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14 Jornal de Leiria 29 de Novembro de 2012Sociedade EducaçãoFrente a frente As eleições para o Conselho Geral que se realizam na próxima segunda-feira serão deteque, no próximo ano, o elegerão. Nuno Mangas e Pedro Assunção lideram as listas que concorrem pelos lRICARDO GRAÇA/ARQUIVOLamento queo professorPedroAssunção, porrazõesmeramenteeleitoralistas,como o seuemail aliásconfessa,tenharetomadoesse assuntoum anodepois de tersidoesclarecidono CGNuno Mangas, presidente do IPLLeiria tem o politécnico com docentes maisqualificados a seguir a Lisboa e PortoElisabete Cruzelisabete.cruz@jornaldeleiria.pt❚ Lidera uma das listas que elege omaior número de elementos para oConselho Geral (CG). Por que razão osprofessores devem votar em si?Temos uma lista abrangente, compessoas de todos os departamentos daEscola Superior de Tecnologia e Gestão(ESTG), com experiências e saberesdiversos e que tem, claramente, acapacidade para contribuir para a definiçãodas estratégias futuras da instituição.O IPL deve continuar a trabalharpara ser, ainda mais, uma referêncianacional e internacional, assentenum conjunto de valores, comoo respeito mútuo, a transparência, aresponsabilidade e a cooperação, reconhecidopela elevada qualidadedo ensino, investigação, inovação etransferência de conhecimento. Mas,também assente numa premissa claraque é a qualificação e estabilidadedo seu corpo docente, algo em que oinstituto se distingue. Além de ser omaior instituto do país fora de Lisboae Porto, é aquele que tem também amaior qualificação do corpo docente.Temos um conjunto de pessoas queconsegue pensar a instituição de formaestratégica e que, em conjuntocom outros agentes regionais, pode catapultare projectar esta região .Se for reeleito, vai continuar a lutarpara que o IPL ganhe o estatuto deuniversidade?Primeiro, vou continuar a luta paraque o instituto possa dar todos osgraus académicos, que é uma questãoda mais elementar justiça. Não é compreensívelque o instituto, sendo umareferência e avaliado pelas instânciasnacionais e internacionais como excelenteem algumas áreas, não possadar o grau de doutor. O que faz sentidoé que os graus académicos sejamdados em função das competênciasque existem e não em função donome da instituição. Infelizmente, onome politécnico continua a ser menorizadopela nossa sociedade, porisso, por uma questão de comparabilidadeinternacional e de representaçãosocial, é fundamental termos a palavrauniversidade no nome e uma boaalternativa é a utilização do nomeUniversidade de Ciências Aplicadas, adesignação que é utilizada a níveleuropeu. Vamos continuar a trabalharem termos de internacionalização.Além de Macau, há a China. Vamoscomeçar a receber alunos de Pequime 4500 estudantes brasileiros e estamosa preparar um conjunto de mestradosem língua inglesa para atrair estudantesde fora do espaço lusófono.Com menos financiamento, que medidaspreconiza para garantir a sustentabilidadedo IPL?No início do meu mandato, em Outubrode 2009, a instituição tinhaum resultado negativo nas suas contasde 1,1 milhões de euros. Em 2011,esse resultado passou para 3,3 milhõesde euros positivos. Isso exigiu um esforçoenorme de toda a instituição:docentes e funcionários não docentes.Houve um conjunto de medidas quetiveram de ser adoptadas, algumas difíceis,com muito sacrifício por partede muitas pessoas, mas o que é certoé que, hoje, o instituto tem uma situaçãofinanceira estável. A sustentabilidadefinanceira da instituição éfundamental, por isso, teremos de repensaralgumas actividades e ir buscarmais receitas próprias. Hoje, temos188 projectos de investigação e 15milhões de euros em carteira. Provavelmenteteremos de captar maisprojectos e alunos estrangeiros. Já estamosa fazer esse trabalho, mas vamosintensificá-lo. O IPL foi das primeirasinstituições a fechar duas semanasem Agosto. Teremos de encontrarum mix entre a redução de algumasdespesas e ir à procura de novasreceitas.Qual será o desafio para o próximoCG?O CG tem a missão de orientar, masdestacaria a capacidade de ver maislonge, de ajudar a que a instituiçãofaça ainda melhor. Deve ter um sentidoclaramente estratégico. Apesardos elementos do CG serem eleitospor lista, depois cada um deles representa-sea si próprio. É com essa visãoque as pessoas vão participar e tornaras reuniões como momentos ricose que contribuam para o desenvolvimentodo IPL.Como comenta a acção de Pedro Assunção,o rosto da oposição, ao longodo seu mandato? E que leitura fazde ter questionado a legalidade dasdespesas de representação ganhaspor si, perto das eleições?Cada colega assume as posições queentende, desde que as faça de umaforma correcta. Não tenho nada quecomentar. Relativamente ao emaildo prof. Pedro Assunção, já tive oportunidadede esclarecer a comunidadeacadémica, e de uma forma muitosimples: há uma sentença do TribunalAdministrativo do Círculo deCoimbra, muito anterior à minhapresidência, que obriga o IPL a pagaresse abono. Nunca fiz nada para tal.E tomei a iniciativa de mandar suspendero pagamento logo que houveoutra sentença contraditória à deCoimbra. Lamento que o professorPedro Assunção, por razões meramenteeleitoralistas, como o seu emailaliás confessa, tenha retomado esseassunto um ano depois de ter sido esclarecidono CG. O que me preocupa,de resto, é o futuro da instituição e aestabilidade de todos os que nelatrabalham. Não posso esquecer queo IPL é uma comunidade académicaque tem 11.500 estudantes e 1400 trabalhadores,entre docentes e não docentes,para as quais é preciso garantira estabilidade. O desafio é garantira sustentabilidade do IPL eque este tenha cada vez mais qualidadee que se possa afirmar por essamesma qualidade, quer na regiãoquer no país e no contexto internacional.