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Relatório UNESCO sobre Ciência 2010: o atual status da ... - UnB

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O crescente papel do conhecimento na economia globalPacífico (5,85%), na Europa e na Ásia Central (4,87%) e na Ásiado Sul (4,61%). Os <strong>da</strong>dos foram de 2,42% para o Oriente Médioe o Norte <strong>da</strong> África, 2% para a América do Norte, 1,8% para aAmérica Latina e o Caribe, e 1,64% para a África Subsaariana.A mais ampla divergência em taxas de crescimento ocorreuna África Subsaariana: em 28 países, o PIB per capita cresceuem mais de 5%, entretanto mais <strong>da</strong> metade dos 16 países queexperimentaram taxas negativas de crescimento per capitatambém estão na África Subsaariana (Tabela 1).A Figura 1 apresenta as 20 maiores potências econômicasdo mundo. Essa lista inclui a Tríade 4 e os paísesrecentemente industrializados do México e <strong>da</strong> República<strong>da</strong> Coreia, alguns dos países mais populosos do mundo,como China, Índia, Brasil, Rússia e Indonésia, e umasegun<strong>da</strong> cama<strong>da</strong> de economias emergentes, que incluiTurquia, Arábia Saudita, Argentina e África do Sul. Com oseu novo peso econômico, esses países estão desafiandomuitas <strong>da</strong>s regras, regulamentações e padrões quegovernaram o G7 e a Tríade, em relação a comércio einvestimento internacional 5 . Como veremos a seguir, elestambém estão desafiando a tradicional preponderância<strong>da</strong> Tríade em termos de investimento em P&D.Tendências de GERD: uma mu<strong>da</strong>nça na influência globalO mundo dedicou 1,7% do seu PIB a P&D em 2007, umafração que tem permanecido estável desde 2002. Em termosmonetários, no entanto, isso se traduz em US$1 146 bilhão 6 ,um aumento de 45% em relação a 2002 (Tabela 1). Está ligeiramenteacima do aumento no PIB no mesmo período (43%).Ademais, por trás desse aumento houve uma mu<strong>da</strong>nça nainfluência global. Proporciona<strong>da</strong> em grande medi<strong>da</strong> porChina, Índia e a República <strong>da</strong> Coreia, a participação <strong>da</strong> Ásiano mundo aumentou de 27% para 32%, em detrimento <strong>da</strong>Tríade. A maior parte <strong>da</strong> que<strong>da</strong> na União Europeia podeser atribuí<strong>da</strong> aos seus três maiores membros: França,Alemanha e Reino Unido. Enquanto isso, a participação <strong>da</strong>África e dos Estados Árabes tem sido pequena, masestável, e a Oceania progrediu levemente.Podemos ver na Figura 1 que a participação <strong>da</strong> China noGERD mundial está aproximando a sua participação emtermos de PIB, ao contrário do Brasil e <strong>da</strong> Índia, que ain<strong>da</strong>contribuem muito mais ao PIB mundial do que ao GERD4. Composta por União Europeia, Japão e EUA.5. A grande maioria dos padrões que regem, por exemplo, o comércio debens manufaturados, a agricultura e o setor de serviços está basea<strong>da</strong> emnormas dos EUA e <strong>da</strong> UE.6. To<strong>da</strong>s as cifras de US$ deste capítulo são em dólares por pari<strong>da</strong>de depoder de compra.mundial. É curioso notar que a situação se inverte no caso<strong>da</strong> Tríade, ain<strong>da</strong> que a dispari<strong>da</strong>de seja muito pequenapara a UE. A República <strong>da</strong> Coreia é um caso interessante,na medi<strong>da</strong> em que ela segue o padrão <strong>da</strong> Tríade.A participação <strong>da</strong> Coreia no GERD mundial é o dobro <strong>da</strong>sua participação em termos de PIB. Uma <strong>da</strong>s principaispriori<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Coreia é aumentar a proporção GERD/GDPpara 5% até 2012.A Figura 2 faz a correlação <strong>da</strong> densi<strong>da</strong>de de P&D epesquisadores para alguns países e regiões de destaque.A partir desses <strong>da</strong>dos, podemos ver que a Rússia ain<strong>da</strong>tem um número muito maior de pesquisadores do quede recursos financeiros no seu sistema de P&D. Três paísesde força recém-chegados podem ser vistos emergindono canto inferior esquerdo <strong>da</strong> figura: China, Brasil e Índia,juntamente com o Irã e a Turquia. Até mesmo a África,como continente, contribui hoje significativamente aoesforço global de P&D. A intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> P&D dessaseconomias ou o seu capital humano ain<strong>da</strong> podem serpequenos, mas a sua contribuição ao estoque doconhecimento mundial está crescendo rapi<strong>da</strong>mente.Por outro lado, o grupo de países menos desenvolvidos –o menor círculo na figura – ain<strong>da</strong> desempenha um papelde importância marginal.Alcançando a P&D de negóciosSão os padrões de investimento empresarial em P&D(BERD) que ilustram melhor as rápi<strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças geográficasque acontecem mundialmente em centros comfinanciamento privado de P&D. Ca<strong>da</strong> vez mais, as empresasmultinacionais estão descentralizando suas ativi<strong>da</strong>des depesquisa para partes tanto do mundo desenvolvido quantoem desenvolvimento, dentro de uma estratégia de internacionalização<strong>da</strong> P&D em nível global (ZANATTA & QUEIROZ,2007). Para as multinacionais, essa estratégia reduz custostrabalhistas e dá às empresas um acesso mais fácil aosmercados, ao capital humano local e ao conhecimento,bem como aos recursos naturais do país anfitrião.Os destinos preferidos têm sido os chamados tigresasiáticos, os antigos países recentemente industrializadosna Ásia, e, em segundo lugar, o Brasil, a Índia e a China.Porém já não é mais uma via de mão única: as empresas<strong>da</strong>s economias emergentes estão agora comprandograndes empresas em países desenvolvidos e, com isso,adquirindo o capital de conhecimento <strong>da</strong>s empresas <strong>da</strong>noite para o dia, assim como ilustra o capítulo <strong>sobre</strong> aÍndia. Como consequência, a distribuição global do esforçode P&D entre o Norte e o Sul está se transformandorapi<strong>da</strong>mente. Em 1990, mais de 95% <strong>da</strong> P&D estavamsendo conduzidos nos países desenvolvidos, e apenas seteIntrodução9

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