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DesportoJornal de Leiria 29 de Novembro de 2012 29JORNAL DE LEIRIA foi ao balneário depois do histórico triunfo sobre o 1.º de Dezembro“Futebol feminino não éparente pobre em Ourém”Natural de LeiriaFernando Motaserá candidatoao ComitéOlímpicoMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornaldeleiria.pt❚ Em Ourém não se fala de outracoisa. A equipa de futebol femininodo Atlético Ouriense entrou nahistória da modalidade ao quebraruma série inacreditável de invencibilidadedo 1.º de Dezembro, 11vezes consecutivas campeão nacional.A última derrota do clube deSintra para as competições nacionaistinha acontecido diante doBoavista, por 3-2, a 14 de Maio de2006. De então para cá, a equipasomou 140 encontros consecutivossem derrotas. O JORNAL DE LEI-RIA foi até ao Campo da Caridadesentir o pulsar do balneário das novasheroínas do desporto regionale ouvir a palestra do treinador.Fim da tarde de terça-feira, diado primeiro treino depois da épicavitória. Na rua, os sócios e fiéis seguidoresdo emblema conversamsobre o triunfo e o circo mediáticoque se instalou em torno “das meninas”.“Até me emocionei”, contaGabriel Rodrigues, director parao futebol. Quando chega ao recinto,Flávia Fartaria é felicitada pelogolo decisivo. Para as colegas até játem trono: é a nova “rainha deOurém”.São 19:45 horas. O treinador GonçaloViana entra no balneário parafalar com as suas atletas. É altura devoltar a pôr os pés em terra e continuara trabalhar, até porque opróximo adversário, o Leixões, éuma equipa perigosa. No entanto,as primeiras palavras são de regozijo.“É óbvio que é óptimo que onosso suor resulte num sorriso enão numa lágrima.” O assédio dacomunicação social impediu diasnormais para o técnico. “Nuncatinha passado por este tipo de experiência,mas ontem (segundafeira)nem consegui trabalhar. FoiA Bola, Record, TSF, Agência Lusa,tudo! A Flávia certamente passoupelo mesmo...” As raparigas nãoconseguiram evitar o riso.Treinador Gonçalo Viana fala com as suas atletasO número2385Foi o número de dias que o 1.º deDezembro esteve sem perder nocampeonato feminino. OAtlético Ouriense deu-lhe cabodas contas...No fundo, numa equipa que entratodos os domingos em campocom oito internacionais, a vitóriaaté acaba por ser natural, não se esperavaé que fosse tão cedo. Otécnico dá uma palavra a Flávia,curiosamente a última a entrar emcampo. “Foi um golo com muitomérito e foi importante teres mostradoque estavas para ajudar. Ascapas dos jornais e as notícias quetens satizfazem-me muito”, disseGonçalo Viana.“O que me tocou particularmentefoi ter havido malta queme ia partindo umas costelas no finaldo jogo”, brinca o técnico. Maisrisos. “Não me tinha apercebidoque havia gente em todo o lado,não cabia nem mais uma mosca.Em Ourém, o futebol feminino jánão é o parente pobre e o mérito étodo vosso”, atribui o técnico àssuas jogadoras, não só as que jogam,mas “todas as que durante asemana participam no processo”.Contudo, é hora de voltar aostreinos. “Não se deslumbram”,pede. “Se continuarmos a trabalhar,de certeza que continuaremoslá em cima e isso significa mais jogadoraspara a selecções, mais pes-MIGUEL SAMPAIOsoas no campo e mais promoçãosocial do desporto feminino. E vocêsmerecem, porque amam estedesporto mais do que ninguém e secalhar passaram por muito quandodisseram em casa que queriam jogarfutebol.”“Agora vamos trabalhar!” Saíramdo balneário, subiram as escadase lá começaram a treinar,com o sorrisos nos lábios, masmuita vontade de continuar a ganhar,já no sábado, ao Leixões.Para isso, “depois de um resultadosuper positivo”, é impensável entrardemasiado confiantes. “Jogamosde chuteiras e não de saltos altos”,alerta o técnico. “Espero quemantenham o foco e que essa sejaa receita para muitos mais sucessos.”Segundo lugar, a três pontosdo líder. Para uma equipa que noano passado estava na 2.ª Divisãonão está nada mau...❚ Fernando Mota, presidente cessanteda Federação Portuguesa deAtletismo, vai candidatar-se àseleições do Comité Olímpico dePortugal (COP), em Março próximo,disse à agência Lusa o presidenteda Federação Portuguesade Motociclismo.Jorge Viegas, presidente cessantedaquela federação, revelouque um grupo composto por presidentese ex-presidentes de 17 federaçõesdesportivas se reuniu naterça-feira para apresentar um candidatoàs eleições do COP. "O denominadoG17 reuniu-se e avançoucom a proposta de Fernando Motapara as eleições ao COP. A propostafoi sufragada pela grande maioria.Das 12 federações presentes,houve um voto contra e duas abstenções",afirmou.Fernando Mota, 66 anos, naturalde Leiria, licenciou-se em EducaçãoFísica pelo INEF (Instituto Nacionalde Educação Física) em1964 e cedo enveredou pela carreirade treinador de atletismo,no Benfica, CDUL e depois nosquadros federativos, onde foi treinadornacional de lançamentos. Oseu mandato à frente da FederaçãoPortuguesa de Atletismo é o últimopossível, face à nova Lei de Basesdo Desporto.“É um candidato que sai do movimentoassociativo-federativo. Éum homem que tem uma experiênciade 30 anos na Federação deAtletismo, primeiro como técnicoe depois como presidente. Temenorme experiência ligada ao movimentoassociativo e ao movimentoolímpico. E se há federaçãoque tem relevância no seio do movimentoolímpico, é o atletismo.Acima de tudo, é uma sequêncianatural na carreira de FernandoMota", justificou Jorge Viegas. Nasequência da decisão tomada, vaiser agora criado um grupo de trabalhopara a criação da restante listaàs eleições de Março de 2013.PUBLICIDADE