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Relatório UNESCO sobre Ciência 2010: o atual status da ... - UnB

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O crescente papel do conhecimento na economia globalInovação para o Desenvolvimento Brasileiro (2007-<strong>2010</strong>),que se propõe a aumentar os gastos com P&D de 1,07%do PIB em 2007 para 1,5% do PIB em <strong>2010</strong>. Outra meta éaumentar o número de bolsas disponíveis aos estu<strong>da</strong>ntesuniversitários e pesquisadores de 102 mil em 2007 para170 mil até 2011. Um dos principais objetivos é fomentarum ambiente propício à inovação nas empresas, de modoque fortaleça as políticas industriais, tecnológicas e deexportação e aumente tanto o número de pesquisadoresativos no setor privado quanto o número de incubadorasde negócios e parques tecnológicos.Cuba (capítulo 6) é um estudo de caso intrigante. O nívelde desenvolvimento humano de Cuba está entre os maisaltos <strong>da</strong> região, em pé de igual<strong>da</strong>de com o do México. Emtermos de gastos gerais em C&T, no entanto, o país ficaabaixo <strong>da</strong> média regional, como consequência de umesforço ligeiramente menor <strong>da</strong> parte de Cuba e, acima detudo, como consequência de um aumento do compromissocom C&T na América Latina. O financiamento aosnegócios em Cuba foi reduzido pela metade nos anosrecentes, para apenas 18% do GERD.Por outro lado, o nível cubano de matricula na educaçãosuperior é impressionante, sendo que os estu<strong>da</strong>ntesuniversitários de primeiro ano dobraram entre 2004-2005e 2007-2008, graças a uma nova on<strong>da</strong> de alunos demedicina. Além disso, em 2008, 53,5% dos profissionais deC&T eram mulheres. Muitos profissionais de C&Ttrabalham em institutos públicos de pesquisas, ain<strong>da</strong>que o novo número de pesquisadores entre o pessoalde P&D (7%) seja preocupante.A estratégia de pesquisa em Cuba está centra<strong>da</strong> emalguns Programas Nacionais de Pesquisa em Ciência eTecnologia. Um programa recente enfocado em TICconseguiu aumentar o acesso à internet, de 2% <strong>da</strong>população em 2006 para quase 12% em apenas um ano.Cuba é conheci<strong>da</strong> pelo desenvolvimento e produção demedicamentos, mas outras priori<strong>da</strong>des estão emergindo.Essas priori<strong>da</strong>des incluem P&D em energia, monitoramentoe mitigação de desastres, devido à ameaça de fortesfuracões, secas, branqueamento de corais e inun<strong>da</strong>çõesno futuro, em função <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça climática. Cubacomeçou a modernizar a sua infraestrutura de pesquisas,e, de maneira destaca<strong>da</strong>, os seus serviços meteorológicos.Os países do Mercado Comum do Caribe (capítulo 7) têmsofrido fortemente com o pico nos preços internacionaisde alimentos e commodities nos anos recentes. A Jamaica,por exemplo, gastou mais em importação de petróleo em2007 do que o total <strong>da</strong>s suas exportações. Essa situaçãoexacerbou-se pela recessão global, que abalou a crucialindústria do turismo.Dois dos maiores países <strong>da</strong> região, a Jamaica e Trini<strong>da</strong>d eTobago, uniram-se para delinear planos de desenvolvimentode longo prazo (Vision 2030 e Vision 2020, respectivamente)que enfatizam a importância <strong>da</strong> CTI para o desenvolvimento.Os gastos em P&D continuam extremamente baixos, noentanto, e a P&D priva<strong>da</strong> está quase sem vi<strong>da</strong>. Apenas osetor <strong>da</strong> educação superior está em alta: duas novasuniversi<strong>da</strong>des foram cria<strong>da</strong>s desde 2004 na ilha deTrini<strong>da</strong>d, e a introdução <strong>da</strong> educação superior gratuita emTrini<strong>da</strong>d e Tobago em 2006 fez com que as taxas dematrícula de estu<strong>da</strong>ntes aumentasse de um dia para ooutro. Porém o salto experimentado pela populaçãoestu<strong>da</strong>ntil não foi ain<strong>da</strong> acompanhado por um aumentoproporcional no número de pessoal acadêmico, e issoprejudicou o campo <strong>da</strong>s pesquisas. A região possui fortesexpectativas em relação à Fun<strong>da</strong>ção Caribenha de Ciências,lança<strong>da</strong> em setembro de <strong>2010</strong> para revitalizar a P&D.Como o capítulo 8 <strong>sobre</strong> a União Europeia (UE) aponta,a UE está se tornando um grupo de países ca<strong>da</strong> vez maisheterogêneo. Apesar de os novos membros estaremalcançando os outros economicamente, permanece umhiato considerável entre os estados-membros mais ricos emais pobres. Em termos de inovação, no entanto, essaheterogenei<strong>da</strong>de não conhece fronteiras. As regiõesdentro de um país que têm um desempenhoparticularmente bom em inovação estão distribuí<strong>da</strong>s aolongo <strong>da</strong> UE, ao invés de estarem confina<strong>da</strong>s aos estadosmembrosmais antigos (e mais ricos).Ain<strong>da</strong> que a UE seja um líder mundial imbatível naspublicações registra<strong>da</strong>s no SCI, ela está lutando paraaumentar os investimentos em P&D e para desenvolver ainovação. Isso é visível pela incapaci<strong>da</strong>de de cumprir asmetas de Lisboa e Barcelona de aumentar o GERD para 3%do PIB até <strong>2010</strong>. Outra questão com a qual os estadosmembrosestão lutando ao longo <strong>da</strong> UE diz respeito àsreformas institucionais do sistema universitário. O desafiodual aqui é aprimorar a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pesquisa e revitalizaras instituições de educação superior <strong>da</strong> UE que estão como orçamento reduzido.Do lado positivo, o que distingue a UE de muitas outrasregiões é a sua vontade de reconhecer que ela apenasaprimorará o seu desempenho de CTI e P&D agregando aspotenciali<strong>da</strong>des dos seus estados-membros. Essa atitudeestá propaga<strong>da</strong> em uma série de agências e programasmultilaterais europeus, que vão desde grandesorganizações de pesquisa como a Organização EuropeiaIntrodução23

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