68queria usar seus recursos para criar e não apenas copiar umaanimação bem-sucedida do passado.John Lasseter não aceitou a imposição da Disney. Ele diz:Havia um modelo de negócio para a Disney, depois de Aladdin, delançar sequências direto em DVD, mas eu sempre senti que se fossefeito corretamente, “Toy Story 2” poderia ter o lançamento noscinemas. Eu ainda acho que é um dos nossos melhores filmes. Eupenso que o grau de surpresa que alcançou nas pessoas – que nãoera apenas outra sequência “engraçada”, mas que realmente existealguma alma na história, particularmente com a história de Woody. Amaioria das sequências são apenas parte da mesma velha históriasendo contada novamente, o que torna o original menos interessante.E nós sempre olhamos para “O império contra-ataca” e “O PoderosoChefão Parte II”, que são duas sequências as quais nos agarramoscomo modelo, porque ambos expandiram o original. E era o quequeríamos fazer (DAY, 2009) 27Capodagli e Jackson (2010, p.26) complementam:A Disney tinha distribuído e cofinanciado filmes da Pixar e incentivouaa fazer “Toy Story 2” como um filme de baixo custo, com qualidadedireto para vídeo. John Lasseter comentou: “Foram as mesmaspessoas que fizeram “Cinderela II”. Acreditamos que a única razãopara uma seqüência é se você tiver uma história longa... Queremosque esses filmes da Pixar sejam do mesmo nível dos que Walt Disneyfez: “Branca de Neve e os Sete anões”, “Pinóquio”, “Fantasia”,“Bambi”, “Peter Pan”. Esses filmes viverão para sempre”.O sucesso de “Toy Story 2”, em 1999, foi ainda maior que seuantecessor tanto em público como na crítica. Esse sucesso consolidou o idealda Pixar em realizar continuações coerentes e que tenham algo novo a dizer aoespectador (Ibid, 2010). Na nova história, Woody é seqüestrado por umcolecionador de brinquedos e cabe a seus amigos salva-lo.De acordo com o site oficial da empresa 28 No ano seguinte, a Pixarinaugura seu novo estúdio na Califórnia. Depois de quase dez anos sediadosno mesmo lugar, muitos dos integrantes sentiram-se desconfortáveis:27 Traduzido livremente pelo autor, do texto: “There was a business model for Disney, following Aladdin, ofstraight-to-DVD sequels but I always felt that if it was done right, Toy Story 2 should be a theatricalrelease.I still think it stands as one of our absolute best movies. I think the depth of it surprised people -that it wasn‟t just another „fun‟ sequel, that there was some soul to the story, particularly with Woody‟sstoryline. Most sequels are just part of the same old story being told again, which actually makes theoriginal less interesting. And we always looked at The Empire Strikes Back and Godfather Part II, whichare two sequels we held up as our model, because both expanded on the original. And that‟s what wewanted to do”.28 Disponível em http://www.pixar.com/companyinfo/history/2000.html. Acesso em 23 de setembro de2010.
69No começo, logo que a Pixar se mudou para os novos e reluzentesestúdios de Emeryville, houve alguns remorsos em relação a deixar ovelho habitat de Point Richmond. O diretor Lee Unkrich (“Toy Story3”) comentou: “Quando nos mudamos houve alguma preocupação deque o lugar não era para nós – aquilo era algo lindo demais paranós”. Lasseter lembra de ter dito a Steve Jobs: “você pode fazer umprojeto minimalista elegante e arrojado, mas assim que osanimadores estiverem lá eles vão sair atrás das velas latas de lixocompradas com 80% de desconto no supermercado”. (...) Leerevelou: “No momento em que os animadores começaram a trazersuas coisas e a montar os escritórios do próprio jeito, ficou bem claroque as coisas não mudariam tanto assim” (CAPODAGLI; JACKSON,2010, p. 89)No ano de 2001, o co-fundador da Pixar Ed Catmull é nomeadopresidente da Pixar e John Lasseter assina um contrato de 10 anos deexclusividade com a empresa. É neste ano também que o novo filme da Pixar“Monstros S.A.” é lançado, tornando-se, na época, o terceiro filme animado demaior bilheteria da história do cinema. Nesse ano, a empresa ganha também oOscar especial pela sua contribuição técnica para o cinema com a criação dosoftware “Renderman”, na década de 1980 (PIXAR, 2010).Em 2003, foi lançado o filme que durante quase uma década, veio aser a maior bilheteria da empresa e seu maior sucesso: “Procurando Nemo”, deAndrew Stanton e Lee Unkrich. Ele mostra a história do peixe-palhaço, Mani,que, após o sumiço de seu filho, vai viajar por todos os mares para encontrá-lo.John Lasseter explica o sucesso do filme:Uma das coisas que aprendi com “Toy Story” e viajando ao redor domundo fazendo publicidades, e vendo filmes em diferentes línguasdiante de diferentes públicos ao redor do mundo, é que nós nãofazemos filmes somente para os Estados Unidos. Nós vimos nossasbilheterias mundiais crescerem como uma porcentagem de nossaarrecadação através dos anos. Alguns filmes, como “Carros” e “ToyStory” são um pouco mais Americanos em suas imagens, mas euacredito que “Nemo” foi muito, muito encantador e atrativo paramulheres e meninas assim como para homens e garotos. Então tinhaalgo para todo mundo. E não é comum, sabe? Ninguém nunca tinhavisto algo assim. E o fato de se passar debaixo d‟água foi perfeitopara nosso meio (DAY, 2009) 29 .29 Traduzido livremente pelo autor, do trecho: “One of the things I learned after Toy Story and travellingaround the globe doing publicity, and seeing the movies in different languages in front of differentaudiences around the world, is that we don‟t make these movies just for the US. We‟ve seen ourinternational box office grow as a percentage of our total box office through the years. Some of the movies,like Cars and Toy Story are kind of more American in imagery, but I think Nemo was very, very charmingand appealed to women and girls as much as it appealed to men and boys. So there was something therefor everybody. And it was unusual, you know? No one had seen anything like that. And the underwatersubject matter was perfect for our médium”.
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