18anos, provenientes de 18 escolas da cidade de Bauru-SP. O objetivo eradivulgar a porcentagem de oclusão normal e a distribuição das más oclusõesde acordo com a relação sagital entre os arcos dentários de acordo com aclassificação de Angle. Todas as crianças encontravam-se no período dedentadura mista sendo que a grande maioria no primeiro período transitório, ealgumas já no estágio fi<strong>na</strong>l de dentadura mista. O exame foi realizado por umaúnica profissio<strong>na</strong>l com formação ortodôntica, constou de a<strong>na</strong>lise clinica a olhonu das condições dentarias e oclusais. Foi feito a luz <strong>na</strong>tural do dia nãonecessitando de nenhum equipamento especializado. Os resultadosdemonstraram um percentual baixo de oclusão normal, perfazendo ape<strong>na</strong>s11,47% da população estudada. Das mas oclusões, a classe I foi a maisprevalente (55% das más oclusões), seguida pela má oclusão de classe II(42%) e, fi<strong>na</strong>lmente, pela má oclusão de classe III (3%). Os desviosmorfológicos encontrados entre as más oclusões são citados pela ordemdecrescente de incidência: apinhamento ântero inferior (52,7%), perdasprecoces de dentes decíduos e perdas de dentes permanentes (37%),trespasse vertical exagerado (19,8%), mordida aberta anterior (18,5%),mordida cruzada posterior (18,2%), mordida cruzada anterior (7,6%), einserção fibrosa baixa do freio labial superior (1,2%).Silva Filho, Freitas e Cavassan (1989) neste mesmo trabalhodivulgaram a porcentagem de oclusão normal e má oclusão de acordo com arelação sagital entre os arcos dentários em conformidade com a classificaçãode Angle sob a influencia da estratificação sócioeconômica. As escolas foramclassificadas em 2 grupos socioeconômicos diferentes: grupo A (nívelsocioeconômico médio baixo) e grupo B (nível socioeconômico baixo). Para aclassificação das escolas dentro do grupo A e B foi considerado a sualocalização geográfica (por bairros) e as condições de instalação de cadaescola. A condição socioeconômica influenciou o percentual de oclusão normale de má oclusão de classe I. No nível socioeconômico mais baixo ocorreu umaumento no percentual de classe I em detrimento da redução de oclusãonormal. As más oclusões de classe II e III não foram influenciadas pelascondições socioeconômicas.
19Mongullhott et al. (1991) realizaram uma pesquisa que objetivouestudar a prevalência de oclusão tipo I, II e III de Angle, em crianças de 5 a 11anos, portadoras de hábito de sucção. Para selecio<strong>na</strong>r a amostra, foramenviados questionários aos pais de 944 crianças, onde se coletavam os dadossobre a existência ou não do hábito, o seu tipo e as idades de inicio e términodo mesmo. Conseguiu-se assim, uma amostra de 334 crianças, tendo em vistaque, das 994 crianças, 110 nunca havia tido o hábito, 454 succio<strong>na</strong>ram ate os 3anos e 6 meses, 31 não puderam ser exami<strong>na</strong>das e 15 já tinham 12 anos <strong>na</strong>época do exame. Os exames foram realizados sob luz <strong>na</strong>tural com o auxilio deuma espátula de madeira. A amostra ficou então composta de 344 crianças,sendo 141 do gênero masculino e 193 do gênero feminino, as quaisapresentavam hábito de sucção no momento do exame. Pode-se constatar que73 (21,6%) das crianças não puderam ser a<strong>na</strong>lisadas visto que ainda nãopossuíam os primeiros molares em chave de oclusão. Das 261 crianças emcondições de serem classificadas, 170 (50,9%) apresentavam classe I, 60(17,96%) classe II e 31 (9,28%) classe III. Não houve, portanto, <strong>na</strong> maioriadestas crianças, uma diferença de oclusão pelo falto de serem portadoras dohábito no que diz respeito à relação ântero-posterior dos maxilares (classe I, IIe III). No entanto, outros autores como Silva Filho concorda que aquelascrianças com relacio<strong>na</strong>mento dos maxilares em classe II, e que possuemhabito de sucção, principalmente digital, poderão ter esta má oclusãoagravada. Entretanto, isto não significa que o habito induza a mesialização dosdentes posteriores, causando uma relação molar de classe II.Biscaro et al. (1994) apresentaram um trabalho que tinha comoobjetivo avaliar as principais más oclusões <strong>na</strong> cidade de Piracicaba-SP. Aamostra consistiu de 891 crianças de 7 a 12 anos de idade, de ambos osgêneros matriculados em 8 escolas públicas. O exame visual foi realizado nopátio das escolas, utilizando luz <strong>na</strong>tural e espelho bucal para afastamento dasbochechas. Não foram utilizados instrumentos de medição. A<strong>na</strong>lisaram asseguintes características: relação incisiva, relação dos caninos, relação molar,mordida cruzada, chave de oclusão de Angle e presença de diastema medial.Após a coleta dos dados concluíram que a porcentagem de desvios de oclusãofoi de 97,7%; sendo que 68,8% das crianças exami<strong>na</strong>das apresentaram Classe