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construindo a cidadania: avanços e limites do ... - Inclusive Cities

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Botava tu<strong>do</strong> dentro <strong>do</strong> caminhão, se jogava fora. Só fazia uma compra, narealidade, não adiantava nada...” 84Ao apoio da<strong>do</strong> pela Pastoral à sua causa, os cata<strong>do</strong>res contaram também comimportante suporte da<strong>do</strong> pela Cáritas, entidade ligada à Igreja Católica, e porambientalistas que viriam, na gestão da Frente BH Popular, a ocupar cargos dedireção na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e na SLU. Esses apoioscontribuíriam no fortalecimento <strong>do</strong>s laços de solidariedade social internos àASMARE e externos.A construção pela Prefeitura, <strong>do</strong> que hoje é o galpão-sede da ASMARE, nagestão Eduar<strong>do</strong> Azere<strong>do</strong>, em 1992, foi uma importante vitória <strong>do</strong> movimento <strong>do</strong>scata<strong>do</strong>res de papel. Em dezembro <strong>do</strong> mesmo ano, é assina<strong>do</strong> um convênio decooperação entre a Prefeitura, a ASMARE e a Mitra Arquidiocesana viabilizan<strong>do</strong>,assim, a manutenção <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> galpão.O surgimento da ASMARE, em 1990, assumin<strong>do</strong> um papel reivindicatório junto àmunicipalidade trouxe à cena novos sujeitos sociais que forçaram a administraçãopública, de então, a romper com a postura histórica em relação aos cata<strong>do</strong>rescomo sujeito incapaz de intervir nas ações que lhe diz respeito. Entretanto, será apartir de 1993 que o poder público mudará de forma qualitativa a sua relação comesse segmento, incorporan<strong>do</strong>-o como parceiro prioritário no Projeto de ColetaSeletiva, implementa<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> Programa de Manejo Diferencia<strong>do</strong> de ResíduosSóli<strong>do</strong>s da SLU.1.4. DE INIMIGO DA LIMPEZA URBANA A PARCEIRO PRIORITÁRIOO contexto sócio-político que permitiu um novo olhar sobre a questão <strong>do</strong> cata<strong>do</strong>r,se insere no âmbito daquilo que vem sen<strong>do</strong> chama<strong>do</strong> de “gestões democráticasinova<strong>do</strong>ras”, ou seja, gestões públicas cujo projeto político pauta-se pela buscada combinação entre eficiência governamental, equidade e governança. E,coincide, também, com toda uma discussão mais ampla sobre a questão da84 Entrevista em 17/03/01.62

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