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<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 35AlmanaqueRICARDO GRAÇAPennies fromHeavenJoão Mareco director do Centro <strong>de</strong> Interpretação da Batalha <strong>de</strong> Aljubarrota“Não tenho vícios... prefiro ter hábitos!”❚Se não tivesse uma profissão ligada à arte, o queseria?Seria certamente carpinteiro, pelo toque e cheiro dama<strong>de</strong>ira, pelo trabalho manual.O projecto que mais gosto lhe <strong>de</strong>u fazerRecuperar um veleiro antigo em ma<strong>de</strong>ira, quandoera adolescente, e <strong>de</strong> ter navegado muitas milhasnele com a minha família e amigos.O espectáculo que mais lhe ficou na memóriaO concerto <strong>de</strong> La Boutine Souriante, um grupo <strong>de</strong>música folk do Kebec no festival Cantigas do Maio,numa tenda <strong>de</strong> circo, num ambiente mágico, naantiga fábrica da Mun<strong>de</strong>t, no Seixal.O livro da sua vidaPapillon, <strong>de</strong> Henry Charrière, talvez pela buscaincessante <strong>de</strong> “liberda<strong>de</strong>” <strong>de</strong> Papillon, que nunca<strong>de</strong>sistiu, contra tudo e todosUm filme inesquecívelGato Preto, Gato Branco, <strong>de</strong> Emir Kusturica, poruma realida<strong>de</strong> não muito distante da nossa háalguns anos... uma caricatura nossa!Se tivesse <strong>de</strong> escolher uma banda sonora para si, qualseria?A do filme, Into the Wild, sob orientação <strong>de</strong> EddieVed<strong>de</strong>rUm artista que gostaria <strong>de</strong> ter visto na regiãoOrnatos Violeta, que infelizmente terminaram,nem sei se alguma vez estiveram no José Lúcio.Uma viagem inevitávelAos antípodas e <strong>de</strong>pois regressar sem ser nomesmo sentido, o que daria uma volta ao mundo.Um vício que gostava <strong>de</strong> não terNão tenho vícios... prefiro ter hábitos!Uma personalida<strong>de</strong> que admiraNão tenho o culto da personalida<strong>de</strong>, nem paramim, nem por outros. Todos temospés <strong>de</strong> barro.Uma actriz que gostasse <strong>de</strong> levar a jantarA Penélope Cruz, embora <strong>de</strong>sconfie que sejadiferente da dos filmes <strong>de</strong> Almodóvar. Mesmoassim, arrisco.Um restaurante da regiãoVinho em Qualquer Circunstância, Batalha, paraimpressionar e A Casa da Maricotas, em São Jorge,para me sentir em casa...Um prato <strong>de</strong> eleiçãoMigas <strong>de</strong> espargos, com entrecosto, para não per<strong>de</strong>ras origens alentejanas.Um refúgio (no distrito)Vale <strong>de</strong> Alvados, uma surpresa bem guardada nomeio da serra, com vista para o mar eum pôr-do-sol magnífico.Um sonho para Porto <strong>de</strong> Mós?Não posso ter um sonhopara uma terra cujarealida<strong>de</strong> nãoconheço a fundo.Apenas <strong>de</strong>sejo queos portomosensessejam felizes etenha um futuropróspero esustentável etenham orgulhono seupatrimónio.Ornatos VioletaGato Preto, Gato BrancoMesa <strong>de</strong>CabeceiraLuísMourãoPenélopeCruz❚ O ministro das Finançasautorizou finalmente que osecretário da cultura abrisse osconcursos <strong>de</strong> apoio às artes,suspensos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Setembro, eanunciasse qualquer coisa como11 milhões <strong>de</strong> euros a distribuirpelas estruturas <strong>de</strong> produçãoprofissionais ao longo do próximoano. Parece uma festa, mas não é.Nestas alturas, tenho amigos queme dão uma palmada nas costas efazem-me as perguntas docostume. Lêem apoio às artescomo apoio ao Teatro, e milhõescomo se fossem mesmo milhões,e por isso esperam legitimamenteque esboce pelo menos umsorriso. Estão enganadíssimos,mas eu agra<strong>de</strong>ço-lhes o esforço e,muito, a palmada nas costas.Peço-lhes então que, pelo menos,leiam os avisos <strong>de</strong> abertura noDiário da República.É que os concursos são paraprojectos <strong>de</strong> Arquitetura, ArtesDigitais, Artes Plásticas, Dança,Design, Fotografia, Música, Teatroe Cruzamentos Disciplinares e,sendo para o próximo ano no quediz respeito a projectos anuais epontuais, cobrem ainda asestruturas que concorrem namodalida<strong>de</strong> quadrienal (2013 a2016) e bienal (2013 e 2014) e aindaos acordos tripartidos bienais equadrienais. Isto é, praticamentetodo o tecido profissional <strong>de</strong>produção artística em Portugal.Esclarecidos os meus amigosquanto ao lugar que o Teatroocupa nisto tudo, nunca resisto<strong>de</strong>pois a fazer notar que,precisamente porque sãoestruturas profissionalizadas, umdos requisitos básicos para seradmitido a concurso é terem<strong>de</strong>volvido ao Estado em taxas,impostos e contribuições mais <strong>de</strong>um quarto do que o Estado lhesatribuiu (fora o resto). Para alémdisso, que reparem nosmontantes disponíveis paraaquilo a que a tutela chama regiãoCentro e que façam um exercíciosimples <strong>de</strong> imaginação. Numprocesso em que se valorizamprojetos, a repartição por zonasgeográficas dos montantesatribuíveis é um contrassenso,mas dá jeito para as pessoasperceberem o problema.O montante disponível para oTeatro na nossa região é 900 mileuros para compromissosquadrienais, bienais, anuais eeventualmente mais uns milharespara pontuais. Agora peguem emtodas as estruturas que existem,ou resistem, em Aveiro, CasteloBranco, Coimbra, Guarda, <strong>Leiria</strong> eViseu e façam as contas. Gran<strong>de</strong>festa, hã?professor e dramaturgo

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