65especialmente relacionada a situação da disposição final dos resíduos. Isto se <strong>de</strong>veprovavelmente a fatores como:1) maior consciência ambiental por parte da população, especialmente <strong>em</strong>relação a questão da limpeza urbana;2) atuação mais rigorosa por parte do Ministério Público (MP), induzindo asprefeituras à assinatura <strong>de</strong> Termos <strong>de</strong> Ajuste <strong>de</strong> Conduta (TAC) para recuperação<strong>de</strong> lixões, ou na fiscalização <strong>de</strong> seu cumprimento;3) maior disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos advindos do Governo Fe<strong>de</strong>ral (GF) atravésdo Fundo Nacional <strong>de</strong> Meio Ambiente (FNMA) e <strong>de</strong> suporte e apoio <strong>de</strong> governosestaduais.Entretanto, ainda não se po<strong>de</strong> afirmar que a situação seja satisfatória, hajavista a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> locais impróprios para a disposição <strong>de</strong> lixo nas áreas urbanasdo país. Geralmente localizados <strong>em</strong> áreas mais afastadas aos olhos da população,os <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> lixo – e os probl<strong>em</strong>as a ele associados – ten<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>slocar aprobl<strong>em</strong>ática da parcela da população com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervir diretamente sobrea situação, tornando-a periférica e secundária nas agendas políticasgovernamentais.Em termos institucionais, a pesquisa apresenta dados que permit<strong>em</strong><strong>de</strong>terminar uma elevação consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> terceirização nos serviços <strong>de</strong> limpezaurbana, corroborando a tendência mundial <strong>de</strong> flexibilização do trabalho. Assim, <strong>em</strong>muitos municípios a adoção pela cobrança <strong>de</strong> uma taxa específica <strong>de</strong> limpeza ten<strong>de</strong>a levantar os recursos necessários para o pagamento das <strong>em</strong>presas contratadas. APNSB (ibi<strong>de</strong>m, p.55) ainda acrescenta que: “É muito pequena a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>municípios <strong>em</strong> que a administração dos serviços está sob a responsabilida<strong>de</strong> dosestados ou da União, ou <strong>em</strong> que foram adotadas soluções consorciadas”.Em associação aos dados fornecidos pela PNAD a questão torna-se aindamais complexa. A partir dos dados relacionados aos domicílios permanentes e aoserviço <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> lixo realizado pelos municípios é possível observar que quase4/5 dos domicílios (79,1%) possuíam seu lixo coletado. Contudo, a coleta não ocorre<strong>de</strong> maneira homogênea pelo país, variando consi<strong>de</strong>ravelmente pelas regiões(Tabelas 3 e 4).
66TABELA 3 – TAXA (EM %) DE LIXO COLETADO PELAS REGIÕESBRASILEIRASRegião Taxa <strong>de</strong> coleta (%)Norte 57,72Nor<strong>de</strong>ste 60,59Su<strong>de</strong>ste 90,32Sul 83,55Centro-Oeste 81,71FONTE: IBGE - Censo D<strong>em</strong>ográfico, 2000TABELA 4 – DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES URBANOS,TOTAL E RESPECTIVA DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL, POREXISTÊNCIA DE SERVIÇO DE COLETA DE LIXO, SEGUNDOAS GRANDES REGIÕES, UNIDADES DA FEDERAÇÃO EREGIÕES METROPOLITANAS – 2005Domicílios particulares permanentes urbanosDistribuição percentual, por existênciaGran<strong>de</strong>s Regiões,<strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> lixo (%)Unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração e TotalCom serviçoS<strong>em</strong>Regiões MetropolitanasColetado Coletado serviçodiretamente indiretamente (1)Brasil 44 860 739 89,8 7,3 3,0Norte 2 798 223 83,6 8,0 8,4RM <strong>de</strong> Belém 507 500 87,5 9,2 3,3Nor<strong>de</strong>ste 9 762 476 79,5 13,3 7,2RM <strong>de</strong> Recife 992 450 83,1 13,6 3,3Su<strong>de</strong>ste 21 999 875 93,3 5,6 1,1RM do Rio <strong>de</strong> Janeiro 3 735 230 91,5 7,0 1,5RM <strong>de</strong> São Paulo 5 599 624 94,8 5,0 0,2Sul 6 993 357 94,4 4,4 1,2Paraná 2 635 334 94,5 4,3 1,2RM <strong>de</strong> Curitiba 870 504 97,5 2,1 0,4Centro-Oeste 3 306 808 91,8 6,3 1,9FONTE: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra <strong>de</strong> Domicílios, 2005.NOTA: (1) Inclusive queimado ou enterrado, jogado <strong>em</strong> rio, lago ou mar eoutros.(2) RM = Região Metropolitana
- Page 1 and 2:
RONALDO GAZAL ROCHADINÂMICAS ECON
- Page 3 and 4:
AGRADECIMENTOSDefinitivamente o té
- Page 5 and 6:
Aos meus “pais curitibanos”, Fe
- Page 7 and 8:
SUMÁRIOLISTA DE TABELAS ..........
- Page 9 and 10:
LISTA DE QUADROSQUADRO 1 QUANTIDADE
- Page 11 and 12:
RMCRSUSENAISERPROSGRSUSIGRSUSIPARSM
- Page 13 and 14:
ABSTRACTDuring this study an emphas
- Page 15 and 16:
21- INTRODUÇÃOAtualmente, vivemos
- Page 17 and 18:
4desenvolvimento da sociedade capit
- Page 19 and 20:
6produção de bens acaba por gerar
- Page 21 and 22:
8produção e de consumo que almeje
- Page 23 and 24:
10política que, antes de permitir
- Page 25 and 26:
12INSTRUMENTOS DE COLETA E ANÁLISE
- Page 27 and 28: 14Como começou no trabalho com o l
- Page 29 and 30: 16vulgarização em seu uso. Envolv
- Page 31 and 32: 18de postos de trabalho ou cancelam
- Page 33 and 34: 20Em princípio, a internacionaliza
- Page 35 and 36: 22Com isso, a dinâmica da globaliz
- Page 37 and 38: 24a toda parte um nexo contábil, q
- Page 39 and 40: 26maior flexibilidade de gerenciame
- Page 41 and 42: 28complexas, o antigo modelo acaba
- Page 43 and 44: 30ideário produtivista flexibiliza
- Page 45 and 46: 32social: uma crônica do salário
- Page 47 and 48: 34Esse é um quadro de crise das/na
- Page 49 and 50: 36A reestruturação dos processos
- Page 51 and 52: 38trabalho, se reconfigura sua “n
- Page 53 and 54: 40(1995), ou na “desaparição do
- Page 55 and 56: 42mais importantes ocorridas nas re
- Page 57 and 58: 44significante lembrar que emprego
- Page 59 and 60: 46Sendo assim, concorda-se com MÉS
- Page 61 and 62: 483 OS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (
- Page 63 and 64: 50determina profundas alterações
- Page 65 and 66: 52Na Europa, a queima de resíduos
- Page 67 and 68: 54materiais. PENNA (1999, p.28-29)
- Page 69 and 70: 56possuir muitas vezes está na ess
- Page 71 and 72: 58aquilo que se varre da casa, do j
- Page 73 and 74: 60O tema da limpeza urbana está as
- Page 75 and 76: 62capaz de comprometer recursos amb
- Page 77: 64A PNSB (ibidem, p.49-50) revela q
- Page 81 and 82: 68Já em seu art. 24 (ibidem, p.53)
- Page 83 and 84: 70serviços de limpeza, com cobran
- Page 85 and 86: 723.2.2 A gestão de resíduos sól
- Page 87 and 88: 74Inicialmente o projeto de constru
- Page 89 and 90: 76QUADRO 1 - QUANTIDADE DE RESÍDUO
- Page 91 and 92: 78GRÁFICO 3 - QUANTIDADE ANUAL DE
- Page 93 and 94: 80Atualmente o CONRESOL enfrenta um
- Page 95 and 96: 82aterro - como por exemplo os prog
- Page 97 and 98: 843.2.3 Sistemas Integrados de Gere
- Page 99 and 100: 86Como bens ambientais são de dif
- Page 101 and 102: 88duráveis e reparáveis, o que im
- Page 103 and 104: 904 ATORES E INSTITUIÇÕES DA GRSU
- Page 105 and 106: 92número de habitantes. Desta mane
- Page 107 and 108: 94GRÁFICO 7 - EVOLUÇÃO DA COLETA
- Page 109 and 110: 96O exame de determinadas relaçõe
- Page 111 and 112: 98pessoas 67(TABELA 8), com capacid
- Page 113 and 114: 100básicos garantidos por lei e ca
- Page 115 and 116: 102FIGURA 4 - AGENTES QUE INTERAGEM
- Page 117 and 118: 104cidades da Ásia e da América L
- Page 119 and 120: 106O que gostaria de fazer no futur
- Page 121 and 122: 108No denominado Plano Agache, já
- Page 123 and 124: 110importância junto aos programas
- Page 125 and 126: 112buscavam melhores condições de
- Page 127 and 128: 114O importante de se registrar é
- Page 129 and 130:
116dependentes deles - sem uma poss
- Page 131 and 132:
1185.2 A ESTRUTURA IDEALIZADA DO PR
- Page 133 and 134:
120FIGURA 6 - LAYOUT DOS PRRP A R Q
- Page 135 and 136:
122Responsabilizar-se pelo pagament
- Page 137 and 138:
124METAAuto-sustentabilidade dos Pa
- Page 139 and 140:
126Uso de EPIs e EPCs;Direcionament
- Page 141 and 142:
128não seguiu a disposição por n
- Page 143 and 144:
130Esta etapa funcionou muito mais
- Page 145 and 146:
132(E10) Uma das melhor vantagem n
- Page 147 and 148:
134Ao mesmo tempo, quando indagados
- Page 149 and 150:
136estabelecimento de parcerias (GR
- Page 151 and 152:
138para os indivíduos despossuído
- Page 153 and 154:
140seu ingresso no mercado da recic
- Page 155 and 156:
142a estruturação formal dos PRR,
- Page 157 and 158:
144No projeto ainda observa-se um
- Page 159 and 160:
146modalidade de trabalho obedece a
- Page 161 and 162:
1486 - CONCLUSÕESAo longo deste tr
- Page 163 and 164:
150por um processo de valorização
- Page 165 and 166:
152ainda esbarra em questões polí
- Page 167 and 168:
154no qual tais práticas de educa
- Page 169 and 170:
156que não é suficiente para gara
- Page 171 and 172:
158BOSI, A. de P. Catadores de reci
- Page 173 and 174:
160KUENZER, A. Z. Desafios teórico
- Page 175 and 176:
162ROMANI, A. P. de. O poder públi
- Page 177 and 178:
16410. Quais os benefícios que a p
- Page 179 and 180:
16626- Qual é a cobertura de atend
- Page 181 and 182:
168APÊNDICE 2 - QUESTIONÁRIO ÀS
- Page 183 and 184:
17016- A parceria com a associaçã
- Page 185 and 186:
172APÊNDICE 3 - QUESTIONÁRIO DAS
- Page 187 and 188:
17417- Os associados/cooperados est
- Page 189 and 190:
17635- Qual o nível de participaç
- Page 191 and 192:
178APÊNDICE 4 - QUESTIONÁRIO AOS
- Page 193 and 194:
18034- Antes de ser um associado/co
- Page 195 and 196:
18269- Como ocorre a escolha do pre
- Page 197 and 198:
184Neste caso, responda: 97- Sobre
- Page 199 and 200:
186PARTICIPAÇÃO SÓCIO-CULTURALSo