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Segurança do trabalho em eletricidade - Revista O Setor Elétrico

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Apoio56O <strong>Setor</strong> <strong>Elétrico</strong> / Maio de 2010<strong>Segurança</strong> <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> <strong>em</strong> <strong>eletricidade</strong>tipos como: elétrica, acústica, química, mecânica e por radiação,sen<strong>do</strong> que todas se manifestam de alguma forma física:• Calor intenso;• Liberação de gases e nuvens tóxicas;• Lançamento de partes e peças;• Projeção de materiais derreti<strong>do</strong>s (aço, cobre, alumínio, etc.);• Barulho excessivo (exist<strong>em</strong> registros de níveis de ruí<strong>do</strong> acima de120 dB) provoca<strong>do</strong> pela expansão supersônica <strong>do</strong> ar;• Ignição de produtos circundantes, tais como: poeiras, gases evapores inflamáveis;• Ondas de pressão;• Luminosidade intensa.No que diz respeito aos conjuntos de manobra e controle,deve-se atentar para o fato de que a grande maioria <strong>do</strong>s acidentesocorr<strong>em</strong> quan<strong>do</strong> há intervenção nos equipamentos, ou seja, comas portas ou anteparos abertos; o que vai contra a própria essênciada análise da adequação de um conjunto de manobra quanto asua classificação IAC (<strong>do</strong> inglês, Internal Arc Classification). Estefato é reforça<strong>do</strong> na abordag<strong>em</strong> das normalizações ANSI e IEC tanto<strong>em</strong> conjuntos de média quanto de baixa tensão. Isso porque averificação de suportabilidade <strong>do</strong>s efeitos de um arco interno não éobrigatória e está sujeita a um acor<strong>do</strong> entre usuário e fabricante.É muito importante l<strong>em</strong>brar também que muitas atividades deoperação e a grande maioria das de manutenção ocorr<strong>em</strong>, de fato,muito próximas ao ponto focal de energia incidente. Em outraspalavras, as atividades feitas com portas abertas ou com barreiras (aex<strong>em</strong>plo de tampas e coberturas) r<strong>em</strong>ovidas. Fato este que invalidatoda a análise e o resulta<strong>do</strong> gera<strong>do</strong> pelo des<strong>em</strong>penho obti<strong>do</strong> nosensaios descritos nas normas relativas aos tópicos <strong>do</strong> parágrafoanterior.Sen<strong>do</strong> assim, muito mais <strong>do</strong> que a preocupação de comoum conjunto de manobra e controle deve se comportar diantede um evento de arco interno, o que precisa existir por parte <strong>do</strong>sresponsáveis pela especificação e fornecimento de conjuntos d<strong>em</strong>anobra e controle é uma abordag<strong>em</strong> efetiva da prevenção dascausas de falha e da mitigação <strong>do</strong>s riscos de exposição de umtrabalha<strong>do</strong>r aos efeitos produzi<strong>do</strong>s por um eventual arco com portaaberta ou ausência de tampas ou anteparo.Soluções para a redução da energia e mitigação de seuspossíveis efeitosUm <strong>trabalho</strong> de avaliação <strong>do</strong>s riscos associa<strong>do</strong>s a um arcoelétrico nos diversos pontos de um sist<strong>em</strong>a elétrico irá, muitoprovavelmente, mostrar pontos com altos níveis de energiaincidente. Em muitos casos, este valor pode passar de 40 cal/cm².A escolha de tecnologias compl<strong>em</strong>entares à filosofia desegurança nos casos de conjuntos de manobra e controle depotência é cada vez mais determinante no sucesso <strong>em</strong> se protegera vida humana e preservar os bens materiais associa<strong>do</strong>s a umainstalação. Nos casos <strong>em</strong> que os mesmos estão associa<strong>do</strong>s a altosníveis de energia incidente, pod<strong>em</strong>-se a<strong>do</strong>tar diversas abordagenspara a redução destes níveis e a mitigação de seus efeitos, conformeapresenta<strong>do</strong> a seguir.Conjunto manobra e controle resistente aos efeitosde um arco internoSoluções <strong>do</strong> tipo AR (Arc Resistant, <strong>em</strong> português, resistenteaos efeitos de um arco interno) são cada vez mais usadas <strong>em</strong> médiatensão, sobretu<strong>do</strong> pela IAC, <strong>do</strong> inglês Internal Arc Classification,conforme a IEC 62271-200 e a NBR equivalente. Estes tipos deCMCP fornec<strong>em</strong> uma melhoria na segurança <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res e<strong>do</strong> pessoal circulan<strong>do</strong> nas proximidades. A ideia por trás destesequipamentos é redirecionar a energia, de mo<strong>do</strong> a proteger oser humano próximo. Esta solução se enquadra dentro de umaabordag<strong>em</strong> <strong>do</strong> tipo reativa. Ou seja, a característica AR surge comouma reação a um arco interno que já tenha ocorri<strong>do</strong>.Um mo<strong>do</strong> de visualizarmos o quanto os CMCPs que sejamresistentes aos efeitos de arco interno pod<strong>em</strong> proporcionar de ganho<strong>em</strong> termos de segurança humana é por meio da comparação decomo a norma NFPA 70E <strong>em</strong> sua tabela 130.7 (C) (9), que classificaa categoria de risco de certas atividades relativas aos conjuntos d<strong>em</strong>anobra e controle com tensões entre 1 kV e 38 kV. Um extrato departe da tabela mencionada é apresenta<strong>do</strong> a seguir.Neste material é possível se comparar o nível da categoria derisco a ser considera<strong>do</strong> para atividades predefinidas, quan<strong>do</strong> existira ausência <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> prévio de análise de energia incidente. Comoesta tabela foi criada originalmente para o universo das normasNFPA, ANSI, IEEE e NEMA, são utiliza<strong>do</strong>s os termos metalclad e arcresistant. O primeiro termo, defini<strong>do</strong> pelos requisitos e definiçõesda norma IEEE C37.20.2, pode ser associa<strong>do</strong> à classificação LSC-2B/ PM da IEC 62271-200 e da NBR equivalente. Já o segun<strong>do</strong> termo,que t<strong>em</strong> as suas origens na IEEE C37.20.7, está diretamente liga<strong>do</strong>à classificação IAC, <strong>do</strong> inglês Internal Arc Classification.Tabela 2Extrato da classificação da categoria de risco (HRC) conforme a atividade aser des<strong>em</strong>penhada no caso de falta <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> com a análise de energia incidentedisponível no local (Fonte: tabela 130.7(C) (9) da NFPA 70E / 2009)Tipos de atividadeOperação <strong>do</strong> disjuntor com a porta abertaOperação <strong>do</strong> disjuntor com a porta fechadaMovimentação <strong>do</strong> disjuntor com a porta abertaMovimentação <strong>do</strong> disjuntor com a porta fechadaMovimentação da gaveta de TPs com a porta abertaMovimentação da gaveta de TPs com a porta fechadaAbertura de portas com exposição de partes vivasR<strong>em</strong>oção de coberturas aparafusadas com a exposiçãode partes vivasMetal-clad42444434Arc ResistantN/A04040N/AN/AUm ponto interessante a se destacar nestes casos é o fato deque além de oferecer proteção aos efeitos térmicos <strong>do</strong> arco, umCMCP–AR, graças aos seus sist<strong>em</strong>as de exaustão, vai de encontroà preocupação crescente com as possíveis sequelas criadas porondas de pressão.


Apoio60O <strong>Setor</strong> <strong>Elétrico</strong> / Maio de 2010<strong>Segurança</strong> <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> <strong>em</strong> <strong>eletricidade</strong>a interface r<strong>em</strong>ota para a manobra de dispositivos, leituras de grandezas ediagnósticos de unidadesDiminuição <strong>do</strong>s valores da corrente presumida de curtocircuitoe <strong>do</strong>s t<strong>em</strong>pos de interrupção <strong>do</strong>s dispositivos deproteção a montante <strong>do</strong> ponto de intervençãoNessa opção, a redução <strong>do</strong>s níveis de energia incidente é buscada pormeio da redução <strong>do</strong>s valores da corrente de curtos-circuitos disponíveisou pela diminuição <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po de resposta das proteções. Esta abordag<strong>em</strong>envolve muito a figura <strong>do</strong> engenheiro de sist<strong>em</strong>as de potência, já que eledeverá interagir com o usuário a fim de entender as necessidades e asparticularidades da instalação, seja ela nova ou existente. O processo érico <strong>em</strong> opções e soluções. Sen<strong>do</strong> algumas delas comentadas a seguir.I. Redução das correntes de curto-circuitoSeguin<strong>do</strong> essa abordag<strong>em</strong>, as opções passam por:• A) Uso de reatores limita<strong>do</strong>res de correnteEsta solução pode ser a<strong>do</strong>tada tanto <strong>em</strong> projetos novos quanto nasmodernizações de instalações existentes. Porém, deve-se s<strong>em</strong>pre avaliar oimpacto desta opção diante <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s de queda de tensão <strong>em</strong> partidasde grandes motores. Este tipo de abordag<strong>em</strong> v<strong>em</strong> sen<strong>do</strong> muito utilizada<strong>em</strong> CCM de baixa tensão <strong>em</strong> unidades marítimas de prospecção eprodução de petróleo, limitan<strong>do</strong>, <strong>em</strong> alguns casos, o valor simétrico dacorrente de curto-circuito trifásico a 18 kA eficazes.• B) Uso de sist<strong>em</strong>as aterra<strong>do</strong>s por resistores de alto valor ôhmicoMuito comum <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as de potência <strong>em</strong> baixa tensão, visa limitaras correntes de falha entre os condutores de fase a terra. Desde que o fatorde aterramento <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a não gere sobretensões perigosas, representa umaboa opção já que, pelo menos, 75% <strong>do</strong>s defeitos reporta<strong>do</strong>s são <strong>do</strong> tipomonofásico (falta a terra). Esta opção de filosofia de operação <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>at<strong>em</strong> de estar <strong>em</strong> linha com a determinação, pelo engenheiro de estu<strong>do</strong>sde sist<strong>em</strong>as de potência, <strong>do</strong>s valores de sobretensão que irão ocorrer, poisconforme o caso pode ser necessário a<strong>do</strong>tar equipamentos com isolaçãoaumentada (capaz de trabalhar <strong>em</strong> condições de sobretensão). Além de seter <strong>em</strong> mente que apenas o primeiro defeito a terra é “por conta da casa” (ovalor é limita<strong>do</strong> basicamente pelo resistor). Mas, caso ocorra uma segundafalha, a terra que envolva uma fase diferente da primeira, a corrente decurto-circuito fase-fase terá um valor superior ao nível anterior, com umaumento da energia incidente correspondente aos pontos de defeito.Figura 4 - Sist<strong>em</strong>a instala<strong>do</strong> <strong>em</strong> vários CMCs de BT, tipo CDC, paraquatro plantas petroquímicas na China.• C) Uso de disjuntores e fusíveis limita<strong>do</strong>res de correnteSen<strong>do</strong> que aqui o maior cuida<strong>do</strong> a ser toma<strong>do</strong> é que o menor valorda menor corrente de curto-circuito pode vir a ficar fora da regiãode limitação, o que, por conseguinte, representa um t<strong>em</strong>po maiorpara a extinção <strong>do</strong> defeito. Neste caso, o t<strong>em</strong>po de arco no pontode falha pode, apesar <strong>do</strong> menor valor de corrente, levar a um nívelalto de energia incidente.• D) Uso da filosofia de se manter os disjuntores de interligaçãoabertos na operação das unidades com mais de uma entrada(alimenta<strong>do</strong>res das barras não paralela<strong>do</strong>s)Se for de to<strong>do</strong> inviável, pelo menos considerar a possibilidadede uso de filosofias de manutenção que permitam abertura <strong>do</strong>paralelismo durante intervenções com o uso ou não de reatoreslimita<strong>do</strong>res de corrente <strong>em</strong> paralelo com o disjuntor de interligação(com o equipamento fecha<strong>do</strong> o reator está “fora”, mas com omesmo sen<strong>do</strong> inseri<strong>do</strong> no sist<strong>em</strong>a com a abertura <strong>do</strong> el<strong>em</strong>ento d<strong>em</strong>anobra). Esta opção leva a possibilidade de redução da energiaincidente e, consequente, redução <strong>do</strong>s requisitos de EPI ou EPC.II. Redução <strong>do</strong>s t<strong>em</strong>pos de interrupçãoSeguin<strong>do</strong> esta abordag<strong>em</strong>, as opções passam por:• A) Diminuição <strong>do</strong>s t<strong>em</strong>pos de respostas das proteçõesA solução ótima neste contexto é aliar à redução <strong>do</strong>s valoresdas correntes de curto-circuito a diminuição <strong>do</strong>s t<strong>em</strong>pos de reação<strong>do</strong>s dispositivos de proteção. Para os sist<strong>em</strong>as eletromecânicosconvencionais, tais tarefas são quase impossíveis, ainda mais selevarmos <strong>em</strong> conta os requisitos de coordenação e seletividade<strong>do</strong>s sist<strong>em</strong>as de proteção. Porém isso pode ser contorna<strong>do</strong> com asubstituição <strong>do</strong>s sist<strong>em</strong>as antigos por unidades microprocessadasde proteção (relés numéricos).Com esta simples modificação, os t<strong>em</strong>pos de tolerância entreajustes de t<strong>em</strong>po pod<strong>em</strong> ser reduzi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s tradicionais 400 ms a500 ms para faixas de 250 ms a 350 ms, já que não t<strong>em</strong>os maiso fantasma <strong>do</strong> sobre-alcance (overtravel) <strong>do</strong>s el<strong>em</strong>entos a discode indução e n<strong>em</strong> os probl<strong>em</strong>as com mancais ou freios. Outravantag<strong>em</strong> é a melhor resposta, graças aos algoritmos implanta<strong>do</strong>s<strong>em</strong> unidades numéricas, diante da possível saturação <strong>do</strong>stransforma<strong>do</strong>res de corrente.No entanto, o grande salto foi a ampliação <strong>do</strong> conceito deIntertravamento Seletivo por Zonas (chama<strong>do</strong> de ZSI, <strong>do</strong> inglês, ZoneSelective Interlock), também conheci<strong>do</strong> como Seletividade Lógica.Este recurso t<strong>em</strong> si<strong>do</strong> muito difundi<strong>do</strong> graças aos relés numéricos.A ideia básica é que, <strong>em</strong> casos de faltas com altas correntes, estasunidades possam, por meio de sinais discretos ou por comunicaçãovia rede, tomar a decisão de aban<strong>do</strong>nar os ajustes de t<strong>em</strong>po queforam defini<strong>do</strong>s pelo estu<strong>do</strong> de seletividade e atuar mais rapidamente(<strong>em</strong> torno de 70 ms). O uso desta solução tende a crescer mais aindacom a diss<strong>em</strong>inação da norma IEC61850 e as mensagens GOOSE,que transportam estruturas de da<strong>do</strong>s configuráveis.


O <strong>Setor</strong> <strong>Elétrico</strong> / Maio de 2010Apoio61intervir <strong>em</strong> um equipamento faça uma mudança t<strong>em</strong>porária nosajustes da proteção, levan<strong>do</strong> para valores mais sensíveis (correntede partida mais baixa e t<strong>em</strong>po de resposta mais rápi<strong>do</strong> das unidadesde sobrecorrente). Aqui, a ideia é composta por duas aproximaçõespara o probl<strong>em</strong>a da energia associada à corrente de falta noponto: usar um ajuste de corrente mais sensível, o que é muitomais compatível com os defeitos envolven<strong>do</strong> arco elétrico, e se terpara um mesmo valor de corrente uma correspondente redução not<strong>em</strong>po de resposta da proteção para a eliminação <strong>do</strong> defeito.Figura 5 – O uso de seletividade lógica possibilita a redução <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po deresposta da proteção (curva de curto retardamento – SD) da entrada de500 ms para 80 ms. Isso representa, neste caso, uma redução no nível deenergia incidente de 43,7 cal/cm² (categoria de risco 4) para um valor de7 cal/cm² (categoria de risco 2).• B) Modificação t<strong>em</strong>porária <strong>do</strong>s ajustes da proteção a montante<strong>do</strong> ponto de intervençãoO uso de unidades que permitam a redução t<strong>em</strong>porária <strong>do</strong> valorde partida <strong>do</strong>s el<strong>em</strong>entos e a aceleração das respostas de t<strong>em</strong>po(seja pela mudança de ajustes ou <strong>do</strong> tipo de curva) das unidadesde sobrecorrente vai de encontro à necessidade de se diminuir,de forma t<strong>em</strong>porária, o nível de energia disponível no ponto de<strong>trabalho</strong>, s<strong>em</strong> prejudicar permanent<strong>em</strong>ente os ajustes defini<strong>do</strong>s nosestu<strong>do</strong>s de coordenação e seletividade das proteções.Esta característica permite a um profissional que tenha queUso de tecnologias de manutenção preditiva nosconjuntos de manobra e controle de potênciaGraças aos avanços da tecnologia <strong>do</strong>s sist<strong>em</strong>as de interface ecoleta de da<strong>do</strong>s para monitoramento contínuo, tanto de descargasparciais (DP) quanto de termografia, pod<strong>em</strong>-se a<strong>do</strong>tar práticas queevit<strong>em</strong> a necessidade de ação direta <strong>do</strong> ser humano, eliminan<strong>do</strong>a necessidade de abertura de tampas e portas de conjuntos d<strong>em</strong>anobra e controle. Também o uso de sist<strong>em</strong>as de monitoramento<strong>em</strong> t<strong>em</strong>po real das condições da isolação de equipamentos d<strong>em</strong>édia tensão reduz a possibilidade de vir<strong>em</strong> a ocorrer falhasint<strong>em</strong>pestivas já que uma condição anormal pode ser identificadamuito antes de evoluir para uma falha com arco.Nas imagens da Figura 6, são mostra<strong>do</strong>s alguns ex<strong>em</strong>plos reaisde aplicação.

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