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Geni Alberini Roters - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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96“mandam” os alunos ler<strong>em</strong>, admitindo não realizar ativida<strong>de</strong> diferenciada nesse sentido.Somente uma professora organiza recitais <strong>de</strong> poesias e contos sist<strong>em</strong>aticamente.Esta reflexão r<strong>em</strong>ete à importância dos Cursos <strong>de</strong> Letras oportunizar<strong>em</strong>, aosfuturos professores <strong>de</strong> Língua Materna, o ensino <strong>de</strong> teorias e estratégias sobre leitura(principalmente a literária), as quais, por meio do trabalho diferenciado do educador,ensej<strong>em</strong> ao aluno uma atitu<strong>de</strong> “responsiva-ativa” com o texto.Po<strong>de</strong>-se perceber a probl<strong>em</strong>ática conjuntural <strong>de</strong>sfavorável aos esforços para arealização das práticas <strong>de</strong> leitura com maior distinção na biblioteca, muito poucoutilizada pelos estudantes, pela falta <strong>de</strong> um ambiente propício. De acordo com afuncionária, não há ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> incentivo à leitura como iniciativa da biblioteca;espera-se que os professores a procur<strong>em</strong> para alguma ativida<strong>de</strong>, mas isso nunca ouraramente acontece.É importante salientar que atualmente há duas professoras <strong>de</strong> LínguaPortuguesa, <strong>em</strong> disfunção, atuando como auxiliares <strong>de</strong> biblioteca. Como nas <strong>de</strong>maisescolas da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Estadual, não se t<strong>em</strong> um profissional com formaçãoespecífica para trabalhar <strong>em</strong> biblioteca, geralmente recorre-se a auxiliaresadministrativos ou professores <strong>em</strong> disfunção para que possa funcionar. Esse pessoalconta apenas com o senso comum e a boa vonta<strong>de</strong>, não lhe sendo <strong>de</strong>stinado qualquercurso ou capacitação na área.É interessante observar que somente uma professora afirmou <strong>em</strong>prestar livrospara sua leitura pessoal com bastante freqüência e, eventualmente, levar para a sala <strong>de</strong>aula algum título que lhe chama a atenção e ler fragmentos aos alunos como incentivoà leitura da obra. Os <strong>de</strong>mais professores entrevistados informaram não utilizar abiblioteca para levar seus alunos e n<strong>em</strong> para <strong>em</strong>prestar volumes para uso <strong>em</strong> sala <strong>de</strong>aula.O pensamento final ressalta que n<strong>em</strong> as mudanças no ensino <strong>de</strong> leitura literárian<strong>em</strong> as relações da escola com a leitura acontecerão por conta própria. É necessárioque esse t<strong>em</strong>a receba maior atenção, pois, tal qual os versos tão cheios <strong>de</strong> sabedoria<strong>de</strong> João Cabral <strong>de</strong> Melo Neto, um galo sozinho não tece uma manhã, ele precisarás<strong>em</strong>pre <strong>de</strong> outros galos que apanh<strong>em</strong> o grito por ele lançado e lanc<strong>em</strong> a outro, até quea manhã nasça “plana, livre <strong>de</strong> armação”.

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