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Geni Alberini Roters - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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85Apesar das respostas dos alunos não estar<strong>em</strong> incorretas, não foramretomadas pela docente <strong>em</strong> um verda<strong>de</strong>iro diálogo. A mesma sist<strong>em</strong>ática é repetida porela durante a leitura, e, conforme o avançar da história, há <strong>de</strong>sinteresse por parte dosalunos <strong>em</strong> respon<strong>de</strong>r às perguntas feitas pela professora. Já quase no final aprofessora indagaM: Perceberam?Silêncio...M: O que está acontecendo na história agora?Silêncio...Professora lê mais um pouco e:M: Viu! Ela também recebeu uma carta anônima!M: Vocês estão enten<strong>de</strong>ndo? Está enten<strong>de</strong>ndo SeuJoão?A: Sim... Inclusive...A professora prossegue a leitura.(Notas do DC <strong>de</strong> 28/04/08)Note-se que Marcela perguntou ao aluno sua opinião, mas não <strong>de</strong>monstrouuma atitu<strong>de</strong> “responsiva-ativa” para com sua resposta, como suger<strong>em</strong> as lições <strong>de</strong>Bakhtin (1992). Neste “diálogo” mantido por ela po<strong>de</strong>ria acrescentar-se o apontado porL<strong>em</strong>bo (1975, p. 71) quando tece reflexões sobre o agir do professor que t<strong>em</strong> uma lista<strong>de</strong> perguntas para fazer aos alunos e uma série <strong>de</strong> afirmações cuidadosamente<strong>em</strong>pregadas por ele dando a falsa idéia ao educando que para cada caso só há umaresposta aceitável, resposta essa coinci<strong>de</strong>nte com a qual o professor julga correta.Por ocasião da entrevista realizada posteriormente, indagou-se porque faziaperguntas e <strong>de</strong>pois ela mesma respondia, Marcela então evi<strong>de</strong>nciou sua preocupaçãocom o entendimento do aluno, pois crê acrescentar informações mais precisas sobre olido e t<strong>em</strong>e uma interpretação muito “rasa” do texto.Neste sentido, apesar <strong>de</strong> sua preocupação como o bom entendimento do texto,nega a reflexão do aluno e utiliza um tipo <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> leitura que, conforme Silva(2005, p. 4), “ten<strong>de</strong> a contribuir para a docilização” impedindo, segundo o autor, o

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