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“Tenho várias cicatrizes, mas estou viva. Abram a ... - SINPRO-DF

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3RIO+20 FRUSTRA EXPECTATIVADE AVANÇOS PARA MULHERESMulheres de todo mundo, reunidas emeventos paralelos à Rio + 20, lamentaramque o texto final não tenha feitomenção aos direitos reprodutivos da mulher. Otema dos direitos reprodutivos foi excluído dotexto “O Futuro que Queremos” por pressão dediferentes países e do Vaticano.A ex-presidente da IrlandaMary Robinson, representante nacúpula do respeitado grupo “TheElders”, criado por Nelson Mandela,criticou duramente a oposiçãodo Vaticano, um dos principaismotivos para a retirada dessamenção. “O que homens solteirossabem sobre a vida, a saúde, e asdecisões de mulheres pobres?” aodefender que os direitos sexuais ereprodutivos são essenciais.Os direitos reprodutivosdefendem o direito da mulher dedecidir se quer ou não ter filhos,em que momento e com quem,sem discriminação ou violência.No texto final a Rio+20 reconhecea necessidade de avançar naigualdade de gênero e sobre aimportância da saúde sexual e reprodutiva,<strong>mas</strong> os negociadoresretiraram em sua última versão amenção aos direitos reprodutivos.“É escandaloso que mais uma vez umencontro dominado por homens queira ditarcomo as mulheres devem controlar seus corpos”,denunciou Kumi Naidoo, da ONG Greenpeace.A secretária de Estado americano, HillaryClinton, também defendeu o direito reprodutivodas mulheres, ou seja, o direito de escolherquando querem ter filhos. A primeira-ministrada Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, pediuem seu discurso diante de uma cúpula dominadapor homens: “teria gostado de ver a importânciados direitos reprodutivos reconhecida noresultado da Rio+20”.A presidente Dilma Rousseff defendeuo mesmo princípio: “no Brasil, estamos investindopara superar dificuldades e precariedadesno acesso aos serviços públicos de saúde, compleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos”,durante a cúpula de governantes mulheresparalela à Rio+20.“As mulheres e as crianças são a facemais visível da pobreza no mundo. Mas são també<strong>mas</strong> grandes aliadas na sua erradicação”, disseainda a presidente. Dilma concluiu seu discursoafirmando que “o Brasil ainda precisa fazermuito pela afirmação da mulher”.O QUE FICOU “DESCOMBINADO”:OS DIREITOS DAS MULHERESDocumento Base da ConferenciaRio+20, chamado ori-Oginalmente de Rascunho Zero,deveria ser a base para o comunicadofinal da conferência, a serassinado pelos representantesdas nações aqui reunidas e das diversasentidades civis que lutamcontra a “economia fóssil”.Contudo, decidiu-se em face defortes resistências por uma propostadita consensual. Na verdade,o que se fez neste documentofoi eliminar todos os pontos quesofriam alguma restrição. Entre ospontos relegados no DocumentoFinal estão aqueles relacionadoscom os chamados “direitos reprodutivosdas mulheres”, onde seexplicitavam os direitos de saúde,de acesso ao trabalho e à educaçãoe aos plenos direitos civis, incluindoaí a exclusão política e aspenas degradantes.Ora, o Brasil, e sua presidenta DilmaRousseff, não só apoiam a universalização dosdireitos da mulher, como também buscam –conforme decisão do STF neste ano sobre oaborto de anencéfalos – de garantias sobre asaúde física e emocional das mulheres. Ou seja,a diplomacia brasileira negociou um documentoque fica aquém da legislação brasileira e contráriaa política proposta pela própria presidentaDilma Rousseff.COLETIVO DEMULHERES DO<strong>SINPRO</strong> SE REÚNEEM AGOSTORealizaremos no dia 10 de agosto, às19h, na sede do Sinpro, plenária docoletivo de mulheres educadoras doSinpro. O objetivo é discutir coletivamenteos te<strong>mas</strong> que levaremos para debate noCongresso dos Trabalhadores em Educação(CTE), que será realizado em 13, 14, 15 e 16de setembro. Compareça! Participe! Nossasconquistas dependem de nossa mobilização!Mais informações e inscrições com Ana Lúcia,no telefone 3343-4206.Secretaria de Mulheres do SinproCOLETIVO DE MULHERES DA CUT-<strong>DF</strong>No último CECUT, realizado em maio/junho, aprovamos a paridade para apróxima gestão da CUT, ou seja, paradaqui 3 anos. Temos grandes desafios paraesse triênio (2012/2015). Os dados sobre aparticipação das mulheres no movimentosindical comprovam o que já sabíamos: asmulheres ainda têm uma participação sindicalinferior à sua inserção no mundo dotrabalho. E ainda que a sindicalização dasmulheres tenha aumentado, nas diretoriasdas entidades essa inserção não inclui os trêscargos tradicionalmente considerados maisimportantes: Presidência, Secretaria Geral eTesouraria.Temos que fortalecer nossa participaçãona organização da luta. O coletivo demulheres da CUT é um espaço aberto a todasas companheiras sindicalizadas aos váriossindicatos cutistas. Divulgaremos em brevenossa agenda de reuniões. Esperamos você!Maria da Graça Souza –secretária de mulheres da CUT-<strong>DF</strong>


4As bambas da educação*Neliane Cunha“Dona Izaura, Emília, Terezinha e Marina. Ana, Rita, Joana, Iracema e Carolina...Ela é bamba” As tantas Marias da educação sabem que quando vão àluta por uma escola pública de qualidade também estão lutando por seremmulheres. Ela é bamba e sabe que seu direito ao voto, ao trabalho e ao exercícioda liberdade são frutos de lutas de outras tantas bambas.Ela é bamba e batalha para denunciar ao mundo o que ainda devemelhorar. Acorda mundo! Não ao sexismo, à violência, à desigualdade, aospadrões... NÃO! Ela é a bamba da educação, e se equilibra com maestria nascordas bambas que a profissão exige. Ela se movimenta, se mobiliza e LUTA,arrebentando amarras de seus direitos.Na sala de aula, rompe esteriótipos e traça novos rumos para omagistério que antes a trouxe para o trabalho por “ser cuidadora” ou por“ser mais barata”, reafirmando hoje que é SER DE DIREITOS. Ela está seguraque não pode mais reproduzir sem questionar conhecimentos criadospor homens. Hoje a mulher da educação está certa que sua atividade é detransformação, não de extensão do lar; que rosa para meninas e azul parameninos está fora de moda – e jamais voltará; que está na educação paratransformar a realidade e enfrentar asdesigualdades.Ela sabe que sua luta traduzidana GREVE exige consideração porsua batalha numa sociedade aindamachista. Exige que sua história constenos livros. Marcha rumo a melhorescondições de vida porque não admiteganhar menos por ser mulher. Fecharuas para mostrar que a escola é diversa,traduzida pelos gêneros e deve ser respeitada por isso. Ocupa os espaçospara provar que lugar de mulher é na construção política. Ergue as bandeirasda IGUALDADE JÁ!As bambas da educação sabem como ninguém na sala de aula, narua ou na greve ensinar para a emancipação das bambas que virão. Elas sabemque são maioria, <strong>mas</strong> querem uma escola melhor para todas e todos,sem distinção de sexo, celebrando a igualdade de gênero. Mulheres, educadoras,geradoras/transformadoras do mundo!Neliane Cunha é pedagoga, educadorana SEE<strong>DF</strong>, especialista em “Educação, Democraciae Gestão Escolar” e diretora doSinpro-<strong>DF</strong> na Secretaria de Assuntos e Políticaspara Mulheres Educadoras.Trecho da música Ela é bamba, de TotonhoVilleroy, interpretada por Ana Carolina.


5Da mulher, a luta ficaDa mulher a luta fica,fica o exemplo e a história,ficam momentos de glóriae tudo o que se predica.Da mulher fica a ternura,a eterna perseverançaque mantém a esperançaacesa na criatura.Fica a firmeza do olharna clareza do seu tino,a certeza do destino,do caminho a caminhar.Escolhemos trechos da poesia deClovis Campêlo para homenagear asmulheres que estiveram na luta durantea nossa greve. Nós todas somosimprescindíveis!


6MULHERES EDUCADORASOCUPAM ESPAÇOS DE PODERAluta das professoras para ocupar espaços de poder não é diferentedo que ocorre nas demais áreas. Mas os avanços jápodem ser vistos e o Sinpro, onde o público feminino correspondea 80% do total de filiados(a), teve e tem um papel significativopara o alcance dessas conquistas. Ciente de que a política degênero é uma ação necessária para o fortalecimento da própria categoria,o Sindicato está à frente na discussão de ter a mulher ocupandoos espaços de lideranças dentro e fora da entidade.Em 2008, tivemos nossa primeira grande conquista quandomudamos o estatuto do Sinpro para garantir às mulheres paridadede participação em todas as instâncias do Sindicato: no mínimo45% das vagas devem ser reservadas para um dos gêneros. Na época,fomos o único Sindicato do Distrito Federal a implementar a paridade,indo além da cota mínima de 30% estabelecida pela CentralÚnica dos Trabalhadores – CUT.Assim que garantimos a representação política femininadentro do Sinpro, abrimos espaço para que essas mulherestambém passassem a ocupar espaços de poder em outros órgãoscomo representantes do Sindicato. Atualmente, cinco de nossas diretorassão exemplos dessa conquista:A diretora da Secretaria de Imprensa e Divulgação, RosileneCorrêa, foi indicada (a nomeação ainda não foi publicada)para compor o Conselho de Educação do <strong>DF</strong>, órgão consultivo--normativo de deliberação coletiva e de assessoramento superiorà Secretaria de Educação, coma atribuição de definir nor<strong>mas</strong> ediretrizes para o Sistema de Ensinodo Distrito Federal. Para Rosileneé muito importante que oConselho de Educação seja cadadia mais democratizado, poissuas decisões afetam todo oprocesso pedagógico do <strong>DF</strong>. “Aparticipação dos trabalhadoresno Conselho sempre foi uma reivindicaçãodo Sinpro e esperamospoder discutir nesse espaçoas políticas para a Educação efazer a defesa dos interesses dasprofessoras e dos professores”, afirmou ela.A diretora da Secretaria de Administração e Patrimônio,Nilza Cristina dos Santos, foi indicada para representar o Sindicatono Conselho Administrativodo Instituto Previdenciário doDistrito Federal (IPREV/<strong>DF</strong>). Oórgão é responsável por aplicare gerir os recursos das contribuiçõespara a aposentadoria. ParaNilza, em uma sociedade machista,como a nossa, a mulhersó consegue ocupar seu espaçopor meio de muita luta. Ela defendeque lugar de mulher é napolítica. “A mulher por toda a suasensibilidade e acúmulo de conhecimento,forjado na luta, modifica a política quando assume umespaço de poder”, afirmou a diretora;A diretora da Secretaria de Políticas para Mulheres, EliceudaFrança, foi eleita para a presidência do Conselho do FundoNacional de Desenvolvimento da Educação do Distrito Federal(Fundeb/<strong>DF</strong>). O Conselhoacompanha e controla a distribuição,a transferência ea aplicação dos recursos doFundo. Para Eliceuda, compreendero Fundeb comoinvestimento em direitos enão em privilégios, é o desafioque está colocado paratodas e todos, sociedade civile governo. “Temos o compromissode uma gestão detransparência e responsabilidadecom os recursos públicospara a educação básica,e que estes sejam aplicados conforme a legislação estabelece. É umgrande desafio, uma mulher ocupar um espaço que sempre foi vistocomo espaço <strong>mas</strong>culino”, disse a diretora;A diretora da Secretaria de Saúde do Trabalhador, MariaJosé Barreto, a Zezé, é a representante do Sinpro no Conselho doInstituto de Assistência à Saúde dos Servidores do <strong>DF</strong> - INAS. OConselho é o responsável pela definição da política geral de administraçãodo INAS. G<strong>DF</strong> está reformulando o INAS para adequa-lo aoPrograma de Atenção à Saúde dos Servidores. A diretora do Sinprodisse que vai lutar para que o Conselho priorize em suas decisões aanálise das variáveis do contexto de trabalho nos órgãos públicosdo <strong>DF</strong>: condições/organizações/relações socioprofissionais e o perfilepidemiológico das trabalhadorase dos trabalhadores.“Isso só ocorrerá se houvervontade política para efetivarações preventivas e corretivasno campo da inter-relaçãosaúde-trabalho”, disse Zezé.Na página ao lado publicamosuma entrevista coma diretora do Sinpro, BernardeteDiniz, que foi empossadacomo secretária deformação da CUT-<strong>DF</strong>.Gestão Democrática nas escolas da rede pública de ensino doA <strong>DF</strong>, luta histórica do Sinpro, traz a possibilidade de eleição, nodia 22 de agosto, de um número significativo de mulheres para a direçãodas escolas e como representantes nos Conselhos Escolares.Esse é um momento de consolidar nossa luta por espaçode liderança e poder: fazer uma gestão nas escolas com aperspectiva de igualdade de gênero.


7FORMAR PARA A IGUALDADEA diretora do Sinpro, Bernardete Diniz, foi empossada no último dia 25 como secretáriade Formação da CUT <strong>DF</strong>. Militante do Sinpro, mãe e avó, Bernardete encaracomo um desafio a nova empreitada e nesta entrevista ela esclarece sobreas políticas que serão desenvolvidas durante sua gestão.<strong>SINPRO</strong> MULHER - Quais os projetos que vc pretendedesenvolver a frente da Secretaria de Formaçãoda CUT?BERNARDETE DINIZ - Quero ressaltar em primeirolugar, que é um grande desafio para mim e ao mesmotempo motivo de orgulho, poder representar os trabalhadores(as) do <strong>DF</strong> através da secretaria de formação da CUT.A minha expectativa é de conseguir ampliar os espaços de formaçãoque existem hoje e criar novos espaços para que possamos levar a formaçãosindical para dentro de cada sindicato do <strong>DF</strong> e do Entorno. Paraisso, contaremos com o Núcleo de Formadores (as) e com o ColetivoEstadual de Formação da CUT/<strong>DF</strong>. Nestes dois espaços teremos o envolvimentodos Formadores Sindicais e os Secretários (as) de Formaçãodas entidades sindicais para discutir, ouvir as demandas, elaboraro Plano de Ação da CUT/<strong>DF</strong> que terá como principais objetivos a implementaçãoda Política Nacional de Formação da CUT e Estabelecer umaPolítica de Formação local que contemple as necessidades e a realidadeque abrange o dia a dia das nossas entidades.<strong>SINPRO</strong> MULHER - A luta pela conquista da igualdade e pelo empoderamentodas mulheres tem sido constante no movimento cutista.Vc pretende desenvolver alguma proposta de formação dirigida especificamentepara a mulher trabalhadora, ou mais especialmentea mulher educadora, para auxiliar nessa busca de ocupar maisespaços de poder ?<strong>SINPRO</strong> MULHER - Ainda no campo da Educação, como fazer paraeducar a sociedade no sentido de que os homens dividam a tarefa dolar com a mulher, ou que os homens sindicalistas ou militantes nãoreproduzam em casa condutas machistas?BERNARDETE DINIZ - A maioria dos homens não percebe a divisãodo trabalho doméstico como um ato solidário entre companheirosque compartilham do mesmo espaço de moradia. A mulher acabaassumindo uma jornada extra quando trabalha fora do lar e quandochega em casa e assume sozinha os afazeres domésticos e o acompanhamentodos(as) filhos(as).É preciso ter coragem de dialogar comos homens para leva-los a compreender que tanto as tarefas da casacomo a educação dos (as) filhos (as) são de responsabilidade de ambos.Esse debate deve acontecer primeiro dentro dos sindicatos comouma demonstração de coerência e de responsabilidade com a mudançasocial. Cada sindicalista tem a tarefa única de coibir qualquer ato deviolência contra a mulher, assim como devem praticar a solidariedadeajudando a criar todas as condições para que as mulheres que estãono seu convívio, sejam elas, esposas, irmãs ou colegas do trabalho,possam ter apoio efetivo dos seus companheiros. Essa mudança depostura não é fácil e requer um aprendizado diário que só poderá serpossível se houver reflexão sobre as ações praticadas e uma disposiçãopara a mudança.BERNARDETE DINIZ - A formação terá um papel importante paradesconstruir, primeiro no movimento sindical e depois na sociedadeem geral, todas as barreiras que dificultam a participação damulher de forma expressiva e democrática nos espaços de poder.Sabemos que mesmo nas categorias majoritariamente femininas,a ocupação dos cargos principais e a coordenação dos movimentosnas assembleias com o uso da voz para fazer as intervençõesainda constituem na prática espaços que são <strong>mas</strong>culinizados, e éisso que queremos mudar. Pretendemos estabelecer uma parceriacom a secretaria de mulheres da CUT para discutir e programarcursos, seminários, oficinas, reativar o coletivo de mulheres daCUT/<strong>DF</strong> estimular cada vez mais a participação das mulheres emtodos os espaços.<strong>SINPRO</strong> MULHER - A respeito da paridade nas direções sindicaise da CUT Nacional e Estadual? o que será defendido noConcut?BERNARDETE DINIZ - A paridade de gênero representa para aCUT e para o movimento sindical, a concretização do respeito eda valorização da mulher trabalhadora. No 11º Concut, será defendidopela grande maioria das forças políticas que representam omovimento sindical no Brasil, a aprovação da paridade de gêneropara ser implementada a partir de 2015. A decisão de aprovaragora para implementar daqui a três anos é uma demonstraçãode que reconhecemos as dificuldades reais que enfrentamos hojepara atingir a paridade e por isso estabelecemos um prazo paraque sejam criadas as condições de empoderamento e de participaçãoefetiva das mulheres no âmbito da Central e dos sindicatos.


8POR QUE LUTAMOS POR CRECHES PÚBLICAS?* ELICEUDA FRANÇANa história das conquistas das mulheres, odireito à creche tem sido incluído na pautade luta, como direito das crianças, <strong>mas</strong>também como um serviço essencial para garantiro direito à autonomia das mulheres. Sendoassim, torna-se um dever do Estado garantir aexistência de creches públicas de qualidade, emperíodo integral, próximo à moradia das famíliasou ao local de trabalho dos pais.As mulheres em suas muitas for<strong>mas</strong> deorganização – sindicato, partidos políticos, movimentosfeministas e populares – têm cobradodo Estado o cumprimento desse direito constitucional.É fundamental que os governos garantamuma educação pública de qualidade desde o nascimentodas crianças até a idade adulta.Nós, mulheres do <strong>DF</strong>, através das Secretariasda Mulher Trabalhadora da CUT, do <strong>SINPRO</strong> ede outras organizações populares, denunciamoso descumprimento do atual governo do <strong>DF</strong>, queaté hoje não construiu nenhuma creche pública,conforme um dos treze pontos de compromissode campanha.A falta de creches públicas aqui no <strong>DF</strong>ocasiona um grave problema para milhares defamílias e reforça uma situação que há muitolutamos para superar: crianças em idade de crechessob os cuidados exclusivamente das crechesconveniadas, de mães crecheiras particulares,das avós, das tias e de outras crianças umpouquinho maiores, um verdadeiro “arranjo social”,descumprindo, assim, um direito constitucional– Art. 6°, 7° e 208 da Constituição de 1988,e um compromisso assumido com as mulheres ecom a educação pública no <strong>DF</strong>.POR QUE LUTAMOS POR CRECHES PÚBLI-CAS JÁ? Para garantir às crianças o direito à educaçãopública desde a infância; pela autonomia eemancipação da mulher trabalhadora; para contrataçãoatravés de concursos públicos de maisprofessores(as) e outros profissionais da área, eporque entendemos que assumir a maternidadedeve ser uma responsabilidade social, não apenasdas mulheres, <strong>mas</strong> dos homens, dos governos, ede toda sociedade.12 de outubro é um dia nacional de lutapor creche pública. Até lá, vamos nos organizarpara exigir do governo que instale e construa crechesem todo o <strong>DF</strong>. Para que, em breve, as criançasbrinquem em lugares seguros e as mulherese todas as famílias sejam felizescom seus direitos respeitados.CRECHE PÚBLICA JÁ!ELICEUDA FRANÇA – Coordenadora da Secretaria dasMulheres Educadoras do <strong>SINPRO</strong>/<strong>DF</strong>, Presidenta doconselho do FUNDEB/<strong>DF</strong> e Diretora da CUT/<strong>DF</strong>.ATOS PELOS DIREITOS DAS CRIANÇAS, MULHERES E LGBTDurante o semestre que passou oSinpro participou e/ou apoiou<strong>várias</strong> ações com a sociedade civilcontra o preconceito, a violência, a homofobiae em defesa das crianças e adolescentes.Uma dessas participações foi napasseata realizada no Itapoã no dia 18 demaio, Dia Nacional de Combate à ExploraçãoSexual de Crianças e Adolescentes.Organizada pela rede Social do Paranoáe Itapoã, o ato é apenas uma das atividadesdesenvolvidas pela rede.Segundo explicou a OrientadoraEducacional Lúcia Santis, o trabalho é umesforço de diversos profissionais que atuamno setor público e <strong>várias</strong> organizaçõesda sociedade civil. “Nosso objetivo, desdeo início de nossos encontros, tem sido ode refletir sobre a nossa comunidade edebater mecanismos mais eficientes paraconstruirmos uma cultura de paz para moradorese cidadãos, assim como tecer umarede que garanta e defenda os direitos dascrianças e adolescentes”, afirma ela.A diretora do Sinpro, NelianeCunha participou do ato com a comunidadedo Itapuã e também da Marcha dasVadias, realizada para chamar a atençãopara os casos de violência contra a mulhere para questionar estereótipos machistas.“ É gratificante ver como a atuaçãocoletiva começa a mudar a realidadeda falta de informação e conscientização”,afirmou. Ela lembra que o Sinpro estaráao lado de movimentos e ações quevisem à inclusão social, a cidadania e democraciapara todos e todas.MARCHA CONTRA A HOMOFOBIAMilitantes LGBT se reuniram no dia 16 deMaio, na Praça dos Três Poderes, paraa 3ª Marcha Nacional Contra a Homofobia.Convocada pela Associação Brasileira deGays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais(ABGLT). Com o lema Homofobia tem cura: educaçãoe criminalização, o ato contou com representantesdo Sinpro, de partidos políticos, organizaçõesnão governamentais e entidades de classe.A ação marca o Dia Internacional de Combate àHomofobia, comemorado no dia 17 de maio, e objetivaavançar nas discussões sobre o combate àhomofobia.A principal reivindicação do grupo é aaprovação do PL 122, que criminaliza atos discriminatórioscontra homossexuais. “Os sindicatos,a CNTE e o coletivo LGBT organizam diversasações para aprimorar o debate. Durante o anotemos seminários e os ciclos de debate, ondesão deliberadas as ações que vão acontecer nasescolas e na comunidade”, aponta a diretora doSinpro, Wiviane Farkas.O Ciclo de Debates é realizado nas escolas,no horário da coordenação. O agendamento podeser feito através do e-mail faleconoscoracaesexualidade@sinprodf.ort.br.CADA VEZ MAIS CASAISFORMALIZAM UNIÃOÉ inegável que a sociedade começaa encarar com mais naturalidade a necessidadede que casais do mesmo sexo possamformalizar a união afetiva. Foi com o espíritode celebração do amor, do afeto e dignidadeque amigos e familiares da professora Mariade Fátima Nunes da Silva, a Fatinha, e de suacônjuge Maria Izabel Rodrigues, a Bel, se reuniramno último dia 24 de junho para a cerimôniade casamento civil.<strong>SINPRO</strong> PARTICIPA DO 1º ENCONTRODE FORMAÇÃO DE MULHERES/CNTENo período de 21 a 23 de junho,aconteceu, em São Paulo, o I Encontrode Formação de Mulheres.O evento foi organizado pela ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores em Educação(CNTE), em parceria com a ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores emEstabelecimentos de Ensino (CONTEE) ea Federação de Sindicatos de Professoresde Instituições Federais de Ensino Superior(PROIFES).O Sinpro esteve representado noEncontro pela diretora da Secretaria dePolítica Educacional, Berenice D’Arc. Oobjetivo do Encontro foi o de traçar umalinha comum entre as filiadas à IEAL (Internacionalde Educação da América Latina)no tocante às discussões de gênero e deeducação no Brasil e na América Latina.

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