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A instituição política, sua trajetória e um petista em especial são ...

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A ação nova que faloPra qual convido vocêÉ <strong>um</strong> Brasil onde o povoCome b<strong>em</strong>, trabalha e lê...Brasil de luta e de floresFrutos dos trabalhadoresQue estão plantando o PT.No folheto “A Peleja de Lula com Maluf”, feito tambémdurante o processo de formação do PT, n<strong>um</strong> dos gênerosde cantoria chamado “quadrão perguntado”, que é <strong>um</strong>estilo de perguntas e respostas, Lula e Maluf discut<strong>em</strong>sobre o PT:MALUF – Para que serve o PT?LULA – Pra massa se organizarMALUF – E pra que nele votar?LULA – Para derrotar você?MALUF – E pra que serve a TV?LULA – Para nada com a Lei FalcãoMALUF – E as verbas da educação?LULA – Vocês roubaram <strong>um</strong> bocado...MALUF e LULA – Isso é Quadrão PerguntadoIsso é Responder Quadrão.N<strong>um</strong> “martelo malcriado” na mesma peleja, Malufmostra a forma como a burguesia brasileira reagiu ao aparecimentodo PT.Operários pra mim são salafráriosE não dev<strong>em</strong> meter-se a dar palpites,Pois política é somente pra elites,Generais, estrangeiros e <strong>em</strong>presários;Pois partidos burgueses t<strong>em</strong>os vários;Mas, partido de pobre, isso é loucura.Pois partido de pobre na “abertura”É parti-lo <strong>em</strong> cabeça, tronco e m<strong>em</strong>bro,Quero antes de 15 de nov<strong>em</strong>broO PT n<strong>um</strong>a câmara de tortura.Na campanha de 1982, quando Lula foi candidato aogoverno de São Paulo, o poeta João José de Piripiti, provavelmente<strong>um</strong> pseudônimo, no folheto “A Hora e a Vez doTrabalhador”, assim como Franklin Maxado, falou mais dopartido que do candidato, com versos como estes:Já t<strong>em</strong>os nosso partido,S<strong>em</strong> lugar pra exploradorFeito de baixo pra cima,Onde só conta o labor,Um partido brasileiro,A Voz do trabalhador.O poeta, deslocado do Nordeste, deixa de lado a exigênciade rima do cordel que não permite rimar “Ê” com “ER” e diz:Você já t<strong>em</strong> seu partidoEle acredita <strong>em</strong> você.É o partido do povoContra os donos do poder.Vote no trabalhador,Vote certo no PT.Na campanha de 2002, no folheto “Projeto Lula Brasil– A Ruptura”, cantávamos o estilo “o que é que nos faltamais?”, no qual perguntávamos:Desde quando, lutando no ABC,Derrubando mentiras militares,Resgatando conquistas popularesE essa d<strong>em</strong>ocracia que se vê;Desde quando criamos o PTCom qu<strong>em</strong> vinha das lutas sociais,Refiz<strong>em</strong>os os r<strong>um</strong>os sindicaisQue estamos forjando este projeto.Mas pra o nosso Brasil ser mais completo...O que é que nos falta mais?REFRÃOO que é que nos falta mais,Pra o Brasil ter justiça, pão e paz?Uma prova cabal de que, mesmo sendo Lula <strong>um</strong> fenômenoda literatura de cordel, o PT não deixa por menos,sendo o partido mais decantado nesse estilo poético.É que, <strong>em</strong> campanhas políticas de vários estados, candidatosapelam para os préstimos dos poetas cordelistas,como pod<strong>em</strong>os constatar nas várias capas de folhetospublicitários e de homenagens a militantes do PT devárias regiões.O PT continua sendo t<strong>em</strong>a de versos de Cordel e tambémdas cantorias de repente. Mais a favor do que contra,mas é o único partido que t<strong>em</strong> sido cantado pelos poetaspopulares, mesmo quando não estão falando diretamentede Lula, personag<strong>em</strong> que hoje se coloca entre as mais enfocadasna literatura de cordel, ao lado de Lampião, PadreCícero, Frei Damião e Getúlio Vargas. ✪Joaquim Crispiniano Neto, jornalista, poeta, cordelista e dramaturgo, épresidente da Fundação José Augusto (RN) e m<strong>em</strong>bro da Acad<strong>em</strong>ia Brasileirade Literatura de CordelTeoria e Debate 86 H janeiro/fevereiro 201060

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