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Cálculo da transformada de Fourier da função gaussiana

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Transforma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>Fourier</strong> <strong>da</strong> <strong>função</strong> <strong>gaussiana</strong>Eduardo S. Dobay1 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2009Seja a <strong>função</strong> <strong>gaussiana</strong> h(x) = e −β(x−γ)2 , em queβ > 0 e γ ∈ C. Vamos primeiramente calcular a seguinteintegral:∫ ∞−∞e −β(x−γ)2 dx =: I.bTomaremos como já conhecido o fato <strong>de</strong> que∫ ∞ √ πe −βx2 dx =β−∞Escreveremos γ = a + bi (com a e b reais, naturalmente),e assim po<strong>de</strong>mos fazer a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> variávely = x − a. Os limites <strong>de</strong> integração continuam os mesmos(já que são infinitos), e temos x − γ = y − bi;portanto,I =∫ ∞−∞−Re −β(y−bi)2 dyFigura 1: Circuito utilizado para a integração.Agora consi<strong>de</strong>raremos um circuito no plano complexo, conforme ilustrado na figura. A integral que<strong>de</strong>sejamos calcular correspon<strong>de</strong> à integral no segmento inferior do circuito, no limite R → ∞. Definindoa <strong>função</strong> f(z) = e −β(z−bi)2 , vemos que ela é analítica em todo o plano complexo e, portanto, sua integralao longo do circuito fechado é zero.A integral ao longo do circuito fechado po<strong>de</strong> ser escrita como a soma <strong>da</strong>s integrais em ca<strong>da</strong> um dossegmentos <strong>de</strong> reta. No segmento inferior, como já dissemos, a integral éI 1 (R) =∫ R−Rf(x)dx =∫ R−Re −β(x−bi)2 dx.No segmento superior, o número z − bi é real (pois z = x + bi), e portanto a integral recairá no caso jáconhecido (lembrando que o sentido <strong>de</strong> integração é invertido):∫ R∫ RI 3 (R) = − f(x + bi)dx = − e −βx2 dx−R−RVamos agora analisar as integrais nos segmentos verticais. Po<strong>de</strong>mos escrever sua soma comoJ(R) =∫ b0f(R + iy)idy −∫ b0f(−R + iy)idy = i= i= 2∫ b0∫ b0∫ bAgora vamos mostrar que essa integral vai a zero quando R → ∞. Temos|J(R)| ≤ 2∫ b00[e −β[R+(y−b)i]2 − e −β[R−(y−b)i]2] dye −β[R2 −(y−b) 2 ] [ e −2βR(y−b)i − e 2βR(y−b)i] dy)e −β[R2 −(y−b) 2 ] sen(2βR(y − b) dy∣∣e −β[R2 −(y−b) 2 ] ∣ ∣ )∣ ∫ b∣∣sen ∣∣ ∣(2βR(y − b) dy ≤ 2 e −β[R2 −(y−b) 2 ] dyÉ mais cômodo trabalhar com a variável t = b − y; fazendo a mu<strong>da</strong>nça, teremos|J(R)| ≤ 2∫ b0e −β(R2 −t 2 ) dt0R1


Lembremos que o expoente tem seu valor máximo quando R 2 −t 2 é mínimo; na integral, isso ocorre quandot = b (consi<strong>de</strong>rando R suficientemente gran<strong>de</strong>); assim, encontramos uma majoração para o integrando:|J(R)| ≤ 2∫ b0e −β(R2 −b 2 ) dt = 2be−β(R 2 −b 2 ) = 2beβb 2 e −βR2Agora, <strong>de</strong>vido ao último termo, po<strong>de</strong>mos afirmar que |J(R)| → 0 quando R → ∞ (e, portanto, J(R) → 0).Voltando ao nosso circuito, temos∮f(z)dz = I 1 (R) + I 3 (R) + J(R)Lembrando que o lado esquerdo é sempre igual a zero e tomando o limite R → ∞, teremose, portanto,I =0 =∫ ∞−∞∫ ∞−∞e −β(x−bi)2 dx −e −β(x−γ)2 dx =∫ ∞−∞∫ ∞−∞e −βx2 dx√ πe −βx2 dx =βCom isso, a tarefa <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a transforma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>Fourier</strong> F[h] <strong>da</strong> <strong>função</strong> <strong>gaussiana</strong> fica bastantesimplifica<strong>da</strong>. Tal <strong>função</strong> é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> porF[h](ξ) = 1 √2π∫ ∞−∞h(x)e −iξx dx = 1 √2π∫ ∞O integrando po<strong>de</strong> ser reescrito como[]{exp −βx 2 + (2γβ − iξ)x − γ 2 β = expe assim a transforma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>Fourier</strong> seráF[h](ξ) = √ 1}∫ {∞exp{− ξ22π 4β − iγξ exp −β−∞Mas já vimos que essa integral vale √ π/β, então temos−β−∞e −β(x−γ)2 e −iξx dx[ (x − γ − iξ )] }2− ξ22β 4β − iγξ ,[ (x − γ − iξ )] } 2dx2βF[h](ξ) = √ 1}√exp{− ξ2 π2π 4β − iγξ β = √ 1 {exp − 1}2β 4β (ξ + 2iγβ)2 − γ 2 βAssim,[βF[h](ξ) = e−γ2 √ exp − 1 ]2β 4β (ξ + 2iγβ)22

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