A instituição polÃtica, sua trajetória e um petista em especial são ...
A instituição polÃtica, sua trajetória e um petista em especial são ...
A instituição polÃtica, sua trajetória e um petista em especial são ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
E segue apontando para a solução política, para a criaçãodo partido como ferramenta de luta:Além do seu sindicatoO popular deve terSeu partido e seus líderesPara poder se defenderAtacar os tubarõesQue tomam o seu poder.(...)Por isso é que o PTDo povo é a ferramentaE para o operárioE pro peão que alimentaO bom t<strong>em</strong>po pra lutarContra os ventos da tormenta.E sai relacionando diversas categorias de trabalhadores,desconstruindo a ideia de que a classe trabalhadoraé formada somente por camponeses de mãos calejadas eoperários de macacão:É pro professor, pro aluno,Pro camponês, pra bancários,Pro artista, pro caixeiro,Pros bedéis funcionários,Pras domésticas ou pros “boys”E até pros <strong>em</strong>presários.Referia-se, claro, aos pequenos <strong>em</strong>presários nacionais,que tinham seus espaços achatados pelo grande capitalnacional e estrangeiro. Maxado termina mostrando o quea direita brasileira e a grande imprensa, hoje conhecidacomo PIG – Partido da Imprensa Golpista, teimam <strong>em</strong> nãoaceitar: que s<strong>em</strong>pre que se fala <strong>em</strong> Lula também se fala <strong>em</strong>PT, pois os dois são indissociáveis.Queria falar de LulaTerminei falando maisDo PT e seu programaQue pra mim está d<strong>em</strong>aisE quando chegar <strong>em</strong> cimaNão ter<strong>em</strong>os mal jamais.Para a campanha de 1982, fiz<strong>em</strong>os <strong>um</strong> po<strong>em</strong>a intitulado“PT – Nossa Vez; Nossa Voz”, que era cantado por violeirosnordestinos <strong>em</strong> comícios e reuniões de campanha e foigravado até por Alceu Valença. As estrofes são montadassobre <strong>um</strong> dos estilos de cantoria de viola nordestina, o“martelo alagoano”.Companheiro, o PT é tão sublimeQue com ele <strong>um</strong> anão vence <strong>um</strong> giganteTrês formigas são mais que <strong>um</strong> elefanteVítimas jogam pra fora qu<strong>em</strong> fez crimeOprimidos derrotam qu<strong>em</strong> oprimeDois vassalos derrubam <strong>um</strong> rei tiranoE por isto precisa <strong>um</strong> novo planoPra seu voto expressar força e verdadePor TRABALHO, por TERRA e LIBERDADENos dez pés de MARTELO alagoano(...)Um partido que nasce do operárioSe firmou no alicerce do paísÉ <strong>um</strong> fruto que t<strong>em</strong> tronco e raizTraz a crença e a fé d’<strong>um</strong> santuárioEm defesa de <strong>um</strong> mundo igualitárioO PT é o osso e o tutanoÉ a quebra da casca do enganoDos que faz<strong>em</strong> o Brasil feito por nósÉ PT nossa VEZ e nossa VOZNos dez pés de Martelo AlagoanoNo po<strong>em</strong>a “A Construção do Partido dos Próprios Trabalhadores”,de 1980, dávamos o tom do trabalho de educaçãopolítica voltada para a construção partidária:E então não passe maisManteiga <strong>em</strong> venta de gado,Não dê banana a macacoN<strong>em</strong> dê faca e queijo a rato...Em patrão não vá votarPois ele só quer jogarSua caçada no mato.(...)Existe agora o PTQue é dos trabalhadores,Nasceu do ventre das lutasDe operários sofredoresPra ver se nossa políticaQue agora está paralíticaSai das mãos de exploradores.(...)Meu Martelo era <strong>um</strong>a das trêscomposicões que animavam asgreves do ABC. As outras duas eramPra Não Dizer que Não Falei dasFlores e a Internacional59 Teoria e Debate 86 H janeiro/fevereiro 2010