>da</strong> com adenomi<strong>na</strong>ção de Amarela de Se<strong>na</strong>dor Amaral, tendocomo mantenedora a <strong>Embrapa</strong> (RNC/MAPA, 2012).Controle químicoAtualmente não existem produtos nematici<strong>da</strong>sregistrados para uso em plantios de <strong>mandioquinha</strong><strong>salsa</strong>conforme consulta no sistema AGROFIT dosite do MAPA.AmostragemÉ importante salientar o correto diagnóstico <strong>da</strong>espécie de nematoides envolvi<strong>da</strong>, o que pode serrealizado somente através <strong>da</strong> análise de amostrasde solo e raízes em laboratório especializado. Comisso, pode-se prevenir os riscos de prejuízos antesdo plantio, bem como amenizar as per<strong>da</strong>s caso onematoide já esteja instalado <strong>na</strong> lavoura.Para a coleta <strong>da</strong>s amostras, peque<strong>na</strong>s porções desolo e algumas raízes (3 a 5) deverão compor ca<strong>da</strong>amostra simples. Recomen<strong>da</strong>-se coletar em tornode 15-20 amostras simples de solo por hectare àprofundi<strong>da</strong>de de 0-30 cm, em caminhamento zigzagpela área. Em segui<strong>da</strong>, estas amostras simplesdevem ser homogeneiza<strong>da</strong>s, de onde são retira<strong>da</strong>scerca de 0,5 a 1,0 litro de solo e 3 a 5 raízesde <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> para compor a amostracomposta, que deverá ser coloca<strong>da</strong> em um sacoplástico com a identificação <strong>da</strong> área. Para áreasextensas e irregulares, é recomen<strong>da</strong>do a divisão<strong>da</strong> área em parcelas, considerando-se haver umacerta homogenei<strong>da</strong>de em ca<strong>da</strong> parcela, coletando-seamostras compostas em ca<strong>da</strong> uma delas.Caso não seja possível enviar as amostrasrapi<strong>da</strong>mente ao laboratório de identificação, estasdevem ser guar<strong>da</strong><strong>da</strong>s em ambiente frio entre 10-15ºC, ou deixa<strong>da</strong>s à sombra, para que não ocorra oressecamento, o que dificulta o correto diagnósticoem laboratório.Considerações fi<strong>na</strong>isA utilização de ape<strong>na</strong>s uma medi<strong>da</strong> de controledificilmente trará resultados satisfatórios, sendode fun<strong>da</strong>mental importância a associação dediferentes medi<strong>da</strong>s para a satisfatória produção de<strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>. Deve-se considerar o histórico<strong>da</strong> área, à sucessão de <strong>cultura</strong>s, à seleção e aotratamento de mu<strong>da</strong>s, ao manejo e preparo do solo,à limpeza de ferramentas e maquinário utilizados<strong>na</strong> área e ao manejo <strong>da</strong> soqueira. A integração <strong>da</strong>sdiferentes práticas certamente levará o produtora obter raízes de quali<strong>da</strong>de, com vantagenseconômicas e com respeito ao consumidor e aomeio ambiente.


10 <strong>Nematoides</strong> <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>da</strong> <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>ReferênciasAGROFIT. Sistema de agrotóxicos fitossanitários.Disponível em: . Acesso em27 out. 2012.AGRIOS, G. N. Plant Pathology. 5. ed. Amster<strong>da</strong>m:Elsevier: Academic Press, 2005. 922 p.CARVALHO, A. D. F.; PINHEIRO, J. B.; MADEIRA,N. R.; DOSS, C. R.; RODRIGUES, C. S.; PEREIRA,R. B. Avaliação de novos clones de <strong>mandioquinha</strong><strong>salsa</strong>(Arracacia xanthorrhiza). In: CONGRESSOBRASILEIRO DE NEMATOLOGIA, 30., Uberlândia.A<strong>na</strong>is... Uberlândia: UFU: ICA: SBN, 2012. p. 235-236. Resumo 115.CHARCHAR, J. M. <strong>Nematoides</strong> em <strong>Hortaliças</strong>.Brasília, DF: <strong>Embrapa</strong> <strong>Hortaliças</strong>, 1999. 12 p. il.(<strong>Embrapa</strong> <strong>Hortaliças</strong>. Circular Técnica, 18).CHARCHAR, J. M.; MADEIRA, N. R. Mandioquinha<strong>salsa</strong>(Arracacia xanthorrhiza): nematoides. In:<strong>Embrapa</strong> <strong>Hortaliças</strong>, Sistema de produção, 4.Jun. 2008. Versão Eletrônica, ISSN 1678-880X.Disponível em: < http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mandioquinha/MandioquinhaSalsa/nematoides.html> Acessadoem 18 mar. 2013.CHARCHAR, J. M.; SANTOS, F. F.; VENTURA, J.A. Nematóides <strong>da</strong> <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>. In: SANTOS,F. F.; CARMO, C. A. S (Ed.). Mandioquinha <strong>salsa</strong>:manejo <strong>cultura</strong>l. Brasília, DF: <strong>Embrapa</strong> SPI/<strong>Embrapa</strong><strong>Hortaliças</strong>, 1998. p. 57-63.COSTA MANSO, E. S. B. G.; TENENTE, R.C. V.; FERRAZ, L. C. C. B.; OLIVEIRA, R.S.; MESQUITA, R. Catálogo de nematoidesfitoparasitos encontrados associados a diferentestipos de plantas no Brasil. Brasília, DF, EMBRAPA-CENARGEN/ EMBRAPA-SPI, 1994. 488 p.COSTA, H.; SANTOS, J. M.; VENTURA, J.A.; ZAMBOLIM, L. Pratylenchus coffeae em<strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong> (Arracacia xanthorrhiza) noEstado do Espírito Santo. Nematologia Brasileira,Piracicaba, v. 22, n. 2, p. 7. 1998.COSTA, H.; VENTURA, J. A.; SANTOS, J. M.;CARMO, C. A. S. dos. Nematoide <strong>da</strong>s lesões embatata baroa. Emcaper: Vitória-ES, 2000. (Emcaper.Documentos, 106)DUTRA, M. R.; CAMPOS, V. P.; ROCHA, F. S.;SILVA, J. R. C.; POZZA, E. A. Manejo do solo e <strong>da</strong>irrigação no controle de Meloidogyne incognita emcultivo protegido. Fitopatologia Brasileira, Brasília,DF, v. 31, n. 4, p. 405-407, 2006.FERRAZ, S.; SANTOS, J. M. Os problemascom nematoides <strong>na</strong> <strong>cultura</strong> <strong>da</strong> cenoura e <strong>da</strong><strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>. Informe Agropecuário, BeloHorizonte, v. 10, n. 120, p. 52-57, dez. 1984HUANG, S. P.; CARES, J. Doenças causa<strong>da</strong>s pornematoides em Umbelíferas. Informe Agropecuário,Belo Horizonte, v. 17, n. 183, p. 73-79, 1995.HUANG, S. P.; PORTO, M. V. F. Efeito do alqueive<strong>na</strong> população dos nematoides-<strong>da</strong>s-galhas e <strong>na</strong>produção de cenoura. Fitopatologia Brasileira,Brasília, DF, v. 13, n. 4, p. 377-381, 1988.LORDELLO, L. G. E. Mais um nematoide nocivoà <strong>mandioquinha</strong>-<strong>salsa</strong>. Revista de Agri<strong>cultura</strong>,Piracicaba, v. 45, n. 1, p. 46, 1970.LORDELLO, L. G. E.; ZAMITH, A. P. L. Incidênciade nematoides em algumas <strong>cultura</strong>s de importânciaeconômica. Divulgação Agronômica, Rio de Janeiro,v. 2, p. 27-33, 1960.MADEIRA, N. R.; SOUZA, R. J. Mandioquinha<strong>salsa</strong>:alter<strong>na</strong>tiva para o pequeno produtor. Lavras:Universi<strong>da</strong>de Federal de Lavras, 2004. p. 47-49.(UFLA. Boletim Agropecuário, 60).MENDES, M. L.; PRIA, M. D.; GEUS-BOUWMAN,D. M.; VICENTE, F. R.; TOMASELLI, F. Ocorrênciade Pratylenchus penetrans (Cobb, 1917) Chitwood& Oteifa, 1952, em Mandioquinha-<strong>salsa</strong> (Arracaciaxanthorrhiza Bancr.) no Município de Castro, PR.Nematologia Brasileira, Brasília, DF, v. 25, n. 1, p.85-87, 2001.MONTEIRO, A. R. O nematoide Pratylenchuspenetrans causa necrose em <strong>mandioquinha</strong><strong>salsa</strong>no Brasil. In: REUNIÃO BRASILEIRA DENEMATOLOGIA, 4., 1979, Piracicaba, São Paulo.Trabalhos apresentados... Piracicaba: Socie<strong>da</strong>deBrasileira de Nematologia, 1980. p. 59-63.NETSCHER, C.; SIKORA, R.A. Nematode parasitesof vegetables. In: LUC, M.; SIKORA, R.A.; BRIDGE,J. (Ed.). Plant parasitic nematodes in subtropicaland tropical agriculture. Wallingford: CABInter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l, 1990. p. 237-283.


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