22(BARBOSA JUNIOR, 2005, p.56). Para se diferenciar dos trickfilms e firmar aanimação como uma expressão artística própria, o desenhista explicavaincessantemente os processos de produção e o tempo que levou para realizarcada projeto. Mesmo assim, o público não consegue aceitar que a fluidez daanimação seja apenas tinta e papel e não algo “sobrenatural” (CRAFTON,1993, p.113).O diretor vai além no seu próximo projeto, “How a Mosquito Operates”(ANEXO 4), em 1912, quando decide trazer um personagem desconhecidopara o público e, mais do que fazer apenas o movimento pelo visual, aqui eleacontece em favor de uma narrativa. McCay trabalha “a personalidade de seupersonagem como recurso expressivo e de identificação com o público”(BARBOSA JUNIOR, 2005, p.57).A história de “How a Mosquito Operates” envolve um pequeno insetoque tenta sugar o sangue de um humano. Cada vez deseja mais e mais atéque em certo ponto, explode. John Canemaker (1987, p.35) demonstra oimpacto dessa animação quando diz que “um desenho animado, naquelaépoca, foi capaz de levar os espectadores à reflexão sobre a condiçãohumana”, tendo como astro um mosquito chupador de sangue, ao que BarbosaJunior (2005, p.59) acrescenta: “O tratamento aplicado por McCay colocou oinseto numa dimensão superior do imaginário, no qual ele deixava de ser ummonstro ao revelar, com suas ações, fraquezas típicas do caráter humano”.McCay ainda lançou, em 1914, “Gertie the Dinosaur” (ANEXO 5),considerado o “primeiro marco da história da animação” (BARBOSA JUNIOR,2005, p.59). Todas as características e conquistas técnicas do desenhista sãoincorporadas nessa animação, com o acréscimo de um cenário redesenhadomais de cinco mil vezes (SOLOMON, 1994).Apesar das inúmeras falsificações geradas pelo sucesso do filme (Ibid,1994), vale salientar que:(Gertie) também impressionou dezenas de jovens artistas, que sedecidiram pela animação e deram continuidade ao seudesenvolvimento, como Walter Lantz (criador do Pica-Pau), DaveFleischer (criador de Koko, o palhaço e inventor da rotoscopia) e DickHuemer (um dos mestres que forjou a fama dos Estúdios Disney)(BARBOSA JUNIOR, 2005, p.59).Barbosa Junior (2005, p.60) defende também a importância de Cohl eMcCay como artista/animador, o que não deixa dúvida “a respeito de quem e
23qual o tipo de atividade é responsável pelo sentido da palavra arte” da imagemem movimento, conhecida como cinema de animação.1.2 Industrialização e ExpansãoDe acordo com Barbosa Junior (2005), a industrialização do processode animação era complicado pela falta de experiência e instrumentosnecessários na época. Não apenas o fator do tempo para produção de umfilme, mas também os custos elevados dificultavam que os artistas sededicassem em maior tempo ao trabalho. Como se esses fatores não fossemproblemas suficientes, as técnicas ainda estavam sendo descobertas e, deacordo com Halas e Manvell (1979), a imprensa não dava a devida atenção aocinema animado. Os pioneiros, além de desenvolver a animação propriamentedita, tinham que buscar respeito profissional e criar uma audiência “quepudesse apreciar e aceitar os movimentos e expressões de personagensdesenhados em papel” (SOLOMON, 1987, p.22).Surgem então os estúdios de animação, um meio de produziranimações de modo rápido e barato, com prazos e orçamentos mais curtos:Criados e gerenciados por animadores autodidatas no domínio doprocesso básico de animação, esses empreendedores recrutavamsua mão-de-obra nos departamentos de arte dos jornais, ensinandoos jovens cartunistas os rudimentos da animação. Só mesmo ogrande talento desses artistas (que formarão a primeira geração degrandes mestres) para explicar o excepcional desenvolvimentotécnico e artístico da animação entre as décadas de 1910 e 1940. Aformação em escolas de belas-artes, com sólida base em desenho epintura, era o ponto comum entre todos os precursores (BARBOSAJUNIOR, 2005, p. 61).A produção em larga escala acontece nos Estados Unidos ao início daPrimeira Guerra Mundial, um dos fatos que fortaleceu a indústriacinematográfica norte-americana, visto que não enfrentou a concorrênciaeuropeia. Crafton (1993) afirma que ao final desse período, os Estados Unidosnão só se tornaram os maiores produtores como também dominaram omercado consumidor europeu, estabelecendo desde cedo a hegemonia naprodução audiovisual em todo o Ocidente.
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