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Relatório UNESCO sobre Ciência 2010: o atual status da ... - UnB

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RELATÓRIO <strong>UNESCO</strong> SOBRE CIÊNCIA <strong>2010</strong>estão entre as priori<strong>da</strong>des brasileiras de colaboraçãoregional, beneficiam-se de programas específicos: oProSul e o ProÁfrica. Outros programas do CNPq enfocamcampos específicos em uma região mais ampla. Umexemplo é a Colaboração Interamericana em Materiais,envolvendo Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Jamaica,México, Trini<strong>da</strong>d e Tobago, Peru e os EUA.A própria Fapesp tem acordos de cofinanciamento depesquisas juntamente com agências no Canadá, França,Alemanha, Portugal, Reino Unido e EUA. De fato, to<strong>da</strong>s asprincipais universi<strong>da</strong>des e organizações de pesquisabrasileiras oferecem serviços de fomento à colaboraçãointernacional de pesquisa.Os cientistas e as organizações brasileiras servem emConselhos Diretores de órgãos como InterAcademy Panel,InterAcademy Council, InterAmerican Network of Academiesof Science, International Council for Science, Academy ofScience for the Developing World e diversas Associaçõesdisciplinares internacionais. A participação nesses órgãosdecisórios tem aju<strong>da</strong>do a integrar a ciência brasileira emprojetos colaborativos e de grande escala globais e locais,e tem propiciado maior exposição internacional àcomuni<strong>da</strong>de científica do Brasil.Um exemplo de um programa colaborativo de grandeescala é o telescópio <strong>da</strong> Southern Astrophysical Research(Soar), que foi comissionado em 2003. Esse telescópiocom uma abertura de 4.1-m foi programado para produziras imagens de melhor quali<strong>da</strong>de entre todos os observatóriosde sua classe no mundo. Financiado por uma parceriaenvolvendo Brasil, Chile e três instituições dos EUA, oNational Optical Astronomy Observatory, a Michigan StateUniversity e a University of North Carolina at Chapel Hill, a Soarse localiza em Cerro Pachón, a uma altitude de 2.700 m,na fronteira oeste dos picos dos Andes chilenos. Aparticipação brasileira nesse projeto tem contribuídosignificativamente para o crescimento <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>decientífica, resultando em um aumento no número depublicações brasileiras <strong>sobre</strong> astronomia, de 274 em 2000para 404 em 2009. Instrumentos de nível mundial, taiscomo o espectrógrafo de campo integral, foramdesenhados e construídos no Brasil para serem montadosnas instalações <strong>da</strong> Soar.Cientistas brasileiros também estão colaborando comseus colegas chineses em um ambicioso projeto paraQuadro 4: China e Brasil desenvolvem tecnologia espacialO programa Sino-Brasileiro deSatélites dos Recursos <strong>da</strong> Terra(CBERS) engloba uma família desatélites construídos conjuntamentepor Brasil e China. Esse exemplo desucesso em uma cooperação Sul-Sulde alta tecnologia envolve<strong>atual</strong>mente cinco satélites quecobrirão as áreas terrestres domundo. O CBERS-1 esteve emfuncionamento de outubro de 1999 ajulho de 2003; o CBERS-2, de outubrode 2003 a junho de 2008; e o CBERS-2B, de setembro de 2007 a maio de<strong>2010</strong>. O CBERS-3 será lançado em2011 e o CBERS-4, em 2014. O CBERS-3 e o CBERS-4 são individualmenteequipados com quatro câmeras deespectro visível, infravermelhopróximo, infravermelho de médioalcance e infra-vermelho térmico.O Brasil e a China compartilham asresponsabili<strong>da</strong>des e os custos <strong>da</strong>construção dos satélites. No Brasil,o Instituto Nacional de PesquisasEspaciais (Inpe) projeta a metadedos subsistemas e contrata a suafabricação junto à indústria espacialbrasileira. A participação brasileirano programa tem um custo total decerca de US$500 milhões, sendo que60% do investimento acontece naforma de contratos industriais.As informações obti<strong>da</strong>s pelos satélitesCBERS são ofereci<strong>da</strong>s em meio a umapolítica livre e aberta de disponibilizaçãode <strong>da</strong>dos. De 2004 a <strong>2010</strong>,mais de 1,5 milhão de imagens foramdisponibiliza<strong>da</strong>s a usuários no Brasil,na América Latina e na China. Essasimagens têm aplicações no estudo<strong>da</strong>s florestas e <strong>da</strong> agricultura, nogerenciamento urbano e nomapeamento geológico. O Brasilutiliza as imagens para supervisionardesmatamentos na Amazônia eavaliar o uso <strong>da</strong> terra associado agrandes plantações como a cana-deaçúcare a soja, juntamente com apecuária de corte.A China e o Brasil acor<strong>da</strong>ram umaestratégia conjunta para facilitar oacesso internacional às informaçõesde sensoriamento remoto na África.A partir de 2012, estações africanasna África do Sul, nas Ilhas Canárias,no Egito e no Gabão receberão ecompar-tilharão livremente os <strong>da</strong>dosdos satélites CBERS. Desse modo, oprograma CBERS está permitindoque o Brasil e a China contribuam àconstrução de políticas ambientaisem nível global.Fonte: www.cbers.inpe.br/48

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