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construindo a cidadania: avanços e limites do ... - Inclusive Cities

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seu trabalho de aproximação e de construção de relações de confiança mútua.Assim se refere Ci<strong>do</strong>, a esse perío<strong>do</strong>:...o agente da Pastoral, ele ia prá rua, tentava de alguma forma,algum mecanismo de aproximação. E uma maneira interessante quea Pastoral conseguiu na época, foi a seguinte: na época <strong>do</strong> inverno aequipe fazia um chá na rua, e, enquanto os cata<strong>do</strong>res paravam paratomar o chá, a equipe começava a conversar sobre a história decada um (...), depois a Pastoral começou a propor: olha, a gente trazo chá que nós vamos fazer uma vaquinha entre o grupo, porque agente vai comprar um lanche, vamos fazer um lanchecomunitariamente (...), a base da meto<strong>do</strong>logia é <strong>do</strong> estabelecimentode laços, de vínculo com os cata<strong>do</strong>res para que a confiança (grifomeu) pudesse vir de maneira recíproca, e isso deu certo. 75A concepção meto<strong>do</strong>lógica da Pastoral, se pauta pelos princípios aplica<strong>do</strong>s pelaeducação popular que reconhece os cata<strong>do</strong>res e a população de rua comosujeitos de sua própria história. O objetivo da ação pastoral é o de ser umapresença solidária e evangélica junto a essa população historicamente excluída,fortalecen<strong>do</strong> o surgimento de novos sujeitos e valores.A memória <strong>do</strong>s cata<strong>do</strong>res históricos da ASMARE é povoada de lembranças dessetempo, de lembranças da ação da Pastoral. O cata<strong>do</strong>r Márcio José, recorda: “hádez anos atrás, antes de conhecer a Pastoral, na rua, naquele tempo, a gente nãotinha segurança nenhuma. Eles nos viam como marginais”. 76 Dona Geraldaconfirma: “a Pastoral de Rua foi quem primeiro enxergou o cata<strong>do</strong>r de papel”. 77Através das festas, jogos e celebrações ecumênicas, a equipe da Pastoral iatrabalhan<strong>do</strong> várias questões com os cata<strong>do</strong>res: a percepção das potencialidadesindividuais, a divisão de tarefas, a diferenciação da relação trabalho/rua/casa, aidentidade de trabalha<strong>do</strong>r, a percepção da importância ecológica <strong>do</strong> trabalho poreles desempenha<strong>do</strong>, a exploração <strong>do</strong> seu trabalho pelos intermediários, a75 Agente da Pastoral de Rua.76 In Oliveira (1998).77 Depoimento público em 25/04/00 no Workshop <strong>do</strong> Programa LIFE, Belo Horizonte.57

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