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Relatório UNESCO sobre Ciência 2010: o atual status da ... - UnB

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RELATÓRIO <strong>UNESCO</strong> SOBRE CIÊNCIA <strong>2010</strong>Quadro 3: P&D em bioenergia no BrasilDesde o lançamento do ProgramaNacional ProÁlcool em 1975, a P&Dindustrial, governamental e acadêmicatem contribuído consideravelmentepara o desenvolvimento do etanol noBrasil. Um grupo de organizações depesquisa estabeleci<strong>da</strong>s, como oCentro de Tecnologia Canavieira (CTC),o Instituto de Agronômico deCampinas (IAC) e a Rede Universitáriapara Desenvolvimento do SetorSucroalcooleiro (Ridesa), desenvolveudiversas novas varie<strong>da</strong>des queaumentaram a produção média de 50para 85 tonela<strong>da</strong>s por hectare. A P&Dindustrial, frequentemente em associaçãocom as universi<strong>da</strong>des, temaprimorado a produtivi<strong>da</strong>de industrialde 55 para 80 litros de etanol portonela<strong>da</strong> de cana-de-açúcar. Ela tambémtem alcançado eficazes resultados notratamento de resíduos industriais.A recente alta repentina no interesseinternacional por bioenergia temintensificado a pesquisa nesse campoem muitos países, fazendo com que oBrasil alinhe sua própria estratégiacom a competição em mercadosglobais. Essa estratégia requer nãoapenas mais P&D, mas acima de tudo,P&D de ponta. Juntamente com oCTC e a Central de Álcool, a Fapespembarcou em um projeto em 1999para identificar genes expressos nacana-de-açúcar e na genômicafuncional (Sucest e Sucest-Fun), e paratreinar recursos humanos. O esforçocontribuiu para um aumento nonúmero de artigos científicos <strong>sobre</strong> acana-de-açúcar no Brasil.Dado o potencial para um aumentomaciço <strong>da</strong> escala de produção e <strong>da</strong>competitivi<strong>da</strong>de do etanol <strong>da</strong> canade-açúcarbrasileira, a sustentabili<strong>da</strong>depassou a ser um elemento essencialno aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de. Nostrês últimos anos, algumas iniciativasforam lança<strong>da</strong>s no Brasil paraaproveitar a ciência avança<strong>da</strong> nadireção de alvos de sustentabili<strong>da</strong>de eprodutivi<strong>da</strong>de. Por exemplo, aEmpresa Brasileira de PesquisaAgropecuária (Embrapa) criou umadivisão de agroenergia.Além disso, um novo centro depesquisas foi inaugurado em 2009 – oLaboratório Nacional de Ciência eTecnologia do Bioetanol (CTBE) – emCampinas, no estado de São Paulo. OCTBE tem três objetivos: realizar P&Dcompetitiva para aprimorar plantaçõese métodos de conversão na produçãode bioetanol de cana-de-açúcar; fazerparcerias com outras organizações depesquisa que trabalham em áreasrelaciona<strong>da</strong>s, por meio de uma redede laboratórios associados emuniversi<strong>da</strong>des e institutos de pesquisa;e atuar como um provedor detecnologia para a indústriaproporcionando informaçõesestratégicas de interesse mútuo.Uma terceira iniciativa é o ProgramaFapesp de Pesquisa em Bioenergia(Bioen). O Bioen visa criar ligações entrea P&D pública e priva<strong>da</strong>, usando laboratóriosacadêmicos e industriais paraavançar e aplicar o conhecimento noscampos ligados à produção de etanol noBrasil. O Programa tem cinco divisões:■■■■Tecnologias de Cana-de-Açúcar,incluindo aprimoramento deplantio e agricultura <strong>da</strong> cana-deaçúcar;Tecnologias Industriais do Etanol;Tecnologias de Biorrefinaria equímica do etanol;Motores de Ciclo de Otto e CélulasCombustíveis, aplicações de etanolpara veículos automotivos;Impacto Social e Econômico,Estudos Ambientais, Uso <strong>da</strong> Terra eProprie<strong>da</strong>de Intelectual.O Programa Bioen está bem equipadopara apoiar pesquisas acadêmicasexploratórias <strong>sobre</strong> esses tópicos etreinar cientistas e profissionais emáreas essenciais para avançar aspotenciali<strong>da</strong>des <strong>da</strong> indústria do etanol.Além disso, o Bioen estabeleceparcerias cofinancia<strong>da</strong>s pela Fapespe pela indústria para a P&Dcooperativa entre laboratóriosindustriais e acadêmicos emuniversi<strong>da</strong>des e institutos de pesquisa.Outras agências de pesquisa dogoverno federal e de governosestaduais participam do programa.Estas incluem o CNPq e a Fapemig.Em 2009, o Bioen contratou sua primeiraro<strong>da</strong><strong>da</strong> de 60 projetos de pesquisa.Uma quarta iniciativa em curso emmeados de <strong>2010</strong> é a criação do Centrode Pesquisa em Bioenergia de SãoPaulo, ligado a três universi<strong>da</strong>desestaduais de São Paulo (USP, Unicampe Unesp). O centro servirá para atrairum número mais amplo de cientistasno campo <strong>da</strong> bioenergia para as trêsuniversi<strong>da</strong>des participantes e seráfinanciado pela Fapesp, pelo governoestadual e pelas próprias universi<strong>da</strong>descom cerca de US$100 milhões nospróximos dez anos.Juntamente com essas iniciativasestaduais ou federais, as empresastambém têm aumentado os seusesforços de P&D em bioenergia.A Petrobras tem um programa debiocombustíveis de segun<strong>da</strong> geração,que utiliza as sobras <strong>da</strong>s plantações, egrandes companhias tais como Vale,Braskem e Oxiteno já estão investindopesa<strong>da</strong>mente P&D em bioenergia.Fonte: os autores; www.cnpae.embrapa.br/;www.bioetanol.org.br/english/index.php;www.fapesp.br/en/bioen46

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