13.07.2015 Views

Mato Grosso através de sua literatura (Ensaio, Revista do Brasil, Rio ...

Mato Grosso através de sua literatura (Ensaio, Revista do Brasil, Rio ...

Mato Grosso através de sua literatura (Ensaio, Revista do Brasil, Rio ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

JOSÉ DE MESQUITAJosé <strong>de</strong> MesquitaDa Aca<strong>de</strong>mia <strong>Mato</strong>grossense <strong>de</strong> Letras<strong>Revista</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>MATO GROSSO ATRAVÉS DA SUALITERATURA(pag. 354-357)José Barnabé <strong>de</strong> Mesquita(*10/03/1892 †22/06/1961)Cuiabá - <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong>Biblioteca Virtual José <strong>de</strong> Mesquitahttp://www.jmesquita.brtdata.com.br/bvjmesquita.htm— Ano IX, Volume 25, n° 104, Agosto, 1924 —Editora Monteiro Lobato & Cia.São Paulo2


MATO GROSSO ATRAVÉZ DA SUA LITERATURA — 1924MATO GROSSO ATRAVÉS DA SUA LITERATURAPublicamos abaixo alguns excerptos da conferenciarealizada no “Centro Matto-grossense” <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro pelonosso collabora<strong>do</strong>r Dr. José <strong>de</strong> Mesquita, Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong>Letras, <strong>de</strong> Cuyabá, <strong>de</strong> passagem pela Capital da República:. . . . . . . . . . . . .“Data mais ou menos <strong>de</strong> uma década o phenomeno quepara melhor caracterisal-o chamarei a Renascença literária emMatto <strong>Grosso</strong>. Não vai ahi, porem, senhores, propósito <strong>de</strong> corrersobre o passa<strong>do</strong> a esponja <strong>do</strong> esquecimento para só fazer resahircomo valioso e meritório o trabalho da geração presente. EmMatto <strong>Grosso</strong> as letras não são novida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stes últimos tempos elonge <strong>de</strong> mim fazer crer que sejam ellas cultivo só agora inicia<strong>do</strong>entre nós. Absolutamente não. Quem possue nomes como os <strong>de</strong> P.Siqueira e o Cônego Guimarães, Melgaço e João Augusto Caldas,Ramiro e P. Ernesto, Veiga Cabral e Pádua Fleury (André),Men<strong>de</strong>s Malheiros e Corsino Amarante, José Thomaz e AmâncioPulcherio, para citar apenas os nomes mais em relevo em cadaramo <strong>do</strong>s conhecimento história, direito, sciencias ou bellasletras não precisa, positivamente, <strong>de</strong> outras láureas que as que <strong>de</strong>direito lhe pertencem. Des<strong>de</strong> os tempos coloniaes Matto <strong>Grosso</strong>jamais <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> possuir letra<strong>do</strong>s e intellectuaes. Está claro queelles não eram poetas ou jornalistas á maneira pela qual hojeconcebemos semelhantes plumitivos. Foram, sim, singeloschronistas <strong>de</strong> nossa vida incipiente, curiosos observa<strong>do</strong>res danossa natureza prodigiosa, ingênuos narra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> historias <strong>de</strong>monções e roteiros primitivos.A essa phase pertencem os Barbosa <strong>de</strong> Sá, José Manoel <strong>de</strong>Siqueira, Costa Siqueira e outros. Só em 1839, com oapparecimento da imprensa no governo Pimenta Bueno, é queprincipia a affirmar-se em traços mais característicos, o pen<strong>do</strong>r3JOSÉ DE MESQUITAliterário da nossa gente. Surgem, com pouco, polemistas,satyricos, historia<strong>do</strong>res, poetas e estudiosos <strong>de</strong> to<strong>do</strong> gênero.Precisa-se, então, um novo estágio da evolução <strong>de</strong> um povo que,segrega<strong>do</strong> <strong>do</strong> resto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> pela falta <strong>de</strong> communicações,isola<strong>do</strong> da communhão pátria, tem offereci<strong>do</strong> o conforta<strong>do</strong>respectáculo <strong>de</strong> uma admirável resistência no sobrepujar to<strong>do</strong>s osfactores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cadência que o assediam. É notável e digno <strong>de</strong>registo este phenomeno: viven<strong>do</strong> quase fora da civilização, <strong>de</strong> quesó ha um <strong>de</strong>cênio nos chegaram os primeiros surtos, com a ponta<strong>do</strong>s trilhos da Noroeste nos ermos pantanaes <strong>de</strong> Porto Esperança,existe, entretanto, a ar<strong>de</strong>r, como uma pyra sagrada <strong>de</strong> Vesta, noespírito <strong>de</strong> nossa gente, um largo sopro <strong>de</strong> i<strong>de</strong>alismo, crea<strong>do</strong>r,fazen<strong>do</strong> <strong>do</strong>s nossos homens <strong>de</strong> letras verda<strong>de</strong>iros sonha<strong>do</strong>res emcujo seio a ru<strong>de</strong>za <strong>do</strong> ambiente cósmico jamais pou<strong>de</strong> extinguir aflamma <strong>do</strong> i<strong>de</strong>al que vivifica e alenta.Das tradicções literárias <strong>de</strong> nossa terra, na phase <strong>de</strong>transição entre o perío<strong>do</strong> primitivo e o actual, ficaram nomeslaurea<strong>do</strong>s como, para só fallar <strong>do</strong>s que já se foram, os <strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong>Almeida, prosa<strong>do</strong>r sem jaça no estylo e <strong>de</strong> elevada inspiração;José Delfino, João Leocádio, Luiz Theo<strong>do</strong>ro, Rodrigues Calhao,José Thomaz, Flavio <strong>de</strong> <strong>Mato</strong>s, F. Catharino, poetas e artistasfilia<strong>do</strong>s á escola <strong>do</strong> romantismo, que tão profun<strong>do</strong> sulco imprimiuem nossas letras; Antonio Corrêa, polygrapho e jornalista <strong>do</strong>s maisbrilhantes e ar<strong>do</strong>rosos <strong>do</strong> seu tempo; Luiz Falcão e Aquilino <strong>do</strong>Amaral, ora<strong>do</strong>res, que marcaram época nos nossos fastos forensese parlamentares: Fre<strong>de</strong>rico Pra<strong>do</strong>; os <strong>do</strong>is Murtinhos, Joaquim eManoel, das mais legitimas glorias <strong>do</strong> nosso Esta<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> oprimeiro antes um nome nacional, estadista d’escol e pensa<strong>do</strong>r,cujo estylo, mesmo atravez <strong>do</strong>s relatórios officiaes, encanta pelanaturalida<strong>de</strong> e po<strong>de</strong>r per<strong>sua</strong>sivo <strong>de</strong> que se reveste.A nossa actual phase <strong>de</strong> evolução literária dataaproximadamente <strong>de</strong> 1910 para cá, sen<strong>do</strong> que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> ahi entram asletras a fron<strong>de</strong>jar e expandir em terras <strong>de</strong> Matto <strong>Grosso</strong>.. . . . . . . . . .4


MATO GROSSO ATRAVÉZ DA SUA LITERATURA — 1924Começa a apparecer nas páginas <strong>do</strong> “Matto-<strong>Grosso</strong>” ocantor por excellencia da “Terra Natal”, o poeta que orientou anova geração para o sadio regionalismo, hauri<strong>do</strong> na observaçãodas bellezas <strong>de</strong> nossa terra e das gran<strong>de</strong>zas <strong>de</strong> nosso Passa<strong>do</strong>. Nãosou eu quem assim o diz: no seu excellente livro, que é a melhorobra que se tem escripto ultimamente acerca <strong>de</strong> nosso Esta<strong>do</strong>,Virgilio Corrêa Filho <strong>de</strong>ixou bem assignala<strong>do</strong> esse relevante papel<strong>de</strong> D. Aquino como lea<strong>de</strong>r <strong>de</strong> nova poesia matto-grossense.Ouvi um <strong>do</strong>s seus bellos sonetos, já que a mingua <strong>de</strong> tempo meobriga a restringir as citações, privan<strong>do</strong>-vos assim justamente <strong>do</strong>que melhor po<strong>de</strong>ria offerecer-vos nesta conferencia:VÉU DE NOIVAD. Aquino CorrêaFurna immensa cavada até as basesGraníticas da serra. Ao longe, em frente.Vastíssimo amphitheatro sorprehen<strong>de</strong>nteDe montes azula<strong>do</strong>s e fugazes.Embaixo, o abysmo ver<strong>de</strong>, um gran<strong>de</strong> oásis,Sempre em flor, on<strong>de</strong>, altíssima a torrenteDo rio salta e ondula, alvinitente.Qual véu <strong>de</strong> noiva, em vaporosas gazes.Silencio. Só se escuta a crystalinaOnda a cantar, em tremula surdina.Um longo epithalamio ao sol <strong>do</strong>ura<strong>do</strong>.Assim foi que, num píncaro <strong>de</strong> serra,Quis Deus perpetuar, ó minha terra,A festa virginal <strong>do</strong> teu noiva<strong>do</strong>!Dos nomes que illustram a nossa actual geração <strong>de</strong> poetasmister é que se <strong>de</strong>staquem Lamartine Men<strong>de</strong>s, Oscarino Ramos,Soter <strong>de</strong> Araújo, Allyrio <strong>de</strong> Figueire<strong>do</strong>, Leônidas <strong>de</strong> Mattos,5JOSÉ DE MESQUITAFranklin Cassiano, José Vilá, Antonio Tolentino <strong>de</strong> Almeida,Ulysses Cuyabano, João Nunes, Luiz Feitosa, Augusto Cavalcantie Octávio Cunha, estes <strong>do</strong>is últimos filhos <strong>do</strong> Norte, mas tãoliga<strong>do</strong>s á nossa terra que pertencem po<strong>de</strong> se dizer ao nossopatrimônio intellectual.NOITE DE ESTRELLASLamartine Men<strong>de</strong>sA noite cáe. O espaço se perfumaDas essências que o vento na aza encerraNo alto, ao abrir <strong>do</strong>s manacás na terra,Abrem rosas <strong>de</strong> fogo, uma por uma . . .A cachoeira soluça sob a espumaQue, alva e sem rumo, a flor <strong>do</strong>s flancos lhe erra.Monstruosa cathedral informe, à serra.O perfil arrogante alteia e apruma.Batiam nos ares luminosos rastros,E é tal a confusão <strong>de</strong> insectos e astros,Broflan<strong>do</strong> <strong>de</strong> ouro e alen<strong>do</strong>ra<strong>do</strong> véuQue olhan<strong>do</strong> o azul e as luzes que o povoamNão sei bem si as estrellas é que voam,Si os vagalumes é que estão no céu.S. JOÃOOscarino RamosFriburgo. Noite <strong>de</strong> S. João. NeblinaQue rosário <strong>de</strong> sonhos ao teu la<strong>do</strong>Sinto, ven<strong>do</strong> emergir, lin<strong>do</strong> e cora<strong>do</strong>,Dentre pelles, teu rosto <strong>de</strong> menina.6


MATO GROSSO ATRAVÉZ DA SUA LITERATURA — 1924Fico, como num sonho <strong>de</strong> morphina,Ler<strong>do</strong>, sonhan<strong>do</strong>, a te fitar cala<strong>do</strong>. . .Deixa-me assim. . . Este momento ala<strong>do</strong>É o resumo feliz da minha sina.S. João. . . Quanta poesia pela terra!A lua sobe por <strong>de</strong>traz da serra. . .Que frio! Cae uma garoa fina. . .Nas minha mãos as tuas <strong>de</strong> vellu<strong>do</strong>Aperto. E fico a olhar, para<strong>do</strong> e mu<strong>do</strong>,O teu risonho rosto <strong>de</strong> menina.MEU SONHOSoter <strong>de</strong> AraújoSoltei para a azulineo das alturasO meu primeiro sonho mensageiro,Na esperança <strong>de</strong> ver feito venturasO sonho <strong>de</strong>ste arauto aventureiro;E que<strong>de</strong>i-me a esperar, horas madurasMiran<strong>do</strong> o firmamento prazenteiro,Ancioso em ver libran<strong>do</strong> as azas purasDe volta o sonho meu branco e ligeiro.Inda estou à esperar, olhos volta<strong>do</strong>sPara os longes <strong>do</strong> ceo ruboriza<strong>do</strong>sÁ luz sanguínea <strong>do</strong> morrer <strong>do</strong> sol. . .Talvez, meu sonho, voltes <strong>de</strong>ntro em breve,Talvez! Quem sabe si é teu corpo leveQue está queiman<strong>do</strong> o fogo <strong>do</strong> arrebol!. . .A NUVEMFranklin Cassiano7JOSÉ DE MESQUITAGosto <strong>de</strong> ver <strong>do</strong> dia á luz mortiça e escassaA cerúlea nu<strong>de</strong>z da esphera constellada,Manchada aqui, ali, <strong>de</strong> flocos <strong>de</strong> fumaça,A correrem, gentis, ao sopro da lufada.Uma nuvem que vai. . . Meu pensamento a abraça.E sinto que ella vive e soffre, a <strong>de</strong>sgraçada.A vagar, a vagar, até que se <strong>de</strong>sfaçaEm gotas <strong>de</strong> crystal <strong>sua</strong> alma atribuladaHa uma alma que vibra em tu<strong>do</strong> e se resumeNa harmonia <strong>do</strong> som, na cor e no perfume,No abjecto paul e na pureza extrema. . .E quem sabe? Talvez a pobre nuvem sejaUm sonho, uma illusão que pelo céu a<strong>de</strong>jaNa incontida avi<strong>de</strong>z da perfeição suprema!GLORIAAllyrio <strong>de</strong> Figueire<strong>do</strong>Gloria ao seio, que é pão; gloria ao ventre que é ninho;Gloria á esperança e a fé; gloria ao humil<strong>de</strong> e opprimi<strong>do</strong>;Gloria ao som immortal <strong>do</strong> primeiro vagi<strong>do</strong>E aos braços, feitos cruz, para o amor e o carinho.E ao que abriu no <strong>de</strong>serto o primeiro caminho;Gloria ao semea<strong>do</strong>r, gloria ao <strong>de</strong>sprotegi<strong>do</strong>,Ao justo, ao poeta, ao heroe, ao martyr, ao venci<strong>do</strong>,Eao que a estrada trilhou da amargura e <strong>do</strong> espinho;Gloria ao verso e ao cinzel, gloria á crença illusória;Gloria á prece e ao perdão; gloria ao beijo que encerra;A perfeição; e gloria ao mármore esculpi<strong>do</strong>;Gloria maior, porem, mais <strong>do</strong> que a tu<strong>do</strong>, gloria,8


MATO GROSSO ATRAVÉZ DA SUA LITERATURA — 1924Gloria á pie<strong>do</strong>sa pá que abre o seio da terraPara o leito final da inconsciência e <strong>do</strong> olvi<strong>do</strong>!A ESPERANÇAOctávio CunhaVer<strong>de</strong>s mares beijan<strong>do</strong> a aza branca <strong>do</strong> sonhoQue vai na rota azul <strong>de</strong> uma enseada bemdita!Os <strong>de</strong>sterros <strong>sua</strong>viza. . . Ao cárcere me<strong>do</strong>nhoDesce. . . e a alma eleva a Deus para a crença infinita.A esperança. É a patena on<strong>de</strong> o affecto <strong>de</strong>ponho.O ermo povoa. . . A <strong>do</strong>r aplaca. . . O céu limita. . .É a bençam que allivia o martyrio tristonho. . .O lampejo <strong>de</strong> fé que a pátria ressuscita!A água-santa que lava a negra cor das pragas. . .A esmola que abre o céu da bemaventurança. . .O naufrago a luctar pela vida entre as vagas...JOSÉ DE MESQUITA<strong>literatura</strong> <strong>de</strong> jazz-bands e cinemas, <strong>de</strong> alma cosmopolita e poucobrasileira, então é que, no casto esplen<strong>do</strong>r da <strong>sua</strong> belleza virginal,pura como a yara <strong>do</strong>s nossos rios, triumphará a <strong>literatura</strong>sertaneja, nacional nos costumes, nas <strong>de</strong>scripções, no phrasea<strong>do</strong>,espelhan<strong>do</strong> as bellezas da nossa vida rústica, da província e <strong>do</strong>sertão, on<strong>de</strong>, no dizer expressivo <strong>de</strong> Affonso Arinos, se vaitecen<strong>do</strong> a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> da população brasileira.Até lá trabalharemos, cheios <strong>de</strong> esperança e <strong>de</strong> fé essas duas supremas forças propulsoras <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o progressohumano alenta<strong>do</strong>s por um i<strong>de</strong>al único, uma suprema aspiração:a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> nossa terra natal, <strong>de</strong>sse Matto <strong>Grosso</strong> queri<strong>do</strong> quequanto mais longe o temos <strong>de</strong> nossas vistas mais vivo e palpitanteo sentimos <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> nosso coração. . .”In: <strong>Revista</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro, Volume 25, nº 104, Agosto,1924, p. 354-357.Mansuetu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Christo entre espinhos e lança!A paciência <strong>de</strong> Job sob o fogo das chagas. . .Aí <strong>de</strong> nós, meu amor! Si não fosse a esperança!Depois <strong>de</strong> referir-se aos mo<strong>de</strong>rnos cultores da prosa emMatto <strong>Grosso</strong>, o conferencista encerra o seu trabalho com asseguintes palavras:“<strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> que até ha pouco era, por assim dizer, umaficção geográphica, affirma-se hoje, em contornos níti<strong>do</strong>s <strong>de</strong>progresso, esboçan<strong>do</strong>-se já, atravez da in<strong>de</strong>cisão da hora presente,a luminosa gran<strong>de</strong>za <strong>do</strong> seu futuro.Reserva econômica da Pátria, elle será também a <strong>sua</strong>reserva intellectual e moral; quan<strong>do</strong> se exgottar, esfalfada, essa<strong>literatura</strong> <strong>do</strong> Urbanismo, que canta os sortilégios da civilização,910

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!