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ANTROPOFAGIA LITERÁRIA: DOR E SEDUÇÃO

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Anais Eletrônicos do IV Seminário Nacional Literatura e CulturaSão Cristóvão/SE: GELIC/UFS, 03 e 04 de maio de 2012.ISSN: 2175-41284compreendida como um hábito alimentar, o que não se aplica ao canibalismo, namaioria das vezes associado ao comportamento predatório. Observa-se também quemuitos autores utilizam esses termos indistintamente.A prática, conforme afirmam antropólogos e arqueólogos eram encontradasem algumas comunidades ao redor do mundo. Foram encontradas evidências naÁfrica, América do Sul, América do Norte, ilhas do Pacífico Sul e nas Caraíbas (ouAntilhas). Na maioria dos casos, consiste num tipo de ritual religioso/mágico comouma forma de prestar seu respeito e desejo de adquirir as suas características.UM POUCO DE HISTÓRIAFunda-se em seguida o, Clube de Antropofagia, juntamente com a Revista deAntropofagia, em que é publicado o Manifesto Antropófago escrito por Oswald deAndrade como o cerne teórico do movimento nascente, que se dissolve com aseparação entre ele e Tarsila, em 1929. Com frases de impacto, o texto reelabora oconceito eurocêntrico e negativo de antropofagia como metáfora de um processocrítico de formação da cultura brasileira. Se para o europeu civilizado o homemamericano era selvagem, ou seja, inferior, porque praticava o canibalismo, na visãopositiva e inovadora de Andrade, exatamente nossa índole canibal permitira, naesfera da cultura, a assimilação crítica das idéias e modelos europeus. Bradou o autorem 1928:“como antropófagos somos capazes de deglutir as formas importadaspara produzir algo genuinamente nacional, sem cair na antiga relaçãomodelo/cópia, que dominou uma parcela da arte do período coloniale a arte brasileira acadêmica do século XIX e XX.” ( OSWALD DEANDRADE Em Piratininga Ano 374 da Deglutição do BispoSardinha.") [Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de 1928.]E num misto de êxtase e dor defendia a ideia de que:

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