104Em 1997, o ex-produtor da Disney Jeffrey Katzenberg fundoujuntamente com Steven Spielberg a produtora Dreamworks e criou seu própriosetor de animação. Inicialmente apostou nas animações tradicionais, lançando“O Príncipe do Egito” e “O Caminho para Eldorado”, mas logo aproveitou-se doespaço do mercado para animações 3D e antes que a Pixar lançasse “Vida deInseto”, lançou “Formiguinhaz”, o primeiro filme em computação gráfica daempresa. Mas é com “Shrek” que a Dreamworks conseguiu rivalizar omonopólio Disney/Pixar em animações 3D. Chong fala sobre a disputa entre asduas empresas e como “Shrek” desafiou a Disney:Ao entrar em um terreno tradicionalmente ocupado pela Disney euniversalmente associado com os estúdios, tanto por ser um filme deanimação como por ser um conto, DreamWorks fez uma atrevidadeclaração de intenções [...] Shrek (2001), mudou a concepção que aindústria cinematográfica tinha da animação digital. Para realizá-lo, setomou como referência a força do roteiro da série de TV Os Simpsonse combinado com um humor irreverente que lembra às clássicasanimações de Chuck Jones. O filme atraiu crianças e adultos porigual, e seu êxito de bilheteria foi provavelmente o sinal que osgrandes estúdios precisavam reconsiderar sua implicação com aanimação digital (CHONG, 2010, p. 110-111) 65 .O êxito de “Shrek” e das demais produções em 3D da Pixar fez comque novos estúdios apostassem na tecnologia. Logo, a Blue Sky lança aanimação computadorizada “A Era do Gelo”, em 2002.Dez anos após a estreia de Toy Story, a crítica de cinema NancyChurnim (2005) disserta sobre a importância do filme como divisor de águas docinema de animação:É notável o que Toy Story criou. E é legal refletir no mundo daanimação antes e depois [...] "Shrek", "Shrek 2", "A Era do Gelo","Robôs" – todos eles devem essa audaciosa energia contemporâneaa Toy Story. E o triunfo da Pixar com Toy Story levou há uma incrívelsequência de sucessos do estúdio como: “Monstros S.A.”,“Procurando Nemo”, “Os Incríveis”. A animação pré-“Toy Story” erausualmente bidimensional, muito disso inspirado em histórias deanimais e contos de fada. Toy Story tem um espírito descaradamente65 Traduzido livremente pelo autor, do texto: “In occupying the ground traditionally held by and universallyassociated with Disney in terms of both animated features and fairytale subject matter, DreamWorksdelivered a bold statement of intent [...]Shrek (2001), changed the way the film industry thought aboutcomputer animation. It took the scriptwriting potency of the television series, The Simpsons, and combinedit with na irreverent humour reminiscent of classic Chuck Jones animation. Attracting adults and children inequal measure, the film‟s Box office success seemed to be the signal for all major studios to consider theirinvolvement in digital animation.”
105contemporâneo, assim como seu visual tridimensional-gerado-porcomputadorapresenta 66 .Em 2004, a Disney lança sua última animação em formato tradicional,“Nem que a Vaca Tussa”, filme que arrecadou menos da metade de seu custonas bilheterias internacionais (BOX OFFICE MOJO, ONLINE). Ou seja, menosde dez anos depois do lançamento de Toy Story, as produções feitascompletamente em computação gráfica mostraram-se mais lucrativas do queas animações tradicionais, devido a seu custo reduzido de produção, equipe detrabalho menor e pelo interesse do público que abraçou as animações em 3Dcomo novo formato. Esse fato é confirmado pela lista publicada no site BoxOffice Mojo, que elenca as dez maiores arrecadações do cinema animado nosúltimos 20 anos, sendo que entre esses filmes, apenas “O Rei Leão” foirealizado em formato 2D tradicional 67 .O efeito do sucesso de “Toy Story” e as tecnologias 3D desenvolvidasa partir dele, permitiram que no ano seguinte, fosse lançado o primeiro jogocompletamente realizado por computador: Quake. Aos poucos, as plataformasde jogo começam a converger para o novo formato de tecnologia e o mesmoefeito que a computação gráfica teve sobre o 2D tradicional, reflete-se nomundo dos videogames (CHONG, 2008).Da mesma forma, a televisão e a produção de videoclipes, vê nainserção do 3D em suas produções, uma forma para que novos artistaspossam experimentar essas técnicas. Dessa geração de diretores devideoclipe, boa parte teve sua carreira lançada nos cinemas, como é o caso dodiretor de “300”, Zack Snyder, que utiliza em seus filmes a computação gráficanão como um simples efeito especial, mas como ferramenta narrativa(BORGO; FORLANI; HESSEL, 2009).Desde o princípio do cinema animado, o gênero passa por diversasetapas até poder constituir-se como uma forma genuína de cinema, com umalinguagem e uma visualidade própria. Barbosa Junior (2005) relata queinicialmente o cinema animado derivou e utilizou-se da prática dos trickfilms66 Traduzido livremente pelo autor, do trecho: “It's remarkable what „Toy Story‟ wrought. And it's cool toreflect on the world of animation before and after [...] „Shrek‟, „Shrek 2‟, „Ice Age‟, „Robots‟ - they all owetheir sassy, contemporary verve to „Toy Story‟. And Pixar's triumph with „Toy Story‟ led to an amazingstream of successes from its studio as well: „Monsters Inc.‟, „Finding Nemo‟, „The Incredibles‟. Pre-„ToyStory‟ animation was usually two-dimensional, much of it inspired by animal stories or fairy tales. „ToyStory‟ is in-your-face contemporary in spirit as well as its computer-generated three-dimensional look told”67 Acessado em http://www.boxofficemojo.com/genres/chart/?id=animation.htm
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