avaliação do diagnóstico de enfermagem risco de amamentação ...

Trabalho 148AVALIAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM RISCO DEAMAMENTAÇÃO INEFICAZ EM PUÉRPERAS 1 Vieira; F. 2Andrade, T.B 3Bachion, M.M. 4O período pós-parto é peculiar a cada mulher, é nesta fase que se insere aamamentação, que tão logo iniciada influenciará na duração e tipo dealeitamento. A amamentação e as propriedades ímpares do leite humano sempreforam comprovadas pelo conhecimento científico acerca do tema, porém, aamamentação não pode ser vista apenas como um fato biológico, ela deveabranger dimensões sociais, culturais e historicamente construídas a cerca dessemomento tão singular na vida dessa mulher (1) . Este período pode ser crítico navida dessas puérperas, uma vez que podem surgir alguns problemas, queocasionalmente levem ao surgimento do diagnóstico risco de amamentaçãoineficaz nessa fase. Por isso, este diagnóstico de risco precisa ser avaliado deforma sistematizada nesta fase de vida da mulher. Objetivo deste trabalho foianalisar o diagnóstico de enfermagem risco de amamentação ineficaz empuérperas. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, daqual participaram 40 puérperas. A coleta de dados foi iniciada após aprovação docomitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Universidade Federalde Goiás, e, aconteceu no período de fevereiro a maio de 2008, no domicílio dasparticipantes, mediante um encontro, utilizando entrevista, exame físico eobservação. O diagnóstico foi analisado a partir da Taxonomia II da NorthAmerican Nursing Diagnosis Association Internacional (NANDA-I) (2) . O risco deamamentação ineficaz esteve presente em 75% das puérperas. Rrelacionado,principalmente, ao déficit de conhecimento sobre amamentação (86,6%), àcriança que recebe alimentação suplementar com mamadeiras (60%) e à1 Observações: Este trabalho faz parte da Dissertação de Mestrado da 1ª autora,desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem – Mestrado, daFaculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEN/UFG)2 Doutoranda e Professora da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal deGoiás FEN/UFG. E-mail: flavianamori@gmail.com3 Aluna de Iniciação científica e de graduação da FEN/UFG.4 Doutora, Professora Titular da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal deGoiás FEN/UFG.1491

Trabalho 148ansiedade materna (30%). Porém outros fatores de risco como, esvaziamentoinsuficiente de cada mama por amamentação (23,3%), persistência dos mamilosdoloridos após a 1ª semana de amamentação (20%), história de fracasso durantea amamentação (13,3%), parceiro que não oferece apoio (10%), suprimento deleite inadequado percebido (10%), descontinuidade da sucção na mamada (6%)e criança chora ao ser posta no peito (3%). Esse diagnóstico apresentado pelaspuérperas mostra que elas convivem com o risco e os aspectos negativos dedesenvolvê-lo, representando alterações de saúde da mãe e do bebê, uma vezque se não houver uma intervenção no tempo necessário, o diagnóstico que atéentão é de risco, pode se tornar real, passando a amamentação ineficaz ouamamentação interrompida. Amamentar é uma nova realidade para a mulher,momento em que surgem muitos medos, dúvidas e alguns problemas muitocomuns desta fase. Assim, o enfermeiro tem papel primordial no apoio eorientação à puérpera, em especial no puerpério imediato, fase em que sãoestabelecidos os primeiros contatos entre a mãe e o bebê. Com a identificaçãodo diagnóstico de enfermagem de risco de amamentação ineficaz, por meio dosseus fatores de risco, é possível apontar direcionamentos para o cuidado deEnfermagem desde o pré-natal e sua continuação no puerpério. A análise destediagnóstico mostra a necessidade de um acompanhamento mais próximo dapuérpera, para que políticas públicas relacionadas à amamentação sejamfortalecidas e com isso promova a redução do desmame precoce.Descritores: Período pós-parto; Diagnóstico de Enfermagem; Amamentação;Enfermagem Obstétrica.Referências1. Nakano MAS. As vivências da amamentação para um grupo de mulheres: noslimites do ser “o corpo para o filho” e de ser “o corpo para si”. Cad. SaúdePública, Rio de Janeiro; 2003, 19(Sup.2):S355-63.2. North American Nursing Diagnosis Association International. Diagnósticos deEnfermagem da NANDA: definições e classificação 2009/2011. Porto Alegre:Artmed; 2010.3. Silva AV, Oliveira DM, Grei EVE, Gonçalves PC, Gesteira ECR. Fatores derisco para o desmame precoce na perspectiva das puérperas- resultados ediscussão. Rev Inst Ciênc Saúde; 2009,27(3):220-5.1492