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análise qualitativa da percepção da qualidade de vida em ... - UFSC

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DAIANA JULISSA BROCKANÁLISE QUALITATIVA DA PERCEPÇÃO DAQUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS DE UM CENTRODE PROMOÇÃO DE SAÚDE EM FLORIANÓPOLISTrabalho apresentado à Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, para a conclusãodo Curso <strong>de</strong> Graduação <strong>em</strong> Medicina.FlorianópolisUniversi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina2006


DAIANA JULISSA BROCKANÁLISE QUALITATIVA DA PERCEPÇÃO DAQUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS DE UM CENTRODE PROMOÇÃO DE SAÚDE EM FLORIANÓPOLISTrabalho apresentado à Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, para a conclusãodo Curso <strong>de</strong> Graduação <strong>em</strong> Medicina.Presi<strong>de</strong>nte do Colegiado: Prof. Dr. Maurício José Lopes PereimaOrientador: Prof. Dr. Iberê do NascimentoFlorianópolisUniversi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina2006


iiiBrock, Daiana Julissa.Análise <strong>qualitativa</strong> <strong>da</strong> <strong>percepção</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>em</strong> idosos<strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> Florianópolis / Daiana JulissaBrock. – Florianópolis, 2006.17p.Monografia (Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso) – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina – Curso <strong>de</strong> Graduação <strong>em</strong> Medicina.1. WHOQOL – 100 2. Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> 3. Idosos.


iv“ Dê ao mundo o melhor <strong>de</strong> você,mas isso po<strong>de</strong> nunca ser o bastante.Dê o melhor <strong>de</strong> você assim mesmo.Veja você que, no final <strong>da</strong>s contas,é entre você e Deus.Nunca foi entre você eas outras pessoas.”Madre Teresa <strong>de</strong> Calcutá(1910-1997).


vDEDICATÓRIAA m<strong>em</strong>ória <strong>de</strong> minha madrinha EsperançaContioso Ruiz, meu anjo <strong>da</strong> guar<strong>da</strong>, <strong>de</strong> qu<strong>em</strong>tenho as melhores recor<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> infância, ea minha mãe Eliana Contioso Brock, por meensinar<strong>em</strong> o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro significado <strong>de</strong> amorincondicional.


viAGRADECIMENTOSQuero agra<strong>de</strong>cer primeiramente a Deus pela minha vi<strong>da</strong>, minha saú<strong>de</strong> e pelas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e pessoas queencontrei pelo caminho e que vieram ca<strong>da</strong> um a sua maneira, engran<strong>de</strong>cer meus dias e me fazer evoluir.Meu reconhecimento, admiração e infinito amor aos meus pais R<strong>em</strong>o e Eliana, que com seu ex<strong>em</strong>plo, zelo eamor me faz<strong>em</strong> ser a ca<strong>da</strong> dia, uma pessoa melhor. Eles que foram muito além dos <strong>de</strong>veres paternos e setornaram meus amigos. Minhas conquistas são antes <strong>de</strong>les e lhes <strong>de</strong>dico todos meus esforços e vitórias.Ao meu padrasto Itacir a qu<strong>em</strong> tenho carinhosamente como meu pai também. Minha gratidão.Particularmente ao meu irmão e amigo, Dimy Ricardo, por ser a pessoa mais especial que eu conheci <strong>em</strong> to<strong>da</strong>vi<strong>da</strong> e um presente <strong>de</strong> Deus para mim. Meu amor incondicional.As minhas lin<strong>da</strong>s irmãs, Deise Suelen e Lamara,, aos meus irmãos Rossana e R<strong>em</strong>o e ao meu irmão Romolo,por <strong>de</strong>monstrar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> s<strong>em</strong>pre sua gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> coração. Meu carinho mais especial.A minha amiga Anne Gabrielle, pelos muitos dias <strong>de</strong> estudo e <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> incondicional, minha melhoraquisição do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> facul<strong>da</strong><strong>de</strong>, a qu<strong>em</strong> <strong>de</strong>voto o amor fraternal hoje e s<strong>em</strong>pre. Também a sua família,particularmente a Dra. Alacoque Erdmann, ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> mãe, amiga, profissional e mulher, que participouativamente <strong>de</strong> um bom período <strong>de</strong> minha formação. Minha sincera gratidão, amiza<strong>de</strong> e admiração.Ao Alessandro, pela atenção, paciência, carinho, <strong>de</strong>dicação e companheirismo <strong>em</strong> todos os momentos, meuamor e respeito. Também a Dona Ana Maria, Seu Paulo, Rodrigo, Maria Júlia e Nina Rosa, pelaparticipação neste processo <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso.Aos meus bons amigos Roberta Santa Ritta, Daniela Meurer, Márcia Cavagnollo, Ronaldo Zonta, SpyrosDimatos, Priscila Dutra, Roberto Muniz Jr., Bruno Arlen, Ana Carolina Decks, Ana Lúcia Baggio,Rodolpho Brock, Geovana Basso, Ludmila Souza, Luciana Paladini, e Renata Acelina Pires, por suaparticipação <strong>em</strong> minha vi<strong>da</strong> e no processo <strong>de</strong> minha formação.Aos professores e mestres: Dr. Iberê do Nascimento, Dr. Wilmar Gerent e Dr. Edson Cardoso, pelo ex<strong>em</strong>plocomo profissionais e por me <strong>da</strong>r<strong>em</strong> todo o auxílio que eu necessitava durante o curso e a orientação muitoalém do que eu esperava. Especialmente ao Marcão, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> s<strong>em</strong>pre <strong>de</strong>monstrou disposição para ensinar eca<strong>da</strong> vez mais participa <strong>de</strong> minha formação como mestre e ex<strong>em</strong>plo que é. Também ao Walmir, Lizete, Ci<strong>da</strong>,Rosa e Jucélia pela amiza<strong>de</strong>. Também ao Dr. Ivan Moritz e to<strong>da</strong> equipe <strong>da</strong> Central <strong>de</strong> Transplantes <strong>de</strong> SC,on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r muito durante todo meu estágio naquela instituição.Aos meus parentes e amigos que <strong>de</strong> alguma maneira apoiaram e contribuíram para que eu chegasse aqui.Que Deus permita que eu possa continuar sendo feliz e que vocês estejam s<strong>em</strong>pre comigo. Muito obriga<strong>da</strong>.


viiRESUMOIntrodução: O progresso <strong>da</strong> medicina e o avanço tecnológico trouxeram à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnaa possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> maior expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Conhecer o idoso e suas percepções nasdiferentes áreas que envolv<strong>em</strong> a vi<strong>da</strong> é <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a importância. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificarcategorias <strong>de</strong> <strong>análise</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> maior relevância por parte dos pacientes idosos<strong>de</strong> um Centro <strong>de</strong> Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> Florianópolis e propor método simplificado <strong>de</strong><strong>análise</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>em</strong> uma população. Metodologia: Em um estudo analítico dotipo transversal, pacientes idosos assistidos no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Córrego Gran<strong>de</strong>, foramentrevistados e questionados acerca <strong>da</strong> <strong>percepção</strong> <strong>da</strong> sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.As informaçõesforam obti<strong>da</strong>s por meio <strong>de</strong> entrevistas com os pacientes, através <strong>de</strong> gravação <strong>em</strong> áudio <strong>de</strong> suas<strong>de</strong>clarações. Para <strong>de</strong>terminar os fatores relevantes na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>stes pacientes, foielaborado um questionário baseado no instrumento <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>organização mundial <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> (WHOQOL-100). Resultados: A amostra foi composta <strong>de</strong>cinco indivíduos, <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> média = 72. Os pacientes observados na pesquisa tiverampraticamente os mesmos parâmetros <strong>de</strong> classificação quando <strong>da</strong> conceituação e <strong>percepção</strong> <strong>de</strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Sendo que a saú<strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pendência financeira e relação familiar foramaponta<strong>da</strong>s como aspectos fun<strong>da</strong>mentais para uma boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Conclusão: A saú<strong>de</strong>,in<strong>de</strong>pendência financeira e b<strong>em</strong> estar <strong>da</strong> família são aspectos importantes na conceituação <strong>de</strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> segundo a <strong>percepção</strong> dos pacientes entrevistados. O método propostoaplica-se satisfatoriamente para novas <strong>análise</strong>s.Palavras-chave: 1. WHOQOL-100 2. Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> 3.Idosos.


viiiABSTRACTIntroduction: The progress of the medicine and the technological advance had brought to th<strong>em</strong>o<strong>de</strong>rn society the possibility of higher life expectancy. Knowing el<strong>de</strong>rly and its perceptionsin the different areas that involves life is extr<strong>em</strong>ely important. Objectives: To i<strong>de</strong>ntify higherrelevance categories of analysis of life quality by the el<strong>de</strong>rly patients from a Center HealthPromotion in Florianópolis and consi<strong>de</strong>ring simplified method of analysis of life quality in apopulation. Methodology: In an analytical study of the transversal type, el<strong>de</strong>rly, atten<strong>de</strong>d inthe Health Center of Córrego Gran<strong>de</strong>, had been interviewed and questioned concerning theperception of its life quality. As information they had been gotten by means of interviewswith the patients, through writing for audio of its <strong>de</strong>claration. A questionnaire based on theinstrument of evaluation of life quality of the World Health Organization was elaborated(WHOQOL-100), to <strong>de</strong>termine the excellent factors in the life quality of these patients.Results: The sample was composed of five individuals, the average age was 72 years. Thepatients observed in the research had practically the same parameters of classification whenconceptualizating and percepting life quality. Health, financial in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce and familiarrelation had been pointed as basic aspects to a good life quality. Conclusion: The health,financial in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce and welfare of the family are important aspects in theconceptualization of life quality according to perception of the interviewed patients. Theconsi<strong>de</strong>red method is applied satisfactorily for new analyses.Key Words: 1. WHOQOL-100 2. Life Quality 3.El<strong>de</strong>rly.


ixSUMÁRIOFALSA FOLHA DE ROSTO...........................................................................................iFOLHA DE ROSTO.........................................................................................................iiDEDICATÓRIA...............................................................................................................vAGRADECIMENTOS.....................................................................................................viRESUMO..........................................................................................................................viiABSTRACT.......................................................................................................................viiiSUMÁRIO.........................................................................................................................ix1 INTRODUÇÃO......................................................................................................11.1 Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e envelhecimento..................................................................12 OBJETIVO..........................................................................................................63 METODOLOGIA................................................................................................73.1 Tipo <strong>de</strong> Estudo.....................................................................................................73.2 Local.....................................................................................................................73.3 Amostra................................................................................................................73.3.1 Critérios <strong>de</strong> Inclusão...........................................................................................73.3.2 Critérios <strong>de</strong> Exclusão..........................................................................................73.4 Procedimentos......................................................................................................73.5 Análise <strong>de</strong> Dados...................................................................................................83.6 Aspectos Éticos......................................................................................................84 RESULTADOS E DISCUSSÃO ANALÍTICA....................................................94.1 Domínio Geral........................................................................................................94.2 Domínio Saú<strong>de</strong> Física............................................................................................104.3 Domínio Nível <strong>de</strong> In<strong>de</strong>pendência..........................................................................104.4 Domínio Saú<strong>de</strong> Psicológica...................................................................................12


x4.5 Domínio Relações Sociais......................................................................................144.6 Consi<strong>de</strong>rações Finais.............................................................................................165 CONCLUSÃO........................................................................................................17REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................18NORMAS ADOTADAS....................................................................................................20APÊNDICE........................................................................................................................21ANEXOS............................................................................................................................22


11. INTRODUÇÃO– Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e envelhecimentoNos últimos anos, as pesquisas sobre o <strong>de</strong>senvolvimento do adulto têm atentado para aquestão <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> no curso <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Há consenso <strong>em</strong> torno <strong>da</strong> noção <strong>de</strong> que umaboa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> condições objetivas, tais como saú<strong>de</strong>, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>,envolvimento social, associados aos níveis <strong>de</strong> ren<strong>da</strong>, <strong>de</strong> escolari<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> estilo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, entreoutros. Além disso, a boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> também <strong>de</strong> condições subjetivas, como ob<strong>em</strong>-estar psicológico e <strong>em</strong>ocional.15 27O b<strong>em</strong>-estar físico objetivo está relacionado à ausência ou a mínimos graus <strong>de</strong> doença,incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>sconfortos músculo-esqueléticos. A boa saú<strong>de</strong> física é uma quali<strong>da</strong><strong>de</strong> vital,favorece a boa aparência, a sentir-se b<strong>em</strong> e ter reservas necessárias para usufruir umavarie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> interesses, além <strong>de</strong> ser um dos mais po<strong>de</strong>rosos preditores <strong>de</strong> b<strong>em</strong>-estarpsicológico. 15Segundo Trentini (2004), quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> na medicina especificamente, está geralmenteassocia<strong>da</strong> à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional do paciente ou ain<strong>da</strong> a custo/benefício inerente àmanutenção <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.Porém, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> num sentido amplo, está muito além disso e têm um significadodiferente para ca<strong>da</strong> pessoa <strong>de</strong> acordo com o seu grau <strong>de</strong> <strong>percepção</strong>, conhecimento,experiências e valores.Portanto a saú<strong>de</strong> seja ela física, mental ou <strong>em</strong>ocional, é consi<strong>de</strong>rado um dos principaisparâmetros <strong>de</strong> <strong>análise</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma pessoa, o que torna profissional <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>um agente ativo no que diz respeito à promoção e manutenção <strong>de</strong> uma vi<strong>da</strong> melhor para ospacientes que confiam <strong>em</strong> seu trabalho.É responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do médico, do profissional <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, perceber as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos seuspacientes e <strong>de</strong>senvolver na medi<strong>da</strong> do possível, medi<strong>da</strong>s que torn<strong>em</strong> a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoasmelhores, num processo <strong>de</strong> viver e não somente sobreviver.Mas como melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma pessoa? Como fazer com que uma pessoaviva melhor, mais feliz?


2Esses questionamentos não são <strong>de</strong> simples resposta e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> englobaalém do médico e o próprio indivíduo, to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> na qual ele vive, tornando-se assimum objeto <strong>de</strong> estudo <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, um assunto <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong> todos, seja <strong>da</strong> área <strong>da</strong>saú<strong>de</strong>, seja do Estado. Todos estão envolvidos nesse complexo processo <strong>de</strong> melhorar a vi<strong>da</strong>,orientar, <strong>da</strong>r subsídios para que o indivíduo possa viver plenamente e explorar ao máximoseus potenciais.Possivelmente a constatação <strong>de</strong> que os indicadores objetivos <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> nãorepresentam necessariamente a experiência <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> indivíduos e populaçõeslevou os cientistas sociais a investir <strong>em</strong> indicadores subjetivos. 25Segundo De Vitta (2001), saú<strong>de</strong> percebi<strong>da</strong> refere-se à avaliação subjetiva que ca<strong>da</strong> pessoa fazsobre a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do funcionamento <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong> física e mental. Po<strong>de</strong> referir-se aofuncionamento atual e ao passado e po<strong>de</strong> incluir expectativas quanto ao funcionamento futuro.T<strong>em</strong> como ponto <strong>de</strong> referência a auto-observação e parâmetros pessoais e sociais, entre estes acomparação com outras pessoas As metas pessoais <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> são consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s como um dosfatores que influenciam o b<strong>em</strong>-estar subjetivo e como um dos componentes <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> mental edo envelhecimento b<strong>em</strong>-sucedido.O nível <strong>de</strong> prazer e a satisfação com a vi<strong>da</strong> são eventos positivamente correlacionados porquesão igualmente influenciados por apreciações sobre eventos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ecircunstâncias. Po<strong>de</strong>m correlacionar-se negativamente porque a satisfação é uma apreciaçãoglobal <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> enquanto o nível <strong>de</strong> prazer diz respeito a reações correntes aos eventos,po<strong>de</strong>ndo ser influenciado por fatores <strong>de</strong> personali<strong>da</strong><strong>de</strong>, por fatores biológicos e por eventossituacionais. 20Em geral, as pessoas estabelec<strong>em</strong> metas que se relacionam com diferentes domínios <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>(como realização profissional, autonomia, manutenção <strong>da</strong> própria saú<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> contatos sociaissignificativos). À medi<strong>da</strong> que envelhec<strong>em</strong> vão criando novas metas ou alterando oinvestimento que faz<strong>em</strong> no alcance <strong>da</strong>s que haviam sido estabeleci<strong>da</strong>s anteriormente. 20Conforme a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS), a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> um indivíduopo<strong>de</strong> ser analisa<strong>da</strong> com base nos critérios <strong>em</strong> seis domínios: físico, psicológico, nível <strong>de</strong>in<strong>de</strong>pendência, relações sociais, meio-ambiente, espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong>s e crenças.17, 18, 19Estes conceitos são construídos a partir <strong>da</strong>s crenças individuais, <strong>da</strong>s experiências pessoais, osanseios, expectativas e <strong>de</strong>sejos que vão se processando durante o curso <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos indivíduos<strong>da</strong>s socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s. 25Muitas são as pessoas que chegam aos consultórios médicos com a expectativa <strong>de</strong> ser<strong>em</strong>atendidos <strong>da</strong> forma mais abrangente possível, ou seja, nenhum indivíduo quer ser visto como


3uma doença <strong>em</strong> particular, ele espera receber auxílio como um ser humano completo que é:com suas dores e anseios.O paciente busca ca<strong>da</strong> vez mais a harmonia entre os variados setores <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, e a saú<strong>de</strong> é umdos alicerces do que constitui uma vi<strong>da</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> <strong>de</strong> boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.De acordo com Silva (1999), neste século o progresso social e os avanços científicosprovocaram uma notável expansão na duração <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> humana e na proporção <strong>de</strong> idosos naspopulações.Conforme Balestra (2002), viv<strong>em</strong>os um momento <strong>de</strong> rápi<strong>da</strong> transição <strong>de</strong>mográfica eepi<strong>de</strong>miológica. As altas taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por doenças infecciosas foram substituí<strong>da</strong>s poroutras <strong>em</strong> que predominavam óbitos por doenças cardiovasculares, neoplasias, causasexternas ou outras doenças crônico<strong>de</strong>generativas. Segundo ela, condições mais saudáveislevam à diminuição <strong>da</strong>s mortes por doenças infecciosas, permitindo maior sobrevivência dosindivíduos até i<strong>da</strong><strong>de</strong>s mais avança<strong>da</strong>s, aumentando a incidência e a prevalência <strong>da</strong>s chama<strong>da</strong>sdoenças crônico<strong>de</strong>generativas.Aliado a este processo, a diminuição <strong>da</strong>s taxas <strong>de</strong> fecundi<strong>da</strong><strong>de</strong> causa alteração <strong>da</strong> estruturaetária <strong>da</strong> população, com uma maior proporção <strong>de</strong> indivíduos chegando rapi<strong>da</strong>mente àvelhice, contribuindo assim para o envelhecimento populacional. 1A Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>/OMS (1994), <strong>de</strong>fine como idosa a pessoa que possui 65 nosou mais, e vive <strong>em</strong> países <strong>de</strong>senvolvidos. Nos países <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, on<strong>de</strong> a expectativa<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> é reduzi<strong>da</strong> e a condição sócio-econômica é <strong>de</strong>sfavorável, a i<strong>da</strong><strong>de</strong> limite inferior é <strong>de</strong>60 anos. Entretanto, a variação <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> limite inferior, <strong>em</strong> países <strong>de</strong>senvolvidos e <strong>em</strong><strong>de</strong>senvolvimento, varia <strong>de</strong> região para região. Esse fato po<strong>de</strong>rá então <strong>de</strong>terminar diferentescategorias <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>em</strong> um mesmo país.9, 10No Brasil, alguns indicadores, po<strong>de</strong>m ser assim percebidos: a expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> ao nascer,<strong>em</strong> 1950, nas regiões menos <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s, passou <strong>de</strong> 44,1 anos para 62,0 <strong>em</strong> 2000, e nasregiões <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s, que era <strong>de</strong> 66,8 na mesma época, passou para 73,4. No entanto, <strong>de</strong>veráalcançar, <strong>em</strong> 2020/30, 70,8 e 75,6 anos, respectivamente. 1Quando uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong> garantir aos seus m<strong>em</strong>bros a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> viver por maist<strong>em</strong>po, a sua atenção volta-se imediatamente à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa existência. Viver b<strong>em</strong>, e23, 26envelhecer com boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> são categorias com significação única e universal.Se, por um lado, a longevi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos indivíduos <strong>de</strong>corre do sucesso <strong>de</strong> conquistas no camposocial e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, o envelhecimento, como um processo, representa novas <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s porserviços, benefícios e atenções que se constitu<strong>em</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>safios para governantes e socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. 1


4O entendimento do processo <strong>de</strong> envelhecimento e o conhecimento <strong>da</strong>s expectativas dopaciente idoso e <strong>de</strong> suas percepções acerca <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> se apresentam <strong>de</strong> forma quase que<strong>em</strong>ergencial, o que requer atenção para que os profissionais, <strong>em</strong> suas diferentes áreas, sequalifiqu<strong>em</strong> para oferecer serviços <strong>de</strong> varia<strong>da</strong>s or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong>man<strong>da</strong>dos pelos idosos. 1Segundo Freire (2001), nos últimos 20 anos os t<strong>em</strong>as envelhecimento e velhice têm chamadoa atenção <strong>de</strong> um número ca<strong>da</strong> vez maior <strong>de</strong> pessoas estimula<strong>da</strong>s pela mídia, pelo apelo <strong>da</strong>socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo voltado para os mais velhos e pelo Estado, interessado <strong>em</strong> garantir apreservação <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong> evitar que a população idosa se torne um ônus para os sist<strong>em</strong>asprevi<strong>de</strong>nciário e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.Durante muito t<strong>em</strong>po o envelhecimento foi percebido como um fenômeno patológicorelacionado ao <strong>de</strong>sgaste do organismo e às seqüelas <strong>da</strong>s doenças ocorri<strong>da</strong>s <strong>em</strong> fases anterioresà velhice.1, 22, 23A doença na população idosa possui características comuns a outras i<strong>da</strong><strong>de</strong>s, assim comoaspectos que são típicos <strong>de</strong>ssa fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Entre as principais doenças típicas <strong>da</strong>s i<strong>da</strong><strong>de</strong>smais avança<strong>da</strong>s estão as cardiovasculares crônicas, as músculo-esqueléticas (artroses,osteoporose, artrites e lombalgias), o diabetes, o a<strong>de</strong>nocarcinoma <strong>de</strong> próstata e o aci<strong>de</strong>ntevascular cerebral, entre outras.15, 24Segundo <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS), até 2025 o Brasil será o sexto paísdo mundo com maior número <strong>de</strong> pessoas idosas, o que justifica a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> criação <strong>de</strong>políticas sociais que prepar<strong>em</strong> a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> para essa reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. 10Porém, ain<strong>da</strong> é gran<strong>de</strong> a <strong>de</strong>sinformação sobre o idoso e sobre as particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s doenvelhecimento <strong>em</strong> nosso contexto social. Poucas escolas <strong>em</strong> nosso país estu<strong>da</strong>m diretamenteo paciente idoso. Prova disso é que até alguns anos atrás o médico que quisesse especializarse<strong>em</strong> geriatria precisava estu<strong>da</strong>r na Europa. 10Num país como o nosso que vê sua pirâmi<strong>de</strong> etária ser modifica<strong>da</strong> pouco a pouco, tomarmosconhecimento acerca do idoso e <strong>de</strong> suas expectativas nas diferentes áreas que envolv<strong>em</strong> a vi<strong>da</strong>é <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a importância.Não basta, portanto que promovamos o aumento <strong>da</strong> expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> s<strong>em</strong> pensarmos naquali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sta.O presente trabalho buscou avaliar as perspectivas <strong>de</strong> alguns idosos no que diz respeito àQuali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, pois julgamos que não basta estar sobrevivendo, a pessoa <strong>de</strong>ve sim:VIVER, no sentido pleno <strong>de</strong>sta palavra.


52. OBJETIVOSPo<strong>de</strong>mos salientar dois objetivos básicos neste trabalho:1. I<strong>de</strong>ntificar categorias <strong>de</strong> <strong>análise</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> maior relevância por parte dospacientes idosos <strong>de</strong> um Centro <strong>de</strong> Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> Florianópolis,2. Propor método simplificado <strong>de</strong> <strong>análise</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>em</strong> uma população.


63. METODOLOGIA3.1 – Tipo <strong>de</strong> EstudoO presente trabalho constitui um estudo observacional, <strong>de</strong>scritivo, transversal, com caráteranalítico.3.2 – LocalO trabalho foi realizado no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Córrego Gran<strong>de</strong>, <strong>em</strong> Florianópolis.3.3 – AmostraA amostra foi composta por pacientes assistidos no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Córrego Gran<strong>de</strong>, numtotal <strong>de</strong> 5 pacientes escolhidos aleatoriamente. Todos os participantes convi<strong>da</strong>dos a participar<strong>da</strong> pesquisa foram informados do caráter <strong>da</strong> mesma e <strong>de</strong> sua finali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Os participantesforneceram sua concordância através <strong>de</strong> um consentimento informado (ANEXO 1).3.3.1 – Critérios <strong>de</strong> Inclusão: Ser paciente do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Córrego Gran<strong>de</strong>, I<strong>da</strong><strong>de</strong> igual ou superior a 65 anos, Concordância com os termos <strong>da</strong> pesquisa.3.3.2 – Critérios <strong>de</strong> Exclusão: I<strong>da</strong><strong>de</strong> inferior a 65 anos, Não concordância <strong>em</strong> participar <strong>da</strong> pesquisa.3.4 – Procedimentos


7As entrevistas foram realiza<strong>da</strong>s pela pesquisadora nas <strong>de</strong>pendências do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> doCórrego Gran<strong>de</strong>, com supervisão e orientação do Dr. Iberê do Nascimento.As entrevistas foram realiza<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> um questionário contendo 15 perguntas abertas(APÊNDICE) sendo que o paciente entrevistado podia dissertar livr<strong>em</strong>ente. O questionárioaplicado foi <strong>de</strong>senvolvido pela pesquisadora a partir do instrumento <strong>de</strong> <strong>análise</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (WHOQOL – 100).To<strong>da</strong>s as entrevistas foram grava<strong>da</strong>s <strong>em</strong> áudio e posteriormente transcritas para <strong>análise</strong>.4.3 – Análise dos DadosA perspectiva <strong>de</strong> investigação segue um caráter qualitativo, <strong>em</strong> que se busca evi<strong>de</strong>nciar ocaráter mais subjetivo e profundo <strong>da</strong>s relações entre os sujeitos e o meio on<strong>de</strong> estãoinseridos. 14Os <strong>da</strong>dos foram analisados utilizando como base o resumo do instrumento WHOQOL – 100 esuas classes <strong>de</strong> avaliação.4.4 – Aspectos ÉticosAntes <strong>de</strong> inicia<strong>da</strong> a coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, foi caracteriza<strong>da</strong> a participação por livre-arbítrio eexplicado os princípios <strong>da</strong> pesquisa, sendo que o paciente foi <strong>de</strong>ixado livre para concor<strong>da</strong>r ou<strong>de</strong>sistir <strong>da</strong> sua participação no momento que julgasse necessário.O conteúdo <strong>da</strong>s entrevistas foi armazenado <strong>de</strong> maneira sigilosa e somente a pesquisadora e oorientador pu<strong>de</strong>ram ter acesso às falas. A i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos pacientes foi omiti<strong>da</strong> para preservar aprivaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos mesmos.Não houve riscos para os pacientes, uma vez que não foram feitas intervenções, e os pacientesassinaram um termo <strong>de</strong> consentimento esclarecido (ANEXO1) manifestando suaconcordância voluntária <strong>em</strong> participar <strong>de</strong>ste trabalho.


84. RESULTADOS E DISCUSSÃO ANALÍTICAOs resultados obtidos nesta pesquisa são divididos <strong>em</strong> dois subgrupos: <strong>da</strong>dos objetivos e<strong>da</strong>dos subjetivos.Os <strong>da</strong>dos objetivos refer<strong>em</strong>-se a: sexo, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, estado civil e estado ocupacional, apresentados<strong>de</strong> maneira sucinta com o objetivo apenas <strong>de</strong> reconhecimento.Os <strong>da</strong>dos subjetivos são os resultados relativos as respostas abertas ao questionário aplicadocom intuito <strong>de</strong> avaliar a <strong>percepção</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> paciente entrevistado no que diz respeito àquali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.O número total <strong>de</strong> pacientes entrevistados foi <strong>de</strong> 5 pacientes, sendo que 3 (60%) eram do sexomasculino e 2 (40%) do sexo f<strong>em</strong>inino. A i<strong>da</strong><strong>de</strong> média dos pacientes foi <strong>de</strong> 72 anos (DP =6,32).Em relação aos <strong>da</strong>dos sócio-econômicos a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos pacientes era casa<strong>da</strong>, e 4 <strong>de</strong>les (80%)eram aposentados, sendo que apenas uma paciente (20%) era do lar, não possuindo ren<strong>da</strong>financeira própria.A segun<strong>da</strong> parte dos resultados, os <strong>da</strong>dos subjetivos, está relaciona<strong>da</strong> ao protocolo <strong>de</strong>pesquisa, on<strong>de</strong> foram feitas as perguntas e ca<strong>da</strong> paciente pô<strong>de</strong> dissertar livr<strong>em</strong>ente conformeseu <strong>de</strong>sejo.O protocolo <strong>de</strong> pesquisa, apresentado anteriormente, traz um total <strong>de</strong> 15 perguntas que po<strong>de</strong>mser dividi<strong>da</strong>s por domínios <strong>de</strong> acordo com o instrumento <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>OMS (WHOQOL-100). (Anexo 2 )Esses domínios são basicamente classes <strong>de</strong> caracterização dos diferentes aspectos envolvidosna <strong>análise</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> um indivíduo segundo aquele questionário.Os três primeiros questionamentos (“O que é quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> para você? , Como vocêclassifica sua vi<strong>da</strong> <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>?, Você possui planos para o futuro?”) estãoassociados ao domínio geral, que compreen<strong>de</strong> as concepções gerais acerca <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> paciente e seus conceitos. A intenção aqui foi <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os conceitos <strong>de</strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos pacientes entrevistados, analisar o seu grau <strong>de</strong> satisfação geral com asua vi<strong>da</strong> e no caso do terceiro questionamento avaliar as se o paciente possui ou nãoperspectivas para o futuro, consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> especial importância para <strong>de</strong>terminar os estímulos


9<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um, sendo que atualmente a <strong>de</strong>pressão é um dos maiores probl<strong>em</strong>as queaflig<strong>em</strong> os idosos no mundo todo 16 e po<strong>de</strong> ser medido pela presença ou ausência <strong>de</strong>expectativas futuras <strong>de</strong> uma pessoa e relaciona-se diretamente com o grau <strong>de</strong> satisfação com asua vi<strong>da</strong>. 20O próximo grupo <strong>de</strong> perguntas (“Você se consi<strong>de</strong>ra uma pessoa saudável? Por quê?, Vocêsente algum tipo <strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para realizar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do dia-a-dia”) está relacionado aodomínio saú<strong>de</strong> física, que avalia fatores como: disposição e fadiga, e dor e <strong>de</strong>sconforto.No terceiro bloco analisado (“Você faz uso <strong>de</strong> alguma medicação contínua ou possuí algumadoença sistêmica?,Você se sente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do auxílio médico?, Você se sente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>alguém fisicamente?, Você se sente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> alguém financeiramente?”) foi enfocado odomínio que trata <strong>da</strong> avaliação do nível <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> paciente e está associado aograu <strong>de</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>, capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s cotidianas, <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong>medicamentos e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> laboral.As questões que se segu<strong>em</strong> (“O quão satisfeito você está com a sua vi<strong>da</strong>?, Você consi<strong>de</strong>raque está atingindo aquilo que planejou durante a vi<strong>da</strong>?”) tratam do domínio saú<strong>de</strong>psicológica e buscou avaliar diretamente o grau <strong>de</strong> satisfação do paciente com a sua vi<strong>da</strong> nopresente momento.No último grupo <strong>de</strong> questões (“Como você se sente no meio <strong>em</strong> que vive?, Você se sente felizcom sua relação com as pessoas <strong>da</strong> sua família?, Com qu<strong>em</strong> você conversa quando estápreocupado?, Você já sentiu discriminado alguma vez por causa <strong>da</strong> sua i<strong>da</strong><strong>de</strong>?”) estárelacionado ao ambiente, seja físico ou até mesmo associado à própria integri<strong>da</strong><strong>de</strong> doindivíduo, e relações sociais. Estas questões, assim como as <strong>de</strong>mais supracita<strong>da</strong>s,possibilitaram aos pacientes abor<strong>da</strong>r os mais diferentes aspectos relacionados com avaliação e<strong>análise</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> acordo com o seu entendimento.4.1 – Domínio GeralFoi <strong>em</strong> 1964 que se ouviu pela primeira vez o termo “quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>”, durante um discursoproferido pelo então presi<strong>de</strong>nte dos Estados Unidos, Lindon Johnson que disse: “ Os objetivosnão po<strong>de</strong>m ser medidos através dos balanços bancários. Eles só po<strong>de</strong>m ser medidos através <strong>da</strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> que proporcionam as pessoas” 17 .Des<strong>de</strong> então é crescente o interesse para a conceituação <strong>de</strong> “quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>”. Umapreocupação que se refere a um movimento <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s ciências sociais e biológicas no sentido


10<strong>de</strong> valorizar parâmetros mais amplos que somente o controle <strong>de</strong> sintomas, diminuição <strong>da</strong>mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> e aumento <strong>da</strong> expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> 17 .Quando questionados sobre conceito <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> os pacientes respon<strong>de</strong>ram comosegue abaixo:“Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> é ter saú<strong>de</strong> eu acho. Porque s<strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, minha filha, nãoadianta dinheiro, não adianta na<strong>da</strong>”.(Paciente 2)“...e saú<strong>de</strong>, porque qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> um pouquinho <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> vive melhor”. (Paciente 3)“Em primeiro lugar saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>em</strong>prego, t<strong>em</strong> que ter dinheiro para viver...Mas<strong>em</strong> primeiro lugar t<strong>em</strong> a saú<strong>de</strong>, os filhos com saú<strong>de</strong>, a esposa com saú<strong>de</strong> e a gentecom saú<strong>de</strong>.” (Paciente 5)De acordo com as respostas, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> está intimamente associa<strong>da</strong> ao estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>do indivíduo. Seguido <strong>de</strong> valores como posse <strong>de</strong> recursos financeiros:“Pra ter quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> a pessoa t<strong>em</strong> que ter dinheiro, porque a pessoa s<strong>em</strong>dinheiro não vale na<strong>da</strong> na vi<strong>da</strong>.” (Paciente 3)“...Porque a pessoa que não t<strong>em</strong> dinheiro, que ganha um salário baixo, ele ficadoente. Então t<strong>em</strong> que ter dinheiro, eu não ganho pra ter um carro novo do ano,mas sou b<strong>em</strong> aposentado, e tenho meu carro, ganho pra sustentar meus filhos <strong>em</strong>casa e a minha esposa, são cinco. Se eu não pu<strong>de</strong>sse, aí ia ser uma tristeza.”(Paciente 5)Aspectos como lazer e relações sociais foram l<strong>em</strong>brados também quando os pacientesconceituaram quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>:“Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> pra mim é ter saú<strong>de</strong>, ”tá” alegre, contente, ter reuniões com osamigos, passeio, alimentação boa”. (Paciente 4)“...<strong>de</strong> três <strong>em</strong> três meses <strong>da</strong>r um passeio...” (Paciente 5)Percebeu-se a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer um conceito pontual já que quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> estárelaciona<strong>da</strong> a muitos fatores que englobam a vi<strong>da</strong> do indivíduo. Isto reflete-se nacomplexi<strong>da</strong><strong>de</strong> que é promover saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma maneira ampla, pois como são diversos osaspectos associados ao <strong>de</strong>senvolvimento pleno do indivíduo torna-se necessária umaabor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> muito mais completa e muitas são as limitações pelas quais passam os médicos, osagentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e todos os profissionais que são intimamente responsáveis pela melhoria <strong>da</strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> seus pacientes.Em relação aos questionamentos sobre a classificação <strong>de</strong> sua vi<strong>da</strong> <strong>em</strong> relação a quali<strong>da</strong><strong>de</strong>,ficou comprovado que a auto-avaliação estava <strong>de</strong> acordo com os conceitos <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> paciente.


11Três pacientes (60%) consi<strong>de</strong>raram sua vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e dois pacientes (20%)consi<strong>de</strong>raram <strong>de</strong> razoável quali<strong>da</strong><strong>de</strong> como se segue:“É...ela não é ruim. Eu fico preocupa<strong>da</strong> assim <strong>da</strong> minha doença, os probl<strong>em</strong>as docoração, agora apareceu essa perna, mas eu “tô” contente, não quero morrer porisso. E também era bom que ele (marido) ganhasse um pouquinho mais, porque sócom o salário não dá. E aí os filhos que aju<strong>da</strong>m.” (começou a chorar) (Paciente 3)“Tá razoável, só pela saú<strong>de</strong>...” (Paciente 2)Evi<strong>de</strong>ncia-se assim o valor <strong>da</strong>do à saú<strong>de</strong> quando o t<strong>em</strong>a é quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, ponto on<strong>de</strong> omédico e os <strong>de</strong>mais profissionais <strong>da</strong> área são participantes ativos do processo. A falta <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> aflige os idosos, assim como a falta <strong>de</strong> dinheiro que, ao que parece, gera uma certainsegurança.Dos 5 pacientes entrevistados, apenas um referiu fazer planos para o futuro, os <strong>de</strong>maisafirmaram “estar vivendo apenas o presente”. Isso nos leva a pensar que existe uma <strong>de</strong>scrençapor parte dos idosos, na sua própria capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> planejar e executar projetos <strong>de</strong> qualquernatureza. Estes últimos quando questionados sobre o porquê <strong>de</strong> não fazer<strong>em</strong> planos, referirama i<strong>da</strong><strong>de</strong> avança<strong>da</strong> como <strong>em</strong>pecilho. É papel do profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>da</strong> família e <strong>da</strong> própriasocie<strong>da</strong><strong>de</strong> agir <strong>de</strong> maneira a estimular o paciente idoso no sentido <strong>de</strong> faze-lo sentir-se capaz <strong>de</strong>atuar nas diversas esferas que compõ<strong>em</strong> o meio <strong>em</strong> que vive.4.2 – Domínio Saú<strong>de</strong> FísicaCom base nos <strong>da</strong>dos apresentados no tópico acima se conclui que há uma relação estreitaentre o conceito <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e saú<strong>de</strong>. O domínio saú<strong>de</strong> física enfatiza aspectospessoais <strong>em</strong> relação à <strong>percepção</strong> sobre seu corpo e a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> executar ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>scotidianas comuns.O primeiro questionamento buscou i<strong>de</strong>ntificar esta <strong>percepção</strong> e satisfação com a saú<strong>de</strong>,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do paciente possuir ou não alguma doença sistêmica ou <strong>de</strong> qualquer tipo, o quese procurou avaliar foi exatamente como o paciente se sentia <strong>em</strong> relação a sua saú<strong>de</strong>.Dos pacientes entrevistados, três (60%) consi<strong>de</strong>raram-se saudáveis, sendo que os dois outrospacientes (40%) relataram uma <strong>percepção</strong> negativa <strong>em</strong> relação a sua saú<strong>de</strong>.“Não, não sei, quantas doenças eu tenho, né? Osteoporose, “pressão”, labirintite,colesterol alto, enxaqueca <strong>de</strong> matar. Mas só que são doenças que t<strong>em</strong> como eucontrolar.” (Paciente 2)


12“Antes eu me consi<strong>de</strong>rava saudável, mas agora não. Mas eu vou vivendo assim,como Deus quiser.” (Paciente 3)O segundo questionamento procurou explorar o quanto o paciente se sentia limitadofisicamente ou satisfeito <strong>de</strong> acordo com a sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para realizar ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do dia-a-diab<strong>em</strong> como ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s laborais e apenas um paciente relatou sentir dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para executartais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.O fato <strong>de</strong> um paciente consi<strong>de</strong>rar sua saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiente, porém negar dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s paraexecutar as tarefas diárias, reflete algumas <strong>análise</strong>s: algumas doenças quando b<strong>em</strong> controla<strong>da</strong>snão interfer<strong>em</strong> no dia-a-dia do paciente fazendo com que sua <strong>percepção</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>seja positiva, e alguns pacientes não associam saú<strong>de</strong> somente ao fato <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> capazes <strong>de</strong>executar suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> maneira normal.4.3 – Domínio Nível <strong>de</strong> In<strong>de</strong>pendênciaQuando abor<strong>da</strong>mos nível <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência estamos nos referindo a fatores <strong>de</strong> diferentes tipos,tais como: uso <strong>de</strong> medicações, auxílio médico, <strong>de</strong>pendência física e financeira. Estas, <strong>em</strong> uma<strong>análise</strong> mais elabora<strong>da</strong>, nos r<strong>em</strong>et<strong>em</strong> aos efeitos que geram nos pacientes e como issointerfere na sua <strong>percepção</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.Dos cinco pacientes, três faziam uso <strong>de</strong> medicação contínua, para controle <strong>de</strong> HipertensãoArterial Sistêmica e/ou Diabetes Mellitus. Os <strong>de</strong>mais negaram usar qualquer tipo <strong>de</strong> r<strong>em</strong>édio.Pelas <strong>de</strong>clarações percebeu-se que o fato <strong>de</strong> usar medicações não trazia algum tipo <strong>de</strong><strong>de</strong>sconforto ou alterava para pior a concepção que tinham sobre quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> queeste uso afastasse a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sintomatologia, o que realmente afligia os pacientes:“...Os r<strong>em</strong>édios eu sou obrigado a tomar, mas está tudo controlado. Sou um caramuito feliz.” (Paciente 1)Todos os cincos pacientes <strong>de</strong>clararam sentir-se <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> assistência médica e algunsressaltaram a importância <strong>da</strong> existência do Centro <strong>de</strong> Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> questão nasproximi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> suas casas.“...todo mundo precisa ter médico perto, porque se acontece alguma coisa po<strong>de</strong> viraqui no “Posto”...” (Paciente 4)“Sim, to<strong>da</strong> pessoa é bom ter um médico perto. E se t<strong>em</strong> alguma coisa já vai lá.”(Paciente 5)


13Quanto à <strong>de</strong>pendência física e financeira apenas um paciente referiu sentir-se <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, nosdois aspectos, os <strong>de</strong>mais relataram certa in<strong>de</strong>pendência conforme suas percepções e dois <strong>de</strong>lesafirmaram possuir <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> si no que diz respeito a dinheiro, o que pareceu conferir umgrau <strong>de</strong> segurança maior <strong>em</strong> relação ao paciente que se sentia <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos filhos:“...é o contrário, eu que ajudo os filhos” (Paciente 2)“É, <strong>de</strong>pendo dos filhos agora. Dependo pouco. Fico preocupa<strong>da</strong>, se eu tivesse elesnão precisavam gastar, mas eles faz<strong>em</strong> questão. Mas eu tenho pena <strong>de</strong>les...”(Paciente 3)Este fator <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência ou não pareceu reproduzir-se <strong>em</strong> to<strong>da</strong> a entrevista como umaspecto fun<strong>da</strong>mental quando <strong>da</strong> conceituação e <strong>percepção</strong> acerca <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>um.4.4 – Domínio Saú<strong>de</strong> PsicológicaQuando falamos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> psicológica procuramos reconhecer sentimentos e percepções doindivíduo <strong>em</strong> relação ao grau <strong>de</strong> satisfação com sua vi<strong>da</strong>, com o meio que o cerca e a suarealização pessoal.Todos os entrevistados respon<strong>de</strong>ram positivamente quando questionados acerca docontentamento com o meio <strong>em</strong> que viv<strong>em</strong>, citando a própria casa, o bairro, a vizinhança.Nenhum <strong>de</strong>les mencionou estar <strong>em</strong> <strong>de</strong>sacordo com nenhuma <strong>de</strong>ssas circunstâncias.Quatro pacientes relataram estar satisfeitos com a sua vi<strong>da</strong> no presente momento e somenteum paciente consi<strong>de</strong>rou sua vi<strong>da</strong> razoável utilizando a “falta <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>” como justificativa paratal. Um aspecto citado pelos quatro pacientes que <strong>de</strong>monstraram satisfação com suas vi<strong>da</strong>s,foi o b<strong>em</strong> estar geral <strong>da</strong> família e filhos.Este aspecto familiar pareceu ser <strong>de</strong> importante relevância também quando discorr<strong>em</strong>os sobreo terceiro it<strong>em</strong> <strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong> perguntas que trata <strong>da</strong> <strong>percepção</strong> <strong>de</strong> estar atingindo aquilo queplanejou durante a vi<strong>da</strong> ou não.“Eu vivo b<strong>em</strong>, né? Não me incomodo. Meus filhos são muito b<strong>em</strong> educados, nuncame incomo<strong>da</strong>ram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> pequenos.” (Paciente. 3)“Eu atingi tudo que eu queria, só falta uma coisa que é uma casa pra um filho. Eunão quero morrer s<strong>em</strong> <strong>de</strong>ixar mais uma casa pra um filho.” (Paciente 4)“Todo dia eu me benzo e agra<strong>de</strong>ço: Graças a Deus, Deus me <strong>de</strong>u tudo, tudo Ele me<strong>de</strong>u. Sou pai <strong>de</strong> seis filhos homens, nenhum me incomodou.” (Paciente 5)


14Estas respostas <strong>de</strong>notam o sentimento <strong>de</strong> realização pessoal quando a educação e<strong>de</strong>senvolvimento dos filhos estão <strong>de</strong> acordo com suas expectativas. Em última <strong>análise</strong>pareceram ser <strong>de</strong>veras significativo para os pacientes o conforto e saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus filhos no quediz respeito à saú<strong>de</strong> psicológica.4.5 – Domínio Relações PessoaisNenhuma pessoa vive totalmente isola<strong>da</strong> e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais, o fato <strong>de</strong> convivermoscom outras pessoas gera vínculos <strong>de</strong> variados tipos. O ser humano é um ser social e precisarelacionar-se com os outros para obter aquilo que necessita enquanto indivíduo.Neste âmbito procurou-se i<strong>de</strong>ntificar o grau <strong>de</strong> satisfação do paciente com sua relaçãofamiliar, sendo que já fora i<strong>de</strong>ntificado a importância <strong>de</strong>ste aspecto para todos osentrevistados:“Tudo b<strong>em</strong>, 36 anos casado, b<strong>em</strong> com a esposa, b<strong>em</strong> mesmo. Tudo b<strong>em</strong> com osfilhos, às vezes alguma briguinha mas é normal.” (Paciente 4)“Sim, tá tudo certo com os filhos, tenho 15 netos e 2 bisnetos já. Tudo b<strong>em</strong>, sim. Eutenho uma netinha <strong>de</strong> 8 anos, outro dia <strong>de</strong>i um computador pra ela...ficou to<strong>da</strong> feliz.Eu gosto muito dos netos.” (Paciente 1)Quatro dos cinco pacientes afirmaram procurar o cônjuge para conversar quando se sentiampreocupados ou aflitos com alguma situação, o que <strong>de</strong>notou confiança, segurança e aimportância <strong>de</strong> se ter um relacionamento estável, segundo suas respostas. Uma pacienterelatou que falava com uma cunha<strong>da</strong> quando estava preocupa<strong>da</strong> com algo.“...Ele (marido) s<strong>em</strong>pre me ajudou. Eu tinha medo <strong>da</strong> velhice. Eu dizia pro meumarido: não quero ficar velha. Ele respondia assim: “Ah! Eu quero ficar b<strong>em</strong>velhinho pra ter um monte <strong>de</strong> coisas pra contar pros meus netos.” Isso me ajudou aenten<strong>de</strong>r melhor que podia ser bom.” (Paciente 2)Em relação à discriminação pela i<strong>da</strong><strong>de</strong> apenas um paciente referiu sentir-se <strong>de</strong>scontente, os<strong>de</strong>mais negaram ter passado por algum episódio on<strong>de</strong> tivess<strong>em</strong> se sentido discriminados porser<strong>em</strong> idosos:“Só no banco, quando a gente pega a fila <strong>da</strong> caixa <strong>de</strong> sessenta, eu já fiquei 30minutos.” (Paciente 5)Mais uma vez os domínios se interpõ<strong>em</strong> e a família aparece como it<strong>em</strong> fun<strong>da</strong>mental quando<strong>da</strong> <strong>percepção</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do paciente idoso.


154.6 – Consi<strong>de</strong>rações finaisA amostra trata<strong>da</strong> nesse estudo não nos permite fazer amplas generalizações, no entanto, osresultados obtidos respon<strong>de</strong>ram <strong>de</strong> maneira satisfatória aos objetivos propostos.Ficou constatado que os pacientes idosos observados no presente trabalho tiverampraticamente os mesmos parâmetros <strong>de</strong> classificação quando <strong>da</strong> conceituação e <strong>percepção</strong> <strong>de</strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.Dentro <strong>de</strong>ste universo <strong>de</strong> valores po<strong>de</strong>mos ressaltar três aspectos <strong>de</strong> relevância principal <strong>de</strong>acordo com os resultados obtidos: saú<strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pendência financeira e o papel <strong>da</strong> família.Tais parâmetros po<strong>de</strong>m orientar o médico e os profissionais <strong>da</strong> área na promoção <strong>da</strong> melhoriado b<strong>em</strong> estar do paciente e entendimento <strong>da</strong> situação <strong>de</strong>ste <strong>de</strong> maneira mais ampla e completa.


165. CONCLUSÕES1. As categorias <strong>de</strong> <strong>análise</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> maior relevância i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>sneste trabalho através <strong>da</strong>s entrevistas com os pacientes idosos do Centro <strong>de</strong>Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Córrego Gran<strong>de</strong> foram: a categoria saú<strong>de</strong>, a categoriain<strong>de</strong>pendência financeira e a categoria que trata <strong>da</strong>s relações sociais com ênfase norelacionamento do indivíduo com sua família,2. Consi<strong>de</strong>ramos que o método utilizado para pesquisa <strong>da</strong> <strong>percepção</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>, questionário com 15 itens divididos <strong>em</strong> 5 áreas <strong>de</strong> interesse, respon<strong>de</strong>u àsexpectativas e permitiu a obtenção <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos para <strong>análise</strong> no grupo observado,po<strong>de</strong>ndo servir como base para novas <strong>análise</strong>s.


17REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Balestra C M, A imag<strong>em</strong> corporal <strong>de</strong> idosos praticantes e não praticantes <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sfísicas [dissertação]. Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação Física, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong>Campinas, Campinas, SP: [s.n], 2002.2. Baracho Maíce Abreu et al. Envelhecer e entar<strong>de</strong>cer - uma nova resposta.Hospitali<strong>da</strong><strong>de</strong>: Revista <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Mental, Relações Humanas e Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong>Marginalização, Lisboa, v. 69, n. 268, p. 16-21, abr./jun. 2005.3. Bennett JC, Blum F et al. Cecil Tratado <strong>de</strong> Medicina Interna. 20ª edição. São Paulo:Guanabara Koogan, 1997.4. Bene<strong>de</strong>tti TB. Perfil do Idoso <strong>em</strong> Florianópolis. Jornal AN Capital [homepage nainternet] 2003 nov 17 [acesso <strong>em</strong> 20 Set 2005] Disponível <strong>em</strong>:http://an.uol.com.br/ancapital/2003/nov/17/5. BOS, A M G e BOS, Â J G. Determinantes na escolha entre atendimento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>priva<strong>da</strong> e pública por idosos. Rev. Saú<strong>de</strong> Pública, fev. 2004, vol.38, no. 1, p.113-1206. Brasil; Kinoshita, Fernando; Brasil. Estatuto do idoso e legislação compl<strong>em</strong>entar.Brasília, DF: OAB, 2004.7. Brasil, Programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família [homepage na internet] [acesso <strong>em</strong> 07 Jun 2005]Disponível <strong>em</strong>: http://dtr2001.sau<strong>de</strong>.gov.br/psf//.8. Brasil, Núcleo <strong>de</strong> gestão municipal do instituto Pólis. Medindo a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>[homepage na internet] [acesso <strong>em</strong> 04 Jun 2005] Disponível <strong>em</strong>:http://fe<strong>de</strong>rativo.bn<strong>de</strong>s.gov.br/dicas/D027.htm9. Brasil, Núcleo <strong>de</strong> informação do idoso (2004). Saú<strong>de</strong> Pública e Envelhecimento[homepage na internet] [acesso <strong>em</strong> 05 Mai 2005] Disponível <strong>em</strong>:http://www.idoso.ms.gov.br/noticia.asp?Id=9410. Brasil, Portal <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> [homepage na internet] [acesso <strong>em</strong> 07 Jun2005] Disponível <strong>em</strong>: http://portal.sau<strong>de</strong>.gov.br/sau<strong>de</strong>/area.cfm?Id_area=15311. Brasil, Cartilha do Idoso, Ministério público do Distrito Fe<strong>de</strong>ral e territórios, Saú<strong>de</strong>[homepage na internet] [acesso <strong>em</strong> 07 Jul 2005] Disponível <strong>em</strong>http://www.mpdft.gov.br/Cartilha_Idoso/12. Cal<strong>da</strong>s, CP. Anexos I In: Cal<strong>da</strong>s, CP. A saú<strong>de</strong> do idoso: A arte <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>r. Rio <strong>de</strong>Janeiro: Editora UERJ, 57-59, 1998.13. Carvalho, S R, Saú<strong>de</strong> coletiva e promoção à saú<strong>de</strong>: uma reflexão sobre os t<strong>em</strong>as dosujeito e <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça [tese] .Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong>Campinas, Campinas, SP: [s.n], 2002.14. Deslan<strong>de</strong>s, S F, Neto O C, Gomes, R, Mynaio, M C S, Pesquisa social: teoria, métodoe criativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, Petrópolis, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Editora Vozes; 1994.15. De Vitta, A, B<strong>em</strong>-estar físico e saú<strong>de</strong> percebi<strong>da</strong>: um estudo comparativo entre homense mulheres adultos e idosos, se<strong>de</strong>ntários e ativos [tese]. Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação,Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP: [s.n.], 2001.


1816. Evanson, E, Ageing Well, Research Up<strong>da</strong>te, ARK, Social and Political Archive,no.31, Irlan<strong>da</strong> do Norte, 2004.17. Fleck MPA, Fachel O, Louza<strong>da</strong> S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L,Pinzon V. Desenvolvimento <strong>da</strong> versão <strong>em</strong> português do instrumento <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> Organização Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (WHOQOL-100) 1999. Rev BrasPsiquiatr 1999; 21(1): 19-28.18. Fleck MPA, Louza<strong>da</strong> S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L, Pinzon V.Aplicação <strong>da</strong> versão <strong>em</strong> português do instrumento <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong><strong>da</strong> organização mundial <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> (WHOQOL-100). Rev Sau<strong>de</strong> Publica1999;33(2):198-205.19. Fleck MPA, Louza<strong>da</strong> S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L, Pinzon V.Aplicação <strong>da</strong> versão <strong>em</strong> português do instrumento WHOQOL-bref. Rev Saú<strong>de</strong> Publica2000;34(2):178-83.20. Freire, S A, B<strong>em</strong>-estar subjetivo e metas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>: um estudo transversal com homens <strong>em</strong>ulheres pertencentes a três faixas <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> [tese]. Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação,Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP: [s.n.], 2001.21. IBGE - Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística. Relatório nacional brasileirosobre o envelhecimento <strong>da</strong> população brasileira, 2002 Saú<strong>de</strong> [homepage na internet][acesso <strong>em</strong> 20 Mai 2005] Disponível <strong>em</strong> http://www.ibge.gov.br/22. Pauling, L. Como viver mais e melhor. São Paulo: Editora Best Seller; 1988.23. Reichel William, Gallo Joseph J. Assistência ao idoso: aspectos clínicos doenvelhecimento. 5. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Guanabara Koogan, c2001.24. Rosa T E C, Benicio M H A, Latorre M R D O et al. Fatores <strong>de</strong>terminantes <strong>da</strong>capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional entre idosos. Rev. Saú<strong>de</strong> Pública, fev. 2003, vol.37, no. 1, p.40-48.25. Silva F P. Crenças <strong>em</strong> relação à velhice: b<strong>em</strong>-estar subjetivo e motivos para freqüentarUniversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Terceira I<strong>da</strong><strong>de</strong> [dissertação]. Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP : [s.n.], 1999.26. Sousa A I. Envelhecimento, estratégias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>em</strong> uma vilapopular do município <strong>de</strong> Porto Alegre [dissertação]. Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong>,Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, 2002.27. Trentini C M, Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>em</strong> idosos [tese]. Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>em</strong>Ciências Médicas, Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> doSul, Porto Alegre, 2004.


19NORMAS ADOTADASEste trabalho foi realizado seguindo a normatização para trabalhos <strong>de</strong> conclusão do Curso <strong>de</strong>Graduação <strong>em</strong> Medicina, aprova<strong>da</strong> <strong>em</strong> reunião do Colegiado do Curso <strong>de</strong> Graduação <strong>em</strong>Medicina <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, <strong>em</strong> 17 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005.


20APÊNDICEProtocolo <strong>de</strong> Pesquisa“ANÁLISE QUALITATIVA DA PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS DE UMCENTRO DE PROMOÇÃO DE SAÚDE EM FLORIANÓPOLIS”1. Dados Objetivos:I<strong>de</strong>ntificação01 – Data <strong>de</strong> Nascimento:02 - Sexo: Masc. (....) F<strong>em</strong> (....)Dados Subjetivos:1. O que é quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> para você?2. Como você classifica sua vi<strong>da</strong> <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>?3. Você possui planos para o futuro?4. Você se consi<strong>de</strong>ra uma pessoa saudável? Por quê?5. Você sente algum tipo <strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para realizar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do dia-a-dia?6. Você faz uso <strong>de</strong> alguma medicação contínua ou possuí alguma doença sistêmica?7. Você se sente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do auxílio médico?8. Você se sente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> alguém fisicamente?9. Você se sente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> alguém financeiramente?10. Como você se sente no meio <strong>em</strong> que vive?11. O quão satisfeito você está com a sua vi<strong>da</strong>?12. Você consi<strong>de</strong>ra que está atingindo aquilo que espera?13. Você se sente feliz com sua relação com as pessoas <strong>da</strong> sua família?14. Com qu<strong>em</strong> você conversa quando está preocupado?15. Você já se sentiu discriminado por causa <strong>da</strong> sua i<strong>da</strong><strong>de</strong>?


21ANEXO 1TERMO DE CONSENTIMENTODeclaro estar ciente do caráter e do propósito <strong>da</strong> pesquisa realiza<strong>da</strong> pela acadêmica DaianaJulissa Brock, do curso <strong>de</strong> Graduação <strong>de</strong> Medicina <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> SantaCatarina, e a autorizo a utilizar as informações por mim forneci<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> entrevista, salvoos <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação pessoal, com propósito exclusivo <strong>de</strong> pesquisa médica.Essa entrevista será grava<strong>da</strong> <strong>de</strong> acordo com meu consentimento, garantindo que meu nomenão será revelado e o material estará a minha disposição no momento que <strong>de</strong>sejar.Eu, ____________________________________________________________concordo como acima escrito.Data:________________________________________________________Assinatura


22ANEXO 2Resumo do instrumento <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> OMS (WHOQOL-100)DOMÍNIOSFACETAS INCORPORADAS DENTRO DOSDOMÍNIOS• Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> geral <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e saú<strong>de</strong>1. Saú<strong>de</strong> Física • Disposição e fatiga• Dor e <strong>de</strong>sconforto• Sono e repouso2. Saú<strong>de</strong> Psicológica • Imag<strong>em</strong> Corporal e aparência• Pensamentos negativos• Pensamentos positivos• Auto-estima• Pensamento, aprendizag<strong>em</strong>, m<strong>em</strong>ória econcentração.3. Nível <strong>de</strong> In<strong>de</strong>pendência • Mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>• Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Cotidianas• Dependência <strong>de</strong> medicamentos e auxilio médico• Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> laboral4. Relações Sociais • Relações pessoais• Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Sociais• Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> sexual5. Ambiente • Recursos financeiros• Liber<strong>da</strong><strong>de</strong>, integri<strong>da</strong><strong>de</strong> física e segurança• Acesso e nível <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>• Ambiente doméstico• Oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s para adquirir novos conhecimentos ehabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s• Participação e oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para recreação e lazer• Ambiente Físico ( poluição, clima, barulho etrânsito)• Transporte6. Espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong>/Religião/Crenças Pessoais • Espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong>/Religião/Crenças Pessoais

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