613.8 BAKHTIN E AS DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁA proposta do Currículo Básico do Paraná, elaborada no início da década <strong>de</strong>1990, já apresentava pressupostos <strong>de</strong> Bakhtin e do seu Círculo como enfrentamento aoensino tradicional, introduzindo na ocasião as concepções dialógicas e sociais dalinguag<strong>em</strong> as quais, pretendia-se, <strong>em</strong>basariam dali para adiante as práticaspedagógicas utilizadas pelos professores. Na ocasião foram ministrados inúmeroscursos <strong>de</strong> capacitação para divulgação do novo enfoque.No final dos anos 90, com a impl<strong>em</strong>entação dos Parâmetros CurricularesNacionais, as concepções <strong>de</strong> Bakhtin acerca da linguag<strong>em</strong> continuaram sendoalicerces importantes para trabalho pedagógico do professor, <strong>em</strong>bora com algumasressalvas ao caráter neo-liberalista dos PCNs e das “habilida<strong>de</strong>s e competências”esperadas dos alunos, as quais mais complicaram do que facilitaram o ensino dalíngua.As atuais Diretrizes Curriculares, <strong>em</strong> vigor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, fundamentaram suaproposta nas concepções interacionistas e discursivas e(...) segu<strong>em</strong> por outro caminho porque consi<strong>de</strong>ram o processo dinâmicoe histórico dos agentes <strong>de</strong> interação verbal, tanto na constituição socialda linguag<strong>em</strong> quanto dos sujeitos que por meio <strong>de</strong>le interag<strong>em</strong>.Na linguag<strong>em</strong>, o hom<strong>em</strong> se reconhece humano, interage e trocaexperiências, compreen<strong>de</strong> a realida<strong>de</strong> <strong>em</strong> que está inserido e percebe oseu papel como participante da socieda<strong>de</strong>. A partir <strong>de</strong>sse caráter socialda linguag<strong>em</strong>, Bakhtin e os teóricos do Círculo <strong>de</strong> Bakhtin formulam osconceitos <strong>de</strong> dialogismo e dos gêneros discursivos [...] (DCE/PR, 2006p. 20).Po<strong>de</strong>-se concluir, com esse breve histórico, que os preceitos <strong>de</strong> Bakhtin e doCírculo estão presentes nos fundamentos teóricos das DCEs do Paraná há mais <strong>de</strong>uma década.Kramer (2007) alerta, porém, que “cada proposta é um caminho, não é umlugar, e, portanto t<strong>em</strong> uma direção, um sentido, um para quê, t<strong>em</strong> objetivos” e que todaproposta só po<strong>de</strong> ter sucesso quando é “plantada com, junto” na prática cotidiana dossujeitos envolvidos com o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizag<strong>em</strong>. E aí entra o princípio da
62alterida<strong>de</strong> tão caro a Bakhtin que é o <strong>de</strong> reconhecer o outro: a sua história, oconhecimento disponível, o estudo teórico que cada um possuiimbricado à sua experiência concreta um conhecimento coletivo, porquenascido <strong>de</strong> uma prática comum; um conhecimento que não é reduzido ameras informações mecânicas supostamente transmitidas <strong>em</strong> rápidas”reciclagens” e “capacitações” (KRAMER, 1993, p. 61).O que significa dizer que as mudanças não vêm por <strong>de</strong>cretos e leis e sim,conforme a autora, pela relação que é construída por professores e alunos, comoconhecimento produzido na prática social viva, que mobiliz<strong>em</strong> os sujeitos envolvidos, paraque estes sejam autores <strong>de</strong> sua prática.
- Page 1 and 2:
GENI ALBERINI ROTERSLEITURA LITERÁ
- Page 3 and 4:
DedicoÀ minha filha Elisa com amor
- Page 5 and 6:
à Profª Dra. Maria do Carmo Guede
- Page 7 and 8:
RESUMOEstudo sobre a leitura liter
- Page 9 and 10:
SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO.............
- Page 11 and 12: 10consideravam mais importante nest
- Page 13 and 14: 122 TRAJETÓRIA METODOLÓGICAVocê
- Page 15 and 16: 14Outrossim, foram realizadas entre
- Page 17 and 18: 16estabelecimentos que ofertam EJA
- Page 19 and 20: 18poder que existe na sociedade da
- Page 21 and 22: 20consideração, neste sentido, a
- Page 23 and 24: 22estudantes pesquisados afirmaram
- Page 25 and 26: 243 LEITURA: UM TEMA, VÁRIOS DESDO
- Page 27 and 28: 26Dessa forma, ao embasar o ensino
- Page 29 and 30: 28desigualdades sociais e econômic
- Page 31 and 32: 30Com a leitura das respostas dos q
- Page 33 and 34: 323.2.2 Os AdultosPara Palácios (1
- Page 35 and 36: 343.2.3 Os IdososApesar da Organiza
- Page 37 and 38: 363.3 LEITURA LITERÁRIA E A RECEP
- Page 39 and 40: 38Com relação ao gênero de livro
- Page 41 and 42: 40Em geral, pôde ser observado que
- Page 43 and 44: 42Para empreender essa nova fase da
- Page 45 and 46: 44Das entrevistas elaboradas retira
- Page 47 and 48: 46Nesta questão a aluna Cristina r
- Page 49 and 50: 48Fica clara a noção de boa liter
- Page 51 and 52: 50Ou seja, uma coisa é esperar que
- Page 53 and 54: 52Mesmo em se tratando de uma pesqu
- Page 55 and 56: 54artigos que deram início a refle
- Page 57 and 58: 563.7 LEITURA LITERÁRIA E PRÁTICA
- Page 59 and 60: 58nasceu logo após a Proclamação
- Page 61: 60a Língua materna, pois o utiliza
- Page 65 and 66: 64são muitas, mas invariavelmente
- Page 67 and 68: 66interesse, tais como: clubes de l
- Page 69 and 70: 68GRÁFICO 06 - LOCAL DE NASCIMENTO
- Page 71 and 72: 70GRÁFICO 08 - IDADE COM QUE INICI
- Page 73 and 74: 72Aliás, o conhecimento prévio do
- Page 75 and 76: 74Fazendo críticas mais contundent
- Page 77 and 78: 76Dois professores vêem na leitura
- Page 79 and 80: 78disciplinas não se cobra que o a
- Page 81 and 82: 80Dos doze respondentes, dez consid
- Page 83 and 84: 82Já na faculdade fui muito incent
- Page 85 and 86: 84De um modo geral as aulas foram e
- Page 87 and 88: 86questionamento, a discussão e a
- Page 89 and 90: 88literária, pois, conforme aponta
- Page 91 and 92: 90Constatou-se por meio das observa
- Page 93 and 94: 92desta ou daquela época da litera
- Page 95 and 96: 94leitura feita pelos professores.
- Page 97 and 98: 96“mandam” os alunos lerem, adm
- Page 99 and 100: 98REFERÊNCIASADORNO,T. W Teoria da
- Page 101 and 102: 100FARIA, M. A. Parâmetros curricu
- Page 103 and 104: 102PALACIOS, J. O desenvolvimento a
- Page 105 and 106: 104_____________.Estética da recep
- Page 107 and 108: 106Apêndice IMestrado em Educaçã
- Page 109 and 110: 108APÊNDICE IIMestrado em Educaç
- Page 111 and 112: 110Apêndice IIIMestrado em Educaç
- Page 113 and 114:
112APÊNDICE VRoteiro para entrevis
- Page 115 and 116:
1141. FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁ
- Page 117 and 118:
116III. Os conteúdos específicos
- Page 119 and 120:
118Para que o processo seja executa