13.07.2015 Views

construindo a cidadania: avanços e limites do ... - Inclusive Cities

construindo a cidadania: avanços e limites do ... - Inclusive Cities

construindo a cidadania: avanços e limites do ... - Inclusive Cities

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Na dimensão cultural, as trajetórias de desvinculação podem levar à“...experiência de não encontrar nenhum estatuto e nenhum reconhecimento nasrepresentações sociais, ou só encontrá-los em negativo” (Escorel, 2000:144). Oscaminhos podem abarcar a indiferença, a discriminação, a estigmatização, o nãoreconhecimento,a negação da identidade ou identidade negativa, a naturalizaçãoe a banalização. Segun<strong>do</strong> Escorel, as reações à radical diferença <strong>do</strong> outro vão daacentuação de similitudes (relações de proximidade e igualdade) à acentuaçãodas diferenças (relações de distância e estranheza). A distância máxima éatingida ao recusar qualquer similitude – até a mais geral, a condição depertencimento à comunidade <strong>do</strong>s homens, proceden<strong>do</strong>-se, assim, àdesumanização <strong>do</strong> outro.Na dimensão da vida, analisam-se os fenômenos liga<strong>do</strong>s à saúde/<strong>do</strong>ença e àviolência. Entre uma vida saudável e longa e a morte encontram-se uma série defenômenos (as diferenças de expectativa de vida, gravidade de patologias,incidência ‘preferencial’ de causas de <strong>do</strong>enças e mortes em determina<strong>do</strong>s grupossociais, as iniquidades existentes quanto ao acesso a serviços de saúde comqualidade) que revelam “...tanto a distinção que há entre viver e sobreviver quantoo grau de dificuldades encontradas por uns e por outros para permaneceremvivos. Eis que surgem então pessoas que sobrevivem de teimosas” (p.145),revelan<strong>do</strong> sua forte determinação pessoal face à condições de vida precárias.Nascimento, aponta para a existência de uma geografia da exclusão social, emum duplo senti<strong>do</strong> espacial. Em primeiro lugar, porque há lugares em que ela seprocessa com maior nitidez e em um outro senti<strong>do</strong>, porque os excluí<strong>do</strong>s não têmlugar, “...vagabundeiam pelos interstícios das cidades ou entre cidades...”(2000:66).Como observa Escorel, assim como há diferentes trajetórias de vida quepermitem a vivência de experiências heterogêneas de exclusão, “...também hádiferenciações de configuração <strong>do</strong> fenômeno da exclusão segun<strong>do</strong> os contextossociais em que se desenvolvem”. Toman<strong>do</strong>-se a situação francesa comocontraponto, nota-se que a problemática contemporânea é a “precarização <strong>do</strong>69

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!