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construindo a cidadania: avanços e limites do ... - Inclusive Cities

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Conforme coloca o autor, as “expansões são particularmente evidentes nos novosmovimentos sociais de pobres urbanos por “direitos à cidade” e nos das mulheres,homossexuais e minorias étnicas e raciais por “direitos à diferença”, forçan<strong>do</strong> oesta<strong>do</strong> a responder às suas demandas e ao mesmo tempo crian<strong>do</strong> um novorepertório de direitos” (1996:250).A <strong>cidadania</strong> implica na existência não só de direitos, mas também de deveres ese constitui num campo de conflito, ou seja o “...intuito da <strong>cidadania</strong> não sedefende pelo consenso, mas pela disputa entre interesses das forças sociais”(Ruscheinsky, 1999:274).Jacobi, aponta para o fato de que o...processo de construção da <strong>cidadania</strong> é permea<strong>do</strong> de para<strong>do</strong>xos,na medida em que se explicitam três dinâmicas concomitantes: oreconhecimento e a construção das identidades diferentes <strong>do</strong>ssujeitos sociais envolvi<strong>do</strong>s; o contexto da inclusão das necessidadesexpressas pelos diferentes sujeitos sociais; e a definição de novasagendas, visan<strong>do</strong> a estender os bens a amplos setores dapopulação (2000:20).Isso nos traz mais reflexões sobre as relações Esta<strong>do</strong> e sociedade. Seria estauma relação necessariamente de “soma-zero”? Ou pode a ação governamentalfavorecer a mobilização, a ação coletiva? O que é necessário para que seestabeleça uma sinergia entre governo e sociedade potencializa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>alargamento da <strong>cidadania</strong>?Para tanto é necessário que na sociedade civil surjam interlocutorescoletivos – grupos comunitários, movimentos sociais e, na medida<strong>do</strong> possível, atores sociais desarticula<strong>do</strong>s mas motiva<strong>do</strong>s para oengajamento em práticas participativas – que viabilizem umaparticipação ativa e representativa, sem que o Esta<strong>do</strong> exija nenhumtipo de dependência administrativa e financeira. Isso cria, portanto,as condições para romper com as práticas tradicionais- populismo,autoritarismo, clientelismo, assistencialismo, man<strong>do</strong>nismo,patrimonialismo e privatização da política nas suas diversas174

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