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Geni Alberini Roters - Programa de Pós-Graduação em Educação ...

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74Fazendo críticas mais contun<strong>de</strong>ntes um professor assim se manifestou:Não, <strong>de</strong> forma alguma, pois na maioria dos encontros dos quaisparticipei, os palestrantes não dominam a própria língua, e, como seensina senão pelo ex<strong>em</strong>plo? Os encontros são um <strong>de</strong>sastre e não sópor isso, mas por total ausência <strong>de</strong> planejamento! (Junho)Notou-se por meio das respostas a essa questão, que os professores <strong>em</strong> geralestão <strong>em</strong> busca <strong>de</strong> informações mais pragmáticas e capacitações somente teóricaspara eles têm pouco a ver com o cotidiano da sala <strong>de</strong> aula, o que se evi<strong>de</strong>ncia na fala<strong>de</strong> Maio: “Não, a teoria é fácil, mas a prática é diferente”.A esse respeito observa Tardif (2000 p.13) que os saberes profissionais dosprofessores são variados, heterogêneos, ecléticos e sincréticos e, segundo ele, osprofessores no seu cotidiano não eleg<strong>em</strong> uma teoria específica para orientar o seutrabalho e sim uma soma <strong>de</strong> várias, conforme a sua necessida<strong>de</strong>, por mais que muitasvezes pareçam contraditórias, pois estão pautadas na vivência escolar e social <strong>de</strong>les,b<strong>em</strong> como <strong>em</strong> suas crenças pessoais.O autor argumenta que as teorias serv<strong>em</strong> somente para ancorar a prática diáriado professor, integrando-se ao trabalho e aos objetivos que eles quer<strong>em</strong> atingir.Entretanto, n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre é fácil para eles a teorização da prática e a formalização <strong>de</strong>saberes, pois eles os vê<strong>em</strong> como pessoais e íntimosDaí à reflexão <strong>de</strong> que se os saberes dos professores estão centrados mais na“base da tentativa e erro, nas situações que se criam <strong>em</strong> sala <strong>de</strong> aula e nas suasexperiências pessoais” (TARDIFF, 2000, p.13), os cursos <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong>v<strong>em</strong>observar esses aspectos para realmente ser<strong>em</strong> interessantes aos olhos do professor.Ainda levando-se <strong>em</strong> conta as respostas dos docentes com relação aoaproveitamento <strong>de</strong>les nas capacitações profissionais, concorda-se com Kramer (1983)quando esta <strong>de</strong>nuncia que estes cursos negam a oportunida<strong>de</strong> ao professor <strong>de</strong>,partindo <strong>de</strong> sua própria história <strong>de</strong> vida e dos conhecimentos adquiridos durante a suatrajetória docente, transformar-se <strong>em</strong> um pesquisador. Desse modo, ao invés <strong>de</strong> ajudáloa cruzar a ponte entre teoria e prática, reforçam a idéia do ensino partindo <strong>de</strong> um

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