Formulário de Referência: <strong>Eletropaulo</strong> Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A.A Companhia também investiu na melhoria da qualidade do fornecimento de energia, onde destacam - se as principaisações:- manutenção em circuitos primários;- reforma de circuitos secundários;- expansão da rede compacta;- incremento e modernização no parque de equipamentos de automação na distribuição e subtransmissão; e- modernização dos equipamentos da rede subterrânea.347244,98454287,48410512196107 981302007 2008 2009Serviços ao Consumidor Expansão do Sistema ManutençãoDesempenho do SistemaA tabela a seguir mostra informações a respeito das perdas de energia elétrica da Companhia, não incluindo perdas detransmissão (Rede Básica) relacionadas à sua rede, e a frequência e duração de interrupções de energia por clientepor ano, nos períodos indicados:2009 2008 2007Perdas técnicas 6.49% 6.49% 6.49%Perdas comerciais 5.32% 5.09% 4.99%Total de perdas de energia elétrica 11.81% 11.58% 11.48%InterrupçõesFreqüência de interrupções por cliente por ano (em número de vezes) 6.13 5.20 5.64Duração média de interrupções por cliente por ano (em horas) 11.85 9.20 8.90TMA (em minutos) 177 161 135Perdas de EnergiaCostuma-se classificar as perdas de energia em dois tipos: técnicas e comerciais. As técnicas são aquelas queocorrem no curso regular da distribuição de energia da Companhia (perdas por aquecimento), incluindo perdas emtodos os equipamentos e rede elétrica, enquanto as comerciais resultam de ligações ilegais e furto, erros de cadastro emedição. As perdas técnicas da Companhia são obtidas através de cálculos. As perdas são calculadas com base no“Critério de Perdas Físicas”, que considera o total de suprimento de energia medido na fronteira nos últimos 12 meses(47.005 GWh). O total de perdas é um percentual desse montante, deduzindo-se energias retroativas faturadasrelativas à recuperação de fraudes. Com base nessa metodologia, a perda física apurada em 2009 foi de 11,8%,com<strong>para</strong>da a 11,58% em 2008 e 11,48% em 2007. O aumento nas perdas totais em 2009 decorre principalmente domenor volume de energia de outros sistemas que transitam pela rede da AES <strong>Eletropaulo</strong>, que embora não altere ovolume de perda energética (GWh), provoca aumento no percentual devido à metodologia de cálculo utilizada; (ii)menor número de dias de faturamento no mercado cativo e deslocamento entre compra e venda de energia em funçãoda escala de faturamento, e (iii) crescimento de perdas comerciais em 2009.A taxa de perda de energia da Companhia é baixa se com<strong>para</strong>da à média de outras grandes distribuidoras de energiabrasileiras, que possuem um índice de complexidade social equivalente ao da área de concessão da AES <strong>Eletropaulo</strong>.Como resultado do Programa de Racionamento implantado em 2001, a Companhia obteve um significativo aumentoem perdas comerciais resultantes de fraudes de clientes que tentavam evitar o limite de gasto de energia imposto <strong>pelo</strong>50
Formulário de Referência: <strong>Eletropaulo</strong> Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A.racionamento através do uso de conexões clandestinas. Em função deste aumento, a partir de 2003 a Companhiaintensificou seu programa de redução de perdas, atuando fortemente no combate as fraudes de energia. No período de2007 a 2009, foram realizadas mais de 1,0 milhão de inspeções, onde foram identificadas aproximadamente 160 milirregularidades nos sistemas de medição. Nesse período foram regularizadas 226,6 mil ligações clandestinas queestavam conectadas na rede de distribuição da concessionária sem que sua energia consumida fosse faturada pelaCompanhia. Além disso, a Companhia substituiu 71,5 mil medidores obsoletos e recuperou mais 73,7 mil instalaçõesque se encontravam cortadas no sistema comercial da Companhia, porém ligadas em campo e consumindo energiaindevidamente. O programa de redução de perdas da AES <strong>Eletropaulo</strong> consiste em medidas relacionadas aomapeamento da perda de energia, uso de novas tecnologias de detecção e coibição de fraudes, treinamento deequipes, disponibilização de canais de denúncias, regularização de instalações que estão consumindo energiaindevidamente, blindagem de centros de medições, entre outras. Com esse programa a Companhia faturou, em média,98,9 GWh/ano de energia retroativa e arrecadou mais de R$152 milhões neste período. Além disso, adicionou aomercado da Companhia aproximadamente 1,2 TWh de energia nesses últimos 3 anos.Interrupções de EnergiaDesde a privatização, os indicadores de qualidade da Companhia têm apresentado significativas melhorias, reflexo deuma atuação focada e forte sobre os problemas que causam as interrupções no fornecimento de energia elétrica e daaplicação de tecnologia e soluções de engenharia mais eficientes.Com<strong>para</strong>ndo-se os valores de DEC - Duração Equivalente por Consumidor, que indica o tempo total anual deinterrupção, que, em média, cada consumidor sofreu durante o período de um ano, e os valores de FEC - FreqüênciaEquivalente por Consumidor, que mostra quantas vezes no ano houve interrupções, a Companhia obteve indicadoresde qualidade e confiabilidade. Desde 1998, ano da privatização, com os valores verificados, até 2009, é possível ter-sea dimensão exata de quanto a Companhia conseguiu evoluir na qualidade do seu serviço.Em 1998, a Companhia possuía um DEC de 18,21 horas e um FEC de 10,19 vezes, em 2009, os valores foramrespectivamente de 11,85 horas e 6,15 vezes, o que representa uma melhoria de 35% do DEC e de 40% do FEC. Deacordo com os dados da ANEEL, a média nacional em 1998 <strong>para</strong> o DEC foi de 24,05 horas enquanto a do FECapresentava um valor de 19,88 vezes, sendo que em 2008 estes foram respectivamente 16,30 horas e 11,83 vezes,com melhoria de 32% e 40%, respectivamente.Vale ressaltar que o ano de 2009 foi impactado por chuvas e descargas atmosféricas muito acima da média histórica,causando inclusive diversos alagamentos na área de concessão, aumentando, consequentemente, o número dedesligamentos e o tempo de restabelecimento do fornecimento. Para mitigar o efeito da variação climática e piora notrânsito a Companhia tem aumentado a intensidade de seus programas de qualidade de fornecimento de energia,conforme detalhado abaixo.Em 2009, 61% das interrupções nos circuitos de distribuição foram causadas por galhos de árvores que caíram sobre arede. Para tentar minimizar tais <strong>para</strong>lisações, a Companhia implementou na sua área de concessão programas depoda e remoção de árvores além da substituição da rede convencional por rede compacta (Spacer Cable), que tem porobjetivo reduzir a quantidade de desligamentos, ao mesmo tempo que possibilita uma convivência mais harmoniosa darede elétrica com a arborização.Os pontos que contribuíram de forma mais significativa <strong>para</strong> a melhoria destes indicadores foram:Expansão da capacidade instalada das Estações Transformadoras existentes e inauguração de novasestações (por exemplo, Tenente Marques, Paineiras e Tiradentes).Aumento da automação, por meio da instalação de 150 chaves em 2009, totalizando um parque de 280equipamentos automatizados na distribuição e 64 nas linhas de subtransmissão;Investimentos em obras de melhoria do Sistema de Distribuição Subterrâneo;Investimentos em manutenção, adequação de conformidades e ampliação da capacidade dos sistemas deSub-transmissão e de Distribuição;Substituição de equipamentos obsoletos que tenham impacto direto sobre o fornecimento de energia elétrica;Plano Verão - ações especiais aplicadas no período de outubro a março e que visam à agilização doatendimento, <strong>pelo</strong> aumento de equipes de manutenção e estratégia de alocação destas;Constante monitoramento meteorológico visando à identificação de condições climáticas desfavoráveis e quepossam ter impacto direto sobre o desempenho do sistema, permitindo a antecipação de estratégias deatendimento e dimensionamento de turmas de emergência;Trabalhos em linha viva, reduzindo o tempo e a quantidade de interrupções programadas;Aquisição de equipamentos e veículos modernos que permitem maior agilidade no atendimento deocorrências. Dentre estes se destacam as cestas aéreas que deram maior mobilidade de trabalho <strong>para</strong> asturmas de atendimento; eMelhor programação dos serviços de manutenção, de forma a minimizar os impactos destes sobre acontinuidade dos serviços prestados e racionalização de recursos.51