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quadros psiquiátricos; outras encefalites virais, especialmente as causadas por outros rab<strong>do</strong>vírus;e tularemia. Cabe salientar a ocorrência <strong>de</strong> outras encefalites por arbovírus e intoxicações pormercú<strong>rio</strong>, principalmente na região amazônica, apresentan<strong>do</strong> quadro <strong>de</strong> encefalite compatível como da raiva.É importante ressaltar que a anamnese <strong>do</strong> paciente <strong>de</strong>ve ser realizada junto aoacompanhante e ser bem <strong>do</strong>cumentada, com <strong>de</strong>staque <strong>para</strong> sintomas prodrômicos, antece<strong>de</strong>ntesepi<strong>de</strong>miológicos e vacinais. No exame físico, frente à suspeita clínica, observar atentamente ofácies, presença <strong>de</strong> hiperacusia, hiperosmia, fotofobia, aerofobia, hidrofobia e alterações <strong>do</strong>comportamento.Diagnóstico laboratorialA confirmação laboratorial em vida, <strong>do</strong>s casos <strong>de</strong> raiva humana, po<strong>de</strong> ser realizada pelométo<strong>do</strong> <strong>de</strong> imunofluorescência direta (IFD) em impressão <strong>de</strong> córnea, raspa<strong>do</strong> <strong>de</strong> mucosa lingual(swab) ou teci<strong>do</strong> bulbar <strong>de</strong> folículos pilosos, obti<strong>do</strong>s por biópsia <strong>de</strong> pele da região cervical(procedimento que <strong>de</strong>ve ser feito por profissional habilita<strong>do</strong> mediante o uso <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong>proteção individual/EPI).A sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas provas é limitada e, quan<strong>do</strong> negativas, não se po<strong>de</strong> excluir apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infecção. A realização da autópsia é <strong>de</strong> extrema importância <strong>para</strong> a confirmaçãodiagnóstica. O sistema nervoso central (cére<strong>br</strong>o, cerebelo e medula) <strong>de</strong>verá ser encaminha<strong>do</strong> <strong>para</strong>o laborató<strong>rio</strong>, conserva<strong>do</strong> preferencialmente refrigera<strong>do</strong> em até 24 horas, e congela<strong>do</strong> após esteprazo. Na falta <strong>de</strong> condições a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> refrigeração, conservar em solução salina comglicerina a 50%, em recipientes <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s rígidas, hermeticamente fecha<strong>do</strong>s, com i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> material <strong>de</strong> risco biológico e cópia da ficha <strong>de</strong> notificação ou <strong>de</strong> investigação. Não usar formol.O diagnóstico laboratorial é realiza<strong>do</strong> com fragmentos <strong>do</strong> sistema nervoso central através dastécnicas <strong>de</strong> IFD e inoculação em camun<strong>do</strong>ngos recém-nasci<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong> 21 dias.TratamentoIn<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> ciclo, não existe tratamento específico <strong>para</strong> a <strong>do</strong>ença. Por isso, aprofilaxia pré ou pós-exposição ao vírus rábico <strong>de</strong>ve ser a<strong>de</strong>quadamente executada. O paciente<strong>de</strong>ve ser atendi<strong>do</strong> na unida<strong>de</strong> hospitalar <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais próxima, sen<strong>do</strong> evitada sua remoção.Quan<strong>do</strong> imprescindível, tem que ser cuida<strong>do</strong>samente planejada. Manter o enfermo em isolamento,em quarto com pouca luminosida<strong>de</strong>, evitar ruí<strong>do</strong>s e formação <strong>de</strong> correntes <strong>de</strong> ar, proibir visitas esomente permitir a entrada <strong>de</strong> pessoal da equipe <strong>de</strong> atendimento. As equipes <strong>de</strong> enfermagem,higiene e limpeza <strong>de</strong>vem estar <strong>de</strong>vidamente capacitadas <strong>para</strong> lidar com o paciente e com o seuambiente e usar equipamentos <strong>de</strong> proteção individual, bem como estarem pré-imuniza<strong>do</strong>s.Recomenda-se como tratamento <strong>de</strong> suporte: dieta por sonda nasogástrica e hidratação<strong>para</strong> manutenção <strong>do</strong> balanço hídrico e eletrolítico; na medida <strong>do</strong> possível, usar sonda vesical <strong>para</strong>reduzir a manipulação <strong>do</strong> paciente; controle da fe<strong>br</strong>e e vômito; betabloquea<strong>do</strong>res na vigência <strong>de</strong>hiperativida<strong>de</strong> simpática; uso <strong>de</strong> antiáci<strong>do</strong>s, <strong>para</strong> prevenção <strong>de</strong> úlcera <strong>de</strong> estresse; realizar osprocedimentos <strong>para</strong> aferição da pressão venosa central (PVC) e correção da volemia na vigência<strong>de</strong> choque; tratamento das arritmias cardíacas. Sedação <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o quadro clínico, não<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser contínua.Aspectos epi<strong>de</strong>miológicosA raiva é uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação <strong>do</strong> vírus rábicoconti<strong>do</strong> na saliva <strong>do</strong> animal infecta<strong>do</strong>, principalmente através da mor<strong>de</strong>dura. Apesar <strong>de</strong> serconhecida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong>, continua sen<strong>do</strong> problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública nos países em<strong>de</strong>senvolvimento, principalmente a transmitida por cães e gatos, em áreas urbanas, manten<strong>do</strong>-se aca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> transmissão animal <strong>do</strong>méstico/homem.Esta <strong>do</strong>ença ocorre em to<strong>do</strong>s os continentes, com exceção da Oceania. Alguns países dasAméricas (Uruguai, Barba<strong>do</strong>s, Jamaica e Ilhas <strong>do</strong> Caribe), da Europa (Portugal, Espanha, Irlanda,Grã-Bretanha, Países Baixos e Bulgária) e da Ásia (Japão) encontram-se livres da infecção no seuciclo urbano. Entretanto, alguns países da Europa (França, Inglaterra) e da América <strong>do</strong> Norte (EUAe Canadá) ainda enfrentam problemas quanto ao ciclo silvestre da <strong>do</strong>ença.

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