cumprimento de metas de programação pactuada integrada da ...

2- A situação atual no Brasil:O boletim informativo do MS do dia 31/01/2008 informa a notificação de 48 casos de febre amarela silvestre referentes ao períodode 17/12/07 a 21/01/08. Desses, 23 foram confirmados e 13 foram a óbito (56,5% de letalidade). Os casos confirmados são originários dosEstados de Goiás com 75% (17/23), Matogrosso do Sul 15% (3/23) e Distrito Federal 10% (3/23).O Ministério da Saúde através de nota técnica de 11/01/2008 destaca a importância do monitoramento das populações de PNH,como eventos indicativos da presença da febre amarela e sinalizadores de risco para a ocorrência de casos humanos. A investigaçãosistemática e detalhada desses eventos, determina um aumento significativo na sensibilidade e oportunidade do sistema de vigilânciaepidemiológica da febre amarela. Na maioria das vezes a morte de PNH não é devida à febre amarela sendo necessária a suaconfirmação. Dois critérios são utilizados para confirmação da presença da doença:a)O isolamento do vírus ou outra evidência laboratorial em PNH.b)O isolamento em mosquitos vetores e/ou casos humanos confirmados na região ou em áreas geograficamente próximas e comcaracterísticas ambientais similares.No período de janeiro a dezembro de 2007 foram notificadas 79 localidades com mortes de macacos no Brasil, sendoconfirmadas epizootias em quatro delas. Entre janeiro e fevereiro de 2008 foram notificadas 203 localidades sem confirmação até omomento.3- A situação no Estado do Paraná:Notificação de casos humanos:No Paraná foram notificados 10 (dez) casos suspeitos de febre amarela até março / 2008. Dentre esses, dois casos importadosforam confirmados para febre amarela por sorologia. Os casos confirmados importados têm como local provável de infecção: Bonito (MS)e Caldas Novas (GO).Foram identificadas carcaças de PNH em vários pontos diferentes no Estado. Nesses locais, quando possível, estão sendorealizadas coletas de amostras de sangue e de vetores para futuro encaminhamento para isolamento viral.4-Recomendações:Considerando a atual situação epidemiológica no Brasil e no Estado do Paraná, qual seja:· A notificação e confirmação de dois casos humanos importados no Estado, com possibilidade de novas ocorrências;· A notificação de mortes de PNH em alguns municípios da 20ª Regional de Saúde, ainda sem confirmação para febre amarela;· A expansão geográfica da doença no Brasil na forma de epizootias e epidemias;· Os processos migratórios nacionais;· O transporte de animais silvestres de forma oficial ou não;· As coberturas vacinais atuais;· A existência de ecossistemas propícios para a ocorrência de epizootias no Estado;· A possibilidade de ocorrência de casos humanos de febre amarela silvestre autóctones no Paraná;As seguintes recomendações gerais são pertinentes:Divisão de Doenças Transmitidaspor Vetores - DVDTU/SUS/SESA/PRA ocorrência de mortes de macacos com características epidemiológicas compatíveis com febre amarela caracteriza a área emquestão e áreas geograficamente próximas como áreas de provável circulação viral implicando na adoção imediata de medidas decontrole sem a necessidade de confirmação laboratorial.As medidas de vigilância e controle preconizadas incluem :· Delimitar a área do foco após cuidadosa investigação.· Vacinação seletiva das pessoas que habitem a região focal e peri focal.· Investigar todos os casos de doenças febris leves e óbitos por causas não identificadas na área do foco e peri focal.· Fazer busca ativa de casos observando a definição de caso suspeito, identificando as áreas de circulação dos casos no períodode viremia.· Isolamento por no mínimo cinco dias em quarto telado, dos casos suspeitos ou confirmados.· Quarentena de PNH provenientes da área enzoótica/endêmica por um período mínimo de 10 dias.· Orientar as pessoas para as quais a vacinação é contra indicada para evitar as regiões de risco de transmissão.· Aprimorar as medidas de controle vetorial em áreas urbanas de risco.· Reavaliar os casos de doenças compatíveis com síndrome febril ictérica aguda e /ou hemorrágica aguda (SFIHA) na área focal eperi focal.· Desenvolver pesquisas entomológicas para identificação de espécies vetoras e capacidade vetorial.· Estabelecer contatos com potenciais fontes notificadoras de óbitos esporádicos e epizootias em PNH, como: zoológicos, clinicase hospitais veterinários, IBAMA, IAP, Secretaria da Agricultura, cooperativas, policia florestal e outros.::Boletim Epidemiológico::