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rafael brehm da costa propriedades mecânicas do ... - UFSC

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ivRESUMOIntrodução e Objetivo: A ruptura <strong>do</strong> ligamento cruza<strong>do</strong> anterior (LCA) é uma lesãocomum <strong>da</strong> articulação <strong>do</strong> joelho no esporte que afeta seriamente não apenas o homem, mas,também, outros animais. O LCA é um conjunto de fibras que, às vezes, se separam em umaban<strong>da</strong> anteromedial e uma posterolateral dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong> ligação <strong>da</strong>s fibras à tíbia. A análisemecânica <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des <strong>do</strong> joelho tem trazi<strong>do</strong> importantes contribuições para odesenvolvimento de novas terapias de reabilitação, procedimentos cirúrgicos e equipamentosbiomecânicos. O objetivo <strong>do</strong> presente trabalho foi determinar as proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> <strong>do</strong>sistema fêmur-LCA-tíbia em modelos porcinos.Materiais e Méto<strong>do</strong>s: Oito joelhos de porcos foram usa<strong>do</strong>s no estu<strong>do</strong>. Eles tiveramsuas partes moles disseca<strong>da</strong>s antes <strong>do</strong>s testes, deixan<strong>do</strong>-se apenas o LCA e os meniscos. Ascaracterísticas <strong>mecânicas</strong> <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia foram obti<strong>do</strong>s por um teste de tensãopara falha a uma taxa de 20 mm/min. Os locais de falha foram observa<strong>do</strong>s e relata<strong>do</strong>s.Resulta<strong>do</strong>s: As seguintes proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> <strong>do</strong>s sistemas fêmur-LCA-tibiaporcinos foram obti<strong>da</strong>s experimentalmente: rigidez, força de escoamento, deslocamento naforça de escoamento, força máxima, deslocamento na força máxima e o local de falha.Conclusões: Nos sistemas fêmur-LCA-tíbia porcinos ensaia<strong>do</strong>s a rigidez média é de205,61 ± 17,89 N/mm. A força de escoamento média é de 883,11 ± 88,19 N e o deslocamentomédio nessa força é de 4,27 ± 0,47 mm. O valor <strong>da</strong> média <strong>da</strong> força máxima é de 1.480,72 ±135,17 N e o deslocamento médio nessa força é de 13,79 ± 5,08 mm. O local de falha <strong>do</strong>ssistemas é o arrancamento ósseo na inserção femural <strong>do</strong> LCA na maioria <strong>da</strong>s amostras.


viiLISTA DE ABREVEATURAS E SIGLASCP(s)LCANN/mmCorpo(s) de prova(s)Ligamento cruza<strong>do</strong> anteriorNewtonNewton por milímitro


3A análise mecânica <strong>do</strong>s ligamentos <strong>do</strong> joelho tem trazi<strong>do</strong> importantes contribuições nodesenvolvimento de novas terapias de reabilitação, de procedimentos cirúrgicos e deequipamentos biomecânicos 4 . Testes biomecânicos de reconstrução desse ligamento, emlaboratório, têm si<strong>do</strong> usa<strong>do</strong>s largamente na tentativa de identificar a técnica cirúrgica e oenxerto substituto que melhor reproduzam o comportamento <strong>da</strong> articulação normal 7 . Adeterminação <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> desses ligamentos é um fator essencial para oentendimento <strong>da</strong> sua influência na cinemática <strong>do</strong> joelho, para avaliar os mecanismosassocia<strong>do</strong>s com as lesões de joelho e para o desenvolvimento de técnicas de tratamento.Muitas <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> <strong>do</strong>s ligamentos podem ser obti<strong>da</strong>s por testes de tensãouniaxial, sen<strong>do</strong> eles usa<strong>do</strong>s em muitos trabalhos. Usan<strong>do</strong> máquinas de teste, forças podem seraplica<strong>da</strong>s no sistema fêmur-LCA-tibia. Essas máquinas geralmente permitem posicionamentoem múltiplos planos, o que possibilita o ajuste <strong>da</strong> direção <strong>da</strong> força aplica<strong>da</strong> no sistema Essestestes sugerem que um alongamento considerável pode ocorrer em resposta a uma forçaconstante ou a repeti<strong>da</strong>s forças cíclicas 2, 4 . Eles permitem estimar o desempenho <strong>da</strong>sreconstruções <strong>do</strong> LCA no pós-operatório imediato, toman<strong>do</strong> por base o comportamento <strong>da</strong>articulação natural (LCA íntegro) 7 . Nesses estu<strong>do</strong>s, o ângulo de flexão <strong>do</strong> joelho tem umefeito significativo nos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s. Em estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s em joelhos de cadávereshumanos com LCA intacto, maiores valores de rigidez e força máxima foram observa<strong>do</strong>s nasamostras em orientação anatômica (joelho estendi<strong>do</strong>) 7 . A orientação <strong>da</strong>s amostras e o tipo deespécie animal cujo osso está sen<strong>do</strong> testa<strong>do</strong> são as variáveis mais importantes no resulta<strong>do</strong>final <strong>do</strong>s testes 7 .Historicamente, a maioria <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre LCA e suas possíveis reconstruçõescirúrgicas tem como principal variável mensura<strong>da</strong> a força máxima (maior valor na curvaforça-deslocamento), sen<strong>do</strong> também, traça<strong>da</strong> uma curva de força-deslocamento, ilustra<strong>da</strong> nafigura 3. A partir dessa curva pode-se determinar a rigidez (determina<strong>da</strong> como a inclinação <strong>da</strong>região linear <strong>da</strong> curva de força-deslocamento) <strong>da</strong> amostra em estu<strong>do</strong> 6 . Embora a forçamáxima represente um evento catastrófico como uma que<strong>da</strong>, por exemplo, ela não reproduz eexperiência de forças repetitivas como nos programas de reabilitação <strong>do</strong> LCA após suareconstrução cirúrgica. Além disso, a força máxima está diretamente relaciona<strong>da</strong> à densi<strong>da</strong>demineral óssea <strong>da</strong> tíbia e <strong>do</strong> fêmur, sen<strong>do</strong> que esses valores variam entre as espécies animais 7 .Outros valores que são, geralmente, utiliza<strong>do</strong>s em estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des bio<strong>mecânicas</strong><strong>do</strong> LCA são o deslocamento (através de um verifica<strong>do</strong>r de tensão com uma escala de


4deslocamento linearmente variável) e a força de escoamento (ponto <strong>do</strong> diagrama, onde a forçadeixa de ser proporcional à deformação sen<strong>do</strong> que esse limite indica os valores máximos deforça e deformação que o sistema suporta, sem <strong>da</strong>no ou deformação permanente, ou seja,deixan<strong>do</strong> de atuar a força, a deformação desaparece e o sistema volta ao esta<strong>do</strong> inicial) 6, 9 .Figura 3 - Típica curva força x deslocamento de um ensaio de resistência mecânica. As setasYL (yield load) e UFL (ultimate failure load) representam a força de escoamento e a forçamáxima <strong>da</strong> amostra, respectivamente 6 .A viabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> uso de joelhos de cadáveres humanos é geralmente limita<strong>da</strong> nessesestu<strong>do</strong>s pelo ca<strong>da</strong> vez mais difícil acesso a esse tipo de amostra. Além disso, a i<strong>da</strong>de <strong>do</strong>cadáver <strong>do</strong>a<strong>do</strong>r <strong>da</strong>s amostras influencia nos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testes, sen<strong>do</strong> que as proprie<strong>da</strong>desbio<strong>mecânicas</strong> diminuem em amostras de <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res mais velhos. Por isso, muitos estu<strong>do</strong>s têmsi<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>s com modelos porcinos e bovinos, apesar de ain<strong>da</strong> não ser claro quan<strong>do</strong> essasespécies geram representabili<strong>da</strong>de de um joelho humano jovem 7 . Da<strong>da</strong> a dificul<strong>da</strong>de derealizar estu<strong>do</strong>s quantitativos <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des bio<strong>mecânicas</strong> de ligamentos em cadávereshumanos, o estu<strong>do</strong> em modelo porcino torna-se uma interessante alternativa, pois proporcionauma melhor uniformi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s corpos de prova a serem ensaia<strong>do</strong>s, geran<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s maisfidedignos que serviram de controle para comparações de técnicas de reconstrução <strong>do</strong> LCA.Embora nos últimos dez anos tenha havi<strong>do</strong> um grande avanço em técnicas de culturade células ósseas in vitro, elas representam uma simplificação <strong>da</strong> situação in vivo. Por isso, oestu<strong>do</strong> em modelos animais continua sen<strong>do</strong> uma importante fonte de pesquisa 10 . A suaescolha deve ser basea<strong>da</strong> em algumas considerações: 1° - analogia apropria<strong>da</strong>; 2° -transferibili<strong>da</strong>de de informações; 3° - uniformi<strong>da</strong>de genética nas amostras; 4° - conhecimento<strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des biológicas; 5° - custo e disponibili<strong>da</strong>de; 6° - generalização <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s; 7°- fácil a<strong>da</strong>ptação à manipulação experimental; 8° - consideração ecológica; e 9° - implicaçõeséticas e sociais 11 . Entretanto, não há um modelo animal ideal para o estu<strong>do</strong> de to<strong>do</strong>s os


5aspectos biomecânicos <strong>do</strong> osso e <strong>do</strong>s ligamentos. Quan<strong>do</strong> se utilizam amostras animais paraestu<strong>do</strong>s experimentais, <strong>do</strong>is fatores têm especial destaque, merecen<strong>do</strong> maior entendimento: 1°- uso de teci<strong>do</strong> vivo ou de teci<strong>do</strong> morto e 2° – uso <strong>do</strong> congelamento para armazenamento <strong>da</strong>samostras. Ao contrário <strong>do</strong> que se imagina, as diferenças de proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> e <strong>do</strong>comportamento biomecânico, entre ossos vivos e mortos, quan<strong>do</strong> testa<strong>do</strong>s por experimentossimilares, são pequenas. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nos ossos mortos podem, consequentemente,serem extrapola<strong>do</strong>s para comparação com as proprie<strong>da</strong>des e com o comportamento <strong>do</strong>s ossosde animais vivos 12 . O congelamento vigoro, não obstante, é o méto<strong>do</strong> mais comum para sepreservar amostras musculoesqueléticas para testes experimentais. A manutenção sobcongelamento minimiza a ação degra<strong>da</strong>tiva metabólica de enzimas no teci<strong>do</strong> ósseo,conservan<strong>do</strong>-o para futuros testes 13 . Estu<strong>do</strong>s mostram não haver diferença nas proprie<strong>da</strong>des<strong>mecânicas</strong> entre ossos frescos (testa<strong>do</strong>s logo após extração <strong>do</strong> cadáver e não submeti<strong>do</strong> améto<strong>do</strong>s de conservação) e os congela<strong>do</strong>s (a uma temperatura de -20°C por quatro semanas)12 .


62. OBJETIVOSDeterminar o comportamento mecânico <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia de joelhosporcinos que servirão de parâmetros para futuros trabalhos de estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> resistência defixações ligamentares em joelhos humanos.


73. METODOLOGIAForam utiliza<strong>do</strong>s oito joelhos porcinos <strong>da</strong> raça Landrace para a análise <strong>da</strong>sproprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> <strong>do</strong> LCA. Os porcos pesavam em torno de 100 kg e tinham cincomeses no momento <strong>do</strong> abate. Eles foram alimenta<strong>do</strong>s com ração balancea<strong>da</strong> (a base de milhoe farelo de soja) e manti<strong>do</strong>s em criação intensiva. Os porcos foram obti<strong>do</strong>s de um abate<strong>do</strong>uroque visam o comércio de seus subprodutos. Os membros inferiores traseiros porcinos foramtransporta<strong>do</strong>s embala<strong>do</strong>s em sacola plástica e refrigera<strong>do</strong>s (manti<strong>do</strong> - 12 °C no caminhão detransporte <strong>do</strong> frigorífico) para o LEBm onde foram congela<strong>do</strong>s a -25 °C. Após odescongelamento em temperatura ambiente por 24 horas as peças foram disseca<strong>da</strong>s,deixan<strong>do</strong>-se apenas o sistema fêmur-LCA-tíbia e os meniscos, sen<strong>do</strong> que se manteveaproxima<strong>da</strong>mente 15 cm <strong>da</strong> tíbia e 15 cm <strong>do</strong> fêmur para adequa<strong>da</strong> fixação <strong>do</strong> sistema àmáquina universal. A fixação foi feita através de dispositivos metálicos utilizan<strong>do</strong>-separafusos que penetravam a cortical, tanto no fêmur quanto na tíbia. O conjunto foi monta<strong>do</strong>na máquina universal com um suporte especial que permite o posicionamento <strong>do</strong> joelho em45 graus de flexão (figura 4).Figura 4 – Fixação <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia à maquina universal.Para a realização <strong>do</strong>s ensaios biomecânicos de tração, utilizou-se máquina universal deensaio mecânico, marca EMIC, modelo DL3000, com célula de carga com capaci<strong>da</strong>de de5000 N liga<strong>da</strong> ao elemento móvel <strong>da</strong> máquina, responsável pala aplicação <strong>da</strong> força nas


8amostras. Uma pré-carga de 70 N foi aplica<strong>da</strong> em to<strong>do</strong> sistema por 5 minutos antes <strong>do</strong> início<strong>do</strong>s ensaios. Esses foram realiza<strong>do</strong>s com carga lenta e progressiva, a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-se veloci<strong>da</strong>de deaplicação de 20 mm/minuto até a falha <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia. Obteve-se, em ca<strong>da</strong>ensaio, um diagrama força-deslocamento, a partir <strong>do</strong> qual foram determina<strong>da</strong>s as seguintesproprie<strong>da</strong>des:1- Rigidez (N/mm): inclinação <strong>da</strong> região linear <strong>da</strong> curva de força-deslocamento;2 – Força de Escoamento (N): a força correspondente ao ponto <strong>do</strong> diagrama onde aforça deixa de ser proporcional à deformação (limite de elastici<strong>da</strong>de). Esta força édetermina<strong>da</strong> através <strong>da</strong> linearização <strong>da</strong> primeira parte <strong>do</strong> diagrama força-deslocamento.3-Força Máxima: valor máximo alcança<strong>do</strong> pela força na curva força-deslocamentoobti<strong>da</strong> no ensaio mecânico.O deslocamento <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia foi determina<strong>do</strong> para a força deescoamento e para força máxima em ca<strong>da</strong> corpo de prova. No momento <strong>da</strong> ruptura <strong>do</strong>sistema, o local de falha foi observa<strong>do</strong>, fotografa<strong>do</strong> e radiografa<strong>do</strong>.


94. RESULTADOSAs curvas força-deslocamento de ca<strong>da</strong> corpo de prova estão representa<strong>da</strong>sisola<strong>da</strong>mente sobre a forma de gráficos (figs. 5-12), e após em um gráfico onde to<strong>da</strong>s ascurvas então sobrepostas (fig. 13). Os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> rigidez, força de escoamento, forçamáxima e o deslocamento <strong>do</strong> sistema nessas forças estão apresenta<strong>do</strong>s em gráficos auxiliares(figs 14-18). As fotos indican<strong>do</strong> a falha característica <strong>do</strong>s sistemas são apresenta<strong>da</strong>s apósesses gráficos (figs 19-22). Os valores <strong>da</strong>s médias <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s com seus desvios padrõessão apresenta<strong>do</strong>s na Tabela 1.160014001200Força (N)1000800600CP1Linearização40020000 10 20 30 40Deslocamento (mm)Figura 5 – Curva de força-deslocamento <strong>do</strong> CP1.


10160014001200Força (N)1000800600CP2Linearização40020000 5 10 15 20 25 30Deslocamento (mm)Figura 6 – Curva de força-deslocamento <strong>do</strong> CP2.Força (N)1600140012001000800600400200CP3Linearização0-2000 5 10 15 20 25Deslocamento (mm)Figura 7 – Curva de força-deslocamento <strong>do</strong> CP3.


11160014001200Força (N)1000800600CP4Linearização40020000 10 20 30 40 50Deslocamento (mm)Figura 8 – Curva de força-deslocamento <strong>do</strong> CP4140012001000Força (N)800600400CP5Linearização2000-2000 5 10 15 20 25Deslocamento (mm)Figura 9 – Curva de força-deslocamento <strong>do</strong> CP5.


121800160014001200Força (N)1000800600CP6Linearização4002000-2000 5 10 15 20 25Deslocamento (mm)Figura 10 – Curva de força-deslocamento <strong>do</strong> CP6.Força (N)18001600140012001000800600400200CP7Linearização00 5 10 15 20 25Deslocamento (mm)Figura 11 – Curva de força-deslocamento <strong>do</strong> CP7.


13160014001200Força (N)1000800600CP8Linearização40020000 5 10 15 20Deslocamento (mm)Figura 12 – Curva de força-deslocamento <strong>do</strong> CP8.180016001400Força (N)12001000800600400CP1CP2CP3CP4CP5CP6CP7CP82000-2000 5 10 15 20 25 30 35 40 45Deslocamento (mm)Figura 13 - Sobreposição <strong>da</strong>s curvas força x deslocamento de to<strong>do</strong>s CPs.


14300,00Rigidez (N/mm)250,00200,00150,00100,00227,27194,86206,94177,20221,67196,39225,48195,1250,000,001 2 3 4 5 6 7 8Corpos de Prova (CP)Figura 14 – Rigidez, em Newton por milímitros, <strong>do</strong> LCA nas amostras testa<strong>da</strong>s.1200Força de Escoamento (N)1000800600400200943,56736,89953,52795,59881,37976,58825,46951,9501 2 3 4 5 6 7 8Corpos de ProvaFigura 15 – Forças suporta<strong>da</strong>s, em Newton, no limite de elastici<strong>da</strong>de, pelos corpos de prova.


156Desloc. Fesc. (mm)543214,063,744,56 4,53,944,93,714,7901 2 3 4 5 6 7 8Corpos de ProvaFigura 16 – Deslocamentos <strong>do</strong>s corpos de prova no momento em que o sistema fêmur-LCAtíbiaatinge o seu limite de elastici<strong>da</strong>de (força de escoamento).Fmax (N)20001800160014001200100080060040020001673,5 1676,41504,51483,91447,91372,61370,51316,51 2 3 4 5 6 7 8Corpos de ProvaFigura 17 – Picos <strong>do</strong>s valores <strong>da</strong>s forças, em Newton, obti<strong>da</strong>s nas curvas de forçadeslocamentode ca<strong>da</strong> corpo de prova.


16302523,72Desloc. Fmáx. (N)201510517,689,0812,228,6215,9812,3510,7301 2 3 4 5 6 7 8Corpos de ProvaFigura 18 - Deslocamentos <strong>do</strong>s corpos de prova <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia na forçamáxima.Figura 19 – Ruptura <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia <strong>do</strong> CP4 no local referente à fisefemural.


17Figura 20 – Imagem radiográfica <strong>do</strong> CP4 ilustran<strong>do</strong> a ruptura <strong>da</strong> fise femural.Figura 21 – Ruptura <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia por arrancamento ósseo em regiãode inserção femural <strong>do</strong> LCA. Essa figura refere-se ao mo<strong>do</strong> de falha de to<strong>do</strong>s oscorpos de prova a exceção <strong>do</strong> CP4.


18Figura 22 – Imagem radiológica <strong>do</strong> CP6 mostran<strong>do</strong> que, também, não houveossificação <strong>da</strong> fise femural, apesar <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de falha ter ocorri<strong>do</strong> na inserção femoral <strong>do</strong>ligamento cruza<strong>do</strong> anterior.Tabela 1 – Valores <strong>da</strong>s médias e <strong>do</strong>s desvios padrões <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> <strong>da</strong>samostras testa<strong>da</strong>s.Rigidez Fesc. * Desloc. Fesc. † Fmáx. ‡ Desloc. Fmáx. §(N/mm) (N) (mm)(N) (mm)Média 205,61DP || 17,89883,1188,194,270,471.480,72135,1713,795,08* Fesc – Força de escoamento.† Desloc.Fesc. – Deslocamento na força de escoamento.‡ Fmáx – força máxima.§ Desloc. Fmáx. – Deslocamento na força máxima.|| DP – Desvio padrão.


195. DISCUSSÃOLesões de ligamentos <strong>do</strong> joelho são um problema de saúde que afetam não só ohomem, mas também muitos animais, como cavalos, cachorros gatos, coelhos e porcos 4 . Adeterminação <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> desses ligamentos é um fator essencial para oentendimento <strong>da</strong> sua influência na cinemática <strong>do</strong> joelho, para avaliar os mecanismosassocia<strong>do</strong>s com as lesões de joelho e para o desenvolvimento de técnicas de tratamento.Muitas <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> <strong>do</strong>s ligamentos podem ser obti<strong>da</strong>s por ensaios de traçãouniaxial 4 .A escolha de modelos porcinos para realização <strong>do</strong>s ensaios biomecânicos no presentetrabalho teve como objetivo uma maior uniformi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s corpos de provas (CPs) econseqüentemente uma diminuição <strong>do</strong> viés de amostra nos resulta<strong>do</strong>s. Há mais facili<strong>da</strong>de deobtenção dessa espécie, em relação a cadáveres humanos, pelo grande número de abatesdiários desta espécie em frigoríficos em Santa Catarina. De fato, joelhos porcinos são osmodelos mais utiliza<strong>do</strong>s para testes de méto<strong>do</strong>s de fixação <strong>do</strong> LCA, apesar de sua densi<strong>da</strong>demineral óssea volumétrica (DMOv) ser maior <strong>do</strong> que a <strong>do</strong> humano 6 .Vários trabalhos que utilizaram porcinos para estu<strong>do</strong>s biomecânicos no joelho(estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> LCA e de suas possíveis reconstruções cirúrgicas) foram relata<strong>do</strong>s na literaturamédica 1, 2, 6, 9, 14-16 .Em seu estu<strong>do</strong>, Kousa e cols. 6 reforçaram a idéia de que os joelhos de porcos têmmaior uniformi<strong>da</strong>de na quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s amostras, sen<strong>do</strong> uma alternativa ao uso <strong>do</strong> ossohumano, especialmente quan<strong>do</strong> a comparação é feita entre varias técnicas de reconstruçãocirúrgica <strong>do</strong> LCA. Em outro estu<strong>do</strong>, entretanto, esses autores observaram que o maior valor<strong>da</strong> densi<strong>da</strong>de mineral óssea <strong>do</strong> porco em comparação ao humano, gera efeitos nos testes quenão podem ser negligencia<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> que os resulta<strong>do</strong>s desse estu<strong>do</strong> erram por seremotimistas em comparação com a situação em humanos 16 . Em contra parti<strong>da</strong>, Lee e cols. 2relataram que os resulta<strong>do</strong>s de trabalhos anteriores de fixações <strong>do</strong> LCA em joelhos de porcosnão foram significativamente diferentes <strong>da</strong>queles em que se usou ossos humanos jovens.Em outro estu<strong>do</strong>, Miyata e cols. 14 afirmaram que, devi<strong>do</strong> à extrema variabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>sproprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> em seres humanos, há uma possibili<strong>da</strong>de de haver resulta<strong>do</strong>s falsonegativosquan<strong>do</strong> se comparam diferentes técnicas. Para eles as proprie<strong>da</strong>des bio<strong>mecânicas</strong><strong>do</strong>s porcinos são relativamente uniformes, o que é uma vantagem desse modelo quan<strong>do</strong> a


20intenção é a comparação de procedimentos de reconstrução ligamentar <strong>do</strong> LCA. Miyata ecols. 14 , entretanto, fizeram um alerta de que as proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> <strong>do</strong>s porcinos diferem<strong>da</strong>s humanas e que, por isso, os valores absolutos obti<strong>do</strong>s no estu<strong>do</strong> não podem serextrapola<strong>do</strong>s para procedimentos de reconstrução <strong>do</strong> LCA na pratica médica.Yamanaka e cols. 15 em um estu<strong>do</strong> sobre alternativas de enxertos para reconstrução <strong>do</strong>LCA, citaram, entretanto, o uso de modelos porcinos como uma limitação <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>. Paraeles o uso de cadáveres humanos seria um melhor modelo, desde que se obtivesse um númerosuficiente de amostras de <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res saudáveis e jovens. Entretanto, as proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong>de ossos e ligamentos humanos são extremamente variáveis, dependen<strong>do</strong> de muitos fatores,incluin<strong>do</strong> i<strong>da</strong>de, nutrição e integri<strong>da</strong>de mecânica no momento <strong>da</strong> <strong>do</strong>ação. Por esses motivosos autores sugeriram que seja aceitável o uso de modelos porcinos em testes <strong>do</strong> LCA,reconhecen<strong>do</strong>-se o fato de que os valores absolutos mostra<strong>do</strong>s nestes estu<strong>do</strong>s não sãocompletamente equivalentes àqueles obti<strong>do</strong>s de sistemas fêmur-enxerto-tibia em humanos.Essa ausência de possibili<strong>da</strong>de de extrapolação <strong>do</strong>s valores obti<strong>do</strong>s em ensaios biomecânicoscom uso de modelos porcinos para os ensaios em que se utilizaram cadáveres humanos,também foi relata<strong>da</strong> por Espejo-Baena e cols. 9 Esses autores, entretanto, indicaram o uso <strong>do</strong>smodelos porcinos, porque ele proporciona uma satisfatória reprodução de um joelho humanoem tamanho, forma e quali<strong>da</strong>de óssea, além de possuir amostras mais uniformes, o que podeaju<strong>da</strong>r a minimizar as variáveis relaciona<strong>da</strong>s à espécie.No presente estu<strong>do</strong>, a opção <strong>do</strong> congelamento <strong>do</strong>s copos de prova como forma dearmazenamento, foi toma<strong>da</strong>, basea<strong>da</strong> no conhecimento prévio de que não há alteraçãosignificativa <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> de osso e ligamentos quan<strong>do</strong> submeti<strong>do</strong>s a esseprocesso 12, 13 . Na literatura pode-se encontrar muitos estu<strong>do</strong>s que utilizaram essa forma dearmazenamento <strong>da</strong>s amostras 1, 6, 9, 14-16 .O congelamento <strong>do</strong>s CPs foi necessário pelaimpossibili<strong>da</strong>de de se realizar to<strong>do</strong>s os testes em mesmo um dia.Segun<strong>do</strong> Trudel e cols. 13 o congelamento vigoroso (temperaturas inferiores a -12 grausCelsius) de espécies animais por até <strong>do</strong>is meses não alterou suas proprie<strong>da</strong>des bio<strong>mecânicas</strong>.Eles alertaram, entretanto, que o processo de congelamento e descongelamento repeti<strong>do</strong>s <strong>da</strong>mesma amostra, pode influenciar em sua densi<strong>da</strong>de mineral óssea, modifican<strong>do</strong> assim ascaracterísticas <strong>do</strong> osso.Com base nesses fatos, não houve recongelamento <strong>do</strong>s membros inferiores traseiros<strong>do</strong>s porcos em nosso estu<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> que, a opção por descongelamento em temperatura


21ambiente por um perío<strong>do</strong> de vinte e quatro horas mostrou-se adequa<strong>da</strong> para não havernenhum resquício de congelamento na amostra, e facilitou sua dissecação.Não há uma padronização <strong>da</strong> inclinação <strong>do</strong> joelho em ensaios de tração em maquinauniversal, entretanto, a maioria <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre o LCA e suas reconstruções cirúrgicas,sejam eles em cadáveres humanos ou animais, utilizavam a posição anatômica como a deescolha 17 . No presente estu<strong>do</strong>, optou-se por uma flexão de 45 graus <strong>do</strong>s joelhos porcinos,pois, segun<strong>do</strong> Harvey e cols. 7 os valores <strong>da</strong> rigidez e <strong>da</strong> força máxima foramsignificativamente maiores em estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s em joelhos de cadáveres humanos emposição estendi<strong>da</strong> (posição anatômica). Hoje em dia, há uma tendência a flexão <strong>do</strong> joelhonesse tipo de estu<strong>do</strong>. Lee e cols. 2 e Miyata e cols. 14 utilizaram em seus trabalhos de testesbiomecânicos de reconstrução <strong>do</strong> LCA uma inclinação de 30 graus <strong>do</strong> sistema fêmur-enxertotibia,o que permitiu que o enxerto ficasse alinha<strong>do</strong> com o eixo <strong>da</strong> célula de carga. Já nosestu<strong>do</strong>s de Espejo-Baena e cols. 9 e no de Yamanaka e cols. 15 o ângulo de flexão <strong>do</strong> joelho deescolha foi o de 45 graus, o que permitiu, segun<strong>do</strong> aqueles autores, uma simulação <strong>do</strong> ânguloentre o LCA e o fêmur correspondente a uma flexão de 90° <strong>do</strong> joelho, que é a utiliza<strong>da</strong> noexame físico nos testes de gaveta.Além <strong>do</strong> fator flexão <strong>do</strong> joelho, outro fator que merece esclarecimento é a posição <strong>do</strong>sistema na máquina universal. Woo e cols. 18 em um ensaio sobre a resistência mecânica <strong>do</strong>LCA em cadáveres humanos com uma flexão de 30 graus, posicionaram um joelho orienta<strong>do</strong>anatomicamente (orientação anatômica), e o contralateral orienta<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> que a tíbia fiquealinha<strong>da</strong> verticalmente (orientação tibial). Eles perceberam que nos testes com orientaçãotibial, os valores de ca<strong>da</strong> grupo são inferiores aos obti<strong>do</strong>s na orientação anatômica. Por essemotivo no presente trabalho optamos pelo posicionamento <strong>do</strong> fêmur alinha<strong>do</strong> com o eixo deaplicação de cargas <strong>da</strong> máquina (orienta<strong>do</strong> verticalmente), procuran<strong>do</strong> manter o ligamentocruza<strong>do</strong> anterior em posição anatômica.Ensaios de tração são comumente emprega<strong>do</strong>s para determinação <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des<strong>mecânicas</strong> <strong>do</strong> LCA e de suas possíveis reconstruções cirúrgicas 1, 2, 4-6, 9, 14-17, 19 . No presenteestu<strong>do</strong>, utilizamos uma pré-carga para que houvesse uma acomo<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia e após, uma carga com veloci<strong>da</strong>de de aplicação lenta foi realiza<strong>da</strong> no sistema,possibilitan<strong>do</strong> uma melhor visualização <strong>do</strong>s locais de falha.Em seu trabalho, Resende e cols. 4 afirmaram que na aplicação <strong>da</strong> tração, a taxa dedeslocamento é um parâmetro <strong>do</strong> teste muito importante na resposta mecânica <strong>da</strong>s fibras decolágeno <strong>do</strong> ligamento. Eles explicaram esse fato através <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des viscoelásticos <strong>do</strong>


22LCA, enfatizan<strong>do</strong> que esses materiais são muitos sensíveis a veloci<strong>da</strong>de de aplicação <strong>da</strong>carga. Além disso, para Resende e cols. 4 a técnica de agarre <strong>da</strong> amostra com parafusos naspartes ósseas demonstraram ser eficientes apenas em cargas com taxa de aplicação lentas.Para Kousa e cols. 16 testes de tração não são suficientes para avaliar os méto<strong>do</strong>s defixação com os tendões estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s, e por isso, o autores sugeriram a utilização de testescíclicos de baixa e de alta carga para imitar movimentos de caminha<strong>da</strong> e corri<strong>da</strong>,respectivamente. Em outro artigo, Kousa e cols. 1 reforçaram essa idéia, falan<strong>do</strong> que emborahaja um consenso geral de que os testes de tração são poucos representativos <strong>da</strong>s forças queagem no LCA em vivos, esse tipo de teste tem si<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> isola<strong>da</strong>mente em vários estu<strong>do</strong>spara medir a resistência de diferentes méto<strong>do</strong>s de fixação <strong>do</strong> LCA. Esses autores enfatizarama importância de se incluir testes cíclicos em protocolos de testes mecânicos, pois seriam maisrepresentativos <strong>da</strong> situação a que é imposto o LCA logo após cirurgias para sua reconstrução.No presente trabalho, avaliamos a força de escoamento (limite de elastici<strong>da</strong>de) <strong>do</strong>sistema. Esse valor pode ser considera<strong>do</strong> como a falha funcional <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia,pois uma vez ultrapassa<strong>do</strong>, mesmo que interrompi<strong>da</strong> a força sobre o LCA, ele não maisretorna ao ponto inicial. Essa teoria é usa<strong>da</strong> por Kousa e cols. 6 que utilizaram a força deescoamento como indica<strong>do</strong>r de falha em reconstruções <strong>do</strong> LCA. Para eles essa força é maisimportante <strong>do</strong> que a força máxima, pois a primeira deformação permanente <strong>do</strong> enxerto deLCA ocorre tipicamente após o limite de elastici<strong>da</strong>de que é o início de uma distensão anormalsem volta ao ponto de base.Esse valor também foi utiliza<strong>do</strong> por Espejo-Baena e cols. 9 como méto<strong>do</strong> decomparação entre quatro sistemas usa<strong>do</strong>s para fixar tendões ao fêmur em técnicas dereconstrução <strong>do</strong> LCA. Para esses autores houve um importante valor de estiramento antes <strong>do</strong>momento de força máxima e esse valor é o mais importante para determinar a falha desistemas de fixação em teste.No trabalho de Moré 17 esse valor de força no limite de elastici<strong>da</strong>de, em ensaiosbiomecânicos de joelhos humanos, teve uma média 91,63 Kgf (Quilograma-força), com umdesvio padrão de 24,12 Kgf. O uso desse valor foi justifica<strong>do</strong> pelo autor, pois, para ele, amínima deformação que ocorre quan<strong>do</strong> esse limite é ultrapassa<strong>do</strong>, provoca aumentopermanente <strong>do</strong> comprimento <strong>da</strong> porção intra-articular <strong>do</strong> enxerto, crian<strong>do</strong> instabili<strong>da</strong>dearticular o que poderia levar a cirurgia de reconstrução ligamento ao insucesso.O valor <strong>da</strong> média <strong>da</strong> força de escoamento foi semelhante ao encontra<strong>do</strong> em nossotrabalho (88,31 Kgf), embora saibamos que não é possível a comparação direta desses valores


23devi<strong>do</strong> à diferença <strong>da</strong>s características <strong>mecânicas</strong> entre espécies. O nosso valor de desviopadrão <strong>da</strong> força de escoamento foi bastante inferior ao obti<strong>do</strong> no trabalho de Moré 17, o quedeve-se possivelmente a maior homogenei<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s amostras <strong>do</strong>s modelos porcinos utiliza<strong>do</strong>sno presente estu<strong>do</strong>. O valor <strong>da</strong> deformação média <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia foramsemelhantes nos <strong>do</strong>is trabalhos, embora o desvio padrão desse valor foi quase quatro vezesmenor no nosso estu<strong>do</strong>.A maioria <strong>do</strong>s autores, entretanto, opta pela força máxima como o valor de referênciapara a resistência <strong>do</strong> LCA e suas possíveis reconstruções 1, 2, 9, 14, 15, 19 . Em um trabalho sobreas proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> <strong>do</strong> LCA de nove joelhos de porco com um ano de i<strong>da</strong>de, Lee ecols. 2 obtiveram o valor de 1.027,4 N com um desvio padrão de 283,0 N para a força máxima<strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia, com um deslocamento médio de 3,7 mm (com 0,2 de desviopadrão). Esses valores foram obti<strong>do</strong>s mediante ensaios com o joelho em trinta graus de flexãoe sobre uma taxa de aplicação <strong>da</strong> força de 150 mm/min.Em nosso trabalho, o valor <strong>da</strong> média <strong>da</strong> força máxima foi relativamente maior que osde Lee e cols. 2 , o que deve estar associa<strong>do</strong> a menor veloci<strong>da</strong>de de aplicação <strong>da</strong> força na nossameto<strong>do</strong>logia de ensaio. Isso pode ser explica<strong>do</strong> <strong>da</strong> seguinte maneira: quanto maior é essa taxade aplicação <strong>da</strong> força, maior é a tendência ao comportamento frágil <strong>do</strong> material, ou seja,maior resistência à tração e menor deformação elástica, obten<strong>do</strong>-se assim maiores valores <strong>da</strong>força máxima. Isso também serve para explicar o maior deslocamento médio no momento <strong>da</strong>força máxima em nosso estu<strong>do</strong>, com valores cerca de seis vezes maior <strong>do</strong> que os obti<strong>do</strong>s porLee e cols. 2 Além disso, o desvio padrão <strong>da</strong> força máxima no presente trabalho foi inferior àmetade <strong>da</strong> encontra por esses autores, embora ambos tenham número semelhante de amostras,o que indica uma melhor reprodutibili<strong>da</strong>de em nosso estu<strong>do</strong>.Em joelhos humanos, Harvey e cols. 7 em pesquisas <strong>da</strong> força máxima <strong>do</strong> LCAobtiveram valores típicos de 2160 N. O autor ressalta, entretanto, que as forças estima<strong>da</strong>s queagem nesse ligamento no dia-a-dia não superam 20% <strong>da</strong> força máxima <strong>do</strong> ligamento. Em umestu<strong>do</strong> com 20 (vinte) joelhos de cadáveres humanos com média de i<strong>da</strong>de de 50,8 anos, Rossiet al 20 observaram que a resistência máxima <strong>do</strong> ligamento cruza<strong>do</strong> anterior é em média de90,12 Kgf.Para Müller e cols. 5 a resistência máxima a tração é o valor de menor interesse <strong>do</strong>ponto de vista funcional <strong>do</strong> LCA, embora seja importante para determinação <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des<strong>do</strong> material em estu<strong>do</strong>. Eles ain<strong>da</strong> sugerem que se de uma maior atenção à energia necessária


24para ruptura <strong>do</strong> ligamento, pois ela é indicativa <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> resistir à impactos,característica que a força máxima e o deslocamento não são capazes de determinar.Deve-se observar, entretanto que no presente trabalho o valor <strong>da</strong> força máxima <strong>do</strong>LCA não foi determina<strong>do</strong>, pois no momento que se registrou esse valor, ocorreu a avulsão <strong>da</strong>inserção femoral desse ligamento e não a ruptura <strong>da</strong> substância <strong>do</strong> LCA propriamente dita.Isso nos leva a crer que a força máxima <strong>do</strong> LCA de porcinos é superior aos valores aquiencontra<strong>do</strong>s.A rigidez <strong>do</strong>s sistemas fêmur-LCA-tíbia obti<strong>da</strong>s em nosso trabalho é mais que o <strong>do</strong>bro<strong>da</strong>quela relata<strong>da</strong> no estu<strong>do</strong> de Lee e cols. 2 No estu<strong>do</strong> desses autores o valor médio <strong>da</strong> rigidezfoi de 97,4 N/mm com um desvio padrão de 46,6 N/mm. Não sabemos explicar essadiferença, pois, como menciona<strong>do</strong> anteriormente, as proprie<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s materiais viscoelásticosvariam de acor<strong>do</strong> com a taxa de deslocamento, sen<strong>do</strong> que, em taxas maiores de aplicação,maiores valores de rigidez seriam espera<strong>do</strong>s. Portanto, como esses autores utilizaram umataxa de deslocamento bastante superior a <strong>do</strong> nosso estu<strong>do</strong>, seria espera<strong>do</strong> que eles tivessemvalores de rigidez superiores aos nossos. Uma possível explicação para o fato, seria a de queem nosso estu<strong>do</strong> os modelos animais eram porcos com cinco meses de i<strong>da</strong>de e, portanto, maisjovens <strong>do</strong> que os usa<strong>do</strong> por Lee e cols. 2 , (porcos adultos com cerca de um ano de i<strong>da</strong>de)embora não tenha si<strong>do</strong> encontra<strong>do</strong> nenhum trabalho na literatura explican<strong>do</strong> essa diferença. Odesvio padrão <strong>do</strong> nosso estu<strong>do</strong> foi novamente inferior ao encontra<strong>do</strong> por Lee e cols. 2Em estu<strong>do</strong> com modelos de cadáveres humanos, Harvey e cols. 7 , acharam o valormédio de 242 N/mm para a rigidez <strong>do</strong> LCA. Segun<strong>do</strong> esses autores, a posição <strong>do</strong> joelho influinos valores <strong>da</strong> rigidez, sen<strong>do</strong> que, em estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s em humanos com LCA intacto,maiores valores de rigidez foram observa<strong>do</strong>s nas amostras em orientação anatômica (joelhoestendi<strong>do</strong>). No trabalho de John e cols. 19 eles referiram que a rigidez <strong>do</strong> sistema femur-LCAtíbiaem cadáveres humanos previamente hígi<strong>do</strong>s tem si<strong>do</strong> reporta<strong>da</strong> com valores entre 182N/mm e 303 N/mm.O local de falha <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia em nosso trabalho foi bastantehomogêneo para os corpos de prova ensaia<strong>do</strong>s, com exceção <strong>do</strong> CP4, onde houve oarrancamento <strong>da</strong> fise femoral. Não sabemos a i<strong>da</strong>de exata que ocorre a ossificação <strong>da</strong> fise emmodelos porcinos, mas observamos através <strong>da</strong> radiografia <strong>do</strong> joelho <strong>do</strong> CP4 e <strong>do</strong> CP6, queesse evento ain<strong>da</strong> não havia ocorri<strong>do</strong>. No trabalho de Lee e cols. 2 , eles referiram ter usa<strong>do</strong>modelos porcinos adultos de 1 (um) ano de i<strong>da</strong>de. Outros artigos estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s, também,relataram que utilizaram modelos porcinos adultos, entretanto não informaram a i<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s


25porcos no momento <strong>do</strong> abate e nem mencionaram qualquer critério de como classificaramesses animais como adultos 1, 6, 9, 14, 16 .No nosso trabalho houve o rompimento <strong>da</strong> inserção femural <strong>do</strong> LCA nos demaiscorpos de prova. No estu<strong>do</strong> de Lee e cols. 2 , entretanto, houve o rompimento <strong>do</strong> LCA. Uma<strong>da</strong>s explicações para esta diferença está na taxa de deslocamento utiliza<strong>da</strong> por esses autores(150 N/mm), que pode alterar o mo<strong>do</strong> de falha <strong>da</strong> amostra em estu<strong>do</strong>. Sabe-se que as lesõesnos ligamentos ocorrem sob eleva<strong>da</strong> taxa de deslocamento.No trabalho de Liu e cols. 21 , entretanto, o sistema osso-ligamento-osso de 20 porcoscom 1 ano de vi<strong>da</strong> o local de falha <strong>do</strong> LCA foi na junção com o osso, tanto <strong>da</strong> tíbia quanto <strong>do</strong>fêmur, mesmo utilizan<strong>do</strong> uma veloci<strong>da</strong>de de deslocamento de 420 mm/mim . Em seu estu<strong>do</strong>,nenhum ligamento rompeu completamente; sen<strong>do</strong> que em 4 (quatro) corpos de prova foramdetecta<strong>do</strong>s rasgos parciais no ligamento.Uma <strong>da</strong>s limitações <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> foi a de que as espécies animais utiliza<strong>da</strong>sforam as mais jovens dentre os trabalhos consulta<strong>do</strong>s. Por isso, um melhor esclarecimentosobre o desenvolvimento ósseo em porcinos seria recomen<strong>da</strong><strong>do</strong>. Outra limitação foi o baixonumero de amostra utiliza<strong>da</strong>.Yamanaka e cols. 15 , referem em seu trabalho, que apesar de ter si<strong>do</strong> controla<strong>do</strong> emensura<strong>do</strong> o alongamento total <strong>do</strong> sistema, não foi possível determinar qual foi ocontribuição de ca<strong>da</strong> constituinte <strong>do</strong> sistema para esses valores. O autor sugere utilização, emfuturos estu<strong>do</strong>s, de mini-sensores de deslocamento para resolução dessa limitação. No nossotrabalho não conseguimos determinar em qual constituinte <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbiaocorreu a falha no limite de elastici<strong>da</strong>de. Já para a força máxima, observamos que a falhaocorreu na inserção femural <strong>do</strong> LCA em sete casos.Salientamos a importância <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s parâmetros biomecânicos estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s nopresente trabalho para termos referencias para futuros estu<strong>do</strong>s de resistência de fixaçõesligamentares para reconstrução <strong>do</strong> LCA.


266. CONCLUSÕESAs proprie<strong>da</strong>des <strong>mecânicas</strong> <strong>do</strong> sistema fêmur-LCA-tíbia <strong>do</strong>s modelos porcinosestu<strong>da</strong><strong>do</strong>s são:1. A rigidez média é de 205,61 N/mm com desvio padrão de ± 17,89 N/mm;2. A média <strong>da</strong> força no limite de elastici<strong>da</strong>de é de 883,11 N com desvio padrãode ± 88,19 N;3. A média <strong>do</strong> deslocamento no limite de elastici<strong>da</strong>de é de 4,27 mm com desviopadrão de 0,47 mm;4. A média <strong>da</strong> força máxima é de 1.480,72 N com desvio padrão de ± 135,17 N;5. A média <strong>do</strong> deslocamento na força máxima é de 13,79 mm com desvio padrãode 5,08 mm;6. A maioria <strong>da</strong>s falhas no sistema fêmur-LCA-tíbia ocorrem na inserçãofemural, com o arrancamento ósseo nesse local.


27REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Kousa PM,Järvinen TLN,Vihavainen M,Kannus P,Ahvenjärvi P,Kaikkonen A,et al. A bioabsorbable plug in bone-ten<strong>do</strong>n-bone reconstruction of the anteriorcruciate ligament: introduction of a novel fixation technique. Arthroscopy. 2001February;17(2):144-50.2. Lee CH,Huang GS,Chao KH,Wu SS, Chen Q. Differential pretensions of aflexor ten<strong>do</strong>n graft for anterior cruciate ligament reconstruction: A biomechanicalcomparison in a porcine knee model. Arthroscopy. 2005 may;21(5):540-6.3. Zantop T,Petersen W, Freddie HF. Anatomy of the anterior cruciate ligament.operative techniques in orthopaedics. 2005 january;15(1):20-8.4. Resende JL,Faria MTC,Las Casas EB,Oliveira EA, Gomes PTV. Mechanicalproperties characterization of knee cruciate ligaments through tensile tests. 18 thInternational Congress of Mechanical Engineering Ouro Preto, MG 2005.5. Müller SS,Silvares PRA,Pereira HR,Silva MAM,Sardenberg T, Leivas TP.Análise comparativa <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des macânicas <strong>do</strong> ligamento <strong>da</strong> patela e <strong>do</strong>tendão calcâneo. Botucatu: Facul<strong>da</strong>de de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP);2003.6. Kousa P,Järvinen TLN,Vihavainen M,Kannus P, Järvinen M. The Fixationstrength of six hamstring ten<strong>do</strong>n graft fixation devices in anterior cruciate ligamentreconstruction Part I: Femoral site. Am J Sports Med. 2003;31(2):174-81.7. Harvey A,Thomas NP, Amis AA. Fixation of the graft in reconstruction of theanterior cruciate ligament. J Bone Joint Surg [Br]. 2005 may;87-B(5):593-603.8. Castro JOM,Pereira PP,Marchetto A, Telini AC. Anatomia e biomecânica <strong>do</strong>ligamento <strong>do</strong> cruza<strong>do</strong> anterior. Revista <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Cirurgia <strong>do</strong>Joelho. 2003 janeiro-abril/2003;3(1):11.


289. Espejo-Baena A,Ezquerro F,De la Blanca AP,Na<strong>da</strong>l F Serrano-Fernandez J,Montañez-Heredia E. Comparison of initial mechanical properties of 4 hamstring graftfemoral fixation systems using nonpermanent hardware for anterior cruciate ligamentreconstruction: An in vitro animal study. Arthroscopy. 2006 April;22(4):433-40.10. Aerssens J,Boonen S,Lowet G, Dequeker J. Interspecies differences in bonecomposition, density,and quality: Potential implications for in vivo bone researchEn<strong>do</strong>crinology. 1998;139(2):663-70.11. Newman E,Turner AS, Wark JD. The potential of sheep for the study ofosteopenia: Current status and comparison with other animal models. Elsevier Inc.1995 April;16(4):277-84.12. Gaynor EF. Mechanical properties of bone. 1° ed. Springfield: Charles C.Thomas 1973.13. Trudel G,Koike Y,Dinh L, Uhthoff HK. Thawing of frozen calcaneus bonespecimens has no effect on the bone mineral density using dual energy x-rayabsorptiometry: a study in rabbits and humans*. Physiol Meas. 2005;26:769–77.14. Miyata K,Yasu<strong>da</strong> K,Kon<strong>do</strong> E,Nakano E,Kimura S, Hara N. Biomechanicalcomparisons of anterior cruciate ligament: reconstruction procedures with flexorten<strong>do</strong>n graft. J Orthop Sci. 2000;5:585-92.15. Yamanaka M,Yasu<strong>da</strong> K,Tohyama H,Nakano H, Wa<strong>da</strong> T. The effect of cyclicdisplacement on the biomechanical characteristics of anterior cruciate ligamentreconstructions. Am J Sports Med. 1999;27(No 6):772-7.16. Kousa P,Järvinen TLN,Vihavainen M,Kannus P, Järvinen M. The fixationstrength of six hamstring ten<strong>do</strong>n graft fixation devices in anterior cruciate ligamentreconstruction Part II: Tibial site. Am J Sports Med. 2003;31(No. 2):182-8.


2917. Moré ADO. Estu<strong>do</strong> experimental <strong>da</strong> resistência de fixações <strong>do</strong> enxerto detendão patelar na reconstruçao <strong>do</strong> ligamento cruza<strong>do</strong> anterior. São Paulo:Facul<strong>da</strong>de de Medicina <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo; 1995.18. Woo SLY,Hollis JM,A<strong>da</strong>ms DJ,Lyon RM, Takay S. Tensile properties of thehuman femur-anterior cruciate ligament-tibia complex. The effects of specimen ageand orientation. Am J Sports Med. 1991;19:217-25.19. John T T,Howell LCS, Hull ML. Contributions of femoral fixation methods tothe stiffness of anterior cruciate ligament replacements at implantation. Arthroscopy1999 May-June;15 (No 4):379-87.20. Rossi JDMBA,Leivas TP,Moré ADO,Camanho GL,Campos LAN, MedeirosFW. Estu<strong>do</strong> mecânico <strong>do</strong> ligamento cruza<strong>do</strong> anterior e <strong>do</strong> tendão patelar humano.Rev Bras Ortop. 1990;27:197-201.21. Liu SH,Kabo JM, Osti L. Biomechanics of two types of bone-ten<strong>do</strong>n-bone graftfor ACL reconstruction. J Bone Joint Surg. 1995(77-B):232-5.


30NORMAS ADOTADASEste trabalho foi elabora<strong>do</strong> seguin<strong>do</strong> a normatização para trabalhos de conclusão <strong>do</strong>Curso de Graduação em Medicina, aprova<strong>da</strong> em reunião <strong>do</strong> Colegia<strong>do</strong> <strong>do</strong> Curso de Graduçãoem Medicina <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal de Santa Catarina, em 27 de Novembro de 2005.


31FICHA DE AVALIAÇÃOA avaliação <strong>do</strong>s trabalhos de conclusão <strong>do</strong> Curso de Graduação em Medicinaobedecerá os seguintes critérios:1º. Análise quanto à forma;2º. Quanto ao conteú<strong>do</strong>;3º. Apresentação oral;4º. Material didático usa<strong>do</strong> na apresentação;5º. Tempo de apresentação:- 15 minutos para o aluno;- 05 minutos para ca<strong>da</strong> membro <strong>da</strong> Banca;- 05 minutos para réplica.DEPARTAMENTO DE: ___________________________________________ALUNO: ________________________________________________________PROFESSOR: ____________________________________________________NOTA1. FORMA ..........................................................................................................2. CONTEÚDO...................................................................................................3. APRESENTAÇÃO ORAL..............................................................................4. MATERIAL DIDÁTICO UTILIZADO..........................................................MÉDIA: _____________ (_______________________________________)Assinatura: ________________________________________

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