13.07.2015 Views

Uma Abordagem Sistémica à utilização das TIC na Educação Uma ...

Uma Abordagem Sistémica à utilização das TIC na Educação Uma ...

Uma Abordagem Sistémica à utilização das TIC na Educação Uma ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ÍndicesSíntese da problemática .......................................................................................3Motivação e enquadramento ................................................................................5As Escolas com Paredes Digitais......................................................................5Saber como se aprende para se saber ensi<strong>na</strong>r.................................................7Ensino a Distância e e-learning ............................................................................9Conteúdos Educativos ........................................................................................11Do Adaptar ao Produzir Conteúdos.................................................................12Dos Objectos de Avaliação ao Plágio .............................................................21Portabilidade de Conteúdos ............................................................................23Metodologias...................................................................................................25Objectivos Educacio<strong>na</strong>is..............................................................................25Concepção de Conteúdos ...........................................................................25Desenvolvimento de Cursos a Distância .....................................................26Classificação de ambientes de aprendizagem.............................................26Desenho de Interfaces.................................................................................27Qualidade dos Conteúdos...............................................................................28Plataformas de Ensino a Distância .....................................................................30Modelo de Avaliação do e-learning .................................................................33Conclusões .........................................................................................................37Bibliografia ..........................................................................................................421


Faz sentido perguntar como desafio <strong>à</strong>s orientações estratégicas segui<strong>das</strong>:pretende-se continuar a desenhar sites ou é imperioso (re)desenhar asescolas?Certo é que a escola vive hoje sobre pressão em variados planos como sesintetiza <strong>na</strong> Fig. 3.Fig. 3 – A escola sobre pressõesComo resposta <strong>à</strong> pressão social sobre a escola e o sofisticado desvio de culpaque a sociedade contemporânea decidiu fazer, imputando <strong>à</strong> escola asresponsabilidades dos insucessos económicos/sociais, estruturam-se umconjunto de planos fundamentais favoráveis ao desenvolvimento da inovaçãoeducativa (Fig. 4).Fig. 4 – Planos educativos onde se exerce a mudança6


Saber como se aprende para se saber ensi<strong>na</strong>rPor outro lado, teremos de ter também presente que o sucesso <strong>das</strong> inovaçõespedagógicas é condicio<strong>na</strong>do por factores como: a quem se ensi<strong>na</strong>, quecurricula se ensi<strong>na</strong>, como se ensi<strong>na</strong> e como, quando e onde se aprende.Efectivamente sabemos que nem todos aprendemos da mesma forma, desdelogo, pela resultante de diferentes trajectórias, experiências pessoais econhecimentos anteriormente adquiridos. Mas também enquadrados pordiferentes motivações e condicio<strong>na</strong>dos por barreiras psicológicas diversas queeventualmente provocam baixos níveis de auto-estima, ou de auto-confiança:medo do desconhecido, do ridículo, do fracasso. São também importantesfactores condicio<strong>na</strong>ntes de sucesso os tradicio<strong>na</strong>is modelos em que decorre oensino e a aprendizagem (Fig. 5).Fig. 5 – Modelos genéricos de aprendizagemOs contributos da ciência da educação permitem conhecer um pouco o perfil dosformandos (activo, pragmático, reflexivo, teórico) que, articulados <strong>à</strong> tecnologia(knowledge engine), facilitam o processo de ensino e de aprendizagem tendo ematenção os seguintes vectores:• Contexto (ambiente da aprendizagem);• Construção (modelo mental de construção do conhecimento);• Motivação (motivação intrínseca);7


• Competência (as múltiplas inteligências);• Comunidade (diversidade e importância <strong>das</strong> comunidades deaprendizagem).Efectivamente, as ciências da educação têm contribuído para a compreensão decomo se aprende para que seja possível definir estratégias adequa<strong>das</strong> de ensinoconforme a visão sistémica sugerida <strong>na</strong> Fig. 6. Em síntese, o percurso tem sidoo seguinte:• O Behaviorismo surge em 1913 com J. B. Watson que se inspira <strong>na</strong>steorias de Pavlov. O Behaviorismo tem uma evolução após a II GuerraMundial com o contributo de Skinner (a teoria do reforço). Apoiado nestateoria surge a corrente do ensino programado que pretende incorporartecnologia.• As teorias cognitivistas surgem nos anos 50 e 60 com as abordagens deMiller e Piaget. Esta corrente identificada com a «teoria do processamentoda informação» fundamenta os programas computacio<strong>na</strong>is da InstruçãoBaseada em Computador.• Nos anos 70 do século XX, Vygotsky complementa a teoria cognitivistaidentificando factores sociais e culturais que influenciam odesenvolvimento cognitivo. Nasce o construtivismo que vem a encontrar<strong>na</strong> dimensão social da INTERNET o apoio tecnológico de suporte.8Fig. 6 – Os diferenciados planos <strong>das</strong> teorias da educação


Ensino a Distância e e-learningAs gerações de ensino a distância são normalmente estrutura<strong>das</strong> em torno doseixos seguintes:• tecnologia – que permite a distribuição dos conteúdos;• meios de comunicação – que permitem a interacção do formando com ainstituição;• modelo de interacção – unidireccio<strong>na</strong>l ou bidireccio<strong>na</strong>l;• modelo de ensino e aprendizagem.Deste enquadramento resulta, quatro fases de ensino a distância (Quadro 1).Geração Caracterização Tecnologia Interacção1.ª 1880–1970Correspondência Impressão, rádio e TV Unidireccio<strong>na</strong>lInstituição Aluno2.ª 1970–1980Tele-<strong>Educação</strong> Cassetes áudio e vídeo Unidireccio<strong>na</strong>lInstituição Aluno3.ª 1980–1990ServiçosTV (satélite, cabo) e Unidireccio<strong>na</strong>lTelemáticos impressãoInstituição AlunoComunidades Computador, Impressão,Virtuais e e-Learning4.ª 1990–2000Vídeo, CD-ROMINTERNETQuadro 1 – Gerações de ensino a distância 2Bidireccio<strong>na</strong>l interactivaInstituição AlunoAluno AlunoAluno EspecialistasBadrul Khan elaborou um modelo que tem sido por sua vez trabalho pormúltiplos investigadores no sentido de explicitar as várias dimensões do sistemade e-leraning. Dimensões que se podem considerar, por vezes, mais autónomase dimensões com maior interdependência entre si. A Fig. 7 apresenta de formasistémica as dimensões propostas.2 Adaptado de e-learning, e-conteúdos de Jorge Reis Lima e Zélia Capitão, Centro Atlântico,20039


10Fig. 7 – Dimensões do e-learning (adaptado de Badrul Khan)


Conteúdos EducativosA preparação de conteúdos, com qualidade científica e adequada rendibilidadedo meio, sugere a constituição de equipas multi-discipli<strong>na</strong>res dada acomplexidade de competências em causa. Assim sendo, a <strong>utilização</strong> deaplicações informáticas de gestão de trabalho colaborativo poderá serextremamente útil no apoio <strong>à</strong>s equipas de produção de conteúdos.Existem plataformas específicas para o efeito, mas ferramentas de grandedivulgação como o MS/Office permite, progressivamente em cada nova versão,a edição colaborativa de texto, folhas de cálculo, apresentações electrónicas,etc. A realização de mapas conceituais (conceptuais) poderá ser alcançada comferramentas do tipo Cmap (Concept Map, UMAP for Web da Trivium) 3 . A Fig. 8explicita um panorama de exploração desta aplicação que facilita a desig<strong>na</strong>da«gestão do conhecimento», em particular os aspectos inerentes <strong>à</strong> identificação,descrição e comunicação de conceitos.Fig. 8 – Ambiente do CMAP para elaboração de mapas de conceitos3 O CMAP foi criado por John Novak em 1997 - http://cmap.coginst.uwf.edu/11


Naturalmente que estes materiais não acrescentam factores diferenciadoresrelativamente ao suporte tradicio<strong>na</strong>l 5 : o livro. A vantagem mais evidente é afacilidade de actualização e de distribuição. Desta forma, e seguindo esta via,quase imperceptível, colocamo-nos no plano dos primeiros produtores decinema que adaptaram a linguagem teatral ao cinema com uma câmara fixa ecom actores a entrarem e a saírem de ce<strong>na</strong>. O mesmo se passou com aadaptação da banda desenhada ao cinema de animação. Hoje, olhando paraesses filmes eles parecem sem sentido. De facto, os códigos da linguagemassociada ao cinema evoluíram profundamente. Porém, o que se dirá um dia,dos nossos materiais educativos! 6Estes documentos educativos devem permitir a simulação de experiênciasdiversas sem que o estudante corra riscos e consuma recursos dispendiosos 7 .Fig. 10 – Simulação usada no Encarta da MSA situação explorada pelas imagens (Fig. 10 – Simulação usada no Encarta daMS), foi retirada do Microsoft Encarta, e é ape<strong>na</strong>s um elementar exemplo destapossibilidade recorrendo, no caso, a uma animação, para compreender oimpacto do som em diferentes circunstâncias. Efectivamente os meios baseados5Alistair Fraser definiu este processo como SHOVELWARE (documento ou «software»i<strong>na</strong>daptado ao meio)6 The problem is not software "friendliness". It is conceptual clarity. A globe does not say "goodmorning". It is simple and clear, not “friendly". Theodor Nelson7 Em 2003 o Instituto Superior Técnico cria o E-Lab. Primeiro Laboratório Virtual Português quepermite o acesso a alunos do ensino básico de qualquer ponto geográfico, a qualquer dia e aqualquer hora.13


em imagem têm uma força persuasiva especial. Esta constatação não écertamente alheia ao facto da palavra imagem conter a raiz da palavra magia,isto é, a essência daquilo que encanta, seduz e cativa.A interactividade com os conteúdos é fundamental e retira desde logo partido domeio digital. A Fig. 11 ilustra uma exploração simples desta característica noensino da algoritmia. Numa situação similar, em papel, ou aparecia a tabelapreenchida, ou parcialmente preenchida com comentários de apoio e declarificação dos sucessivos passos ou iterações a seguir. No ambiente digital oaluno pode interagir com o objecto educativo e resolver a questão por iteraçõessucessivas com o apoio do sistema informático.14Fig. 11 – Utilização de aplicação em flash para ensino de algoritmiaNo entanto a produção de documentos educativos, recorrendo a produtos degrande divulgação, podem ter uma estrutura e uma arquitectura de exploraçãonão só criativa como suficientemente explícita e adequada para determi<strong>na</strong>doscontextos. Porém é normal que estas ferramentas sejam utiliza<strong>das</strong> de formamuito superficial e até ba<strong>na</strong>l sem o grau de sofisticação que permitem. Um dosexemplos é o resultado dos trabalhos efectuados com recurso <strong>à</strong>s apresentaçõeselectrónicas e, em particular, com PowerPoint. A Fig. 12 mostra um adequadoexemplo de <strong>utilização</strong>, com um processo simples de <strong>na</strong>vegação e um suficientesistema de ligação a documentos de análise complementar disponíveis, neste


caso, num processador de texto e num editor de imagem embutidos num mesmoficheiro.Fig. 12 – Documento Educativo realizado com o PowerPointA produção de conteúdos pode resultar da <strong>utilização</strong> de ferramentas específicaspara o efeito e denomi<strong>na</strong><strong>das</strong> de authoring (ex.: macromedia authorware,Lectora Publisher) 8 , ou através do desenvolvimento de programaçãoconvencio<strong>na</strong>l (Quadro 2).Programação Empresa URLVisual C Microsoft www.msdn.microsoft.com/vbasicVisual Basic Microsoft www.msdn.microsoft.com/vbasicQuadro 2 – Ambientes de desenvolvimento8 Ambiente no qual se estrutura o conteúdo e o algorítmico de exploração para o estudante.15


A integração de conteúdos em ambiente web pode ser feita recorrendo aeditores de webs (Quadro 3).Integração Empresa URLGolive Adobe www.adobe.com/products/goliveDreamWeaver Macromedia www.macromedia.com/software/dreamweaverHomesite Macromedia www.macromedia.com/software/homesiteFrontPage Microsoft www.microsoft.com/frontpageQuadro 3 – Ambientes de produção e de integração de «sites»A <strong>utilização</strong> de esquemas e de diagramas diversos podem também serelementos pedagogicamente úteis a integrar os conteúdos recorrendo, para asua concepção, a aplicações específicas para o efeito (Quadro 4).Diagramas Empresa URLFlowcharter Corel www.igrafx.com/products/flowcharterVisio Microsoft www.microsoft.com/office/visioQuadro 4 – Ferramentas para desenho de diagramasNos conteúdos podem ser incorpora<strong>das</strong> imagens fixas devidamente trata<strong>das</strong> emeditores de imagem e que respeitem, tal como os outros elementos, os direitosde autor (Quadro 5).Tratar Imagem Empresa URLIlustrator Adobe www.adobe.com/products/illustratorPhotoshop Adobe www.adobe.com/products/photoshopCorelDraw Corel www.corel.comPaintShopPro Jasc Software www.jasc.com/products/paintshopproFreeHand Macromedia www.macromedia.com/software/freehandPhotoEditor Microsoft www.microsoft.comQuadro 5 – Editores de ImagemMas também é possível integrar vídeos adquiridos, produzidos e montados comequipamento adequado (Quadro 6), assim como o som (Quadro 7).16Vídeo Empresa URLVirtualdub VirtualDub www.virtualdub.orgPremiere Adobe www.adobe.com/products/premiereFadetoBlack Thoughtman www.thoughtman.comQuadro 6 – Editores de Vídeo


Som Empresa URLNeroMixer Ahead www.nero.comGoldWave Digital Audio Editor GoldWave www.goldwave.comMULTIQUENCE Multitrack Mixer GoldWave www.goldwave.comMusicMatchJukeBox MusicMatch www.musicmatch.comBlaze Media Pro mystikmedia www.mystikmedia.comQuadro 7 – Editores de SomAnimações e simulações podem ser prepara<strong>das</strong> com complexo software (flashda Macromedia). Futuramente serão mais divulgados e aplicados os cenárioselaborados em ambiente de realidade virtual 9 (Newton World, Mawell World,Water on Tap) 10 . Ainda captura de ecrãs de programas informáticos comanotações gráficas, de texto e de áudio como é viável utilizando recursos como oViewletBuilder2 da Qarbon, entre outros, de que se destaca os identificados noQuadro 8.Ferramenta Empresa URLCamtasiaStudio ou S<strong>na</strong>gIt TechSmith www.techsmith.comiTutor SAP www.sap.comProducer 11 Microsoft www.microsoft.comRapidBuilder Xstream Software www.xstreamsoftware.comTutorAuthor TutorPro www.tutorpro.comViewletBuilder2 Qarbon www.qarbon.comWizTIM Wizart www.wizart.comScreenWatchOPTX Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l www.screenwatch.comQuadro 8 – Ferramentas de captura de EcrãsNaturalmente que há aspectos pedagógicos particulares a considerar paraabordagens específicas a determi<strong>na</strong><strong>das</strong> matérias como é o caso da teoria daflexibilidade cognitiva aplicada em discipli<strong>na</strong>s de estudo de línguas. Nesta9 «a realidade virtual não irá ape<strong>na</strong>s substituir a TV. Comê-la-á viva» Arthur C. Clarke10 «Com a realidade Virtual os alunos podem facilmente viajar sobre o sistema solar, entrarnuma célula huma<strong>na</strong>, explorar o interior de um computador, descer o Nilo ou recriar um antigoforte americano.» Marjorie Bisier17


perspectiva, também existem inúmeras aplicações para <strong>utilização</strong> específica emlaboratórios equipados com computadores em rede que permite mostrar oconteúdo do ecrã do professor nos ecrãs dos alunos e/ou ver cada um deles noecrã do professor (www.totemguard.com).As estratégias <strong>na</strong> adopção de tecnologias para a criação de documentoseducativos devem ser condicio<strong>na</strong><strong>das</strong> aos objectivos pedagógicos definidos.Queremos informar, desenvolver competências individuais, competênciastécnicas e sociais? Queremos exami<strong>na</strong>r e certificar essas competências?A complexidade inerente a esta abordagem está compilada <strong>na</strong> Fig. 13 – Adequarrecursos e suportes aos objectivos de ensino e aprendizagem.Fig. 13 – Adequar recursos e suportes aos objectivos de ensino e aprendizagem 12Os consultores da Macromedia, Bersin & Associates 13 apresentam uma idênticatipologia da exposta <strong>na</strong> Fig. 13 que se apresenta no Quadro 9 como perspectivacomplementar. O exemplo presente no quadro ilustra e evidencia a necessidadede recorrer a diferentes estratégias para atingir objectivos diferenciados <strong>na</strong>formação <strong>das</strong> pessoas de uma qualquer organização. No caso «novo modelo decriação de preços» certamente importa para a organização ape<strong>na</strong>s informaralguns dos colaboradores e a outros interessa de facto formá-los nessa eventualnova política e até certificar-se do resultado dessa formação para o êxitocomercial da empresa.1812 Adaptado do White Paper de Elissa Robins sobre o Learning Space da Lotus em 25 de Set. de199713 www.bersin.com


Obviamente que para atingir estes objectivos o ambiente tecnológico envolvidopoderá recorrer a diferentes soluções basea<strong>das</strong> em diferentes media e estaráem causa diferenciados tempos e custos de desenvolvimento.ObjectivoInformarTransferirConhecimentoDesenvolvernovascompetênciasCriar e certificarcompetênciasExemploEste é o novomodelo de preçosque tem sidoanunciado.Eis o novo modelode preços. Verifiquecomo funcio<strong>na</strong> edifere do anterior.Estude o modelo depreços paraprodutos complexospara se especializarno processo.Torne-se umespecialistacertificado emdefinição de preçoscapaz de terautonomia parafazer descontos.Actividade doFormandoLerLer, escutar eresponder aquestõesLer, escutar etestarcompetênciasLer, ouvir,testarcompetênciase certificar-seComprovar aaprendizagemQuem concluiuo processo?Conseguiram?Terãoaprendido? Queresultadosobtiveram?Estãoaprovados ecertificados?Ferramentasadequa<strong>das</strong>E-mail,PowerPointProducerBreezeCamtasiaBreezeLectoraCamtasiaBreeze, Lectora,Camtasia, oucoursewareCoursewarecom testes eexamecertificadoQuadro 9 – Quatro Categorias de E-Learning (adaptado de Bersin & Associates, Julho de 2003)Existem no mercado inúmeras ferramentas para a produção de documentoseducativos com diferente potencial e proporcio<strong>na</strong>l complexidade de exploração.Algumas <strong>das</strong> ferramentas mais divulga<strong>das</strong> estão explicita<strong>das</strong> no Quadro 10.Authoring Tools Empresa URLAuthorware Macromedia www.macromedia.comBreeze Macromedia www.macromedia.com/software/breezeToolbook actualmente Click2Learn Asymetrix www.asymetrix.com eToolbookwww.click2learn.comLectora Publisher Trivantis www.trivantis.comDirector Macromedia www.macromedia.comProducer Microsoft www.microsoftLRN Toolkit Microsoft www.microsoft/elearnSAP Learning Solutions SAP www.sap.comElicitus Elicitus www.elicitus.comReady Go Ready Go www.readygo.comQuadro 10 – Ferramentas para produção de conteúdos19


Procurando ilustrar o ambiente de algumas destas ferramentas as figurasseguintes mostram aspectos globais de desenvolvimento (Fig. 14) e de produtoseducativos concluídos (Fig. 15).Fig. 14 – Ambiente do Producer para elaboração de material didácticoA Fig. 15 – Conteúdos estruturados com o LRN apresenta, parcialmente, umapeque<strong>na</strong> aplicação didáctica sobre esta temática recorrendo a um ambiente queutiliza a tecnologia XML 14 adequada <strong>à</strong> problemática do arquivo e da re<strong>utilização</strong>de conteúdos em múltiplos média.2014 Extensible Markup Language


Fig. 15 – Conteúdos estruturados com o LRNDos Objectos de Avaliação ao PlágioO sistema de ensino e aprendizagem contempla sempre a vertente daavaliação: auto-avaliação, diagnóstico e formativa.Assim sendo, há ferramentas adequa<strong>das</strong> para a criação de diferentes tipos detestes:• preenchimento de espaços (com ou sem sugestões de apoio)• escolha múltipla• verdadeiro/falso• resposta curta• «sopa» de palavras21


• «palavras cruza<strong>das</strong>»• correspondência entre itensO Hotpotatoes (da Universidade de Victória, no Ca<strong>na</strong>dá), ou o MacromediaAuthorware (Quadro 11 ) possuem um ambiente <strong>na</strong>tivo <strong>à</strong> produção de pági<strong>na</strong>sde testes de avaliação que depois podem ser incorporados no ambiente on-linee, em alguns casos, <strong>na</strong>s plataformas de ensino a distância.Ferramenta Empresa URLHotpotatoesUniversidade de Victória web.uvic.ca/hrd/hotpotAuthorware Macromedia www.macromedia.comQuestionMark Software Integral www.software-integral.comQuadro 11 – Aplicações para desenvolvimento de testesO Authorware da Macromedia tem um sofisticado e completo ambiente paradesenvolvimento de testes de avaliação e de material didáctico (Fig. 16).22Fig. 16 – Ambiente do Authorware da MacromediaNum modelo de ensino a distância o processo de avaliação é complexo esensível <strong>à</strong> possibilidade de fraude. Normalmente a avaliação é presencial com a


ealização da apresentação de trabalhos e de exames formais. A componente deavaliação a distância situa-se no plano da elaboração de projectos, daparticipação em fóruns, da interacção em grupo, tudo controlado pela aplicaçãode e-learning.O Quadro 12 identifica alguns dos organismos que a<strong>na</strong>lisam a problemática do(dês)controlo do plágio face <strong>à</strong> facilidade de acesso a múltiplas fontes deinformação que a INTERNET propicia.Organismo e MissãoPlagiarism.com – detectar oplágio <strong>na</strong> netPlagiarism.org – recurso paraos educadores reflectiremsobre o crescimento dofenómeno <strong>na</strong> INTERNETPlagiarized.com – Guia paraformadoresEVE (Essay VerificationEngine) – sistema de pesquisade texto em ficheiros deaplicações Microsoft e CorelAcademic Integrity –Associação de Instituições quepromovem em conjunto aidentificação de valores éticosWhat is Plagiarism? – Guiasobre o tema coorde<strong>na</strong>do pelaUniversidade GeorgetownAvoiding Plagiarism –Tópicos sobre o temacoorde<strong>na</strong>do pela Universidadeda CalifórniaURLwww.plagiarism.comwww.plagiarism.orgwww.turnitin.comwww.plagiarized.comwww.canexus.comwww.academicintegrity.orgwww.georgetown.edu/honor/plagiarism.htmlsja.ucdavis.edu/avoid.htmQuadro 12 – Grupos de apoio <strong>à</strong> reflexão sobre plágioPortabilidade de ConteúdosA evolução do e-learning tem sido acompanhada do esforço de criação destandards, nomeadamente, no plano da inter-operacio<strong>na</strong>lidade e daespecificação de conteúdos. Este processo vem sendo liderado por diversosorganismos mundiais.23


O Departamento de Defesa Norte Americano (Unites States Departament ofDefense) foi pioneiro <strong>na</strong> pesquisa que facilitasse a re<strong>utilização</strong>, portabilidade,acessibilidade e duração dos objectos de aprendizagem. Assim sendo,conjuntamente com a White House Office of Science and Technology lançou, em1997 a ADL (Advanced Distributive Learning). Outras organizações procuramtambém desenvolver standarts de que se destacam o IEEE-LTSC (LearningTechnology Standarts Committee – www.ltsc.ieee.org) e o AICC (AviationIndustry CBT (Computer Based Training) Committee – www.aicc.org).É desta iniciativa entre o sector público e o privado que se procura desenvolvernormas e standarts que permitam fazer evoluir o Ensino a Distância. Daquiresulta o programa SCORM (Sharable Courseware Object Reference Model)desenvolvido após o verão de 2000 (www.adlnet.org). Esta iniciativa, pelanotoriedade dos seus proponentes e pela missão integradora e agregadora quepersegue terá forte impacto no futuro do e-learning.Por outro lado, Instituições de Ensino, Governos e Empresas criaram a iniciativaIMS (Instructio<strong>na</strong>l Ma<strong>na</strong>gement Project www.imsproject.org) para a adopção deum metadata (forma normalizada de descrever o conteúdo dos objectos deaprendizagem) constituída por especificações técnicas que permitam a interoperacio<strong>na</strong>lidadede recursos educativos. Este sistema enquadra campos queinclui o nível de aprendizagem, os objectivos e os objectos educacio<strong>na</strong>is,informação de copyright, autor, assunto, registo do estudante, etc.Em síntese, as iniciativas de normalização desenvolvem-se nos três domíniosseguintes: Portabilidade do conteúdo, Gradualidade e Inter-operacio<strong>na</strong>lidade.A portabilidade diz respeito <strong>à</strong> capacidade de desenvolver conteúdosindependentemente da plataforma. Por sua vez o vector da gradualidade procuradefinir a normalização no plano dos objectos de aprendizagem enquanto que ainter-operacio<strong>na</strong>lidade define o modelo de dados adequado <strong>à</strong> partilha entre asdiferentes plataformas.24


MetodologiasA experiência e a investigação tem conduzido a varia<strong>das</strong> e complementaresmetodologias, em particular, nos planos da definição de objectos de ensino e deaprendizagem, de estruturação de conteúdos, do desenvolvimento de cursos adistância e do desenho de interfaces.Objectivos Educacio<strong>na</strong>isSão vários e importantes os planos que interferem nos objectivos educacio<strong>na</strong>is.Porém os cognitivos têm merecido provavelmente maior atenção face aosafectivos e psicomotores. O Quadro 13 apresenta uma síntese <strong>das</strong> principaistaxionomias.ConhecerCompreenderAplicarA<strong>na</strong>lisarSintetizarAvaliarBloom (1956) Gagné Reigeluth e MooreInformação verbal(Conhecimento Declarativo)Aptidões intelectuais(saber fazer)Estratégias cognitivas(apreender a aprender)MemorizarRelacio<strong>na</strong>rAplicarAplicar aptidões genéricasQuadro 13 – Taxinomia dos objectos de ensino e aprendizagem (ver nota 2)Concepção de ConteúdosA orientação <strong>na</strong> concepção de conteúdos educativos recebe variadíssimoscontributos sendo os incluídos no Quadro 14 dos mais representativos.ModeloCLE 15 – Jo<strong>na</strong>ssenOLE 16 – Han<strong>na</strong>fin, Land e OlivierSOI 17 – MayerARCS 18 – John KellerDescriçãoResolução de problemas, questões e projectosResolução de problemasInstrução directaMotivação do AlunoQuadro 14 – Modelos de Orientação <strong>na</strong> Concepção de ConteúdosOs cursos podem corresponder a uma determi<strong>na</strong>da temática no caso daformação profissio<strong>na</strong>l ou, possuir uma estrutura em discipli<strong>na</strong>s, no modelo mais15 Constructivist Learning Environments16 Open Learning Environments17 Selecting, Organizing, Integrating18 Attention, Relevance, Confidence and Satisfaction25


clássico e académico. Assim sendo, a estruturação dos conteúdos <strong>das</strong>discipli<strong>na</strong>s sofre variantes em torno de vectores como: unidades, sessões(lições), tópicos e síntese (que pode corresponder a capítulos, sub-capítulos,unidades de aprendizagem e resumo no suporte papel). Os tópicos podem, porsua vez, serem estruturados numa visão geral do conteúdo, <strong>na</strong> explicitação doconteúdo, <strong>na</strong> síntese e <strong>na</strong> avaliação.Desenvolvimento de Cursos a DistânciaAs metodologias para desenvolvimento de conteúdos para a exploração emambientes off e on-line são diversas assim como para o desenvolvimento decursos a distância, que concretamente, se apresenta no Quadro 15. A evoluçãotem-se verificado <strong>na</strong> passagem de modelos de planeamento sequenciais paramodelos de planeamento que procuram integrar múltiplas competências e asperspectivas construtivistas.ModeloKemp, Morrison e RossADDIE – A<strong>na</strong>lysis, Design,Development,Implementation, EvaluationR2D2 – Reflective,Recursive, Design andDevelopmentSmith e RaganSínteseNecessidades / Tipo de alunos / ActividadesObjectivos / Sequência / Estratégias EnsinoConteúdos / Distribuição / Método de Avaliação / RecursosAnálise (Necessidades dos alunos e Tarefas)Desenho (Objectivos Sequência e Estratégias)Desenvolvimento (construção conteúdos)Implementação (Distribuição) e Avaliação (Formativa e Sumativa)Desenho e Desenvolvimento numa só fase e num processorecursivoAnálise, Desenvolvimento e EstratégiaQuadro 15 – Modelos de Desenvolvimento de CursosClassificação de ambientes de aprendizagemA tentativa de classificar e avaliar produtos educativos disponíveis no mercadoou produzidos por docentes <strong>na</strong> sua actividade profissio<strong>na</strong>l ou de investigaçãopode ser realizado com apoio da taxinomia disponível (Quadro 16).ModeloBipolarMendelsohn (1991)Ferguson (1992)Jo<strong>na</strong>ssen (1996)SínteseComputador Tutor / Computador FerramentaO ambiente e os objectivos de aprendizagemControlo do aprendiz sobre a actividadeAprender a partir dos computadores (comp.)Aprender sobre comp. / Aprender com comp. (mindtools)Quadro 16 – Taxinomia dos ambientes de aprendizagem26


Desenho de InterfacesO desenho de interfaces (Quadro 17) e a concepção da interactividade temmerecido intensa investigação <strong>na</strong>s aplicações mais genéricas e, em particular,<strong>na</strong>s educativas. Os trabalhos genéricos de Nielsen (www.nielsen.com)apresentam detalhes que contribuem para um adequado desenho de interfaces.Este facto mostra que como é i<strong>na</strong>dequada a estratégia de se converterdocumentos concebidos para suporte papel em documentos digitais.OrientaçõesModeloRecomendaçõesGlobais do siteRecomendaçõesGlobais relativosaos elementosDesig<strong>na</strong>çãoSintáctico-SemânticoObjecto - Acção de Ben ShneidermanUsabilidade de Nielsen e HCI 19– Fácil de aprender / Eficiente para usar / Fácil de lembrar– Pouco sujeito a erros / Agradável de usarConsistência: Visual / Conceptual / MecânicaResolução ecrãDimensão de Ficheiros para CarregamentoEvitar utilizar frames (quadros)Espaço flexível e escalávelTexto:síntese, pági<strong>na</strong>s peque<strong>na</strong>s (ler em ecrã é 25% mais lento)se tiverem de ser longos então usar múltiplas pági<strong>na</strong>sestruturar por níveisser objectivo (uma ideia por parágrafo)texto sem brilho e movimentoalinhar <strong>à</strong> esquerdaLegibilidade (o contrário do suporte em papel):Usar fontes sem cerifas e com tamanho mínimo 10. Se títulos em grandepode ter cerifasCor:Tirar partido dos contrastes e proporcio<strong>na</strong>r o equilíbrioAcessibilidade para as crianças e deficientesGráficos:Tempo de carregamentoGIF – para ter transparência e superfícies com pouca mudança de corJPEG – para qualidade fotográficaGráficos 3D – pouco eficazesAnimações – Importantes, dificuldade do carregamento (largura de banda)Áudio – completa informaçãoVídeo – produção e distribuição complexa <strong>na</strong> webEstrutura daInformaçãoMetáforasTipologia <strong>das</strong> hiperligaçõesCoresEstendida – comprimidaRéplica do espaço realCategorias de informaçãoQuadro 17 – Modelos e Recomendações para Desenho de interfaces19 Human-Computer Interaction27


Qualidade dos ConteúdosPeter Baumgartner e Sabine Payr salientam os 12 seguintes elementoscaracterizadores da qualidade dos documentos educativos:Rigor Científico – o material é actualizado e sem erros técnicos ecientíficos?Relevância – corresponde <strong>à</strong>s necessidades reais do utilizador? Oconteúdo, <strong>na</strong> área a que se desti<strong>na</strong>, é relevante para professores ealunos?Abrangência – o documento cobre uma área significativa dos assuntosda área em questão?Interactividade – o documento é fortemente interactivo motivando ointeresse e o estudo? (partindo do paradigma de que a interactividademotiva o interesse e consequentemente o estudo).Aprendizagem – os objectivos de aprendizagem definidos podem serdevidamente alcançados? A organização e estruturação dos conteúdosestão elabora<strong>das</strong> de forma a suportar o processo necessário <strong>à</strong> actividadede aprendizagem?Usabilidade – o documento é adequado ao grupo alvo a que se dirige,podendo ser utilizado/explorado de uma forma simples <strong>na</strong>s plataformasmais vulgares?Navegabilidade – a estrutura de <strong>na</strong>vegação do programa é constante emtodos os seus segmentos e unidades? As reacções do programa <strong>à</strong>exploração do utilizador são igualmente idênticas <strong>na</strong>s possíveis ediferentes situações? Outro requisito importante afecto <strong>à</strong> <strong>na</strong>vegabilidadeserá a facilidade que o utilizador terá de, em cada circunstância, perceberonde se encontra e quais são as acções ou funções que tem disponíveis.Documentação – a documentação de apoio é clara e possui uma fortecomponente complementar em linha devidamente adequada ao públicoalvo?Interface – o software obedece a requisitos de ergonomia seguindo oscritérios conhecidos de desenho de interfaces? Os conteúdos e as28


funções estão claramente presentes e organiza<strong>das</strong> no ecrã para uma fácil<strong>utilização</strong>?Rentabilizações do Meio – as actividades suporta<strong>das</strong> pelo documentono âmbito do ensino, ou da aprendizagem, permitem uma exploraçãoeducativa que de outro modo não seria facilmente concretizada? Sendoassim, as múltiplas características próprias do meio devem serconsidera<strong>das</strong>.Adaptabilidade – o documento permite uma fácil actualização eadaptação a diferentes contextos de ensino aprendizagem? A suaportabilidade para <strong>utilização</strong> em diferentes países com línguas e planoscurriculares distintos é outro requisito consagrado? (factor enquadradonuma perspectiva glocal da exploração do documento).Inovação – o documento contribui claramente com novas formas deexploração de recursos e capacidades de ensi<strong>na</strong>r e de aprender?29


Plataformas de Ensino a DistânciaAs «plataformas» de ensino a distância são sistemas tecnológicos integradosque proporcio<strong>na</strong>m aos tutores e docentes, aos alunos e <strong>à</strong> instituição, a gestão doseu sistema de ensino e de aprendizagem. Há, nestas plataformas desig<strong>na</strong><strong>das</strong>por LMS – Learning Ma<strong>na</strong>gement Systems - Sistemas de Gestão Integrados daAprendizagem, uma profunda semelhança com o conceito empresarial de ERP -Enterprise Resource Planning (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial).O projecto Web Education System Project (web-edu) apoiado pelo programaeuropeu Leo<strong>na</strong>rdo da Vinci propõe dois modelos de arquitectura para ossistemas de educação on-line: o modelo Jigsaw e o modelo Hub 20 (Fig. 17 e Fig.18).Fig. 17 – Modelo HUBEsta arquitectura, inspirada <strong>na</strong>s funções do hub em redes locais, coloca osistema de Gestão Académica como ponto central. De facto, é a área de maiortradição dos sistemas de informação com <strong>utilização</strong> de sistemas informáticos. Aprodução de conteúdos, a gestão da aprendizagem (LMS-Learning Ma<strong>na</strong>gement3020 Projecto web-edu (http://home.nettskolen.com/~morten – Morten Flate Paulsen)


System 21 ), os sistemas de gestão administrativa (fi<strong>na</strong>nceira), o sistemaprospectivo (dimensão comercial no marketing e ven<strong>das</strong>), a logística(distribuição de conteúdos: livros, CD-ROM), o CRM (Costumer RelationMa<strong>na</strong>gement System – gestão do relacio<strong>na</strong>mento/atendimento a cliente) eoutros eventuais sistemas são, neste modelo, contemplados.Numa perspectiva empresarial a formação e o treino promovido com recurso <strong>à</strong>componente do e-learning deve permitir que os blocos fundamentais dos LMS seestendam <strong>à</strong> gestão dos recursos humanos, ao marketing (através da cadeia dedistribuidores, etc).Este modelo em hub adequa-se a grandes escolas e organizações com umaaposta <strong>na</strong> educação on-line de grande dimensão.Por sua vez o modelo Jigsaw (Fig. 18) apela <strong>à</strong> necessária integração ecomplementaridade <strong>das</strong> diferentes componentes (do puzzle), mas tem uma<strong>na</strong>tureza menos ampla e complexa. As várias áreas descritas <strong>na</strong> figura têmequivalência ao anteriormente exposto sobre as áreas afins.Fig. 18 – Modelo Jigsaw (Projecto web-edu)21 Sistemas que organizam e providenciam o acesso a serviços de aprendizagem on-line paraestudantes, professores e funcionários incluindo a gestão de conteúdos, ferramentas decomunicação e de avaliação.31


Estas arquitecturas são segui<strong>das</strong> pelas desig<strong>na</strong><strong>das</strong> plataformas tecnológicas deforma parcial e sobretudo centra<strong>das</strong> nos LMS.O mercado apresenta um elevado leque de oferta de plataformas de e-learningcom origem académica ou comercial. O Quadro 18 identifica algumas <strong>das</strong>opções mais divulga<strong>das</strong>.Plataforma Empresa URLBlackboard Blackboard www.blackboard.comCentra Symposium Centra www.centra.comCourseWriter Darryl L. Sink www.dsink.comDesignWare Langevin Instructio<strong>na</strong>l www.langevin.comDocent Docent Inc www.docent.comeToolkit Ecollege www.ecollege.comFirstClass Centrinity www.softarc.comFormare PT-Inovação www.formare.ptGentle-WBT Austrian Research Centers wbt.iicm.eduLearningSpace Lotus – IBM www.learningspace.orgLearnLinc Mentergy www.mentergy.comMentorware Mentorware Inc www.mentorware.comMTS Fraunhofer Institute igd.fhg.deQS-Media Convex www.convex.ptTopClass WBT Systems www.wbtsystems.comTrainersoft Micromedium micromedium.comTWT ESB-UCP www.mytwt.net/centerWebCT WebCt www.webct.comQuadro 18 – Algumas <strong>das</strong> principais plataformas de e-learning<strong>Uma</strong> perspectiva limitada do ambiente que um estudante pode encontrar numadestas plataformas está ilustrado pela Fig. 19. Normalmente o estudante temacesso aos cursos ou a discipli<strong>na</strong>s disponíveis on-line a que se encontra inscrito.Em cada discipli<strong>na</strong> tem acesso ao plano de estudo, ao calendário de actividadespormenorizadamente definido e aos materiais educativos sugeridos. Temtambém acesso <strong>à</strong> marcação de sessões síncro<strong>na</strong>s por vídeo-conferência, parapartilha (ou demonstração) de aplicações específicas e, por vezes, acesso a um«quadro branco» partilhado. Pode também aceder a momentos de discussão por«chat» com os seus pares ou tutores e enviar e receber mensagens de correioelectrónico. Outros serviços estão disponíveis como a possibilidade de fazer ocarregamento (upload) de ficheiro com trabalhos.32


Fig. 19 – Ambiente global para o estudante do LearningSpace da LotusModelo de Avaliação do e-learningNo plano relativo <strong>à</strong> avaliação existem diferentes propostas metodológicas para aavaliação do ensino a distância e do e-learning. É possível elaborar um quadrode referência, que enquadra os diferentes contributos em três eixosfundamentais:• Organizacio<strong>na</strong>l• Tecnológico• PedagógicoEsta abordagem resulta da análise a múltiplas situações práticas onde emergeas entidades envolvi<strong>das</strong> e os objectivos de adopção de sistemas de ensino adistância explicitados. Esta diversidade de necessidades e de motivações impõea emergência de diferentes modelos de avaliação dos sistemas. Modelosorientados para o mercado e para a satisfação dos utilizadores, modelos33


aseados <strong>na</strong>s plataformas tecnológicas e, como tal, essencialmente nos seusserviços e no desempenho. Fi<strong>na</strong>lmente, modelos sistémicos <strong>na</strong>turalmente maisabrangentes nos seus eixos de análise e de avaliação.Os modelos não são de fácil aplicação universal da<strong>das</strong> as diferenças de culturatecnológica, de matérias em causa, de graus de ensino e de acessibilidade <strong>à</strong>Internet (especificamente a problemática da largura de banda adequada ao fimem causa).Temos assim projectos centrados numa vertente organizacio<strong>na</strong>l 22 de previsão daadopção da tecnologia que propõe quatro eixos de análise (4Es):• Environment• Educatio<strong>na</strong>l Efectiveness• Ease of Use• EngagementModelos globais, como o, já citado, projecto web-edu 23 , com propostas deanálise em torno de 6 eixos fundamentais:• Desenvolvimento do curso• Apoio ao aluno• Apoio ao professor/formador/tutor• Administração do sistema• Tecnologia• PreçoSendo a educação um processo de comunicação, outros modelos centram-se <strong>na</strong>exploração pedagógica <strong>das</strong> estruturas de comunicação mediada por computadora<strong>na</strong>lisando quantitativamente e qualitativamente as mensagens troca<strong>das</strong> emtorno de 5 eixos:• Tema (matéria em estudo)3422 http://projects.edte.utwente.nl/4emodel23 http://www.nettskolen.com/in_english/webedusite


• Gestão (do trabalho colaborativo)• Organização (relativo ao curso)• Tecnologia• SocialComplementarmente outros modelos estudam a comunicação produzida pelosprofessores/formadores em torno de 3 categorias 24 :• Funções de contextualização• Funções de controlo• Funções globaisExistem muitas outras propostas de âmbito mais abrangente ou de âmbito deavaliação mais restrito. A proposta da Michigan Virtual University 25 , entrediversas, enquadra-se <strong>na</strong>s sugestões de amplitude global:• <strong>Educação</strong> Pedagogia Metodologia construtivista• Institucio<strong>na</strong>l Modelo Kirkpatrick ROI• Industria <strong>das</strong> Plataformas Re<strong>utilização</strong> SCORM• Especialistas Web24 Estebaranz25 standarts.mivuorg/iti.ppt35


Tecnologia Usabilidade dos espaçosFactor fundamental de todo o processo é certamente o mecanismo decomunicação entre os membros da comunidade, em particular no que se refereaos planos cognitivos e culturais relativos ao processamento <strong>das</strong> mensagens. Éa capacidade cognitiva que condicio<strong>na</strong> a classificação, a comparação e aintegração <strong>das</strong> mensagens. No plano cultural coloca-se a problemática deidentificar, reconhecer e diferenciar os conceitos.Nas conclusões procuramos integrar e sintetizar algumas <strong>das</strong> perspectivas aquienumera<strong>das</strong> e identificar itens essenciais no desenvolvimento e <strong>na</strong> avaliação deprojectos de b-learning e de e-learning.Importante será não descurar o grau de satisfação dos estudantes e dosformandos no plano da funcio<strong>na</strong>lidade, do apoio institucio<strong>na</strong>l e pedagógico,assim como da qualidade global dos conteúdos.36


ConclusõesModelos de adopção de tecnologias podem contribuir para a tomada dedecisões estratégicas pela <strong>utilização</strong> de modelos de b-learning, ou outros,devidamente enquadrados pela ética. Modelos adequados ao desenvolvimentode e-conteúdos que incorporem a estruturação da informação, o desenho <strong>das</strong>interfaces, a interactividade e a re<strong>utilização</strong> devem ser condicio<strong>na</strong>dos pelosmodelos pedagógicos adoptados. O desenvolvimento de cursos pode, e deve,ser apoiado e avaliado com recurso a metodologias conheci<strong>das</strong>.Do ponto de vista institucio<strong>na</strong>l é importante avaliar componentes estratégicas ede arquitectura do sistema de informação no seguimento <strong>das</strong> sugestõesconsubstancia<strong>das</strong> <strong>na</strong>s figuras Fig. 17 e Fig. 18.Estratégia:• Eficácia educativa;• Marketing (sistema prospectivo);• Ética;Arquitectura:• Gestão Integrada:Integração Institucio<strong>na</strong>l (admissão de alunos, faculdade, curso,grau, conta, logística);Afectação de Recursos Humanos e sua actualização;Os responsáveis institucio<strong>na</strong>is estão certamente atentos ao necessário retornodo investimento realizado em sistemas de informação baseados em tecnologia eem pessoas através da formação (ROI – Return-On-Investment). Nesta fase,muitas organizações encaram o ROI relativo ao e/b-learning em áreas sensíveiscomo sejam a produção e as ven<strong>das</strong>. Porém, um enquadramento global destamodalidade de educação e de formação deve atender ao perfil antropológico e37


cultural dos participantes. Desde logo, os clássicos manuais de «boas práticas»adoptados num país nórdico terão, eventualmente, um impacto diferenciado <strong>das</strong>ua aplicação num país mediterrâneo. A articulação desta realidade com avertente pedagógica não pode deixar de ser feita procurando uma adequa<strong>das</strong>ocialização dos participantes com o modelo de funcio<strong>na</strong>mento da formação.A dimensão cultural assume particular importância numa formação global que seestenda a colaboradores/estudantes localizados em diferentes países.A dimensão ética referida deve integrar também esta diversidade social,geográfica e cultural. No plano da privacidade o utilizador do sistema deve tercontrolo sobre a informação que é dada e manipulada sobre de si próprio <strong>na</strong>linha da norma ISO 7498-2, 1989. A confidencialidade tem um forte impacto noplano da interacção entre os sujeitos através de serviços tecnológicos como sejao correio electrónico.O Quadro 19 – Factores Genéricos de Avaliação da Componente Pedagógica eo Quadro 20 – Factores Pedagógicos Específicos sistematizam factoresgenéricos de <strong>na</strong>tureza pedagógica a observar num projecto de e-learning.38


Pedagogia – Factores GenéricosFactorCoorde<strong>na</strong>ção Pedagógica• Socialização dos participantescom o curso• Estudo do perfil dosdesti<strong>na</strong>tários• Inquéritos pedagógicosPapéis do docente• Organização científica dadiscipli<strong>na</strong> / módulo• Funções decontextualização• Funções de controlo• Funções globais (motivação,tutoria activa)Conteúdos e contextos• Credibilidade• Clareza• Exactidão• Abrangência• ActualidadeActividades globais• Aulas síncro<strong>na</strong>s• Estudo de Casos• Projecto• Pesquisa e debateDescriçãoInquérito (activo, pragmático, reflexivo, teórico)Classificar conteúdos:Estrutura, apresentação, interactividade, aulasprática, trabalho de equipa e avaliaçãoAvaliar Programa:Objectivos, aplicabilidade, conteúdos, duraçãoArticulação docente com monitores e suportetecnológico.Papéis específicos a desempenharem com os alunos.Estratégias de tutoria:Passiva / ActivaAutomatiza<strong>das</strong> (knowledge engine-redução decustos)Construção de cenários autênticosMomentos de aprendizagem ou oportunidades deaprendizagem colaborativa?Partilha de trabalhos de anos anterioresInteracção desenvolvidaNível de participação dos alunos:• matérias pergunta, coloca problemas, pede, dá informação oucomenta• gestão da colaboração normas, regras, estruturação agenda,responsabilização, verificação presenças, iniciativa• questões tecnológicas adequação <strong>das</strong> ferramentas e falhas técnicas• comentários sociais animar a participação: saudações, felicitações, pia<strong>das</strong>,apoio...Meios de comunicação preferenciais:• e-mail / fóruns• chat / vídeo conferência• quadroFactores de influência <strong>na</strong> participação:• problemas técnicos• nr.º de elementos• actividades propostas• conteúdo em estudoPublicar opinião ou veiculá-la de forma mais reservada?Partilha simultânea de objectos?DificuldadesElementos simultaneamente presentesNatureza <strong>das</strong> actividadesConteúdo e objectosQuadro 19 – Factores Genéricos de Avaliação da Componente Pedagógica39


Pedagogia – Factores EspecíficosFactorOrganização <strong>das</strong> matérias• unidade:- objectivos- sessão- tópicos- síntese- avaliaçãoObjectivos da Formação• Bloom• Gagné• Reigeluth e MooreConcepção de conteúdos• Estratégias de motivação• MultimédiaQualidade dos documentos educativos• rigor científico• relevância• abrangência• interactividade• aprendizagem• usabilidade• <strong>na</strong>vegação• documentação• interface• rentabilização do meio• adaptabilidade• inovaçãoInterface• Usabilidade do espaço• Exploração doc. educativosAvaliação Específica• Diagnóstico• Fi<strong>na</strong>l• InstrumentosAvaliação Genérica• Certificação• Controlo de Plágio• Resultados (taxas sucesso)Taxinomias Quadro 13DescriçãoOrientação <strong>na</strong> criação de conteúdos (Quadro 14)Adequação ao Perfil do formando com a construção detemplates:• Activo• Pragmático• Reflexivo• TeóricoEx.: Questionário VARK (www.active-learningsite.com/invenrory1.html)Quadro 17Coerência com objectivos, actividades, recursosObjecto / InstrumentosObjectivos / Desti<strong>na</strong>táriosMomentosQuadro 20 – Factores Pedagógicos EspecíficosNo Quadro 21 – Factores de Avaliação da Componente Tecnológica existemitens de interesse pedagógico, mas que aqui são explicitados no sentido de seavaliar se a plataforma tecnológica seleccio<strong>na</strong>da contempla, ou não, a suaexistência.40


TecnologiaFactor Descrição ObservaçãoCriação de Conteúdos• Conteúdo Educativo Authoring, Editores (doc, html, pdf), imagens, gráficos,esquemas, simulação, animação, vídeo• Objectos de Avaliação Escolha múltipla, associar, completar (frases e puzzles),Verd/Falso, Resp. Curtas, palavras cruza<strong>das</strong>, identificarfigurasGestão de Conteúdos Os mesmos conteúdos para diferentes cursos• Diferentes Cursos Gestão de Múltiplos conteúdos para diferentes curricula• Múltiplas Plataformas PDA, Browser• Múltiplo Media Digital, orgânicoFerramentas de Aprendizagem• Exploração dedocumentosAcessibilidade, notas pessoais, multimédiae segurança incorporada• recursos assíncronos e-mail, fora, newsgroups, upload dedocumentos• recursos síncronos Chat, voice-chat, whiteboard, aplicaçõescom partilha de ficheiros, vídeoconferência, group browsing• ferramentas para oestudanteControlo da aprendizagem, controlo deprogresso, pesquisaSistema de Gestão da Aprendizagem• curso Planeamento, gestão, perso<strong>na</strong>lização,acompanhamento• lições Facilidades de criação da sequência <strong>das</strong>lições, formatação de conteúdos, sistemasde avaliação, acesso dos alunos atrabalhos anteriores• dados Notificação de novidades, gestão deregistos relacio<strong>na</strong>dos, estatísticas deaproveitamento• docência Partilha e gestão do conhecimento entre osdocentes, criação e gestão de equipas,sistema de ajuda• administração sistema Instalação, níveis de acesso, registo,integração, sistemas pagamento,segurança, recuperação, acesso local eremoto• ajuda Ao estudante e instrutor• Estatísticas Da actividade do estudanteInformação Técnica• plataformaEspecificações técnicas sobre os• plataforma cliente servidores e acesso aos mesmos• preço• limitaçõesQuadro 21 – Factores de Avaliação da Componente TecnológicaCrianças esujeitos comproblemas deacessibilidadeGroove, CMAP41


BibliografiaSantos, Ar<strong>na</strong>ldo, Ensino a Distância e Tecnologias da Informação, FCA, 2000Lima, Jorge Reis, Capitão, Zélia, E-Learning - e-Conteúdos, Centro Atlântico, 2003Keegan, Desmond, vários, e-learning, INOFOR, 2002Lagarto, José Reis, Ensino a Distância e Formação Contínua, INOFOR, 2002Breve GlossárioADL - Advanced Distributive LearningAICC - Aviation Industry CBT (Computer Based Training) CommitteeAVI – Audio Video InterleaveBBS - Bulletin Board ServicesCRM - Costumer Relation Ma<strong>na</strong>gement SystemFIF – Fractal Image FileHTML - Hyper Text Markup LanguageIEEE-LTSC -Learning Technology Standarts CommitteeIMS - Instructio<strong>na</strong>l Ma<strong>na</strong>gement ProjectJPEG - Joint Photographic Expert GroupLCMS – Learning Content Ma<strong>na</strong>gement SystemLMS – Learning Ma<strong>na</strong>gement SystemsMetadata - forma normalizada de descrever o conteúdo dos objectos de aprendizagemMOO - Mud Object OrientedMPEG - Motion Pictures Experts GroupMUD - Multiple User DungeonMUSH - Multiple User Share Halluci<strong>na</strong>tionsPNG – Portable Network GraphicSCORM - Sharable Courseware Object Reference ModelShovelware - documento «software» i<strong>na</strong>daptado ao meioVRML - Virtual Reality Markup LanguageXML - Extensible Markup Language42

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!