16VISÃO JUDAICA • outubro de 2007 • Chesvan / Kislev • 5768Cientistas estudam ‘tráfego inteligente’Cientistas israelenses trabalham no Laboratóriode Pesquisa da IBM, em Haifa, em tecnologiaspara diminuir congestionamentos eprevenir acidentes. A pesquisa inédita serefere às áreas de segurança ativa e assistênciaao motorista. A idéia é produzir veículosque poderão trocar informações unscom os outros e com a infra-estrutura deruas e estradas, fazendo correções quandofor apropriado e avisando ao motorista paraevitar situações perigosas. Os pesquisadoresenxergam o tráfego do futuro como umaimensa rede onde os carros estarão conectadosentre si e com os sinais e sistemas deaviso de tráfego. Da mesma forma comocâmbios adaptativos, freios ABS e cruisecontrol são padrões em grande parte doscarros no mundo, as tecnologias avançadasde auxílio ao motorista também serão comuns,como se os carros tivessem “reflexos”.(Jornal Alef/José Roitberg).‘Trafego inteligente’ IIOLHAR○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○HIGH-TECH○Aron Goldshmidt, coordenador do projeto,explica: ‘Imagine um veículo consciente doespaço que o cerca, recebendo várias informaçõesde outros veículos, da pista ede câmeras colocadas em várias partes docarro’. Se o veículo souber onde ele estáem relação aos outros, isso significa quevocê pode dirigir mais perto dos outroscarros ou das laterais da estrada. O carrosempre vai saber para onde os outros estarãoindo. Se um acidente acontecer centenasde metros a sua frente, o carro irásaber, a segurança não será comprometidae o tráfego poderá não ser interrompido.Não importa o quanto inteligentes foremos carros: o motorista permanece no controle.Um dos objetivos do projeto é eliminaros sinais nos cruzamentos. Conscientesuns dos outros os carros poderão se encaixarpelas esquinas e receber sinais eletrônicosque os parem para pedestres atravessarem.Quando vier uma ambulância oucarro de serviço com passagem livre, o fluxono cruzamento poderá se auto-organizar,liberando a passagem. (Jornal Alef/José Roitberg).Encontrados restos do segundo TemploVestígios do segundo Templo foram presumivelmentedescobertos durante trabalhosde escavação realizados na Esplanada dasMesquitas. Um grupo de arqueólogos de Israelesteve no canteiro de obras destinadasa estabelecer um sistema de canalização,realizadas pelo Waqf islâmico, o organismode bens muçulmanos que supervisiona oslocais sagrados para instalar suas infra-estruturas.Os restos consistem num “muromaciço de sete metros de comprimento” ,disse na televisão a arqueóloga Gaby Barkai,da Universidade Bar Ilan, que pediu aogoverno israelense a paralisação dos trabalhos.A canalização feita pelo Waqf na Esplanadatem 1,5 metro de profundidade por100 metros de comprimento. O DepartamentoNacional de Antigüidades não comentou oachado. A Esplanada da Mesquitas é ondeficam o Domo da Rocha e a Mesquita de AlAqsa, no setor oriental de Jerusalém. O localmais venerado do judaísmo, onde existiuo segundo Templo de Herodes é chamadode Monte do Templo, e foi destruído pelosromanos no ano 70 e.c,. do qual só restao Muro Ocidental conhecido como o dasLamentações. (Uol notícias).Israel lança seu mais avançado satéliteA capacidade espacial de Israel deu umgrande salto ao ser lançado em setembro omais avançado satélite espião de Israel. Oequipamento terá condições de transmitirimagens com excelente definição em todasas condições de tempo, segundo informaçõesdo jornal The Jerusalem Post. Desenvolvidoe produzido pelas Indústrias Aeroespaciaisde Israel (IAI), o satélite pesaapenas 300 quilos e possui avançada tecnologiade radar, o Tecsar que dará ao Exércitode Israel, o que o atual Ofek-7 nãopermite: imagens precisas mesmo em cenáriode nevoeiro e nuvens carregadas. Osatélite foi lançado por intermédio de fogueteindiano. A IAI emprega cerca de 25mil pessoas. (The Jerusalem Post).Nariz artificial localizará tumor malignoCientistas israelenses criaram um ‘nariz artificial’parecido com um telefone celular quepermitirá descobrir, em 30 segundos, tumoresrelacionados ao câncer e onde eles estariamlocalizados no organismo. Este processoseria feito por meio da respiração edo cheiro, através de um sensor do tamanhoda cabeça de um alfinete. Uma equipede dezessete pesquisadores do InstitutoPolitécnico de Haifa (Technion) desenvolveuo novo dispositivo que poderá começar a serusado dentro de dois anos. O projeto, testadocom sucesso em pessoas durante a faseexperimental de laboratório, está sendopatenteado e conta com a ajuda de US$ 2,4milhões do Fundo de Pesquisas da UniãoEuropéia (UE). (El Reloj.Com).Diagnóstico precoce aumentasobrevida em 90%A atuação do ‘nariz que cheira o câncer’ ésimples: o paciente deve respirar em umaespécie de canudo ligado ao dispositivo quecontém um sensor e uma tela e, 30 segundosdepois, poderá saber o resultado doexame. Segundo os especialistas, isso evitará,no futuro, exames como as biópsiase radiografias para detectar o câncer. Emsetembro, foi iniciada em Israel a primeirapesquisa, em colaboração com o Departamentode Oncologia do Centro Médico Rambamde Haifa, quando o sensor pode sertestado em centenas de pessoas que sofremde câncer e em indivíduos saudáveis.Os métodos atuais só conseguem detectara doença quando o câncer já estáem via de desenvolvimento ou desenvolvido.Com a descoberta, o percentual depacientes que podem sobreviver poderáaumentar até 90%. (El Reloj.Com).Obrigado, senhorpresidente Ahmadinejad!Israel Winicki *Que você nos ama e se desvelapelo bem-estar do povo judeunão é segredo algum, senhorpresidente.Cada vez que pronuncia umdiscurso, nos menciona, recordanossos sofrimentos e atétoma a liberdade de idealizarmeios para nos ajudar a terminarcom eles (ainda que, devoreconhecer, que, às vezes, essesmeios são um pouco drásticos).Muitas vezes sugeriu que nossopequeno país devia mudar-se alugares mais agradáveis, tanto noaspecto climático como na quantidadede recursos naturais.Mas realmente, meu queridoMahmoud (permita-me que o chamepor seu nome, pois é com carinho),suas últimas declarações comrespeito à mudança de Israel parao Alaska ou Canadá, superam amplamenteas outras demonstraçõesdo amor que tem para conosco.O Canadá, com seus lagos, suasterras férteis, seus rios, seus recursosminerais (é certo que noinverno o clima é um pouco duro,mas os verões compensam comvantagens esse rigor, pois sãoagradáveis e temperados e nãocomo a pouca variação do climado lugar em que estamos agora:calor e chuva no inverno, calor ecalor no verão).E o mesmo se pode dizer doAlaska, agregando-se o fato de quetem sua riqueza petrolífera (o petróleoé algo inexistente onde nosencontramos).Mas, e sempre há um mas, pareceque a tão famosa “inteligênciajudaica” é um mito, pois emlugar de aceitar sua oferta, somostão bobos que preferimos ficar emnosso pequeno deserto.Recusamo-nos a viver com folganas imensas pradarias canadensese preferimos viver apinhadosem nossas cidades (Que coisa! Todosamontoados, suportando osgritos do vizinho de cima e o cheirode alho do vizinho do lado).Recusamos os grandes recursosnaturais do Alaska porquepreferimos sofrer pela carênciados mesmos.Mas, para que sua alminha purae nobre não se sinta angustiada,proponho-lhe algo para beneficiarum outro povo que também sofre:Mudemos os palestinos para oAlaska ou o Canadá! Lá poderãoconstruir seu estado deixando delado as rivalidades: Uma parte parao Hamas, outra para o Fatah, outrapara o Hezbolá. Cada grupo ficariaa cargo de uma província e…Chega de guerra civil! Com todo oterritório que teriam, até poderiamfazer um lugarzinho para vocêe os seus seguidores para estabeleceruma nova República Islâmica(além disso, estaria mais próximodesses próceres latino-americanos,Chavez, Morales e Castro,campeões dos povos oprimidos elibertadores de meio continente).E mais, poderia reunir umgrupo de historiadores palestinos,e eles, com sua grandehabilidade para tergiversar…Perdão… Para pesquisar a história,até podem descobrir queos algonquinos, os furões, osiroqueses, os salish e atapascosde Canadá, ou os aleutinos,os inuit, os nesilik, os nunivake os yupik do Alaska, são na realidadeos antepassados dos palestinosque foram despojadosde suas terras ancestrais se viramforçados a emigrar do OrienteMédio. E que a Cidade Santada qual Maomé subiu ao céu,não é essa velha cidade de Jerusalém,tão antiquada, mas amoderna Montreal.Realmente, meu querido Mahmouddá-me pena frustrar suasboas intenções, mas o que vamosfazer, assim somos nós os judeus,nos aferramos a esse pedacinho deterra sem valor como se fosse oJardim do Éden e rejeitamos osparaísos terrestres que nos oferecempessoas tão bem-intencionadascomo você.Faça-me caso, ofereça esses lugaresaos palestinos, eles, com otal de inventar… Digo fundar seuestado, aceitariam qualquer coisa.O problema (ainda que vocêpossa solucioná-lo com um par debombas nucleares das que está fabricandoou mandando alguns deseus amigos a se detonarem) é seos canadenses, ou os norte-americanosvão aceitar que em seusterritórios se funde tal Estado.Outra vez muito obrigado SenhorPresidente Ahmadinejad, Eque continuem os êxitos!* Israel Winicki nasceu naArgentina, mas resideatualmente em Naharya, Israel,onde é professor de história econferencista. É colaborador dosite israelense de línguaespanhola, www.porisrael.orgonde o presente artigo foipublicado. O site é parceiro dojornal <strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong>.(isi_winicki@hotmail.com).
VISÃO JUDAICA • outubro de 2007 • Chesvan / Kislev • 5768Liturgia teocrática, ideologia niilista17Pilar Rahola *ode existir um niilismode talho teocrático?<strong>Sem</strong> dúvida é um autênticooximoro, comnotáveis méritos para fazerparte dos grandes opostos dalinguagem. Pareceria que a exaltaçãoaté o paroxismo da transcendênciaespiritual, não podedesembocar no nada absoluto,como se tentássemos juntar SantaTeresa de Jesus e Nietzsche, epretendêssemos não afundar naintenção. O filósofo alemão gostavade dizer que vivia no abismopermanente e, em troca, osgrandes místicos, asseguram viverna plenitude. É, talvez, a plenitudeespiritual uma outra formade abismo? Seja como for, nãopareceria fácil juntar ambas asconstruções mentais se não fossepelo fato, de que sobre a filosofiaestá a realidade, e esta sempresupera as expectativas. Hoje,o fenômeno ideológico mais sério,mais trágico, mais perigosoO LEITORESCREVEArtigo daprofessora JanePrezada Jane,Caros amigos do <strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong>:Parabéns pelo artigo da professoraJane Bichmacher de Glasman, que realmenteinovou! Adorei a questão donunca começar do zero, uma nova visãoque eu ainda não havia ouvido,nem lido a respeito.E parabéns também ao jornal peladivulgação do valioso artigo.Gmar Tov a todos!Marcos SusskindSão Paulo – SPHebron judaicaSenhores redatores:É com muita satisfação que tenhoo prazer de cumprimentá-los pela publicaçãodo brilhante artigo “Os eternosvínculos judaicos com Hebron”.A história ali contada renova nossoespírito e amor pelo lugar, tão sagradoao povo judeu, que durantemilênios nos foi roubado. É com ocoração entristecido que recordo oe, sem dúvida, mais letal que atuano mundo, encontrou a fórmula parasomar o amor a D-us com o amor anada, e a partir do nada, considerarque a vida não tem outro valor queo valor de tirá-la. Os guerreiros doislamismo jihadista, treinados numacultura de ódio e morte, são niilistasde manual, autênticas encarnaçõesdo vazio absoluto e, no entanto,sua linguagem, sua liturgia, seucenário é, todo ele, religioso. Emcerto sentido são os anti-heróis dohomem que Albert Camus procuravaem Os justos, que não duvidam comoduvidava seu personagem Kaliayev,mas como êmulos de Stepan, matame morrem sem nenhuma fratura interna.<strong>Sem</strong> pergunta alguma. <strong>Sem</strong>alma. Certamente, trata-se de umasocialização da morte como paradigma,e só a partir dessa socialização,se pode entender a essência do fenômenoe se pode calibrar sua enormedimensão.Nestes últimos meses, algunscolegas, que até agora consideravampessoas que escrevem, e interessadasno jihadismo islâmico háfato de que até 1967, quando acidade era ocupada pelos jordanianos,era terminantementeproibido que algum judeu dela seaproximasse, assim como por séculos,a nós foi negada a possibilidadede orar na Caverna deMachpelach, onde estão sepultadosnossos principais patriarcase matriarcas. Parabéns por nosproporcionar esse belo artigo.David M. AizenSão Paulo - SPDo começo ao fimAmigos editores:Quero dizer que adoro o jornal etodos os artigos são motivo de satisfação.Acho que todos os elogios sãopoucos. Espero com ansiedade achegada de um novo número equando ele chega, leio todos osartigos do começo ao fim.Vocês estão de parabéns!Edith BlumembergCuritiba - PRPara escrever ao jornal <strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong>basta passar um fax pelo telefone: 0**41 3018-8018ou um e-mail para visaojudaica@visaojudaica.com.branos, como uns demagogos, ou unsalarmistas sem fundamento, ou talvezdiretamente agentes infiltradosdo Mossad — como esses vendedoresde santos de Olot 1 , que PereCalders assegurava que eram espiõesjaponeses —, estes notáveiscolegas acabam de ver a luz e descobrira ameaça. E qual cogumelosdepois da chuva, aparecem sob asárvores e enchem os microfones desisudas explicações que, dando-as,conseguem dar todas as respostasque alguns de nós levaram anos procurando.Para problemas complexos,soluções simples, diz o catecismo dobom populista, e deve ser um catecismomuito lido nas cátedras universitárias.Porque se o jihadismofosse explicado com os argumentosque ouvi estes dias até à saciedade,especialmente na boca dos intelectuaisorgânicos do progressismo, acoisa seria de rir, enquanto choramosde pena. De entrada, e como erade se esperar, parece que o terrorismoislâmico não é mais que uma reaçãoviolenta ao imperialismo ianque,que certamente é o responsável portodos os males que envolvem o mundoislâmico. Ao mesmo tempo, o islãnão é culpado de nada, só de sofrerdurante décadas e finalmente sublevar-se.Todo o enfoque perverso nascedo Ocidente, e todo o vitimalismopaternalista se aplica ao Oriente,com a clássica visão beneméritapara com o terceiro mundo de Quicoo progressista. Projetada a visão maniqueísta,o planeta divide-se entreas responsabilidades americanas, alassidão européia, que vive sem vivernela, e os pobres países do islã.Certamente, explica-se o fenômenoem termos de pobreza, marginalizaçãoe desespero. Assim enquadram ossuicidas do Hamas palestino, os adolescentestreinados nos campos doHezbolá, os iraquianos degoladoresde pessoas e até os suicidas que aparecempelo sudeste asiático. Tratasede esboçar partes tópicas para organizarum quebra-cabeça que nãorompa nenhum dos esquemas da correçãopolítica. Bem. Como estou aquipara incomodar, e tenho a mania deanalisar a questão desde há décadas,me permitirei alguns matizes sensivelmentecorretores do dogma progressistasobre o jihadismo. Primeiro,o fenômeno, como ideologia demassas em sua versão moderna, nascena década de 1920 na Universidadedo Cairo, quando nem existiaIsrael, nem os Estados Unidos pintavamnada. Os grandes ideólogosforam condenados à morte logo emseguida, mas seus seguidores, egíp-cios e sírios em sua maioria, distribuíram-sepela Europa e foram acolhidos porbelos países como a Suíça e a Inglaterra,que viam neles uma clara oposiçãoaos regimes de estilo soviético. Logoreceberam dezenas de milhões de dólaresdos Emiratos e da Arábia, e sua atividade,sua logística, seus centros deestudos, seus mitos e toda a parafernáliado fundamentalismo islâmico cresceramcom extraordinária rapidez, portodo o âmbito mulçulmano. Quando, em2001, à raiz do 11 de Setembro, foramcongelados os fundos que financiavamo fenômeno a partir da Europa, os bancosislâmicos implicados tinham décadasde atividade. Não há espaço nesteartigo, para recordar o que significou aguerra fria, mas não se pode explicar ofundamentalismo islâmico sem falar daUnião Soviética. Ou sem falar do terrorismoiraniano, que matou dezenas depessoas na Argentina. Ou sem falar dopapel das ditaduras do petrodólar, ativasno financiamento de uma visão extremistado islã. Quando, na Palestina,começaram a doutrinar crianças para amorte, nas colônias de férias financiadaspelo Irã e, em seu momento, o Iraque,ninguém quis ver o fenômenocomo o que era: a derivação palestinado niilismo extremista, um niilismo quesuperava a idéia de um Estado palestino,para abraçar diretamente a repúblicaislâmica. E tivemos Bali, Beslam,Quênia, Turquia, centenas demortes até chegar ao primeiro atentadona Europa, Madrid, 11 de Março.Pelo caminho, Bush cometeu o graveerro de perpetrar uma guerra inútil.Mas para chegar a Atocha, o fenômenohavia atravessado mares e tinha seglobalizado. Em resumo acelerado: nãoé uma ideologia de pobres, mas profusamentefinanciada. Não é uma ideologiados marginalizados, ainda queuse a marginalização como munição.Não é uma ideologia libertadora, senãotudo ao contrário: seu objetivo éo domínio integral do ser humano. Nãopretende libertar povos, mas criar umaúnica Umma muçulmana. E, ainda queseja difícil de digerir, não nasce da maldadeamericana, porém muito antes, deum olhar regressivo, medieval e furibundamenteantilibertário do próprio islã.Usa os erros do Ocidente, mas nasce deseus próprios monstros. Tudo isso, emais, interage no fenômeno, e sem entendera complexidade de décadas, asúnicas coisas que conseguiremos serãoalgumas partos mentais, desses que caemtão bem nas tertúlias progressistas, simpáticas,politicamente corretas e totalmenteinúteis.Nota:1 Olot — Cidade capital da comarca deGarrocha, especialmente conhecida porseus atrativos de interesse natural.* Pilar Rahola éconhecida jornalista,escritora e temprograma na televisãoespanhola. Foi viceprefeitade Barcelona,deputada noParlamento Europeu edeputada noParlamento espanhol.Publicado no jornal LaNación, de BuenosAires. Tradução: SzyjaSorber.