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breve panorama da historiografia do protestantismo no brasil ... - UEM

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Revista Brasileira de História <strong>da</strong>s Religiões. ANPUH, A<strong>no</strong> II, n. 4, Mai. 2009 - ISSN 1983-2850http://www.dhi.uem.br/gtreligiao - Comunicações_____________________________________________________________________________num artigo por Elizete <strong>da</strong> Silva (2003, pp. 1-26), com especial ênfase nas de<strong>no</strong>minaçõesanglicana e batista. No Brasil, entre os anglica<strong>no</strong>s, duas foram as atitudes frente àescravidão: uma passiva, já que muitos membros <strong>da</strong> igreja possuíam e atécomercializavam escravos, e já haviam se acomo<strong>da</strong><strong>do</strong> com o fato de a instituiçãoescravista estar arraiga<strong>da</strong> na vi<strong>da</strong> sócio-econômica <strong>brasil</strong>eira; outra de condenação <strong>da</strong>escravidão, principalmente por influência <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong>des anti-escravistas internacionais.Ambas demonstram a incoerência e a falta de um pensamento unísso<strong>no</strong> na comuni<strong>da</strong>deanglicana. Entre os batistas estadunidenses também prevaleceu essa dubie<strong>da</strong>de.Os primeiros colo<strong>no</strong>s eram a favor <strong>da</strong> escravidão (haviam saí<strong>do</strong> <strong>do</strong>s EUA após aderrota na Guerra de Secessão) e viam o Brasil como um terra de <strong>no</strong>vas oportuni<strong>da</strong>des,a Nova Canaã <strong>do</strong>s confedera<strong>do</strong>s derrota<strong>do</strong>s. Os missionários e batistas <strong>brasil</strong>eiros emgeral, segun<strong>do</strong> Silva, após 1888, construíram o discurso de que o escravismo eraincompatível com a fé cristã. Assim fica perceptível a ausência de uma ação coletiva<strong>da</strong>s duas de<strong>no</strong>minações contra a escravidão. Muitas vezes o objetivo principal é salvar aalma <strong>do</strong> escravo, sem considerar os aspectos sociais envolvi<strong>do</strong>s nesse processo; atéporque, antes <strong>da</strong> abolição, havia ain<strong>da</strong> o receio de contrariar uma instituição <strong>do</strong> Império,onde a liber<strong>da</strong>de religiosa não era uma reali<strong>da</strong>de completa. Somente após aProclamação <strong>da</strong> República é que de<strong>no</strong>minações protestantes, como a batista, puderamassumir posições claras sem correr muitos riscos.Ain<strong>da</strong> <strong>no</strong> âmbito <strong>da</strong> discussão <strong>da</strong> escravidão, mu<strong>da</strong>n<strong>do</strong>, entretanto, o ângulo deanálise, Marcus J. M. Carvalho (2004, p.327-334) trouxe informações extremamentei<strong>no</strong>va<strong>do</strong>ras quanto à prática protestante <strong>no</strong> Recife. Mesmo que a religiosi<strong>da</strong>de em si nãoseja objeto de uma pesquisa mais aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>do</strong> autor (que estu<strong>da</strong> os movimentossociais, o mun<strong>do</strong> atlântico e o universo <strong>da</strong> escravidão em Pernambuco), o peque<strong>no</strong>artigo em que abor<strong>da</strong> a prisão de Agostinho José Pereira, o Divi<strong>no</strong> Mestre, pode proporreflexões importantes inclusive quanto à real <strong>da</strong>ta de formação <strong>da</strong> primeira igrejaprotestante <strong>do</strong> Brasil.Agostinho foi preso, em 1846, portan<strong>do</strong> uma Bíblia e pregan<strong>do</strong> pelas ruas deRecife: ele sabia ler e escrever e provavelmente havia ensina<strong>do</strong> a alguns (se não to<strong>do</strong>s)de seus "discípulos". Para a polícia, entretanto, não foi a Bíblia o escrito que maischamou atenção: foi o "ABC" que estava entre os pertences <strong>do</strong> Mestre. Este tipocaracterístico de literatura tinha referências ao Haiti, local onde havia ocorri<strong>do</strong> uma344


Revista Brasileira de História <strong>da</strong>s Religiões. ANPUH, A<strong>no</strong> II, n. 4, Mai. 2009 - ISSN 1983-2850http://www.dhi.uem.br/gtreligiao - Comunicações_____________________________________________________________________________insurreição escrava de tal magnitude que arrepiou os senhores de escravos <strong>no</strong> Brasil.Referia-se também a um Adão more<strong>no</strong>, um Abraão more<strong>no</strong>, a um Cristo more<strong>no</strong>;lembrava <strong>da</strong> liber<strong>da</strong>de antiga e avisava: "Fácil é serem sujeitos de quem já foramsenhores.".Quero chamar atenção, na ver<strong>da</strong>de, para a peculiari<strong>da</strong>de <strong>da</strong> crença de Agostinho.No tempo em que pregava <strong>no</strong> Recife, não havia ain<strong>da</strong> uma inserção <strong>do</strong> chama<strong>do</strong>"<strong>protestantismo</strong> histórico". O Mestre não foi ensina<strong>do</strong> a descrer <strong>da</strong>s imagens <strong>do</strong>s santospor nenhuma de<strong>no</strong>minação estrangeira; não a<strong>do</strong>tou a prática <strong>da</strong> leitura <strong>da</strong> Bíblia sobincentivo de nenhum pastor, de nenhuma "igreja"; não afirmou que o catolicismodeixava de cumprir os man<strong>da</strong>mentos de Deus como uma estratégia de crescimento denenhuma de<strong>no</strong>minação específica. Segun<strong>do</strong> Agostinho, sua conversão veio de umainspiração Divina e estava sempre em contato com "Ele".Não sei se Carvalho teve essa intenção, mas podemos inclusive discutir sobre seessa crença difundi<strong>da</strong> pelo Divi<strong>no</strong> Mestre não origi<strong>no</strong>u a primeira igreja protestante <strong>do</strong>Brasil. Igreja <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> de reunião de pessoas; igreja que tem uma revolução comoobjetivo; igreja que abomina a escravidão; igreja negra. Mas também uma igreja queestu<strong>da</strong> a Bíblia, e dá um destaque às passagens que mencionam a liber<strong>da</strong>de; igreja quetem a expectativa <strong>da</strong> redenção. Será que Agostinho foi um pioneiro de uma pregação decunho protestante mesmo sem estar liga<strong>do</strong> a nenhuma instituição que assim sede<strong>no</strong>mine? O que ele ensinava pode ser descrito como <strong>protestantismo</strong>? Não tenhorespostas para essas perguntas. São apenas questões para se discutir.Entran<strong>do</strong> <strong>no</strong>vamente nas queixas <strong>do</strong> <strong>protestantismo</strong> "formal", outra polêmica foia questão <strong>do</strong>s enterros. A jurisdição católica sobre os cemitérios criava uma série deimpedimentos para o sepultamento de não-católicos, um grupo que, principalmente porcausa <strong>da</strong> on<strong>da</strong> imigratória, crescia a ca<strong>da</strong> dia. Cláudia Rodrigues (que também nãoestu<strong>da</strong> especificamente o <strong>protestantismo</strong>) publicou um artigo discutin<strong>do</strong> a problemática<strong>do</strong>s sepultamentos e explica que o fenôme<strong>no</strong> <strong>da</strong> romanização, ocorri<strong>do</strong> em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong>século XIX, foi também responsável pela extinção <strong>da</strong> "tolerância" havi<strong>da</strong> para o enterrode não-católicos. A partir de então, um número razoável de enterros, sobretu<strong>do</strong> deprotestantes, é impedi<strong>do</strong> pelos sacer<strong>do</strong>tes católicos de diversas regiões <strong>do</strong> Brasil. E essefoi um problema que começou a preocupar também o Esta<strong>do</strong> <strong>brasil</strong>eiro. Segun<strong>do</strong>Rodrigues (2008, p. 30):345


Revista Brasileira de História <strong>da</strong>s Religiões. ANPUH, A<strong>no</strong> II, n. 4, Mai. 2009 - ISSN 1983-2850http://www.dhi.uem.br/gtreligiao - Comunicações_____________________________________________________________________________Não parecia mais ser consenso que os cemitérios fossem de <strong>do</strong>mínioeclesiástico. Iniciava-se, assim, um longo e tenso debate conduzi<strong>do</strong>por políticos e intelectuais <strong>da</strong> chama<strong>da</strong> Geração 1870 a respeito <strong>da</strong>natureza <strong>da</strong> jurisdição que deveria haver sobre os cemitérios públicos,se eclesiástica ou civil. Na medi<strong>da</strong> em que o Império ganhava <strong>no</strong>voscontor<strong>no</strong>s sociais, econômicos e políticos, apresentan<strong>do</strong> umasocie<strong>da</strong>de bastante transforma<strong>da</strong>, o caráter eclesiástico <strong>da</strong>s necrópolesrepresentava um obstáculo a ser transposto, uma vez que o “público”a quem se destinavam não seria mais exatamente o mesmo “público”que antes pre<strong>do</strong>minava.Rodrigues (IBID, p. 31) menciona que o gover<strong>no</strong> passou a perceber os riscos queas medi<strong>da</strong>s católicas representavam para os projetos de imigração "frente ao iminentefim <strong>da</strong> escravidão; sem contar, é claro, a questão racial que também estava por trás desteprojeto."; solicitou, então, que a Igreja Católica separasse em to<strong>do</strong>s os cemitériospúblicos um espaço para os não-católicos. Entretanto, somente com a instauração <strong>do</strong>regime republica<strong>no</strong> foi possível secularizar os cemitérios e ampliar a assistência dedireitos civis aos não-católicos. Obviamente, os protestantes foram os mais"privilegia<strong>do</strong>s", em relação a outros grupos religiosos, como os praticantes <strong>da</strong>s religiõesafro-<strong>brasil</strong>eiras, que durante muitas déca<strong>da</strong>s foram ou ig<strong>no</strong>ra<strong>do</strong>s ou persegui<strong>do</strong>s pelasautori<strong>da</strong>des públicas.Ten<strong>do</strong> dito isto, é preciso chamar atenção para a reação <strong>do</strong>s protestantes à açãocatólica de impedir os sepultamentos. A publicação de <strong>no</strong>tícias desse tipo em periódicoscomo a Imprensa Evangélica, lança<strong>do</strong> pelos presbiteria<strong>no</strong>s, provocou grande polêmicanas comuni<strong>da</strong>des protestantes de to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong>des em que os periódicos passavam egeravam uma tensão indeseja<strong>da</strong> pelos gover<strong>no</strong>s. Um argumento, certamente bemsucedi<strong>do</strong>, utiliza<strong>do</strong> pelos protestantes foi o de que to<strong>do</strong>s aqueles que lutassem contra asameaças sofri<strong>da</strong>s e as péssimas condições civis <strong>da</strong><strong>da</strong>s a eles eram os maioresinteressa<strong>do</strong>s <strong>no</strong> "progresso" <strong>do</strong> país como um to<strong>do</strong>, progresso que só esses homenspoderiam oferecer.Antônio Gouvêa Men<strong>do</strong>nça (2001, p. 39-40) foi um sociólogo que teve muitainfluência <strong>no</strong>s estu<strong>do</strong>s de <strong>protestantismo</strong> e, em particular <strong>do</strong> presbiterianismo, <strong>no</strong> Brasil.Em suas obras, caracteriza o perío<strong>do</strong> inicial <strong>da</strong> implantação <strong>do</strong> presbiterianismo <strong>no</strong>Brasil como um “cenário aberto”, principalmente porque “a Igreja Católica apresentavasensíveis pontos de fraqueza que a tornava vulnerável naquele momento <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong><strong>no</strong>va nação.” O regime <strong>do</strong> padroa<strong>do</strong> teria submeti<strong>do</strong> a Igreja a um gover<strong>no</strong> quase346


Revista Brasileira de História <strong>da</strong>s Religiões. ANPUH, A<strong>no</strong> II, n. 4, Mai. 2009 - ISSN 1983-2850http://www.dhi.uem.br/gtreligiao - Comunicações_____________________________________________________________________________anticlerical, e esta situação seria agrava<strong>da</strong> pelos parcos recursos huma<strong>no</strong>s <strong>da</strong> Igreja parafazer o acompanhamento religioso <strong>do</strong>s fiéis; inclusive, muitos católicos preferiamcontinuar com suas práticas religiosas livres <strong>da</strong>s intervenções <strong>da</strong> Igreja como instituição.Esta afirmação é influencia<strong>da</strong> por Émile Leonard (1981, p. 30), que chamou atençãopara o fato de que a insuficiência numérica <strong>do</strong> clero <strong>brasil</strong>eiro se fez acompanhar de umenfraquecimento de sua vi<strong>da</strong> espiritual, influencian<strong>do</strong>, inclusive a opinião estrangeira:“diminuição real <strong>do</strong> zelo apostólico, dissolução <strong>do</strong>s costumes e o indiferentismoreligioso <strong>do</strong> Brasil foram, durante muito tempo, lugar comum <strong>do</strong>s viajantes europeus.”Complementan<strong>do</strong> sua discussão, Men<strong>do</strong>nça menciona os quatro elementosbásicos <strong>da</strong> ação missionária <strong>no</strong> Brasil: a evangelização, o culto, a organização e aeducação. A evangelização seria o “núcleo central” de to<strong>da</strong> missão, e, <strong>no</strong> casopresbiteria<strong>no</strong>, teria si<strong>do</strong> eminentemente cristológica, enfatizan<strong>do</strong> o amor de um Deusque busca uma “decisão individual”, sem olvi<strong>da</strong>r <strong>da</strong> <strong>do</strong>utrina básica, que é apredestinação, e <strong>do</strong> instrumento principal que é a Bíblia, como única “regra de fé eprática”. O culto também é um caso especial, pois o calvinismo estabeleceu regrasinclusive para as reuniões <strong>do</strong>s fiéis, apresentan<strong>do</strong> um padrão de liturgia que deveria sersegui<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s. Incluiu momentos de confissão de peca<strong>do</strong>s (o homem e Deus, a sós),canto de hi<strong>no</strong>s e, considera<strong>da</strong> mais importante, a pregação, ou sermão, <strong>no</strong> qual o caráterpe<strong>da</strong>gógico e racional assume uma proeminência especial.No que concerne à organização <strong>da</strong> Igreja, pouco mu<strong>do</strong>u. De acor<strong>do</strong> com o autor(IBID, p. 56-57), a forma de gover<strong>no</strong> basea<strong>da</strong> <strong>no</strong>s presbíteros (democráticorepresentativaconciliar) continua a ser utiliza<strong>da</strong> na grande maioria <strong>da</strong>s IgrejasPresbiterianas, apesar de algumas vertentes demonstrarem uma orientação para opresidencialismo, basean<strong>do</strong>-se na simpatia para com o poder personifica<strong>do</strong>. O último enão me<strong>no</strong>s importante ponto é a educação. Sabe-se que os presbiteria<strong>no</strong>s forampioneiros na educação protestante em São Paulo, e em to<strong>do</strong> o Brasil, por ondepassavam, os missionários faziam questão de estimular a alfabetização de seus fiéis, jáque a leitura individual <strong>da</strong> Bíblia é um ponto fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> prática presbiteriana.Tenho me dedica<strong>do</strong>, ultimamente, a um estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> presbiterianismo na Bahia. Abibliografia é inexistente. To<strong>da</strong>via, em âmbito nacional, a Universi<strong>da</strong>de PresbiterianaMackenzie tem divulga<strong>do</strong> inúmeros estu<strong>do</strong>s sobre a história <strong>da</strong> Igreja Presbiteriana <strong>no</strong>Brasil. Seu historia<strong>do</strong>r oficial, Dr. Alderi Souza de Matos, já fez uma série de pesquisas347


Revista Brasileira de História <strong>da</strong>s Religiões. ANPUH, A<strong>no</strong> II, n. 4, Mai. 2009 - ISSN 1983-2850http://www.dhi.uem.br/gtreligiao - Comunicações_____________________________________________________________________________minuciosas de personagens, até pouco tempo obscuros, <strong>da</strong> trajetória presbiteriana. Seulivro sobre os pioneiros (MATOS, 2004) é uma referência obrigatória para to<strong>do</strong> aqueleque quer estu<strong>da</strong>r essa de<strong>no</strong>minação. É um trabalho prosopográfico de muita quali<strong>da</strong>de.Quero destacar apenas alguns <strong>do</strong>s artigos publica<strong>do</strong>s pelo autor ao longo de sua carreira.Matos divulgou um bom estu<strong>do</strong> biográfico sobre Robert Reid Kalley, o pioneiro<strong>do</strong> <strong>protestantismo</strong> de missão (ou conversão) <strong>no</strong> Brasil, apresentan<strong>do</strong> sua trajetória desdeas perseguições na Ilha <strong>da</strong> Madeira, até as perseguições <strong>no</strong> Brasil, enfatizan<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong><strong>da</strong> fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Igreja Evangélica Fluminense, <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> de 11 de julho de 1858, quan<strong>do</strong> <strong>do</strong>batismo <strong>do</strong> primeiro converso <strong>brasil</strong>eiro, Pedro Nolasco de Andrade. Outras iniciativassuas são aquelas que tratam <strong>da</strong> participação feminina <strong>no</strong>s primórdios <strong>da</strong> IPB, outrotrabalho prosopográfico que auxilia na composição de <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong>s famílias pioneiras <strong>do</strong>presbiterianismo <strong>no</strong> Brasil.Assim também o trabalho sobre o ex-padre José Manuel <strong>da</strong> Conceição, que setor<strong>no</strong>u o primeiro pastor protestante <strong>brasil</strong>eiro (foi ordena<strong>do</strong> em dezembro de 1865),mostran<strong>do</strong> as principais características de seu ministério após a conversão, e, inclusive,admitin<strong>do</strong> que este pastor não teve a intenção de levar seus antigos paroquia<strong>no</strong>s para aigreja protestante: Conceição pensava em uma reforma <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> religiosa <strong>da</strong>s pessoas, oque não precisaria implicar diretamente, para ele, em “trocar de igreja”. Esses e outrosartigos podem ser encontra<strong>do</strong>s facilmente <strong>no</strong> site <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Mackenzie(www.mackenzie.com.br), de onde Alderi Matos é professor.O autor publicou três artigos que sintetizam o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> prelúdio <strong>da</strong> açãopresbiteriana <strong>no</strong> Brasil. Trata <strong>da</strong>s “Origens Externas <strong>do</strong> Presbiterianismo”, abor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> osprincipais acontecimentos <strong>no</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, como a divisão <strong>da</strong> Igreja Presbiteriana<strong>do</strong> Norte e <strong>do</strong> Sul devi<strong>do</strong>, entre outros motivos, à problemática <strong>da</strong> escravidão. É umtexto que recorre, to<strong>do</strong> tempo, à <strong>do</strong>cumentação. O autor fala, ain<strong>da</strong>, <strong>da</strong>s “Bases <strong>do</strong>Presbiterianismo”, em que, alian<strong>do</strong> à uma biografia de Ashbell Green Simonton, oprimeiro missionário presbiteria<strong>no</strong> <strong>do</strong> Brasil, procura enfatizar a importância <strong>da</strong>educação como instrumento de evangelização <strong>do</strong>s <strong>brasil</strong>eiros. E, por último, faz umestu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s principais identi<strong>da</strong>des que um presbiteria<strong>no</strong> tem que assumir: a deReforma<strong>do</strong>, a de Calvinista e a de Presbiteria<strong>no</strong>, mostran<strong>do</strong> a origem de ca<strong>da</strong> um destestermos. São estu<strong>do</strong>s muito interessantes.348


Revista Brasileira de História <strong>da</strong>s Religiões. ANPUH, A<strong>no</strong> II, n. 4, Mai. 2009 - ISSN 1983-2850http://www.dhi.uem.br/gtreligiao - Comunicações_____________________________________________________________________________Quero chamar atenção para o caráter confessional <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s de Matos. Aquase totali<strong>da</strong>de de suas produções consulta<strong>da</strong>s tem um objetivo muito explícito derelembrar personagens de forte apelo emocional dentro <strong>da</strong> de<strong>no</strong>minação presbiteriana,ou ain<strong>da</strong> preservar a memória <strong>da</strong>queles que foram responsáveis pela consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>de<strong>no</strong>minação <strong>no</strong> Brasil. Obviamente, isso não descaracteriza sua obra, que é vasta einteressante, to<strong>da</strong>via, esse cunho confessional dificulta a divulgação acadêmica e corre orisco de se tornar seus escritos uma referência bibliográfica apenas factual.Quan<strong>do</strong> fazemos um recorte geográfico, constatamos que há uma deficiênciamuito grande de bibliografia a respeito <strong>do</strong> <strong>protestantismo</strong> na Bahia neste mesmoperío<strong>do</strong>. Poucas foram as pessoas que se interessaram por esse tema, ou, pelo me<strong>no</strong>s,poucos são os trabalhos publica<strong>do</strong>s. Felizmente, há exceções. Sob uma perspectiva maisgeral, Kátia Mattoso (1992, p. 415-431) tratou <strong>do</strong>s momentos iniciais <strong>do</strong>estabelecimento <strong>do</strong> <strong>protestantismo</strong> na Bahia. Mesmo reconhecen<strong>do</strong> que a autora nãoteve a intenção de fazer uma análise mais profun<strong>da</strong> dessa questão, queremos destacaralguns pontos que podem confundir o leitor.Mattoso afirma que, “contrariamente aos cultos afro-<strong>brasil</strong>eiros, o<strong>protestantismo</strong> oferecia à população outro caminho de salvação cristã, com <strong>do</strong>utrinas epráticas atraentes.” É preciso lembrar que por mais que esse outro caminho oferecesse“privilégios” (como a ascensão hierárquica dentro <strong>da</strong> Igreja) e mostrasse maior"comprometimento" com a religião <strong>do</strong> que a maioria <strong>do</strong> clero católico através <strong>da</strong>reputação de seus ministros, poderia se tornar "má" opção por representar uma moralmais rígi<strong>da</strong> e exigir conduta exemplar <strong>do</strong> fiel. Entretanto, não quero desconsideraroutras perspectivas de análise, e, com certeza, a preferência religiosa desses <strong>no</strong>vosconverti<strong>do</strong>s ain<strong>da</strong> precisa ser alvo de muitos estu<strong>do</strong>s.Outra afirmação mal coloca<strong>da</strong> aparece quan<strong>do</strong> a autora diz que as igrejasprotestantes impunham uma severa disciplina, a ponto de chegar a exigir “o rompimento<strong>do</strong>s laços de família.” A autora não menciona nenhuma de<strong>no</strong>minação específica, maspelo me<strong>no</strong>s <strong>no</strong> que se refere ao presbiterianismo, isso não procede. Ao contrário, ospastores procuravam fazer com que os membros <strong>da</strong> Igreja conquistassem seus familiarespara a fé protestante através <strong>do</strong> testemunho. Pelo me<strong>no</strong>s em geral, não pediam quecasais se separassem, caso um <strong>do</strong>s cônjuges não se tornasse crente, e não pediam quepais aban<strong>do</strong>nassem seus filhos, ou filhos desamparassem seus pais. Na igreja que é349


Revista Brasileira de História <strong>da</strong>s Religiões. ANPUH, A<strong>no</strong> II, n. 4, Mai. 2009 - ISSN 1983-2850http://www.dhi.uem.br/gtreligiao - Comunicações_____________________________________________________________________________objeto de meu estu<strong>do</strong> mais aprofun<strong>da</strong><strong>do</strong>, a Igreja Presbiteriana <strong>da</strong> Bahia, vê-se que háum caso (ATAS de Reunião <strong>da</strong> IPBa, 1893, pp. 115, 117 e 120) em que um senhordeixou de ser batiza<strong>do</strong> por não se reconciliar com sua filha, com quem havia rompi<strong>do</strong>relações. Os líderes <strong>da</strong> Igreja Presbiteriana <strong>da</strong> Bahia tentaram restabelecer os laçosfamiliares, mesmo que to<strong>do</strong>s os componentes <strong>do</strong> núcleo familiar não fossem membros<strong>da</strong>quela comuni<strong>da</strong>de.Marli Geral<strong>da</strong> Teixeira (1975) fez um trabalho muito interessante sobre osbatistas na Bahia. Estabelecen<strong>do</strong> um universo cro<strong>no</strong>lógico entre 1882 – “instalação <strong>da</strong>ação missionária batista na Bahia” – e 1925, “encerramento <strong>da</strong> Questão Radical –movimento de contestação à liderança missionária que agitou as igrejas batistas <strong>do</strong>Nordeste entre 1922 e 1925“, a autora discute em sua tese três questões fun<strong>da</strong>mentais: a“i<strong>no</strong>vação” que a <strong>do</strong>utrina batista representava para os padrões culturais baia<strong>no</strong>s; autilização de diversos meios de propagan<strong>da</strong>, ain<strong>da</strong> que limita<strong>do</strong>s “pelas característicasmarcantes <strong>do</strong> catolicismo <strong>brasil</strong>eiro e pelos graus altamente restritivos <strong>do</strong>scompromissos exigi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> converti<strong>do</strong>”; e, por último, a a<strong>do</strong>ção de “rígi<strong>do</strong>s critériosestruturais, <strong>do</strong>utrinários e comportamentais”, para consoli<strong>da</strong>r a de<strong>no</strong>minação num“ambiente adverso”. Uma <strong>da</strong>s partes mais interessantes desse trabalho é aquela em que aautora demonstra a pre<strong>do</strong>minância de elementos <strong>da</strong>s classes pobres entre os membros<strong>da</strong>s igrejas batistas <strong>no</strong> século XIX; as figuras ilustres, letra<strong>da</strong>s, de melhor condiçãofinanceira existiram, mas em mi<strong>no</strong>ria.O último trabalho que queremos destacar sobre o <strong>protestantismo</strong> <strong>da</strong> Bahia <strong>no</strong>século XIX, é o de Elizete <strong>da</strong> Silva (1998), que já tem uma longa trajetória nesse tipo deestu<strong>do</strong>. Em sua tese sobre os anglica<strong>no</strong>s e batistas, a autora tentou responder a uma sériede questões que foram ig<strong>no</strong>ra<strong>da</strong>s pela <strong>historiografia</strong> religiosa, como, por exemplo, arelação entre os extremos: “o esforço proselitista <strong>do</strong>s batistas” e o “distanciamento e osilêncio <strong>do</strong>s anglica<strong>no</strong>s”. Silva pretendeu analisar como os britânicos enxergavam amanifestação <strong>da</strong>s “crenças e <strong>do</strong>s sentimentos religiosos” por parte <strong>da</strong> população baiana e<strong>brasil</strong>eira, bem como identificar quais as representações construí<strong>da</strong>s sobre a socie<strong>da</strong>de ea cultura locais.Ao longo deste peque<strong>no</strong> artigo, ficou clara a diversi<strong>da</strong>de de assuntos e adiversi<strong>da</strong>de de disciplinas (história, sociologia, filosofia) que se propõem a estu<strong>da</strong>r o<strong>protestantismo</strong> <strong>brasil</strong>eiro <strong>do</strong> século XIX. São autores liga<strong>do</strong>s às de<strong>no</strong>minações, como <strong>no</strong>350


Revista Brasileira de História <strong>da</strong>s Religiões. ANPUH, A<strong>no</strong> II, n. 4, Mai. 2009 - ISSN 1983-2850http://www.dhi.uem.br/gtreligiao - Comunicações_____________________________________________________________________________caso de Alderi S. Matos e Antônio G. Men<strong>do</strong>nça; são pesquisa<strong>do</strong>res que esbarraramneste tema como Marcus Carvalho; são estu<strong>do</strong>s que decorrem de outras pesquisas maisantigas, como <strong>no</strong> caso de Cláudia Rodrigues; são reflexões surgi<strong>da</strong>s a partir deexperiências <strong>do</strong>lorosas, como aconteceu com Rubem Alves; são historia<strong>do</strong>resdesbrava<strong>do</strong>res, como Marli Geral<strong>da</strong> Teixeira e Elizete Silva.Não tive a pretensão, nem seria possível, de colocar neste artigo to<strong>da</strong>s as obrasreferentes a estes tema e perío<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>no</strong>ssa história. Alguns artigos apenas repetem o quejá foi dito há muito tempo e outros deman<strong>da</strong>m uma análise um pouco mais deti<strong>da</strong>, o quecertamente ocorrerá em outras oportuni<strong>da</strong>des e pelas mãos <strong>do</strong>s <strong>no</strong>vos pesquisa<strong>do</strong>res.Meu objetivo aqui foi apresentar um balanço historiográfico que pode servir de ponto departi<strong>da</strong> e suscitar muitas questões ain<strong>da</strong> negligencia<strong>da</strong>s na história <strong>do</strong> <strong>protestantismo</strong><strong>brasil</strong>eiro.Assim, encerro aqui esta <strong>breve</strong> análise historiográfica <strong>do</strong> <strong>protestantismo</strong> <strong>no</strong>Brasil <strong>do</strong> século XIX. Dei uma ênfase, em certa parte <strong>do</strong> texto, à <strong>historiografia</strong> <strong>do</strong>presbiterianismo, que é o meu objeto de pesquisa, e quero destacar, mais uma vez, aausência de estu<strong>do</strong>s sob o presbiterianismo na Bahia. Esta foi a primeira de<strong>no</strong>minaçãoprotestante a se fixar <strong>no</strong> território baia<strong>no</strong> com intentos proselitistas, e foi a primeira apropor uma mu<strong>da</strong>nça radical de comportamento <strong>da</strong> população que aderia à <strong>no</strong>va fé. Porisso, acredito que seria muito váli<strong>do</strong> complementar a produção de História Religiosa naacademia baiana a partir <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> Igreja Presbiteriana. É uma história que precisaser conta<strong>da</strong>.ReferênciasALBUQUERQUE, Eduar<strong>do</strong> Basto de. Distinções <strong>no</strong> Campo de Estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Religião e<strong>da</strong> História. In: GUERRIERO, Silas (Org.). O Estu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s Religiões: DesafiosContemporâneos. São Paulo: Paulinas, 2003 (Coleção Estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> ABHR).ALVES, Rubem. Protestantismo e Repressão. São Paulo: Ática, 1982.BOURDIEU, Pierre. A Eco<strong>no</strong>mia <strong>da</strong>s Trocas Simbólicas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva,1987.CÉSAR, Elben M. Lenz. História <strong>da</strong> Evangelização <strong>no</strong> Brasil: <strong>do</strong>s Jesuítas aosNeopentecostais. Viçosa, Ultimato, 2000.CHARTIER, Roger. A História Cultual Entre Práticas e Representações. Rio deJaneiro : Bertrand Brasil, Lisboa [Portugal] : Difel, 1990.351


Revista Brasileira de História <strong>da</strong>s Religiões. ANPUH, A<strong>no</strong> II, n. 4, Mai. 2009 - ISSN 1983-2850http://www.dhi.uem.br/gtreligiao - Comunicações_____________________________________________________________________________D'ALESSIO, Marcia Mansor. Reflexões sobre o saber histórico: Pierre Vilar, MichelVovelle, Madeleine Rebérioux. São Paulo: Ed. <strong>da</strong> UNESP, 1998.DREHER, Martin N. Protestantismos na América Meridional. In: SIEPIERSKI, PauloD. e GIL, Benedito M. (org.) Religião <strong>no</strong> Brasil: enfoques, dinâmicas e abor<strong>da</strong>gens.São Paulo: Paulinas, 2003.DUNSTAN, Leslie. Protestantismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1964.GAARDNER, Jostein (org.). O Livro <strong>da</strong>s Religiões. São Paulo: Companhia <strong>da</strong>s Letras,2000.GOMES, Antônio Máspoli de Araújo. Religião, Educação e Progresso: A Contribuição<strong>do</strong> Mackenzie College para a Formação <strong>do</strong> Empresaria<strong>do</strong> em São Paulo entre 1870 e1914. São Paulo: Editora Mackenzie, 2000.HACK, Osval<strong>do</strong> Henrique. Rev. José Manuel <strong>da</strong> Conceição: o Primeiro PastorPresbiteria<strong>no</strong> Brasileiro. In: VV.AA. José Ma<strong>no</strong>el <strong>da</strong> Conceição: o Primeiro PastorBrasileiro. São Paulo: Mackenzie, 2001.HILSDORF, Maria Lucia S. Simonton e o Pa<strong>no</strong>rama <strong>do</strong> Brasil <strong>no</strong>s mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> séculoXIX. In: Marcel Mendes; Cláudio Lembo; Maria Lúcia S. Hils<strong>do</strong>rf; Alderi S. Matos.(Org.). Simonton, 140 A<strong>no</strong>s de Brasil. 1 ed. São Paulo: Editora Mackenzie, 2000, v. 3.HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes <strong>do</strong> Brasil. São Paulo: Companhia <strong>da</strong>s Letras,1997.LEMBO, Cláudio. Proto<strong>protestantismo</strong> <strong>no</strong> Brasil. In: VV.AA. Simonton, 140 a<strong>no</strong>s. In:Marcel Mendes; Cláudio Lembo; Maria Lúcia S. Hils<strong>do</strong>rf; Alderi S. Matos. (Org.).Simonton, 140 A<strong>no</strong>s de Brasil. 1 ed. São Paulo: Editora Mackenzie, 2000, v. 3LEONÁRD, Émile. O Protestantismo Brasileiro: estu<strong>do</strong> de Eclesiologia e HistóriaSocial. 2 ed. São Paulo e Rio de Janeiro: Juerp/ASTE, 1981.MATOS, Alderi Souza de. Os Pioneiros Presbiteria<strong>no</strong>s <strong>do</strong> Brasil. São Paulo: CulturaCristã, 2004____________________. “Para Memória sua”: A Participação <strong>da</strong> Mulher <strong>no</strong>sPrimórdios <strong>do</strong> Presbiterianismo <strong>no</strong> Brasil. http://www.mackenzie.br/7164.html.Acessa<strong>do</strong> em 22 de junho de 2008.____________________. Rev. José Manuel <strong>da</strong> Conceição.http://www.mackenzie.br/10177.html. Acessa<strong>do</strong> em 22 de junho de 2008.____________________. Simonton e as Bases <strong>do</strong> Presbiterianismo <strong>no</strong> Brasil. In:Marcel Mendes; Cláudio Lembo; Maria Lúcia S. Hils<strong>do</strong>rf; Alderi S. Matos. (Org.).Simonton, 140 A<strong>no</strong>s de Brasil. 1 ed. São Paulo: Editora Mackenzie, 2000, v. 3.352


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