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Relatório UNESCO sobre Ciência 2010: o atual status da ... - UnB

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RELATÓRIO <strong>UNESCO</strong> SOBRE CIÊNCIA <strong>2010</strong>intensivo em termos de trabalho e investimento, queobriga as companhias a inovar em um ritmo frenético.Com a recessão global, as empresas vêm tendo maisdificul<strong>da</strong>de em manter esse ritmo.Apropriação de conhecimento versus difusão deconhecimentoVeremos agora a variável oposta às patentes: o númerode usuários <strong>da</strong> internet. Essa variável deve nos permitirestimar se o acesso facilitado à informação e aoconhecimento é capaz de proporcionar oportuni<strong>da</strong>des deuma difusão mais rápi<strong>da</strong> de C&T. Os <strong>da</strong>dos <strong>sobre</strong> o uso <strong>da</strong>internet na Tabela 5 mostram um quadro muito diferente<strong>da</strong>quele desenhado pela questão <strong>da</strong>s patentes. Constatamosque os BRICs e diversos países em desenvolvimento estãoalcançando rapi<strong>da</strong>mente os EUA, o Japão e os países lídereseuropeus nesse indicador. Isso mostra a importânciacrucial <strong>da</strong> emergência <strong>da</strong>s comunicações digitais como ainternet para a distribuição mundial <strong>da</strong> C&T, e, de modomais amplo, para a geração de conhecimento. A rápi<strong>da</strong>difusão <strong>da</strong> internet no Sul é uma <strong>da</strong>s tendências maispromissoras deste milênio, e provavelmente gerará maiorconvergência no acesso à C&T ao longo do tempo.Uma perspectiva sistêmica <strong>sobre</strong> a congruência dosindicadores de C&TO conceito de um sistema nacional de inovação foicunhado por Christopher Freeman no final dos anos 1980para descrever a congruência muito mais ampla na socie<strong>da</strong>dejaponesa entre todos os tipos de redes institucionais “nossetores público e privado, cujas ativi<strong>da</strong>des e interaçõesiniciam, importam, modificam e difundem novas tecnologias”(FREEMAN, 1987). O conjunto de indicadores descritoacima ilumina algumas características do sistema nacionalde inovação de ca<strong>da</strong> país. Devemos ter em mente, noentanto, que os indicadores de ciência, tecnologia einovação (CTI) relevantes no passado podem ter setornado menos relevantes nos dias atuais, e até mesmoenganosos (FREEMAN & SOETE, 2009). Os países emdesenvolvimento não devem simplesmente confiar naadoção de indicadores de CTI desenvolvidos por e parapaíses <strong>da</strong> OCDE; devem, sim, desenvolver seus própriosindicadores de CTI (TIJSSEN & HOLLANDERS, 2006). AÁfrica está <strong>atual</strong>mente implementando um projeto paradesenvolver, adotar e usar indicadores comuns napesquisa <strong>sobre</strong> o desenvolvimento do continente em C&T,por meio <strong>da</strong> publicação periódica de Prognósticos <strong>da</strong>Inovação Africana (African Innovation Outlook).A Figura 5 ilustra visualmente os distintos vieses nossistemas de inovação nacional dos países, por meio <strong>da</strong>combinação de quatro indicadores. À primeira vista, osistema dos EUA parece ser o mais equilibrado: os círculosdos EUA aparecem ca<strong>da</strong> vez no meio <strong>da</strong> figura. Porém asua posição em relação ao capital humano é frágil e estádesalinha<strong>da</strong> com a tendência de outros países altamentedesenvolvidos: apenas 24,5% <strong>da</strong> população dos EUApossuem um diploma de curso superior, enquanto que naTabela 5: Usuários <strong>da</strong> internet por 100 habitantes, 2002 e 20082002 2008Mundo 10.77 23.69Países desenvolvidos 37.99 62.09Países em desenvolvimento 5.03 17.41Países menos desenvolvidos 0.26 2.06Américas 27.68 45.50América do Norte 59.06 74.14América Latina e Caribe 8.63 28.34Europa 24.95 52.59União Europeia 35.29 64.58Comuni<strong>da</strong>de de Estados Independentes na Europa 3.83 29.77Europa Central, do Leste e outros 18.28 40.40África 1.20 8.14África do Sul 6.71 8.43Outros países subsaarianos (excl. a África do Sul) 0.52 5.68Estados Árabes na África 2.11 16.61Ásia 5.79 16.41Japão 46.59 71.42China 4.60 22.28Israel 17.76 49.64Índia 1.54 4.38Comuni<strong>da</strong>de dos Estados Independentes na Ásia 1.72 12.30Economias Recentemente Industrializa<strong>da</strong>s na Ásia 15.05 23.47Estados Árabes na Ásia 4.05 15.93Outros na Ásia (excl. Japão, China, Israel, Índia) 2.19 11.51Oceania 43.62 54.04Outros gruposEstados Árabes (todos) 2.81 16.35Comuni<strong>da</strong>de de Estados Independentes (todos) 3.28 24.97OCDE 42.25 64.03Associação Europeia de Livre Comércio 66.08 78.17África Subsaariana (incl. África do Sul) 0.94 5.86Países selecionadosArgentina 10.88 28.11Brasil 9.15 37.52Canadá 61.59 75.53Cuba 3.77 12.94Egito 2.72 16.65França 30.18 70.68Alemanha 48.82 77.91Irã (República Islâmica do Irã) 4.63 31.37México 10.50 21.43República <strong>da</strong> Coreia 59.80 81.00Federação Russa 4.13 32.11Turquia 11.38 34.37Reino Unido 56.48 78.39Estados Unidos <strong>da</strong> América 58.79 74.00Fonte: Base de <strong>da</strong>dos de TIC <strong>da</strong> International Telecommunications Union,World Telecommunications, junho de <strong>2010</strong>, e estimativas do Instituto deEstatísticas <strong>da</strong> <strong>UNESCO</strong>; United Nations Department of Economic and SocialAffairs (2009) World Population Prospects: the 2008 Revision, e estimativasdo Instituto de Estatísticas <strong>da</strong> <strong>UNESCO</strong>.18

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