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cumprimento de metas de programação pactuada integrada da ...

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O RISCO DA FEBRE AMARELA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PÁGINA 03CUMPRIMENTO DE METAS DE PROGRAMAÇÃO PACTUADA INTEGRADA DA VIGILÂNCIAEM SAÚDE - PPI-VS 2006. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PÁGINA 08ANÁLISE DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PÁGINA 10EDITORIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .O RISCO DA FEBRE AMARELA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS VIVOS - SINASC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE MORTALIDADE - SIM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SISTEMA NACIONAL DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÕES - SINAN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .CUMPRIMENTO DE METAS DE PROGRAMAÇÃO PACTUADA INTEGRADA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE - PPI-VS 2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .ANÁLISE DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Nesta edição, o boletim epi<strong>de</strong>miológicodivulga o resultado do alcance <strong>da</strong>s <strong>metas</strong> <strong>da</strong>Programação Pactua<strong>da</strong> Integra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Vigilância emSaú<strong>de</strong> – PPI-VS - Paraná – 2.006.Essa avaliação mostra <strong>da</strong>dos e analisa <strong>de</strong>forma sintética as principais ações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s naárea <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica, ambiental e <strong>de</strong>controle <strong>de</strong> doenças, sistemas <strong>de</strong> informaçõesepi<strong>de</strong>miológicas, laboratório e ações básicas <strong>de</strong>vigilância sanitária.Enten<strong>de</strong>ndo-se que a PPI-VS é umconjunto <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong> <strong>metas</strong> e recursosfinanceiros, pactuados entre a Secretaria <strong>de</strong> Vigilânciaem Saú<strong>de</strong>, Secretarias Estaduais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> eSecretarias Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.A febre amarela tem sido manchete na mídianacional e no Estado. O tema “O risco <strong>da</strong> febreamarela” informa sobre os <strong>de</strong>talhes relacionados aosaspectos epi<strong>de</strong>miológicos, a situação atual no Brasil,no Paraná e as recomen<strong>da</strong>ções para esse momentoepi<strong>de</strong>miológico.Traz também, uma análise <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong>agrotóxicos em alimentos no Paraná e mostra que vemcrescendo a preocupação sobre a magnitu<strong>de</strong> <strong>da</strong>sintoxicações agu<strong>da</strong>s e crônicas <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong>exposição e <strong>da</strong> ingestão diária <strong>de</strong> alimentoscontaminados.Estão presentes, quadros que mostram onúmero <strong>de</strong> nascimentos, óbitos, doenças e agravos <strong>de</strong>notificação obrigatória do território paranaense. Ossistemas <strong>de</strong> informação em saú<strong>de</strong> SINASC, SIM eSINAN, tiveram uma gran<strong>de</strong> evolução tanto nasensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> como na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações.Este é um gran<strong>de</strong> instrumento para<strong>de</strong>finições <strong>de</strong> priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s e intervenção na Saú<strong>de</strong> .Gilberto Berguio MartinSecretário <strong>de</strong> Estado <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDER. Piquiri, 170 Curitiba – ParanáCEP: 80.230-140Fone: (41) 3330-4567 3330-4570Fax: (41) 3330-4569www.sau<strong>de</strong>.pr.gov.brSecretário <strong>de</strong> Estado <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>Gilberto Berguio MartinDiretor GeralAndré PegorerSuperintendência <strong>de</strong> Vigilância em Saú<strong>de</strong> - SVSJosé Lúcio dos SantosDepartamento <strong>de</strong> Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica - DEVEInês VianDivisão <strong>de</strong> Informações Epi<strong>de</strong>miológicas - DVIEPRaul Junior BelyDivisão <strong>de</strong> Vigilância <strong>de</strong> Doenças Transmissíveis - DVVTRNilce Deiko Kuniyoshi Haí<strong>da</strong>Divisão <strong>de</strong> Vigilância <strong>de</strong> Programa <strong>de</strong> Imunizações - DVVPIBeatriz Bastos ThielDivisão <strong>da</strong> Vigilância <strong>da</strong>s Doenças não Transmissíveis – DVDNTAlice Eugênia TisserrantEquipe TécnicaAyako Matono Casagran<strong>de</strong>Cléia Beatriz Garcia LazzarottoJosé Luiz S. <strong>de</strong> Aben AtharNelson Ricetti Xavier <strong>de</strong> NazarenoEliana <strong>da</strong> Silva ScucatoMárcia Gil Al<strong>de</strong>nucciAngela Maron <strong>de</strong> MelloFrancisco Aparecido RitaEliane M. C. P. MalufAssessoria <strong>de</strong> Comunicação SocialGibran Men<strong>de</strong>sDiagramação e Arte Final - N.I.I.Shannon Paterno CoutinhoCTP e Impressão- - -TiragemVocê também po<strong>de</strong>rá fazer a leitura on-line doBoletim Epi<strong>de</strong>miológico através do site:www.sau<strong>de</strong>.pr.gov.br


1- Aspectos epi<strong>de</strong>miológicosO vírus <strong>da</strong> febre amarela é um arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviri<strong>da</strong>e com diferenças antigênicas entre os vírusafricanos e americanos. É transmitido para seres humanos apenas através <strong>da</strong> pica<strong>da</strong> <strong>de</strong> mosquitos infectados. A doença se manifesta comamplo espectro clínico, variando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma doença febril auto limita<strong>da</strong> até um quadro íctero febril hemorrágico <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> uma severainsuficiência hepato renal, com alta letali<strong>da</strong><strong>de</strong>. O vírus <strong>da</strong> febre amarela jamais foi i<strong>de</strong>ntificado fora <strong>da</strong> África ou <strong>da</strong>s Américas. Atualmente ainfecção é limita<strong>da</strong> ao ciclo silvestre nas Américas. A infecção é enzoótica nas selvas on<strong>de</strong> circula entre mosquitos e primatas não humanos(PNH) e provavelmente outros mamíferos. Na América do Sul a área <strong>de</strong> maior ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> do vírus se dá na região amazônica . A febreamarela silvestre se <strong>de</strong>sloca constantemente a partir <strong>da</strong>s áreas enzoóticas para regiões adjacentes através dos mosquitos vetores ehospe<strong>de</strong>iros vertebrados.A Organização Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS) estima a ocorrência <strong>de</strong> 200.000 casos e 30.000 óbitos anualmente com 90% <strong>de</strong>ssescasos e óbitos ocorrendo na África. Na América do Sul o número <strong>de</strong> casos notificados é <strong>de</strong> 200 casos em média todos os anos. No Brasilpara o período <strong>de</strong> 1990 a 2006 foram confirmados 478 casos com amplas variações <strong>de</strong> incidência anual.A febre amarela silvestre é caracteristicamente uma doença ocupacional atingindo principalmente indivíduos jovens do sexomasculino. São caçadores, pescadores, trabalhadores rurais, seringueiros e garimpeiros em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> nas matas, ou suas proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,on<strong>de</strong> circula o vírus. Essas populações moradoras nas áreas enzoóticas apresentam maior resistência ao vírus comparativamente aosindivíduos <strong>da</strong>s áreas in<strong>de</strong>nes. Nos últimos anos em razão <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças sócio- econômico-culturais, um novo grupo <strong>de</strong> risco altamentesuscetível ao vírus tem sido acometido pela doença: os atualmente <strong>de</strong>nominados ecoturistas.Tradicionalmente a febre amarela é classifica<strong>da</strong> em duas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s: silvestre e urbana. Trata-se na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mesmadoença do ponto <strong>de</strong> vista etiológico, fisiopatológico, imunológico, e clínico. A diferença <strong>da</strong>s duas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s é especificamenteepi<strong>de</strong>miológica em relação às espécies <strong>de</strong> hospe<strong>de</strong>iros vertebrados normalmente infectados e os vetores envolvidos.O ciclo urbano <strong>da</strong> doença consiste na transmissão do vírus através do Ae<strong>de</strong>s aegypti para o homem em áreas urbanas. Essamo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão não ocorre no Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1942.Consi<strong>de</strong>rando a presença do A. aegypti na maioria <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras, as coberturas vacinais nem sempre a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s ehomogêneas e a persistência do vetor <strong>de</strong>corrente do fracasso nas ações <strong>de</strong> erradicação, o risco <strong>de</strong> reemergência <strong>da</strong> forma urbana épermanente.A forma atual <strong>de</strong> ocorrência <strong>da</strong> doença, a febre amarela silvestre, apresenta variações sazonais com maior incidência nos meseschuvosos na região endêmica/enzoótica amazônica. Por razões ain<strong>da</strong> não a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente esclareci<strong>da</strong>s, são também observa<strong>da</strong>svariações cíclicas <strong>de</strong> incidência, com intervalos variáveis. No Brasil, a partir do ano <strong>de</strong> 1999, o vírus até então confinado à regiãoamazônica inicia um ciclo <strong>de</strong> expansão geográfica com a ocorrência <strong>de</strong> epizootias e epi<strong>de</strong>mias nos Estados do Piauí, Bahia, Minas Gerais,São Paulo e Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. No período <strong>de</strong> 1999-2003 foram notificados ao Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (MS) 281 casos humanos e <strong>de</strong>sses66% (185/281) ocorreram fora <strong>da</strong> região amazônica. Essa nova situação epi<strong>de</strong>miológica obriga o MS a reclassificar as regiões geográficasbrasileiras quanto ao risco <strong>de</strong> transmissão.A febre amarela silvestre é uma infecção zoonótica que circula entre primatas não humanos (PNH) e mosquitos vetores nasflorestas tropicais e equatoriais <strong>da</strong>s Américas e África. O conhecimento sobre a fisiopatologia e sintomatologia <strong>da</strong> doença em PNH ébaseado em experimentos com animais em cativeiro. As várias espécies <strong>de</strong> primatas apresentam graus diferentes <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> aovírus. Os estudos i<strong>de</strong>ntificaram seis gêneros <strong>de</strong> primatas neotropicais sensíveis ao vírus. A infecção é geralmente fatal para os gênerosAlouatta sp. (bugios) e Ateles sp. (macaco –aranha). A sintomatologia e patogenia em macacos e humanos é similar comcomprometimento principalmente hepato-renal. Na América latina o principal vetor do vírus é o mosquito Haemagogus principalmenteHaemagogus janthinomys e H. spegazzini, habitantes comuns <strong>da</strong>s copas <strong>da</strong>s arvores. Várias espécies do gênero são diurnas e <strong>de</strong>scem aonível do solo em áreas <strong>de</strong> mata facilitando a transmissão para humanos.O conhecimento sobre o reservatório do vírus é ain<strong>da</strong> incompleto.Acredita-se que o vírus <strong>da</strong> febre amarela <strong>de</strong>sloca-se através dos mosquitos infectados atingindo as diversas espécies hospe<strong>de</strong>iras emflorestas. Os macacos do gênero Alouatta são muito sensíveis ao vírus e apresentam alta letali<strong>da</strong><strong>de</strong> em epizootias. A ausência <strong>de</strong> sons <strong>de</strong>vocalização, característicos <strong>de</strong>sses animais, em uma região, são sinalizadores <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> viral. Os PNH são <strong>de</strong>finidos como hospe<strong>de</strong>irosamplificadores, pois um único animal po<strong>de</strong> ser fonte <strong>de</strong> infecção para um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> vetores.Contudo as populações normalmenteesparsas e <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> não permitem sua atuação como reservatório do vírus. Macacos do gênero Cebus sp são mais resistentesà infecção com menor letali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Nas regiões <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> casos humanos foi observado que as populações <strong>de</strong> PNH apenas, sãoinsuficientes para a manutenção dos ciclos <strong>de</strong> transmissão suspeitando-se que outras populações animais como, por exemplo, marsupiaisarborícolas, po<strong>de</strong>m contribuir na epizootiologia <strong>da</strong> doença. Em resumo, po<strong>de</strong>mos dizer que a febre amarela silvestre é uma doençaessencialmente dos animais selvagens e o homem é um hospe<strong>de</strong>iro aci<strong>de</strong>ntal.Um aspecto fun<strong>da</strong>mental relacionado à vigilância <strong>da</strong> doença é o papel <strong>de</strong> animal sentinela, <strong>de</strong>sempenhado pelos PNH. Assim, aocorrência <strong>de</strong> óbitos <strong>de</strong> macacos é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> evidência presuntiva <strong>da</strong> circulação do vírus <strong>da</strong> febre amarela.::Boletim Epi<strong>de</strong>miológico::


2- A situação atual no Brasil:O boletim informativo do MS do dia 31/01/2008 informa a notificação <strong>de</strong> 48 casos <strong>de</strong> febre amarela silvestre referentes ao período<strong>de</strong> 17/12/07 a 21/01/08. Desses, 23 foram confirmados e 13 foram a óbito (56,5% <strong>de</strong> letali<strong>da</strong><strong>de</strong>). Os casos confirmados são originários dosEstados <strong>de</strong> Goiás com 75% (17/23), Matogrosso do Sul 15% (3/23) e Distrito Fe<strong>de</strong>ral 10% (3/23).O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> através <strong>de</strong> nota técnica <strong>de</strong> 11/01/2008 <strong>de</strong>staca a importância do monitoramento <strong>da</strong>s populações <strong>de</strong> PNH,como eventos indicativos <strong>da</strong> presença <strong>da</strong> febre amarela e sinalizadores <strong>de</strong> risco para a ocorrência <strong>de</strong> casos humanos. A investigaçãosistemática e <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> <strong>de</strong>sses eventos, <strong>de</strong>termina um aumento significativo na sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> vigilânciaepi<strong>de</strong>miológica <strong>da</strong> febre amarela. Na maioria <strong>da</strong>s vezes a morte <strong>de</strong> PNH não é <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> à febre amarela sendo necessária a suaconfirmação. Dois critérios são utilizados para confirmação <strong>da</strong> presença <strong>da</strong> doença:a)O isolamento do vírus ou outra evidência laboratorial em PNH.b)O isolamento em mosquitos vetores e/ou casos humanos confirmados na região ou em áreas geograficamente próximas e comcaracterísticas ambientais similares.No período <strong>de</strong> janeiro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007 foram notifica<strong>da</strong>s 79 locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s com mortes <strong>de</strong> macacos no Brasil, sendoconfirma<strong>da</strong>s epizootias em quatro <strong>de</strong>las. Entre janeiro e fevereiro <strong>de</strong> 2008 foram notifica<strong>da</strong>s 203 locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s sem confirmação até omomento.3- A situação no Estado do Paraná:Notificação <strong>de</strong> casos humanos:No Paraná foram notificados 10 (<strong>de</strong>z) casos suspeitos <strong>de</strong> febre amarela até março / 2008. Dentre esses, dois casos importadosforam confirmados para febre amarela por sorologia. Os casos confirmados importados têm como local provável <strong>de</strong> infecção: Bonito (MS)e Cal<strong>da</strong>s Novas (GO).Foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s carcaças <strong>de</strong> PNH em vários pontos diferentes no Estado. Nesses locais, quando possível, estão sendorealiza<strong>da</strong>s coletas <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong> sangue e <strong>de</strong> vetores para futuro encaminhamento para isolamento viral.4-Recomen<strong>da</strong>ções:Consi<strong>de</strong>rando a atual situação epi<strong>de</strong>miológica no Brasil e no Estado do Paraná, qual seja:· A notificação e confirmação <strong>de</strong> dois casos humanos importados no Estado, com possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> novas ocorrências;· A notificação <strong>de</strong> mortes <strong>de</strong> PNH em alguns municípios <strong>da</strong> 20ª Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, ain<strong>da</strong> sem confirmação para febre amarela;· A expansão geográfica <strong>da</strong> doença no Brasil na forma <strong>de</strong> epizootias e epi<strong>de</strong>mias;· Os processos migratórios nacionais;· O transporte <strong>de</strong> animais silvestres <strong>de</strong> forma oficial ou não;· As coberturas vacinais atuais;· A existência <strong>de</strong> ecossistemas propícios para a ocorrência <strong>de</strong> epizootias no Estado;· A possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> casos humanos <strong>de</strong> febre amarela silvestre autóctones no Paraná;As seguintes recomen<strong>da</strong>ções gerais são pertinentes:Divisão <strong>de</strong> Doenças Transmiti<strong>da</strong>spor Vetores - DVDTU/SUS/SESA/PRA ocorrência <strong>de</strong> mortes <strong>de</strong> macacos com características epi<strong>de</strong>miológicas compatíveis com febre amarela caracteriza a área emquestão e áreas geograficamente próximas como áreas <strong>de</strong> provável circulação viral implicando na adoção imediata <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>controle sem a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> confirmação laboratorial.As medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> vigilância e controle preconiza<strong>da</strong>s incluem :· Delimitar a área do foco após cui<strong>da</strong>dosa investigação.· Vacinação seletiva <strong>da</strong>s pessoas que habitem a região focal e peri focal.· Investigar todos os casos <strong>de</strong> doenças febris leves e óbitos por causas não i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s na área do foco e peri focal.· Fazer busca ativa <strong>de</strong> casos observando a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> caso suspeito, i<strong>de</strong>ntificando as áreas <strong>de</strong> circulação dos casos no período<strong>de</strong> viremia.· Isolamento por no mínimo cinco dias em quarto telado, dos casos suspeitos ou confirmados.· Quarentena <strong>de</strong> PNH provenientes <strong>da</strong> área enzoótica/endêmica por um período mínimo <strong>de</strong> 10 dias.· Orientar as pessoas para as quais a vacinação é contra indica<strong>da</strong> para evitar as regiões <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> transmissão.· Aprimorar as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> controle vetorial em áreas urbanas <strong>de</strong> risco.· Reavaliar os casos <strong>de</strong> doenças compatíveis com síndrome febril ictérica agu<strong>da</strong> e /ou hemorrágica agu<strong>da</strong> (SFIHA) na área focal eperi focal.· Desenvolver pesquisas entomológicas para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> espécies vetoras e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> vetorial.· Estabelecer contatos com potenciais fontes notificadoras <strong>de</strong> óbitos esporádicos e epizootias em PNH, como: zoológicos, clinicase hospitais veterinários, IBAMA, IAP, Secretaria <strong>da</strong> Agricultura, cooperativas, policia florestal e outros.::Boletim Epi<strong>de</strong>miológico::


REGIONAISAGRAVOS1ª 2ª 3ª4ª 5ª 6ªN C N C N C N C N C N C N C N C N C N C N C N C7ª8ª 9ª 10ª11ª 12ªACID. ANIM. PEÇON. ... 180 ... 3187 ... 660 ... 494 ... 331 ... 254 ... 483 ... 186 ... 111 ... 280 ... 102 ... 7AT ANTI-RÁBICO ... 493 ... 5833 ... 778 ... 241 ... 285 ... 346 ... 416 ... 341 ... 535 ... 894 ... 497 ... 164AIDS 13 ANOS ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...COLERA 1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -COQUELUCHE - - 7 X 6 X - - 1 X - - 1 X - - - - - - 1 X - -DENGUE 19 X 315 X 59 X 10 X 22 X 13 X 29 X 113 X 5117 X 678 X 2523 X 3657 XDIFTERIA 1 X - - 1 X - - - - - - - - - - - - 1 X - - - -DOENÇA CHAGAS 3 X 17 X 43 X 9 X 8 X - - - - 1 X 3 X - - - - - -DCJ (1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -ESQUISTOSSOMOSE - - 1 X - - - - - - - - - - - - 1 X - - - - - -FEBRE AMARELA - - 2 X - - - - 1 X - - - - - - 1 X 2 X - - - -HANTAVIROSE 1 X 5 X 5 X - - 2 X 2 X - - - - - - 7 X 1 X - -HANSENÍASE ... 18 ... 69 ... 30 ... 10 ... 48 ... 8 ... 20 ... 22 ... 55 ... 51 ... 24 ... 23HEPATITES VIRAIS 64 X 528 X 181 X 37 X 84 X 16 X 105 X 78 X 164 X 157 X 124 X 10 XHIV GESTANTE ... 1 ... 46 ... 5 ... - ... 4 ... - ... 2 ... 1 ... 2 ... 8 ... - ... 1INTOX. EXÓGENA 25 X 902 X 49 X 102 X 44 X 44 X 102 X 12 X 37 X 161 X 70 X 4 XLEISH TEG AME ... - ... 24 ... 2 ... - ... 3 ... - ... 1 ... 2 ... 6 ... 4 ... 13 ... 5LEPTOSPIROSE 34 X 461 X 31 X 3 X 4 X 2 X 6 X 7 X 14 X 41 X 13 X 4 XMALÁRIA 2 X 24 X - - - - - - - - - - 6 X 511 X 6 X 2 X 3 XMENING TD. FORMAS 20 X 942 X 61 X 16 X 17 X 16 X 33 X 38 X 77 X 80 X 16 X 22 XPFA/PÓLIO - - 1 X 2 X - - - - 1 X - - - - - - - - 2 X -RUBÉOLA 4 X 156 X 16 X 29 X 43 X 10 X 3 X 18 X 15 X 20 X 14 X 10 XSARAMPO 2 X 8 X 7 X 2 X 8 X 1 X 1 X 5 X 1 X 3 X 3 X 2 XSÍFILIS CONGÊNITA ... - ... 19 ... - ... 2 .... 1 ... - ... 1 ... - ... 2 ... 4 ... - ... 1S RUBE CONG. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -TÉTANO ACIDENTAL - - 1 X 1 X - - - - - - 1 X 1 X - - - - 1 X - -TÉTANO NEONATAL - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -TUBERCULOSE ... 139 ... 479 ... 82 ... 12 ... 39 ... 13 ... 23 ... 18 ... 81 ... 48 ... 19 ... 50VARICELA 60 X 2231 X 95 X 78 X 65 X 18 X 50 X 30 X 28 X 100 X 11 X 2 XFonte: SINAN - PR* Dados sujeitos a Revisão(1) DOENÇA DE CREUTZ FELDT - JACOBCONVENÇÕES:( - ) DADO NUMÉRICO IGUAL A 0 (ZERO)(...) DADO NUMÉRICO NÃO DISPONIVEL(X) DADO NUMÉRICO OMITIDO NESTE B. E. (ADAPTAÇÃO SINAN NET)


ASOS NOTIFICADOS NÚMERO E CONFIRMADOS DE CASOS NOTIFICADOS DE JANEIRO E CONFIRMADOS A JUNHO DE 2007*, DE JANEIRO A JUNHODE 2007*, POR REGIONAL DE SAÚDE DE RESIDÊNCIA -PARANÁ13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª 22ª PARANÁ 2007*N C N C N C N C N C N C N C N C N C N C N C... 38 ... 84 ... 125 ... 299 ... 413 ... 86 ... 239 ... 54 ... 139 ... 70 ... 7822... 258 ... 323 ... 1150 ... 632 ... 1139 ... 382 ... 491 ... 421 ... 218 ... 93 ... 15930... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 -- - - - 2 X 1 X 5 X - - - - - - - - - - 24 X980 X 2694 X 14362 X 716 X 7854 X 817 X 177 X 3301 X 32 X 48 X 43536 X- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 3 X- - 1 X 1 X 1 X 12 X - - - - 10 X 3 X 1 X 113 X- - - - - - - - 1 - - - - - - - - - - - 1 X- - - - 1 X - - 10 X 66 X 71 X - - - - - - 150 X- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 6 X- - - - - - 1 X - - - - - - - - - - - - 24 X... 12 ... 24 ... 41 ... 19 ... 66 ... 25 ... 26 ... 37 ... 20 ... 15 .. 66315 X 44 X 68 X 85 X 279 X 34 X 45 X 97 X 82 X 75 X 2372 X... - ... 1 ... 4 .... - ... 6 ... - ... - .. 3 ... 1 ... - 85 X5 X 82 X 337 X 155 X 427 X 50 X 26 X 24 X 21 X 18 X 2697 X... 28 ... 7 ... 50 ... 11 ... 33 ... 26 ... 5 ... 3 ... - ... 4 ... 2274 X 5 X 9 X 9 X 17 X 9 X 2 X 8 X 4 X 3 X 690 X- - 2 X 2 X 1 X 2 X - - 1 X 4 X 1 X - X 564 X10 X 22 X 136 X 45 X 442 X 40 X 30 X 12 X 22 X 22 X 2119 X1 X - - 1 X - - 1 X - - 2 X - - - - - - 11 X23 X 22 X 29 X 9 X 36 X 8 X 10 X 22 X 26 X 1 X 524 X- - 2 X 3 X 1 X 1 X - - 2 X 3 X - - - - 55 X... - ... - .... - ... - ... 4 ... - ... - ... - ... 1 .... - ... 35- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - - 1 X - - - - - - 6 X- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -... 5 ... 24 ... 62 ... 35 ... 88 ... 34 ... 48 ... 19 ... 29 ... 4 - 135110 X 20 X 35 X 18 X 40 X 14 X 49 X 16 X 14 X 1 X 2985 XN = NOTIFICADOC = CONFIRMADO*NOTA: O sistema <strong>de</strong> informação SINAN <strong>de</strong> 2006 para 2007 mudou <strong>de</strong> plataforma, do WINDOWS para NET em todo o estado do Paraná. Houve algumasimplementações no sistema, causando neste momento <strong>de</strong> análise a impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> emitir o número <strong>de</strong> casos confirmados, o que <strong>de</strong>verá estar corrigidona próxima edição.


Cumprimento <strong>de</strong> Metas <strong>da</strong> Programação Pactua<strong>da</strong> Integra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Vigilância em Saú<strong>de</strong> – PPI-VS- 2006A PPI –VS é um conjunto <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>metas</strong> e recursos financeiros, pactuados entre a Secretaria <strong>de</strong> Vigilância emSaú<strong>de</strong>/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Secretarias Estaduais e Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.A avaliação aqui apresenta<strong>da</strong> mostra, <strong>de</strong> forma sintética, as principais ações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s na área <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológicae ambiental, controle <strong>de</strong> doenças, sistemas <strong>de</strong> informações epi<strong>de</strong>miológicas, diagnósticos laboratoriais e ações <strong>de</strong> vigilância sanitária.Este conjunto <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos consoli<strong>da</strong>dos constitui-se, portanto, em importante instrumento para orientar a atuação dos gestoresestaduais e municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Apresenta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma objetiva, essas informações permitem conhecer a situação atual <strong>da</strong>s ações eprogramas executados em ca<strong>da</strong> nível e sintetizam os avanços e limitações do Sistema <strong>de</strong> Vigilância em Saú<strong>de</strong>.Resultados <strong>da</strong> avaliação:A PPI-VS/2006/PR está estrutura<strong>da</strong> em 14 blocos <strong>de</strong> ações (quadro 1). Na avaliação do Estado como um todo, em 26 (53,0%),entre os 49 indicadores pactuados avaliáveis, as <strong>metas</strong> foram alcança<strong>da</strong>s. Em 24 (47,0%) a meta não foi alcança<strong>da</strong>.Foi possível cumprir a meta <strong>de</strong> 100% para os indicadores pactuados nos seguintes blocos: notificação, vigilância ambiental,divulgação <strong>de</strong> informações epi<strong>de</strong>miológicas, elaboração <strong>de</strong> estudos e pesquisas epi<strong>de</strong>miológicas, alimentação e manutenção dossistemas <strong>de</strong> informação, acompanhamento <strong>de</strong> PPI-VS e ações educativas em vigilância e saú<strong>de</strong> (gráfico 1).Os blocos nos quais a meta <strong>de</strong> 100% não foi alcança<strong>da</strong> foram: investigação e controle <strong>de</strong> doenças (gráfico 1). O bloco referente aprocedimentos básicos <strong>de</strong> vigilância sanitária não foi avaliado por não ser possível estabelecer <strong>metas</strong> numéricas ou estimativas <strong>de</strong>vido afase <strong>de</strong> implantação do sistema <strong>de</strong> informação.O resultado encontrado na presente avaliação mostra que há muito a ser feito para se alcançar um resultado satisfatório para osindicadores pactuados.Para concluir, são apresenta<strong>da</strong>s algumas sugestões e recomen<strong>da</strong>ções para a utilização dos indicadores do PPI-VS/PR ou doPacto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>:Como ferramenta <strong>de</strong> monitoramento, avaliação e gestão;Para orientar as estratégias adota<strong>da</strong>s pelo município;Para auxiliar na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> iniciativas capazes <strong>de</strong> fortalecer as ações;Para acompanhar e avaliar a competência <strong>de</strong> executar as <strong>metas</strong> <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>pactua<strong>da</strong></strong>s <strong>de</strong> forma sistemática;Como oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar discussões entre equipes técnicas e gestores;Como instrumento <strong>de</strong> informação aos conselheiros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s e movimentos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, visando sistematizar edisseminar informações sobre questões relevantes ao sistema.Cumprimento <strong>da</strong>s <strong>metas</strong> (%) <strong>da</strong> Programação Pactua<strong>da</strong> Integra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Vigilância em Saú<strong>de</strong> - PPI-VS PR - 200625 50 75 100ImunizaçõesDiagn. Lab. Agravos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> PúblicaVig. doenças transmiti<strong>da</strong>s por vet. AntropoozonosesInvestigaçãoMonit. agravos <strong>de</strong> relevância epi<strong>de</strong>miológicaAções educativas em vigilância em saú<strong>de</strong>Acompanhamento <strong>de</strong> PPI-VSAlimentação e manutenção <strong>de</strong> sist. InformaçãoDivulgação <strong>de</strong> informações epi<strong>de</strong>miológicasElaboração <strong>de</strong> estudos e pesq. Epi<strong>de</strong>miológicasNotificaçãoVigilância Ambiental33,342,9Francisco Rita e Inês Vian – Departamento <strong>de</strong> Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica/SVS/SESA/PR


Quadro 1 -Resultado do alcance <strong>de</strong> <strong>metas</strong> <strong>da</strong> Programação Pactua<strong>da</strong> Integra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Vigilânciaem Saú<strong>de</strong>, por Blocos <strong>de</strong> Ação e Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s - PPI- VS, Paraná - 2.006


INTRODUÇÃO:A tecnologia <strong>de</strong> produção agrícola <strong>de</strong> alimentos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> agrotóxicos e <strong>de</strong> outros insumos químicos, tem criado novosproblemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. Com relação aos agrotóxicos, há uma crescente preocupação quanto à magnitu<strong>de</strong> <strong>da</strong>s intoxicações agu<strong>da</strong>se crônicas <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> exposição e <strong>da</strong> ingestão diária <strong>de</strong> alimentos contaminados. Muitos países têm estabelecido programas <strong>de</strong>monitoramento <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> agrotóxicos, com análises contínuas e programa<strong>da</strong>s. Po<strong>de</strong>-se afirmar que atualmente é freqüente ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> agrotóxicos nos alimentos e, em muitos casos, se <strong>de</strong>tectam concentrações <strong>de</strong>stes acima dos limites máximos<strong>de</strong> resíduos autorizados.Frente à necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se controlar a exposição <strong>da</strong> população a estes agentes químicos tóxicos, a Agência Nacional <strong>de</strong>Vigilância Sanitária - ANVISA/MS criou o Programa <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong> Agrotóxicos em Alimentos - PARA, no ano <strong>de</strong> 2000, no qualo Estado do Paraná participa.METODOLOGIA:O Programa <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong> Agrotóxicos em Alimentos PARA, no Estado do Paraná, coletou e analisou, no período <strong>de</strong>maio a outubro <strong>de</strong> 2006, um total <strong>de</strong> 67 amostras <strong>de</strong> hortícolas (alface, batata, laranja, maçã, morango e tomate) oriun<strong>da</strong>s <strong>da</strong> produçãoagrícola paranaense e <strong>de</strong> outros estados <strong>da</strong> fe<strong>de</strong>ração, que foram coleta<strong>da</strong>s em supermercados no Município <strong>de</strong> Curitiba.As amostras foram analisa<strong>da</strong>s pelo Laboratório Central <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Paraná LACEN/PR, que analisou58 princípios ativos no morango, 59 na alface e 64 no tomate; Fun<strong>da</strong>ção Ezequiel Dias FUNED/MG que analisou 83 princípios ativos nomorango, 85 na maçã e 86 na batata e o Instituto Adolfo Lutz - IAL/SP, que analisou 82 princípios ativos na maçã e 84 na laranja.O método <strong>de</strong> multi-resíduos selecionado e vali<strong>da</strong>do para este trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido pelo laboratório oficial <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s <strong>da</strong>Holan<strong>da</strong> (De Kok e col.,1998; De Kok e Hiemstra, 1998).RESULTADOS:Das 67 amostras analisa<strong>da</strong>s, 31 (46,3%) apresentaram resíduos <strong>de</strong> agrotóxicos. Destacam-se os resultados encontrados para aalface e o morango, pela presença <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> agrotóxicos acima dos limites máximos <strong>de</strong> resíduos (LMR) estabelecidos e/ou nãoautorizados (NA).A maçã e o tomate apesar <strong>de</strong> não apresentarem resíduos acima do LMR ou NA, apresentaram um maior número <strong>de</strong> amostrascom resíduos em relação ao total, ou seja, em 10 amostras <strong>de</strong> maçã, oito continham resíduos e no tomate sete <strong>da</strong>s 10 amostras. Na laranjanão foram <strong>de</strong>tectados resíduos <strong>de</strong> agrotóxicos para os princípios ativos pesquisados. (Figura 1).Figura 1 - Resultado <strong>da</strong>s Análises <strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong> Agrotóxicos emAmostras <strong>de</strong> Alimentos - Paraná, maio a outubro/2006.Nº <strong>de</strong> amostras181614121086420Totals/ resíduosc/ resíduosc/ resíduos>LMR e/ou NAAlfaceBatataLaranjaMorangoTomateFonte: SESA/SVS/DEVS/DVVSA – 2007.


Também para o morango observou-se, além <strong>de</strong> um maior número <strong>de</strong> amostras com resíduos <strong>de</strong> agrotóxicos, um maior número <strong>de</strong>resíduos <strong>de</strong> agrotóxicos numa mesma amostra, chegando a sete princípios ativos. (figura 2)Figura 2 - Número <strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong> Agrotóxicos <strong>de</strong>tectados nasAmostras <strong>de</strong> Alimentos - Paraná, maio a outubro/2006.8N.º <strong>de</strong> amostras765432AlfaceBatataMaçãMorangoTomate101 2 3 4 5 6 7N.º <strong>de</strong> resíduos na amostraFonte: SESA/SVS/DEVS/DVVSA – 2007.A rastreabili<strong>da</strong><strong>de</strong> até o produtor rural foi <strong>de</strong> 100% para a alface e atingiu o nível mais baixo na maçã, on<strong>de</strong> em apenas 10% foipossível i<strong>de</strong>ntificar o produtor rural (figura 3).Figura 3 - Rastreabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s Amostras Coleta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Alimentos -Paraná, maio a outubro - 2006.Rastreabili<strong>da</strong><strong>de</strong>100%90%80%70%60%50%40%30%20%10%0%DistribuidorProdutor ruralAlfaceBatataLaranjaMorangoTomateTotalFonte: SESA/SVS/DEVS/DVVSA – 2007.A distribuição dos princípios ativos nas amostras, em função do preconizado na legislação, quanto aos Limites Máximos <strong>de</strong>Resíduos e autorizações <strong>de</strong> uso, está <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> na Tabela 1.O grupo químico dos ditiocarbamatos é o que mais aparece nos diversos alimentos analisados, sendo <strong>de</strong>tectado 20 vezes, o querepresenta 36,4% <strong>da</strong> presença total <strong>de</strong> princípios ativos <strong>de</strong>tectados nas amostras. Segundo CASARETT (2000), a etilenotiuréia,metabólito dos ditiocarbamatos, tem sido associa<strong>da</strong> ao bloqueio do funcionamento <strong>da</strong> tireói<strong>de</strong>, sendo levanta<strong>da</strong> suspeitas sobre esteagente, requerendo portanto estudos mais aprofun<strong>da</strong>dos.Alface e morango, foram os alimentos que apresentaram resíduos <strong>de</strong> agrotóxicos não autorizados, duas amostras <strong>de</strong> alfaceapresentaram resíduos <strong>de</strong> ditiocarbamatos e <strong>de</strong>z amostras <strong>de</strong> morango apresentaram pelo menos um dos seguintes princípios ativosnão autorizados, acefato, captana, clorpirifós, endossulfan, metamidofós, procloraz, e profenofós.A presença <strong>de</strong> resíduo <strong>de</strong> endossulfan em morango é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> grave, pois é um agrotóxico classificado pela InternationalUnion of Pure and Applied Chemistry - IUPAC como sendo uma substância química pertencente ao grupo químico dos organoclorados.

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