70Esse sucesso refletiu no primeiro Oscar de Melhor Filme de Animaçãoda Pixar, prêmio que desde a sua criação não havia sido vencido pela empresae foi nomeado pela “Online Film Critics Society” como a melhor animação detodos os tempos (PIXAR, 2010).Em 2004, a Pixar lançou “Os Incríveis”, filme que marca a entrada naempresa do ex-colega de Lasseter e animador independente Brad Bird. Elehavia se destacado na década passada com a animação “O Gigante de Ferro”.Capodagli e Jackson (2010, p.30-31) falam da importância do diretor para osrumos da Pixar:A Pixar contratou o diretor Brad Bird para agitar as coisas porquedepois de três sucessos – “Toy Story”, “Vida de Inseto” e “Toy Story2” – a empresa não estava preocupada com as possíveis dificuldadesem continuar criando novos filmes inovadores. O primeiro projeto deBrad foi “Os Incríveis”. Tudo nesse filme era um pesadelo para aanimação gerada por computador: personagens humanos, cabelo,água, fogo e uma quantidade enorme de cenários. Lasseter e opessoal da criação estavam extasiados com o filme, mas as equipestécnicas estavam prestes a ter uma parada cardíaca. Disseram aBrad que o projeto levaria dez anos e um orçamento animal para sercumprido. Brad dise: tragam as ovelhas negras. Quero os artistas quese sentem frustrados, quero aqueles que têm outras maneiras defazer as coisas e que ninguém ouve. Tragam todos os caras quesaíram ou têm vontade de sair da empresa por falta de oportunidade.”As “ovelhas negras” de Brad eram os descontentes que tiverampoucas chances de tentar ideias novas, uma vez que os trêsprimeiros filmes foram sucessos tão estrondosos. As “ovelhas negras”aceitaram o desafio e, no fim, o filme “Os Incríveis” custou à Pixarmenos por minuto do que os filmes anteriores, embora tivesse trêsvezes a quantidade de cenários. O filme ganhou, em 2005, os Oscarde Melhor Filme de Animação e Melhor Edição de som, e foi a maiorvendagem de DVDs daquele ano. Brad disse: “Tudo isso porque osdiretores da Pixar nos deram licença para tentar ideias loucas”.Em 2006, a Pixar lança o filme “Carros”, que traz o chefe do estúdio devolta a direção de um longa-metragem, desde “Toy Story 2”. John Lasseter dizter tido a ideia de fazer “Carros” após viajar com a família pelo interior dosEUA. É a partir deste ano também que a Pixar começa a lançar nos cinemasuma animação por ano (PIXAR, 2010)Ainda em 2006, ocorre o capítulo mais importante da história da Pixar.O próximo filme do estúdio seria o último da parceria entre a Disney e aempresa. Depois de inúmeras transações a Disney comprou os estúdios Pixar.A decisão foi ainda mais importante, pois entre os termos da negociação, todoo setor de animação das duas empresas ficou sob a tutela de John Lasseter, e,
71Steve Jobs, tornou-se o maior acionista da Disney. O site Omelete publicou anotícia e especulou sobre o futuro da fusão:A transação encerra anos de desentendimentos entre as duasempresas, causados principalmente pela gestão de Michael Eisner.Quando o chefão deixou o cargo no ano passado, no entanto, aprioridade máxima do novo presidente, Bob Iger, foi retomar asconversas e elevar o departamento de animação da Disney aopatamar de qualidade do passado, quando a empresa era sinônimode excelentes filmes (...)Torçamos então por uma retomada dostempos dourados do estúdio. (BORGO, 2006)Capodagli e Jackson (2010, p.12) relatam o que o presidente da Pixar,Ed Catmull falou sobre a fusão das duas empresas na época:Desde 2006 quando a Walt Disney comprou a Pixar do entãoproprietário Steve Jobs por 7,4 bilhões de dólares em ações, Ed eJohn (Lasseter) estiveram energizando a Disney com seus gêniosinovadores. Na época, Ed disse: “A Disney teve dois grandesmomentos de glória (referindo-se à década de 1930, quando WaltDisney foi pioneiro no desenho animado em forma de artecinematográfica, e nos anos 1980, quando o renascimento daanimação foi possível graças a uma nova equipe de liderança) e nósvamos fazer surgir um terceiro”. E embora eles estejam realizandoesse sonho, John Lasseter acredita que “o sucesso não gera sósucesso – gera autonomia, que, por sua vez, alimenta a criatividade”.Uma das primeiras decisões de John Lasseter após assumir seu cargocomo novo chefe de animação dos estúdios Disney/Pixar foi reativar odepartamento da empresa. Praticamente 20 anos depois de ter sido demitidoda Disney o animador voltou como chefe dos estúdios. Ele mesmo relata sobreseus primeiros dias no trabalho, em entrevista a Fábio Barreto, do site SOSHollywood 30 :Estava muito nervoso, pois nunca havia participado de algo tãograndioso assim. Na Pixar, fui o primeiro animador a trabalhar comcomputadores. Digamos que fui o primeiro sujeito treinado nessesistema no mundo todo e, de repente, aquela aventura setransformou numa companhia inteira. Chegar num lugar cheio dehistória e responsabilidade como a Disney foi muito marcante. Depoisque tomei contato com os artistas da casa, implementei uma filosofiasimples: devolver o estúdio para essas mentes criativas. Há umadiferença fundamental entre um estúdio guiado por executivos e outrocomandado por cineastas. A Pixar sempre foi uma casa de cineastas,desde o princípio, e nunca perdeu seu rumo. Quando se pensaassim, o resultado são filmes capazes de agradar a todos, ter seu30 Disponível em http://www.soshollywood.com.br/entrevista-john-lasseter/. Acesso em 28 de setembro de2010.
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